Presidente do Conselho Europeu pede que países abram fronteiras para russos que foram convocados


Para Charles Michel, países ‘devem acolher aqueles que estão em perigo’; na Rússia, lideres regionais dizem que mais pobres e moradores de áreas remotas têm sido mais recrutados

Por Redação
Atualização:

NOVA YORK - O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, pediu neste sábado, 24, para que líderes europeus abram suas fronteiras “para aqueles que não querem ser instrumentalizados pelo Kremlin”, segundo o site Politico. A declaração ocorreu após o discurso de Michel na Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York, na sexta-feira, 23, e antecede a reunião de embaixadores da União Europeia (UE) na segunda-feira, 26. Durante a semana, o presidente russo, Vladimir Putin, convocou 300 mil reservistas para lutar na Ucrânia, o que causou protestos no país.

“Em princípio, penso que a União Europeia (deveria) acolher aqueles que estão em perigo em razão de suas opiniões políticas. Se as pessoas estão em perigo na Rússia por causa de suas opiniões políticas, só porque não acatam essa decisão maluca do Kremlin de lançar uma guerra na Ucrânia, devemos levar isso em consideração (de abrir as fronteiras)”, disse Michel.

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Imagens da invasão da Ucrânia pela Rússia

1 | 32

Desespero

2 | 32

Natali Sevriukova reage, ao lado de sua casa, em região que foi atingida por um míssil, em Kiev, na Ucrânia

Foto: Emilio Morenatti/AP Photo
3 | 32

Pessoas se escondem em abrigo anti-bomba em Kiev, na Ucrânia

Foto: Sergei Chuzavkov/AFP
4 | 32

Militar ucraniano é visto em uma janela residencial danificada no subúrbio de Kiev, na Ucrânia

Foto: Daniel Leal/AFP
5 | 32

Pessoas realizam protesto contra a invação da Rússia à Ucrânia, em Taipei, em Taiwan

Foto: Ritchie B. Tongo EFE/EPA
6 | 32

Um soldado do exército ucraniano inspeciona fragmentos de uma aeronave abatida, em Kiev, na Ucrânia

Foto: Vadim Zamirovsky/AP Photo
7 | 32

Imagem mostra prédio de escola que, de acordo com locais, foi danificado por bombardeio, na região de Donetsk, na Ucrânia

Foto: Alexander Ermochenko/REUTERS
8 | 32

Pessoas descansam no metrô de Kiev, na Ucrânia, usando-o como "abrigo" anti-bomba

Foto: Emilio Morenatti/AP Photo
9 | 32

Soldados ucranianos tomando posição sob uma ponte, em Kiev, na Ucrânia

Foto: Emilio Morenatti/AP Photo
10 | 32

Pessoas fungindo dos conflitos entre Ucrânia e Rússia recebem bebidas quentes na fronteira ucraniana com a Polônia

Foto: Czarek Sokolowski/AP Photo
11 | 32

Consequências de uma noite de bombardeios em Kiev, na Ucrânia

Foto: Sergey Dolzhenko/EFE/EPA
12 | 32

Imagem mostra mísseis do exército russo, em Kharkiv, na Ucrânia

Foto: Maksim Levin/Reuters
13 | 32

Pessoas descansam no chão de uma estação de metrô, em Kiev

Foto: Irakli Gedenidze/Reuters
14 | 32

Mulher ferida do lado de fora de um hospital na Ucrânia

Foto: Aris Messinis/AFP
15 | 32

Veículos militares em Kiev, na Ucrânia

Foto: Daniel Leal/AFP - 24/02/2022
16 | 32

Mulher reage à situação na Ucrânia enquanto aguarda um trem partir, em Kiev, na Ucrânia

Foto: Emilio Morenatti/AP Photo
17 | 32

Bombeiros lutam contra incêndio, em Chuguiv, na Ucrânia

Foto: Aris Messinis/AFP
18 | 32

Pessoas se abraçando do lado de fora de estação de metrô em Kiev, na Ucrânia

Foto: Daniel Leal/AFP
19 | 32

Radar danificado em instalação militar ucraniana;

Foto: Sergei Grits/AP Photo
20 | 32

Fumaça e chamas em Kiev, na Ucrânia

Foto: Efrem Lukatsky/AP Photo
21 | 32

Tráfego intenso em Kiev, na Ucrânia

Foto: Sergey Dolzhenko/EFE/EPA
22 | 32

Mulher anda enquanto foge da Ucrânia para a Hungria

Foto: Bernadett Szabo/Reuters
23 | 32

Pessoas fazendo fila em farmácia em Kiev, na Ucrânia

Foto: Genya Savilov/AFP
24 | 32

Mulher e criança em Sievierodonetsk, região de Luhansk, na Ucrânia

Foto: Vadim Ghirda/AP Photo
25 | 32

Pessoas ao lado de fragmentos de equipamentos militares, em Kharkiv, na Ucrânia

Foto: Andrew Marienko/AP Photo
26 | 32

Pessoas em estação de metrô de Kiev, na Ucrânia

Foto: Daniel Leal/AFP
27 | 32

Fumaça em aeroporto militar em Chuguyev, próximo de Kharkiv, na Ucrânia

Foto: Aris Messinis/AFP
28 | 32

Pessoas em fila de ônibus, no centro de Kiev, na Ucrânia

Foto: Emile Ducke/The New York Times)
29 | 32

Pessoa segura uma placa com a frase "Pare, Putin", em Riga, na Letônia

Foto: Toms Kalnins/EFE/EPA
30 | 32

Patrulha armada em Kiev, na Ucrânia

Foto: Stringer/EFE/EPA
31 | 32

Caminhões incendiados na Ucrânia

Foto: Evgeniy Maloletka/AP Photo
32 | 32

Pessoas ao lado do corpo de parente morto na Ucrânia;

