Pressa de Lula e martelo batido: como foi a atuação brasileira para garantir consenso no G-20


Minutos antes das 19h de segunda, 18, Lula pediu a palavra e disse que os países haviam chegado a um acordo para a declaração conjunta. A delegação francesa, nesta hora, disse que não tinha tido acesso ao texto final

Por Beatriz Bulla
Atualização:

A estratégia do Brasil para conseguir um consenso no G-20 no Rio de Janeiro passou por acelerar a divulgação do comunicado final. Minutos antes das 19h, na segunda-feira, 18, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu a palavra e disse que os países haviam chegado a um acordo para a declaração conjunta e se apressou para bater o martelo da plenária. Disse, também, que o argentino Javier Milei gostaria de fazer algumas observações -- mas a Argentina, diferente das ameaças do liberal, havia concordado em assinar o texto.

A delegação francesa, nesta hora, interveio e disse que não tinha tido acesso ao texto final. O presidente da França, Emmanuel Macron, não estava na sala. Lula chamou ao microfone, imediatamente, o embaixador Maurício Lyrio, negociador principal do Brasil no G-20. O diplomata explicou aos presentes que a declaração era praticamente a mesma negociada e aprovada no final de semana pelas delegações dos países. O que havia sido acrescentado naquele dia no documento atendia ao pleito justamente dos europeus.

Lyrio explicou as mudanças feitas: a adição das palavras “infraestrutura” e “especificamente” no comunicado.

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A menção a uma condenação a ataques à infraestrutura dos países era um pedido da França e do Reino Unido, em resposta ao mais recente bombardeio em massa da Rússia contra a Ucrânia, no domingo. Já o termo “especificamente” foi também para atender pleito dos franceses. “Especificamente em relação à guerra na Ucrânia, recordando nossas discussões em Nova Délhi, destacamos o sofrimento humano e os impactos negativos adicionais da guerra no que diz respeito à segurança alimentar e energética global, às cadeias de suprimentos, à estabilidade macrofinanceira, à inflação e ao crescimento”, diz o trecho do documento.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no G-20. FOTO Pedro Kirilos/Estadão Foto: Pedro Kirilos

Anunciar o desfecho ainda no primeiro dia impediu que o debate se estendesse no G-20. Integrantes do G-7 vinham pressionando o Brasil a reabrir discussões e ser mais duro com a Rússia. Isso, na visão de diplomatas, faria com que nações árabes buscassem posicionamento mais firme contra Israel, o que poderia levar a resistências dos EUA. O cenário geopolítico, com as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio, a indisposição do argentino Javier Milei com o grupo e a perspectiva de enfraquecimento do multilateralismo diante da eleição da Donald Trump, nos EUA, dificultaram as negociações. Ao ver uma janela de oportunidade, o Brasil decidiu não esperar mais para anunciar o consenso no primeiro dia da cúpula.

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Lula abriu, então, a palavra a Milei, que fez duras críticas ao documento aos presentes. A opção do argentino de fazer objeções em suas falas sem registrar as discordâncias por escrito na declaração foi comemorada pelo governo brasileiro. Diplomatas consideram uma vitória ter chegado a um texto de consenso, neste cenário. Lula saiu dali para a recepção dos líderes, regada a caipirinha. Já Milei decidiu ir embora para o hotel.

A estratégia do Brasil para conseguir um consenso no G-20 no Rio de Janeiro passou por acelerar a divulgação do comunicado final. Minutos antes das 19h, na segunda-feira, 18, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu a palavra e disse que os países haviam chegado a um acordo para a declaração conjunta e se apressou para bater o martelo da plenária. Disse, também, que o argentino Javier Milei gostaria de fazer algumas observações -- mas a Argentina, diferente das ameaças do liberal, havia concordado em assinar o texto.

A delegação francesa, nesta hora, interveio e disse que não tinha tido acesso ao texto final. O presidente da França, Emmanuel Macron, não estava na sala. Lula chamou ao microfone, imediatamente, o embaixador Maurício Lyrio, negociador principal do Brasil no G-20. O diplomata explicou aos presentes que a declaração era praticamente a mesma negociada e aprovada no final de semana pelas delegações dos países. O que havia sido acrescentado naquele dia no documento atendia ao pleito justamente dos europeus.

Lyrio explicou as mudanças feitas: a adição das palavras “infraestrutura” e “especificamente” no comunicado.

