Israel está nos arrastando para um ponto em que não queremos ir, diz presidente do Irã


Masoud Pezeshkian disse que governo israelense espalha armadilhas para empurrar Teerã a uma guerra total no Oriente Médio

Por Redação
Atualização:

O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, acusou Israel nesta segunda-feira, 23, de buscar e preparar armadilhas para empurrar Teerã a uma guerra maior no Oriente Médio. Em uma coletiva de imprensa em Nova York, onde está para participar da Assembleia-Geral da ONU, Pezeshkian disse que o seu governo não quer ver o conflito expandido por toda a região.

Segundo Masoud Pezeshkian, as intenções de Israel ficam evidentes com as explosões de pagers e walkie-talkies na semana passada, que autoridades de diversos países atribuem a Israel, e com o assassinato do então líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, na capital iraniana em julho, depois da posse de Pezeshkian.

“Eles estão nos arrastando a um ponto em que não queremos ir”, declarou o presidente iraniano sobre Israel. “Não há vencedor na guerra. Estamos apenas nos enganando se acreditarmos que alguém será vitorioso em uma guerra regional.”

continua após a publicidade
Imagem desta segunda-feira, 23 mostra presidente Masoud Pezeshkian na sede das Nações Unidas, em Nova York. Iraniano acusou Israel de provocar guerra no Oriente Médio Foto: Timothy A. Clary/AFP

A morte de Haniyeh causou revolta no governo iraniano, que alegou ter tido a sua soberania nacional ferida e prometeu resposta. Questionado sobre essa resposta, Pezeshkian disse que foi instruído mais de uma vez a contê-la por causa da possibilidade de Israel assinar um acordo de paz com o Hamas. “Tentamos não responder, mas aquela semana (da perspectiva de paz) nunca chegou”, declarou.

Pezeshkian ainda afirmou que os ataques do Irã com drones e mísseis em Israel em abril, em resposta ao bombardeio israelense na Embaixada do Irã em Damasco, na Síria, provaram que o país é capaz de se defender.

continua após a publicidade

As declarações do iraniano acontecem no mesmo dia em que um ataque aéreo de Israel no Líbano causou mais de 490 mortes, de acordo com as informações das autoridades libanesas nesta segunda-feira. O ataque é o mais mortífero de Israel no país desde 2006. Segundo as Forças de Defesa de Israel, os alvos foram estruturas militares utilizadas pela milícia xiita Hezbollah, aliada do Irã.

Mais de 1,3 mil alvos do grupo foram atacados, segundo os militares israelenses. Os moradores das regiões do Líbano atacadas receberam mensagens de texto e de voz enviadas por Israel alertando sobre a iminência dos ataques.

continua após a publicidade

Esse foi o primeiro alerta do tipo em quase um ano de conflito em constante escalada entre Israel e Hezbollah. O aviso foi enviado após uma intensa troca de tiros no domingo, 22, quando o Hezbollah lançou cerca de 150 foguetes, mísseis e drones no norte de Israel. Os ataques foram uma retaliação ao bombardeio israelense que matou cerca de dez comandantes do grupo extremista, sendo um deles do alto escalão.

Segundo o governo libanês, os mortos e feridos no ataque incluem mulheres, crianças e profissionais de saúde.

Acordo nuclear

continua após a publicidade

O presidente iraniano também declarou que está disposto a reabrir as negociações do acordo nuclear com os países do Ocidente, enfraquecido em 2018 com a retirada dos Estados Unidos durante a gestão de Donald Trump. “Ainda estamos prontos para assinar a estrutura com a qual concordamos”, disse. /AP, NYT e AFP

O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, acusou Israel nesta segunda-feira, 23, de buscar e preparar armadilhas para empurrar Teerã a uma guerra maior no Oriente Médio. Em uma coletiva de imprensa em Nova York, onde está para participar da Assembleia-Geral da ONU, Pezeshkian disse que o seu governo não quer ver o conflito expandido por toda a região.

Segundo Masoud Pezeshkian, as intenções de Israel ficam evidentes com as explosões de pagers e walkie-talkies na semana passada, que autoridades de diversos países atribuem a Israel, e com o assassinato do então líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, na capital iraniana em julho, depois da posse de Pezeshkian.

“Eles estão nos arrastando a um ponto em que não queremos ir”, declarou o presidente iraniano sobre Israel. “Não há vencedor na guerra. Estamos apenas nos enganando se acreditarmos que alguém será vitorioso em uma guerra regional.”

Imagem desta segunda-feira, 23 mostra presidente Masoud Pezeshkian na sede das Nações Unidas, em Nova York. Iraniano acusou Israel de provocar guerra no Oriente Médio Foto: Timothy A. Clary/AFP

A morte de Haniyeh causou revolta no governo iraniano, que alegou ter tido a sua soberania nacional ferida e prometeu resposta. Questionado sobre essa resposta, Pezeshkian disse que foi instruído mais de uma vez a contê-la por causa da possibilidade de Israel assinar um acordo de paz com o Hamas. “Tentamos não responder, mas aquela semana (da perspectiva de paz) nunca chegou”, declarou.