Foto: Aris Messinis/AFP

Michel avaliou ainda que a convocação de Putin “é um fato novo” e que precisa de iniciativas de líderes europeus para lidar com a saída de russos do país após a iniciativa do Kremlin.

Na Rússia, a insatisfação cresce. Aldeões, ativistas e até algumas autoridades eleitas estão questionando por que a campanha de recrutamento tem como alvo grupos minoritários e áreas rurais em detrimento das grandes cidades.

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Dois casos específicos chamaram a atenção nesta sexta-feira, 24. Segundo líderes comunitários das montanhas do Cáucaso e da região nordeste de Yakutia, uma extensão pouco povoada que abrange o Círculo Ártico, vilarejos remotos com grande parte da população masculina em idade ativa recebeu avisos de recrutamento nos últimos dias. Conforme esses líderes, famílias que subsistem da terra ficaram sem homens por perto para trabalhar antes do longo inverno.

“Temos pastores de renas, caçadores, pescadores. E eles já eram poucos”, disse Vyacheslav Shadrin, presidente do conselho de anciãos de um pequeno grupo indígena conhecido como Yukaghirs, em entrevista por telefone. “Mas eles são os que estão sendo convocados.”

Seu navegador não suporta esse video.

A troca de acusações sobre a ameaça de uma catástrofe nuclear evidencia que a guerra iniciada há mais de cinco meses continua causando estragos

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Putin anunciou a convocação na quarta-feira, 21, descrevendo a iniciativa como uma “mobilização parcial” necessária para combater a Ucrânia e seus apoiadores ocidentais, que, segundo ele, querem a “destruição” da Rússia. De acordo com aliados do presidente russo, a decisão foi atrasada e não é mais possível saber se terá efeito para intensificar os ataques ao país vizinho.

Desde o anúncio, filas de horas se formaram na Mongólia, no Casaquistão, na Finlândia e na Geórgia. O receio dos russos é que Putin feche as fronteiras. Além disso, russos lotaram voos, carros e ônibus para fora do país. As empresas russas, incluindo companhias aéreas, empresas de tecnologia e agrícolas estavam preocupadas com a forma como a convocação poderia afetá-las, informou o jornal Kommersant.

Na tarde deste sábado, 24, a fila na fronteira russa com a Geórgia era de 2 mil carros, por volta de 13 quilômetros - antes da convocação, o fluxo era de 50, de acordo com dados russos. O ponto de passagem geralmente só consegue processar 2 mil carros por dia, o que significa que as pessoas podem ter que esperar pelo menos 24 horas para cruzar a fronteira.

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Oficialmente, o Kremlin disse que os relatos de migração em massa “são exagerados”.

Neste sábado, de acordo com o Washington Post, pelo menos 730 pessoas foram presas durante protestos contra a medida.

De acordo com a agência de notícias Reuters, o governador da região russa da Buriácia, na fronteira com a Mongólia e lar de uma minoria étnica mongol, disse que alguns homens receberam a convocação por engano. De acordo com ele, quem não serviu ao Exército ou que tem problemas de saúde não serão recrutados.

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Cars coming from Russia wait in long lines at the border checkpoint between Russia and Finland near Vaalimaa, on September 23, 2022. - Finland said on September 21, 2022 it was is preparing a national solution to "limit or completely prevent" tourism from Russia following the invasion of Ukraine. Since Russia's Covid-19 restrictions expired in July, there has been a boom in Russian travellers and a rising backlash in Europe against allowing in Russian tourists while the war continues. (Photo by Sasu MAKINEN / LEHTIKUVA / AFP) / Finland OUT Foto: Sasu Makinen / AFP

Tsakhia Elbegdorj, presidente da Mongólia até 2017 e agora chefe da Federação Mongol Mundial, prometeu neste sábado “uma recepção calorosa”. “Hoje você está fugindo da brutalidade, crueldade e provavelmente da morte. Amanhã você começará a libertar seu país da ditadura.”

Aliados discordam da forma como é feito o recrutamento

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Um popular blog pró-guerra no Telegram, o Rybar, descreveu que recebeu um “grande número de histórias” de pessoas com problemas de saúde ou sem experiência em combate recebendo avisos de convocação, mesmo quando alguns voluntários estavam sendo recusados. Em vez de ajudar o esforço de guerra da Rússia, disseram os administradores do blog, o recrutamento caótico pode acabar causando prejuízo. De acordo com fontes ligadas ao blog, oficiais militares que executaram a ordem de Putin estariam mais preocupados em cumprir formalmente as ordens do que em vencer a guerra.