A menção a uma condenação a ataques à infraestrutura dos países era um pedido da França e do Reino Unido, em resposta ao mais recente bombardeio em massa da Rússia contra a Ucrânia, no domingo. Já o termo “especificamente” foi também para atender pleito dos franceses. “Especificamente em relação à guerra na Ucrânia, recordando nossas discussões em Nova Délhi, destacamos o sofrimento humano e os impactos negativos adicionais da guerra no que diz respeito à segurança alimentar e energética global, às cadeias de suprimentos, à estabilidade macrofinanceira, à inflação e ao crescimento”, diz o trecho do documento.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no G-20. FOTO Pedro Kirilos/Estadão Foto: Pedro Kirilos

Anunciar o desfecho ainda no primeiro dia impediu que o debate se estendesse no G-20. Integrantes do G-7 vinham pressionando o Brasil a reabrir discussões e ser mais duro com a Rússia. Isso, na visão de diplomatas, faria com que nações árabes buscassem posicionamento mais firme contra Israel, o que poderia levar a resistências dos EUA. O cenário geopolítico, com as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio, a indisposição do argentino Javier Milei com o grupo e a perspectiva de enfraquecimento do multilateralismo diante da eleição da Donald Trump, nos EUA, dificultaram as negociações. Ao ver uma janela de oportunidade, o Brasil decidiu não esperar mais para anunciar o consenso no primeiro dia da cúpula.

Lula abriu, então, a palavra a Milei, que fez duras críticas ao documento aos presentes. A opção do argentino de fazer objeções em suas falas sem registrar as discordâncias por escrito na declaração foi comemorada pelo governo brasileiro. Diplomatas consideram uma vitória ter chegado a um texto de consenso, neste cenário. Lula saiu dali para a recepção dos líderes, regada a caipirinha. Já Milei decidiu ir embora para o hotel.

A estratégia do Brasil para conseguir um consenso no G-20 no Rio de Janeiro passou por acelerar a divulgação do comunicado final. Minutos antes das 19h, na segunda-feira, 18, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu a palavra e disse que os países haviam chegado a um acordo para a declaração conjunta e se apressou para bater o martelo da plenária. Disse, também, que o argentino Javier Milei gostaria de fazer algumas observações -- mas a Argentina, diferente das ameaças do liberal, havia concordado em assinar o texto.

A delegação francesa, nesta hora, interveio e disse que não tinha tido acesso ao texto final. O presidente da França, Emmanuel Macron, não estava na sala. Lula chamou ao microfone, imediatamente, o embaixador Maurício Lyrio, negociador principal do Brasil no G-20. O diplomata explicou aos presentes que a declaração era praticamente a mesma negociada e aprovada no final de semana pelas delegações dos países. O que havia sido acrescentado naquele dia no documento atendia ao pleito justamente dos europeus.

Lyrio explicou as mudanças feitas: a adição das palavras “infraestrutura” e “especificamente” no comunicado.

A menção a uma condenação a ataques à infraestrutura dos países era um pedido da França e do Reino Unido, em resposta ao mais recente bombardeio em massa da Rússia contra a Ucrânia, no domingo. Já o termo “especificamente” foi também para atender pleito dos franceses. “Especificamente em relação à guerra na Ucrânia, recordando nossas discussões em Nova Délhi, destacamos o sofrimento humano e os impactos negativos adicionais da guerra no que diz respeito à segurança alimentar e energética global, às cadeias de suprimentos, à estabilidade macrofinanceira, à inflação e ao crescimento”, diz o trecho do documento.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no G-20. FOTO Pedro Kirilos/Estadão Foto: Pedro Kirilos

Anunciar o desfecho ainda no primeiro dia impediu que o debate se estendesse no G-20. Integrantes do G-7 vinham pressionando o Brasil a reabrir discussões e ser mais duro com a Rússia. Isso, na visão de diplomatas, faria com que nações árabes buscassem posicionamento mais firme contra Israel, o que poderia levar a resistências dos EUA. O cenário geopolítico, com as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio, a indisposição do argentino Javier Milei com o grupo e a perspectiva de enfraquecimento do multilateralismo diante da eleição da Donald Trump, nos EUA, dificultaram as negociações. Ao ver uma janela de oportunidade, o Brasil decidiu não esperar mais para anunciar o consenso no primeiro dia da cúpula.

Lula abriu, então, a palavra a Milei, que fez duras críticas ao documento aos presentes. A opção do argentino de fazer objeções em suas falas sem registrar as discordâncias por escrito na declaração foi comemorada pelo governo brasileiro. Diplomatas consideram uma vitória ter chegado a um texto de consenso, neste cenário. Lula saiu dali para a recepção dos líderes, regada a caipirinha. Já Milei decidiu ir embora para o hotel.