Pezeshkian ainda afirmou que os ataques do Irã com drones e mísseis em Israel em abril, em resposta ao bombardeio israelense na Embaixada do Irã em Damasco, na Síria, provaram que o país é capaz de se defender.

As declarações do iraniano acontecem no mesmo dia em que um ataque aéreo de Israel no Líbano causou mais de 490 mortes, de acordo com as informações das autoridades libanesas nesta segunda-feira. O ataque é o mais mortífero de Israel no país desde 2006. Segundo as Forças de Defesa de Israel, os alvos foram estruturas militares utilizadas pela milícia xiita Hezbollah, aliada do Irã.

Mais de 1,3 mil alvos do grupo foram atacados, segundo os militares israelenses. Os moradores das regiões do Líbano atacadas receberam mensagens de texto e de voz enviadas por Israel alertando sobre a iminência dos ataques.

Esse foi o primeiro alerta do tipo em quase um ano de conflito em constante escalada entre Israel e Hezbollah. O aviso foi enviado após uma intensa troca de tiros no domingo, 22, quando o Hezbollah lançou cerca de 150 foguetes, mísseis e drones no norte de Israel. Os ataques foram uma retaliação ao bombardeio israelense que matou cerca de dez comandantes do grupo extremista, sendo um deles do alto escalão.

Segundo o governo libanês, os mortos e feridos no ataque incluem mulheres, crianças e profissionais de saúde.

Acordo nuclear

O presidente iraniano também declarou que está disposto a reabrir as negociações do acordo nuclear com os países do Ocidente, enfraquecido em 2018 com a retirada dos Estados Unidos durante a gestão de Donald Trump. “Ainda estamos prontos para assinar a estrutura com a qual concordamos”, disse. /AP, NYT e AFP

O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, acusou Israel nesta segunda-feira, 23, de buscar e preparar armadilhas para empurrar Teerã a uma guerra maior no Oriente Médio. Em uma coletiva de imprensa em Nova York, onde está para participar da Assembleia-Geral da ONU, Pezeshkian disse que o seu governo não quer ver o conflito expandido por toda a região.

Segundo Masoud Pezeshkian, as intenções de Israel ficam evidentes com as explosões de pagers e walkie-talkies na semana passada, que autoridades de diversos países atribuem a Israel, e com o assassinato do então líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, na capital iraniana em julho, depois da posse de Pezeshkian.

“Eles estão nos arrastando a um ponto em que não queremos ir”, declarou o presidente iraniano sobre Israel. “Não há vencedor na guerra. Estamos apenas nos enganando se acreditarmos que alguém será vitorioso em uma guerra regional.”

Imagem desta segunda-feira, 23 mostra presidente Masoud Pezeshkian na sede das Nações Unidas, em Nova York. Iraniano acusou Israel de provocar guerra no Oriente Médio Foto: Timothy A. Clary/AFP

A morte de Haniyeh causou revolta no governo iraniano, que alegou ter tido a sua soberania nacional ferida e prometeu resposta. Questionado sobre essa resposta, Pezeshkian disse que foi instruído mais de uma vez a contê-la por causa da possibilidade de Israel assinar um acordo de paz com o Hamas. “Tentamos não responder, mas aquela semana (da perspectiva de paz) nunca chegou”, declarou.

Pezeshkian ainda afirmou que os ataques do Irã com drones e mísseis em Israel em abril, em resposta ao bombardeio israelense na Embaixada do Irã em Damasco, na Síria, provaram que o país é capaz de se defender.

As declarações do iraniano acontecem no mesmo dia em que um ataque aéreo de Israel no Líbano causou mais de 490 mortes, de acordo com as informações das autoridades libanesas nesta segunda-feira. O ataque é o mais mortífero de Israel no país desde 2006. Segundo as Forças de Defesa de Israel, os alvos foram estruturas militares utilizadas pela milícia xiita Hezbollah, aliada do Irã.

Mais de 1,3 mil alvos do grupo foram atacados, segundo os militares israelenses. Os moradores das regiões do Líbano atacadas receberam mensagens de texto e de voz enviadas por Israel alertando sobre a iminência dos ataques.

Esse foi o primeiro alerta do tipo em quase um ano de conflito em constante escalada entre Israel e Hezbollah. O aviso foi enviado após uma intensa troca de tiros no domingo, 22, quando o Hezbollah lançou cerca de 150 foguetes, mísseis e drones no norte de Israel. Os ataques foram uma retaliação ao bombardeio israelense que matou cerca de dez comandantes do grupo extremista, sendo um deles do alto escalão.

Segundo o governo libanês, os mortos e feridos no ataque incluem mulheres, crianças e profissionais de saúde.

Acordo nuclear

O presidente iraniano também declarou que está disposto a reabrir as negociações do acordo nuclear com os países do Ocidente, enfraquecido em 2018 com a retirada dos Estados Unidos durante a gestão de Donald Trump. “Ainda estamos prontos para assinar a estrutura com a qual concordamos”, disse. /AP, NYT e AFP

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.