“Se estamos fazendo uma convocação, então deve ser a base para fortalecer o Exército”, escreveu Andrei Medvedev, deputado de Moscou e apresentador de televisão estatal, no Telegram. “E não a causa da revolta.”

O grupo circulou uma carta a Putin dizendo que a mobilização pode levar a um “desnudamento do componente masculino dos já escassamente povoados distritos do norte de Yakutia”. / AP, AFP, NYT e WP

NOVA YORK - O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, pediu neste sábado, 24, para que líderes europeus abram suas fronteiras “para aqueles que não querem ser instrumentalizados pelo Kremlin”, segundo o site Politico. A declaração ocorreu após o discurso de Michel na Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York, na sexta-feira, 23, e antecede a reunião de embaixadores da União Europeia (UE) na segunda-feira, 26. Durante a semana, o presidente russo, Vladimir Putin, convocou 300 mil reservistas para lutar na Ucrânia, o que causou protestos no país.

“Em princípio, penso que a União Europeia (deveria) acolher aqueles que estão em perigo em razão de suas opiniões políticas. Se as pessoas estão em perigo na Rússia por causa de suas opiniões políticas, só porque não acatam essa decisão maluca do Kremlin de lançar uma guerra na Ucrânia, devemos levar isso em consideração (de abrir as fronteiras)”, disse Michel.

Imagens da invasão da Ucrânia pela Rússia

1 | 32

Desespero

2 | 32

Natali Sevriukova reage, ao lado de sua casa, em região que foi atingida por um míssil, em Kiev, na Ucrânia

Foto: Emilio Morenatti/AP Photo
3 | 32

Pessoas se escondem em abrigo anti-bomba em Kiev, na Ucrânia

Foto: Sergei Chuzavkov/AFP
4 | 32

Militar ucraniano é visto em uma janela residencial danificada no subúrbio de Kiev, na Ucrânia

Foto: Daniel Leal/AFP
5 | 32

Pessoas realizam protesto contra a invação da Rússia à Ucrânia, em Taipei, em Taiwan

Foto: Ritchie B. Tongo EFE/EPA
6 | 32

Um soldado do exército ucraniano inspeciona fragmentos de uma aeronave abatida, em Kiev, na Ucrânia

Foto: Vadim Zamirovsky/AP Photo
7 | 32

Imagem mostra prédio de escola que, de acordo com locais, foi danificado por bombardeio, na região de Donetsk, na Ucrânia

Foto: Alexander Ermochenko/REUTERS
8 | 32

Pessoas descansam no metrô de Kiev, na Ucrânia, usando-o como "abrigo" anti-bomba

Foto: Emilio Morenatti/AP Photo
9 | 32

Soldados ucranianos tomando posição sob uma ponte, em Kiev, na Ucrânia

Foto: Emilio Morenatti/AP Photo
10 | 32

Pessoas fungindo dos conflitos entre Ucrânia e Rússia recebem bebidas quentes na fronteira ucraniana com a Polônia

Foto: Czarek Sokolowski/AP Photo
11 | 32

Consequências de uma noite de bombardeios em Kiev, na Ucrânia

Foto: Sergey Dolzhenko/EFE/EPA
12 | 32

Imagem mostra mísseis do exército russo, em Kharkiv, na Ucrânia

Foto: Maksim Levin/Reuters
13 | 32

Pessoas descansam no chão de uma estação de metrô, em Kiev

Foto: Irakli Gedenidze/Reuters
14 | 32

Mulher ferida do lado de fora de um hospital na Ucrânia

Foto: Aris Messinis/AFP
15 | 32

Veículos militares em Kiev, na Ucrânia

Foto: Daniel Leal/AFP - 24/02/2022
16 | 32

Mulher reage à situação na Ucrânia enquanto aguarda um trem partir, em Kiev, na Ucrânia

Foto: Emilio Morenatti/AP Photo
17 | 32

Bombeiros lutam contra incêndio, em Chuguiv, na Ucrânia

Foto: Aris Messinis/AFP
18 | 32

Pessoas se abraçando do lado de fora de estação de metrô em Kiev, na Ucrânia

Foto: Daniel Leal/AFP
19 | 32

Radar danificado em instalação militar ucraniana;

Foto: Sergei Grits/AP Photo
20 | 32

Fumaça e chamas em Kiev, na Ucrânia

Foto: Efrem Lukatsky/AP Photo
21 | 32

Tráfego intenso em Kiev, na Ucrânia

Foto: Sergey Dolzhenko/EFE/EPA
22 | 32

Mulher anda enquanto foge da Ucrânia para a Hungria

Foto: Bernadett Szabo/Reuters
23 | 32

Pessoas fazendo fila em farmácia em Kiev, na Ucrânia

Foto: Genya Savilov/AFP
24 | 32

Mulher e criança em Sievierodonetsk, região de Luhansk, na Ucrânia

Foto: Vadim Ghirda/AP Photo
25 | 32

Pessoas ao lado de fragmentos de equipamentos militares, em Kharkiv, na Ucrânia

Foto: Andrew Marienko/AP Photo
26 | 32

Pessoas em estação de metrô de Kiev, na Ucrânia

Foto: Daniel Leal/AFP
27 | 32

Fumaça em aeroporto militar em Chuguyev, próximo de Kharkiv, na Ucrânia

Foto: Aris Messinis/AFP
28 | 32

Pessoas em fila de ônibus, no centro de Kiev, na Ucrânia

Foto: Emile Ducke/The New York Times)
29 | 32

Pessoa segura uma placa com a frase "Pare, Putin", em Riga, na Letônia

Foto: Toms Kalnins/EFE/EPA
30 | 32

Patrulha armada em Kiev, na Ucrânia

Foto: Stringer/EFE/EPA
31 | 32

Caminhões incendiados na Ucrânia

Foto: Evgeniy Maloletka/AP Photo
32 | 32

Pessoas ao lado do corpo de parente morto na Ucrânia;

Foto: Aris Messinis/AFP

Michel avaliou ainda que a convocação de Putin “é um fato novo” e que precisa de iniciativas de líderes europeus para lidar com a saída de russos do país após a iniciativa do Kremlin.

Na Rússia, a insatisfação cresce. Aldeões, ativistas e até algumas autoridades eleitas estão questionando por que a campanha de recrutamento tem como alvo grupos minoritários e áreas rurais em detrimento das grandes cidades.

Dois casos específicos chamaram a atenção nesta sexta-feira, 24. Segundo líderes comunitários das montanhas do Cáucaso e da região nordeste de Yakutia, uma extensão pouco povoada que abrange o Círculo Ártico, vilarejos remotos com grande parte da população masculina em idade ativa recebeu avisos de recrutamento nos últimos dias. Conforme esses líderes, famílias que subsistem da terra ficaram sem homens por perto para trabalhar antes do longo inverno.

“Temos pastores de renas, caçadores, pescadores. E eles já eram poucos”, disse Vyacheslav Shadrin, presidente do conselho de anciãos de um pequeno grupo indígena conhecido como Yukaghirs, em entrevista por telefone. “Mas eles são os que estão sendo convocados.”

Seu navegador não suporta esse video.

A troca de acusações sobre a ameaça de uma catástrofe nuclear evidencia que a guerra iniciada há mais de cinco meses continua causando estragos

Putin anunciou a convocação na quarta-feira, 21, descrevendo a iniciativa como uma “mobilização parcial” necessária para combater a Ucrânia e seus apoiadores ocidentais, que, segundo ele, querem a “destruição” da Rússia. De acordo com aliados do presidente russo, a decisão foi atrasada e não é mais possível saber se terá efeito para intensificar os ataques ao país vizinho.

Desde o anúncio, filas de horas se formaram na Mongólia, no Casaquistão, na Finlândia e na Geórgia. O receio dos russos é que Putin feche as fronteiras. Além disso, russos lotaram voos, carros e ônibus para fora do país. As empresas russas, incluindo companhias aéreas, empresas de tecnologia e agrícolas estavam preocupadas com a forma como a convocação poderia afetá-las, informou o jornal Kommersant.

Na tarde deste sábado, 24, a fila na fronteira russa com a Geórgia era de 2 mil carros, por volta de 13 quilômetros - antes da convocação, o fluxo era de 50, de acordo com dados russos. O ponto de passagem geralmente só consegue processar 2 mil carros por dia, o que significa que as pessoas podem ter que esperar pelo menos 24 horas para cruzar a fronteira.

Oficialmente, o Kremlin disse que os relatos de migração em massa “são exagerados”.

Neste sábado, de acordo com o Washington Post, pelo menos 730 pessoas foram presas durante protestos contra a medida.

De acordo com a agência de notícias Reuters, o governador da região russa da Buriácia, na fronteira com a Mongólia e lar de uma minoria étnica mongol, disse que alguns homens receberam a convocação por engano. De acordo com ele, quem não serviu ao Exército ou que tem problemas de saúde não serão recrutados.

Cars coming from Russia wait in long lines at the border checkpoint between Russia and Finland near Vaalimaa, on September 23, 2022. - Finland said on September 21, 2022 it was is preparing a national solution to "limit or completely prevent" tourism from Russia following the invasion of Ukraine. Since Russia's Covid-19 restrictions expired in July, there has been a boom in Russian travellers and a rising backlash in Europe against allowing in Russian tourists while the war continues. (Photo by Sasu MAKINEN / LEHTIKUVA / AFP) / Finland OUT Foto: Sasu Makinen / AFP

Tsakhia Elbegdorj, presidente da Mongólia até 2017 e agora chefe da Federação Mongol Mundial, prometeu neste sábado “uma recepção calorosa”. “Hoje você está fugindo da brutalidade, crueldade e provavelmente da morte. Amanhã você começará a libertar seu país da ditadura.”

Aliados discordam da forma como é feito o recrutamento

Um popular blog pró-guerra no Telegram, o Rybar, descreveu que recebeu um “grande número de histórias” de pessoas com problemas de saúde ou sem experiência em combate recebendo avisos de convocação, mesmo quando alguns voluntários estavam sendo recusados. Em vez de ajudar o esforço de guerra da Rússia, disseram os administradores do blog, o recrutamento caótico pode acabar causando prejuízo. De acordo com fontes ligadas ao blog, oficiais militares que executaram a ordem de Putin estariam mais preocupados em cumprir formalmente as ordens do que em vencer a guerra.

“Se estamos fazendo uma convocação, então deve ser a base para fortalecer o Exército”, escreveu Andrei Medvedev, deputado de Moscou e apresentador de televisão estatal, no Telegram. “E não a causa da revolta.”

O grupo circulou uma carta a Putin dizendo que a mobilização pode levar a um “desnudamento do componente masculino dos já escassamente povoados distritos do norte de Yakutia”. / AP, AFP, NYT e WP

NOVA YORK - O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, pediu neste sábado, 24, para que líderes europeus abram suas fronteiras “para aqueles que não querem ser instrumentalizados pelo Kremlin”, segundo o site Politico. A declaração ocorreu após o discurso de Michel na Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York, na sexta-feira, 23, e antecede a reunião de embaixadores da União Europeia (UE) na segunda-feira, 26. Durante a semana, o presidente russo, Vladimir Putin, convocou 300 mil reservistas para lutar na Ucrânia, o que causou protestos no país.

“Em princípio, penso que a União Europeia (deveria) acolher aqueles que estão em perigo em razão de suas opiniões políticas. Se as pessoas estão em perigo na Rússia por causa de suas opiniões políticas, só porque não acatam essa decisão maluca do Kremlin de lançar uma guerra na Ucrânia, devemos levar isso em consideração (de abrir as fronteiras)”, disse Michel.

Imagens da invasão da Ucrânia pela Rússia

1 | 32

Desespero

2 | 32

Natali Sevriukova reage, ao lado de sua casa, em região que foi atingida por um míssil, em Kiev, na Ucrânia

Foto: Emilio Morenatti/AP Photo
3 | 32

Pessoas se escondem em abrigo anti-bomba em Kiev, na Ucrânia

Foto: Sergei Chuzavkov/AFP
4 | 32

Militar ucraniano é visto em uma janela residencial danificada no subúrbio de Kiev, na Ucrânia

Foto: Daniel Leal/AFP
5 | 32

Pessoas realizam protesto contra a invação da Rússia à Ucrânia, em Taipei, em Taiwan

Foto: Ritchie B. Tongo EFE/EPA
6 | 32

Um soldado do exército ucraniano inspeciona fragmentos de uma aeronave abatida, em Kiev, na Ucrânia

Foto: Vadim Zamirovsky/AP Photo
7 | 32

Imagem mostra prédio de escola que, de acordo com locais, foi danificado por bombardeio, na região de Donetsk, na Ucrânia

Foto: Alexander Ermochenko/REUTERS
8 | 32

Pessoas descansam no metrô de Kiev, na Ucrânia, usando-o como "abrigo" anti-bomba

Foto: Emilio Morenatti/AP Photo
9 | 32

Soldados ucranianos tomando posição sob uma ponte, em Kiev, na Ucrânia

Foto: Emilio Morenatti/AP Photo
10 | 32

Pessoas fungindo dos conflitos entre Ucrânia e Rússia recebem bebidas quentes na fronteira ucraniana com a Polônia

Foto: Czarek Sokolowski/AP Photo
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Consequências de uma noite de bombardeios em Kiev, na Ucrânia

Foto: Sergey Dolzhenko/EFE/EPA
12 | 32

Imagem mostra mísseis do exército russo, em Kharkiv, na Ucrânia

Foto: Maksim Levin/Reuters
13 | 32

Pessoas descansam no chão de uma estação de metrô, em Kiev

Foto: Irakli Gedenidze/Reuters
14 | 32

Mulher ferida do lado de fora de um hospital na Ucrânia

Foto: Aris Messinis/AFP
15 | 32

Veículos militares em Kiev, na Ucrânia

Foto: Daniel Leal/AFP - 24/02/2022
16 | 32

Mulher reage à situação na Ucrânia enquanto aguarda um trem partir, em Kiev, na Ucrânia

Foto: Emilio Morenatti/AP Photo
17 | 32

Bombeiros lutam contra incêndio, em Chuguiv, na Ucrânia

Foto: Aris Messinis/AFP
18 | 32

Pessoas se abraçando do lado de fora de estação de metrô em Kiev, na Ucrânia

Foto: Daniel Leal/AFP
19 | 32

Radar danificado em instalação militar ucraniana;

Foto: Sergei Grits/AP Photo
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Fumaça e chamas em Kiev, na Ucrânia

Foto: Efrem Lukatsky/AP Photo
21 | 32

Tráfego intenso em Kiev, na Ucrânia

Foto: Sergey Dolzhenko/EFE/EPA
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Mulher anda enquanto foge da Ucrânia para a Hungria

Foto: Bernadett Szabo/Reuters
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Pessoas fazendo fila em farmácia em Kiev, na Ucrânia

Foto: Genya Savilov/AFP
24 | 32

Mulher e criança em Sievierodonetsk, região de Luhansk, na Ucrânia

Foto: Vadim Ghirda/AP Photo
25 | 32

Pessoas ao lado de fragmentos de equipamentos militares, em Kharkiv, na Ucrânia

Foto: Andrew Marienko/AP Photo
26 | 32

Pessoas em estação de metrô de Kiev, na Ucrânia

Foto: Daniel Leal/AFP
27 | 32

Fumaça em aeroporto militar em Chuguyev, próximo de Kharkiv, na Ucrânia

Foto: Aris Messinis/AFP
28 | 32

Pessoas em fila de ônibus, no centro de Kiev, na Ucrânia

Foto: Emile Ducke/The New York Times)
29 | 32

Pessoa segura uma placa com a frase "Pare, Putin", em Riga, na Letônia

Foto: Toms Kalnins/EFE/EPA
30 | 32

Patrulha armada em Kiev, na Ucrânia

Foto: Stringer/EFE/EPA
31 | 32

Caminhões incendiados na Ucrânia

Foto: Evgeniy Maloletka/AP Photo
32 | 32

Pessoas ao lado do corpo de parente morto na Ucrânia;

Foto: Aris Messinis/AFP

Michel avaliou ainda que a convocação de Putin “é um fato novo” e que precisa de iniciativas de líderes europeus para lidar com a saída de russos do país após a iniciativa do Kremlin.

Na Rússia, a insatisfação cresce. Aldeões, ativistas e até algumas autoridades eleitas estão questionando por que a campanha de recrutamento tem como alvo grupos minoritários e áreas rurais em detrimento das grandes cidades.

Dois casos específicos chamaram a atenção nesta sexta-feira, 24. Segundo líderes comunitários das montanhas do Cáucaso e da região nordeste de Yakutia, uma extensão pouco povoada que abrange o Círculo Ártico, vilarejos remotos com grande parte da população masculina em idade ativa recebeu avisos de recrutamento nos últimos dias. Conforme esses líderes, famílias que subsistem da terra ficaram sem homens por perto para trabalhar antes do longo inverno.

“Temos pastores de renas, caçadores, pescadores. E eles já eram poucos”, disse Vyacheslav Shadrin, presidente do conselho de anciãos de um pequeno grupo indígena conhecido como Yukaghirs, em entrevista por telefone. “Mas eles são os que estão sendo convocados.”

Seu navegador não suporta esse video.

A troca de acusações sobre a ameaça de uma catástrofe nuclear evidencia que a guerra iniciada há mais de cinco meses continua causando estragos

Putin anunciou a convocação na quarta-feira, 21, descrevendo a iniciativa como uma “mobilização parcial” necessária para combater a Ucrânia e seus apoiadores ocidentais, que, segundo ele, querem a “destruição” da Rússia. De acordo com aliados do presidente russo, a decisão foi atrasada e não é mais possível saber se terá efeito para intensificar os ataques ao país vizinho.

Desde o anúncio, filas de horas se formaram na Mongólia, no Casaquistão, na Finlândia e na Geórgia. O receio dos russos é que Putin feche as fronteiras. Além disso, russos lotaram voos, carros e ônibus para fora do país. As empresas russas, incluindo companhias aéreas, empresas de tecnologia e agrícolas estavam preocupadas com a forma como a convocação poderia afetá-las, informou o jornal Kommersant.

Na tarde deste sábado, 24, a fila na fronteira russa com a Geórgia era de 2 mil carros, por volta de 13 quilômetros - antes da convocação, o fluxo era de 50, de acordo com dados russos. O ponto de passagem geralmente só consegue processar 2 mil carros por dia, o que significa que as pessoas podem ter que esperar pelo menos 24 horas para cruzar a fronteira.

Oficialmente, o Kremlin disse que os relatos de migração em massa “são exagerados”.

Neste sábado, de acordo com o Washington Post, pelo menos 730 pessoas foram presas durante protestos contra a medida.

De acordo com a agência de notícias Reuters, o governador da região russa da Buriácia, na fronteira com a Mongólia e lar de uma minoria étnica mongol, disse que alguns homens receberam a convocação por engano. De acordo com ele, quem não serviu ao Exército ou que tem problemas de saúde não serão recrutados.

Cars coming from Russia wait in long lines at the border checkpoint between Russia and Finland near Vaalimaa, on September 23, 2022. - Finland said on September 21, 2022 it was is preparing a national solution to "limit or completely prevent" tourism from Russia following the invasion of Ukraine. Since Russia's Covid-19 restrictions expired in July, there has been a boom in Russian travellers and a rising backlash in Europe against allowing in Russian tourists while the war continues. (Photo by Sasu MAKINEN / LEHTIKUVA / AFP) / Finland OUT Foto: Sasu Makinen / AFP

Tsakhia Elbegdorj, presidente da Mongólia até 2017 e agora chefe da Federação Mongol Mundial, prometeu neste sábado “uma recepção calorosa”. “Hoje você está fugindo da brutalidade, crueldade e provavelmente da morte. Amanhã você começará a libertar seu país da ditadura.”

Aliados discordam da forma como é feito o recrutamento

Um popular blog pró-guerra no Telegram, o Rybar, descreveu que recebeu um “grande número de histórias” de pessoas com problemas de saúde ou sem experiência em combate recebendo avisos de convocação, mesmo quando alguns voluntários estavam sendo recusados. Em vez de ajudar o esforço de guerra da Rússia, disseram os administradores do blog, o recrutamento caótico pode acabar causando prejuízo. De acordo com fontes ligadas ao blog, oficiais militares que executaram a ordem de Putin estariam mais preocupados em cumprir formalmente as ordens do que em vencer a guerra.

“Se estamos fazendo uma convocação, então deve ser a base para fortalecer o Exército”, escreveu Andrei Medvedev, deputado de Moscou e apresentador de televisão estatal, no Telegram. “E não a causa da revolta.”

O grupo circulou uma carta a Putin dizendo que a mobilização pode levar a um “desnudamento do componente masculino dos já escassamente povoados distritos do norte de Yakutia”. / AP, AFP, NYT e WP

NOVA YORK - O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, pediu neste sábado, 24, para que líderes europeus abram suas fronteiras “para aqueles que não querem ser instrumentalizados pelo Kremlin”, segundo o site Politico. A declaração ocorreu após o discurso de Michel na Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York, na sexta-feira, 23, e antecede a reunião de embaixadores da União Europeia (UE) na segunda-feira, 26. Durante a semana, o presidente russo, Vladimir Putin, convocou 300 mil reservistas para lutar na Ucrânia, o que causou protestos no país.

“Em princípio, penso que a União Europeia (deveria) acolher aqueles que estão em perigo em razão de suas opiniões políticas. Se as pessoas estão em perigo na Rússia por causa de suas opiniões políticas, só porque não acatam essa decisão maluca do Kremlin de lançar uma guerra na Ucrânia, devemos levar isso em consideração (de abrir as fronteiras)”, disse Michel.

Imagens da invasão da Ucrânia pela Rússia

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Desespero

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Natali Sevriukova reage, ao lado de sua casa, em região que foi atingida por um míssil, em Kiev, na Ucrânia

Foto: Emilio Morenatti/AP Photo
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Pessoas se escondem em abrigo anti-bomba em Kiev, na Ucrânia

Foto: Sergei Chuzavkov/AFP
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Militar ucraniano é visto em uma janela residencial danificada no subúrbio de Kiev, na Ucrânia

Foto: Daniel Leal/AFP
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Pessoas realizam protesto contra a invação da Rússia à Ucrânia, em Taipei, em Taiwan

Foto: Ritchie B. Tongo EFE/EPA
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Um soldado do exército ucraniano inspeciona fragmentos de uma aeronave abatida, em Kiev, na Ucrânia

Foto: Vadim Zamirovsky/AP Photo
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Imagem mostra prédio de escola que, de acordo com locais, foi danificado por bombardeio, na região de Donetsk, na Ucrânia

Foto: Alexander Ermochenko/REUTERS
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Pessoas descansam no metrô de Kiev, na Ucrânia, usando-o como "abrigo" anti-bomba

Foto: Emilio Morenatti/AP Photo
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Soldados ucranianos tomando posição sob uma ponte, em Kiev, na Ucrânia

Foto: Emilio Morenatti/AP Photo
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Pessoas fungindo dos conflitos entre Ucrânia e Rússia recebem bebidas quentes na fronteira ucraniana com a Polônia

Foto: Czarek Sokolowski/AP Photo
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Consequências de uma noite de bombardeios em Kiev, na Ucrânia

Foto: Sergey Dolzhenko/EFE/EPA
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Imagem mostra mísseis do exército russo, em Kharkiv, na Ucrânia

Foto: Maksim Levin/Reuters
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Pessoas descansam no chão de uma estação de metrô, em Kiev

Foto: Irakli Gedenidze/Reuters
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Mulher ferida do lado de fora de um hospital na Ucrânia

Foto: Aris Messinis/AFP
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Veículos militares em Kiev, na Ucrânia

Foto: Daniel Leal/AFP - 24/02/2022
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Mulher reage à situação na Ucrânia enquanto aguarda um trem partir, em Kiev, na Ucrânia

Foto: Emilio Morenatti/AP Photo
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Bombeiros lutam contra incêndio, em Chuguiv, na Ucrânia

Foto: Aris Messinis/AFP
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Pessoas se abraçando do lado de fora de estação de metrô em Kiev, na Ucrânia

Foto: Daniel Leal/AFP
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Radar danificado em instalação militar ucraniana;

Foto: Sergei Grits/AP Photo
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Fumaça e chamas em Kiev, na Ucrânia

Foto: Efrem Lukatsky/AP Photo
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Tráfego intenso em Kiev, na Ucrânia

Foto: Sergey Dolzhenko/EFE/EPA
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Mulher anda enquanto foge da Ucrânia para a Hungria

Foto: Bernadett Szabo/Reuters
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Pessoas fazendo fila em farmácia em Kiev, na Ucrânia

Foto: Genya Savilov/AFP
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Mulher e criança em Sievierodonetsk, região de Luhansk, na Ucrânia

Foto: Vadim Ghirda/AP Photo
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Pessoas ao lado de fragmentos de equipamentos militares, em Kharkiv, na Ucrânia

Foto: Andrew Marienko/AP Photo
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Pessoas em estação de metrô de Kiev, na Ucrânia

Foto: Daniel Leal/AFP
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Fumaça em aeroporto militar em Chuguyev, próximo de Kharkiv, na Ucrânia

Foto: Aris Messinis/AFP
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Pessoas em fila de ônibus, no centro de Kiev, na Ucrânia

Foto: Emile Ducke/The New York Times)
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Pessoa segura uma placa com a frase "Pare, Putin", em Riga, na Letônia

Foto: Toms Kalnins/EFE/EPA
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Patrulha armada em Kiev, na Ucrânia

Foto: Stringer/EFE/EPA
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Caminhões incendiados na Ucrânia

Foto: Evgeniy Maloletka/AP Photo
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Pessoas ao lado do corpo de parente morto na Ucrânia;

Foto: Aris Messinis/AFP

Michel avaliou ainda que a convocação de Putin “é um fato novo” e que precisa de iniciativas de líderes europeus para lidar com a saída de russos do país após a iniciativa do Kremlin.

Na Rússia, a insatisfação cresce. Aldeões, ativistas e até algumas autoridades eleitas estão questionando por que a campanha de recrutamento tem como alvo grupos minoritários e áreas rurais em detrimento das grandes cidades.

Dois casos específicos chamaram a atenção nesta sexta-feira, 24. Segundo líderes comunitários das montanhas do Cáucaso e da região nordeste de Yakutia, uma extensão pouco povoada que abrange o Círculo Ártico, vilarejos remotos com grande parte da população masculina em idade ativa recebeu avisos de recrutamento nos últimos dias. Conforme esses líderes, famílias que subsistem da terra ficaram sem homens por perto para trabalhar antes do longo inverno.

“Temos pastores de renas, caçadores, pescadores. E eles já eram poucos”, disse Vyacheslav Shadrin, presidente do conselho de anciãos de um pequeno grupo indígena conhecido como Yukaghirs, em entrevista por telefone. “Mas eles são os que estão sendo convocados.”

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A troca de acusações sobre a ameaça de uma catástrofe nuclear evidencia que a guerra iniciada há mais de cinco meses continua causando estragos

Putin anunciou a convocação na quarta-feira, 21, descrevendo a iniciativa como uma “mobilização parcial” necessária para combater a Ucrânia e seus apoiadores ocidentais, que, segundo ele, querem a “destruição” da Rússia. De acordo com aliados do presidente russo, a decisão foi atrasada e não é mais possível saber se terá efeito para intensificar os ataques ao país vizinho.

Desde o anúncio, filas de horas se formaram na Mongólia, no Casaquistão, na Finlândia e na Geórgia. O receio dos russos é que Putin feche as fronteiras. Além disso, russos lotaram voos, carros e ônibus para fora do país. As empresas russas, incluindo companhias aéreas, empresas de tecnologia e agrícolas estavam preocupadas com a forma como a convocação poderia afetá-las, informou o jornal Kommersant.

Na tarde deste sábado, 24, a fila na fronteira russa com a Geórgia era de 2 mil carros, por volta de 13 quilômetros - antes da convocação, o fluxo era de 50, de acordo com dados russos. O ponto de passagem geralmente só consegue processar 2 mil carros por dia, o que significa que as pessoas podem ter que esperar pelo menos 24 horas para cruzar a fronteira.

Oficialmente, o Kremlin disse que os relatos de migração em massa “são exagerados”.

Neste sábado, de acordo com o Washington Post, pelo menos 730 pessoas foram presas durante protestos contra a medida.

De acordo com a agência de notícias Reuters, o governador da região russa da Buriácia, na fronteira com a Mongólia e lar de uma minoria étnica mongol, disse que alguns homens receberam a convocação por engano. De acordo com ele, quem não serviu ao Exército ou que tem problemas de saúde não serão recrutados.

Cars coming from Russia wait in long lines at the border checkpoint between Russia and Finland near Vaalimaa, on September 23, 2022. - Finland said on September 21, 2022 it was is preparing a national solution to "limit or completely prevent" tourism from Russia following the invasion of Ukraine. Since Russia's Covid-19 restrictions expired in July, there has been a boom in Russian travellers and a rising backlash in Europe against allowing in Russian tourists while the war continues. (Photo by Sasu MAKINEN / LEHTIKUVA / AFP) / Finland OUT Foto: Sasu Makinen / AFP

Tsakhia Elbegdorj, presidente da Mongólia até 2017 e agora chefe da Federação Mongol Mundial, prometeu neste sábado “uma recepção calorosa”. “Hoje você está fugindo da brutalidade, crueldade e provavelmente da morte. Amanhã você começará a libertar seu país da ditadura.”

Aliados discordam da forma como é feito o recrutamento

Um popular blog pró-guerra no Telegram, o Rybar, descreveu que recebeu um “grande número de histórias” de pessoas com problemas de saúde ou sem experiência em combate recebendo avisos de convocação, mesmo quando alguns voluntários estavam sendo recusados. Em vez de ajudar o esforço de guerra da Rússia, disseram os administradores do blog, o recrutamento caótico pode acabar causando prejuízo. De acordo com fontes ligadas ao blog, oficiais militares que executaram a ordem de Putin estariam mais preocupados em cumprir formalmente as ordens do que em vencer a guerra.

“Se estamos fazendo uma convocação, então deve ser a base para fortalecer o Exército”, escreveu Andrei Medvedev, deputado de Moscou e apresentador de televisão estatal, no Telegram. “E não a causa da revolta.”

O grupo circulou uma carta a Putin dizendo que a mobilização pode levar a um “desnudamento do componente masculino dos já escassamente povoados distritos do norte de Yakutia”. / AP, AFP, NYT e WP

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