A estratégia do Brasil para conseguir um consenso no G-20 no Rio de Janeiro passou por acelerar a divulgação do comunicado final. Minutos antes das 19h, na segunda-feira, 18, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu a palavra e disse que os países haviam chegado a um acordo para a declaração conjunta e se apressou para bater o martelo da plenária. Disse, também, que o argentino Javier Milei gostaria de fazer algumas observações -- mas a Argentina, diferente das ameaças do liberal, havia concordado em assinar o texto.

A delegação francesa, nesta hora, interveio e disse que não tinha tido acesso ao texto final. O presidente da França, Emmanuel Macron, não estava na sala. Lula chamou ao microfone, imediatamente, o embaixador Maurício Lyrio, negociador principal do Brasil no G-20. O diplomata explicou aos presentes que a declaração era praticamente a mesma negociada e aprovada no final de semana pelas delegações dos países. O que havia sido acrescentado naquele dia no documento atendia ao pleito justamente dos europeus.

Lyrio explicou as mudanças feitas: a adição das palavras “infraestrutura” e “especificamente” no comunicado.

A menção a uma condenação a ataques à infraestrutura dos países era um pedido da França e do Reino Unido, em resposta ao mais recente bombardeio em massa da Rússia contra a Ucrânia, no domingo. Já o termo “especificamente” foi também para atender pleito dos franceses. “Especificamente em relação à guerra na Ucrânia, recordando nossas discussões em Nova Délhi, destacamos o sofrimento humano e os impactos negativos adicionais da guerra no que diz respeito à segurança alimentar e energética global, às cadeias de suprimentos, à estabilidade macrofinanceira, à inflação e ao crescimento”, diz o trecho do documento.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no G-20. FOTO Pedro Kirilos/Estadão Foto: Pedro Kirilos

Anunciar o desfecho ainda no primeiro dia impediu que o debate se estendesse no G-20. Integrantes do G-7 vinham pressionando o Brasil a reabrir discussões e ser mais duro com a Rússia. Isso, na visão de diplomatas, faria com que nações árabes buscassem posicionamento mais firme contra Israel, o que poderia levar a resistências dos EUA. O cenário geopolítico, com as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio, a indisposição do argentino Javier Milei com o grupo e a perspectiva de enfraquecimento do multilateralismo diante da eleição da Donald Trump, nos EUA, dificultaram as negociações. Ao ver uma janela de oportunidade, o Brasil decidiu não esperar mais para anunciar o consenso no primeiro dia da cúpula.

Lula abriu, então, a palavra a Milei, que fez duras críticas ao documento aos presentes. A opção do argentino de fazer objeções em suas falas sem registrar as discordâncias por escrito na declaração foi comemorada pelo governo brasileiro. Diplomatas consideram uma vitória ter chegado a um texto de consenso, neste cenário. Lula saiu dali para a recepção dos líderes, regada a caipirinha. Já Milei decidiu ir embora para o hotel.

A estratégia do Brasil para conseguir um consenso no G-20 no Rio de Janeiro passou por acelerar a divulgação do comunicado final. Minutos antes das 19h, na segunda-feira, 18, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu a palavra e disse que os países haviam chegado a um acordo para a declaração conjunta e se apressou para bater o martelo da plenária. Disse, também, que o argentino Javier Milei gostaria de fazer algumas observações -- mas a Argentina, diferente das ameaças do liberal, havia concordado em assinar o texto.

A delegação francesa, nesta hora, interveio e disse que não tinha tido acesso ao texto final. O presidente da França, Emmanuel Macron, não estava na sala. Lula chamou ao microfone, imediatamente, o embaixador Maurício Lyrio, negociador principal do Brasil no G-20. O diplomata explicou aos presentes que a declaração era praticamente a mesma negociada e aprovada no final de semana pelas delegações dos países. O que havia sido acrescentado naquele dia no documento atendia ao pleito justamente dos europeus.

Lyrio explicou as mudanças feitas: a adição das palavras “infraestrutura” e “especificamente” no comunicado.

A menção a uma condenação a ataques à infraestrutura dos países era um pedido da França e do Reino Unido, em resposta ao mais recente bombardeio em massa da Rússia contra a Ucrânia, no domingo. Já o termo “especificamente” foi também para atender pleito dos franceses. “Especificamente em relação à guerra na Ucrânia, recordando nossas discussões em Nova Délhi, destacamos o sofrimento humano e os impactos negativos adicionais da guerra no que diz respeito à segurança alimentar e energética global, às cadeias de suprimentos, à estabilidade macrofinanceira, à inflação e ao crescimento”, diz o trecho do documento.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no G-20. FOTO Pedro Kirilos/Estadão Foto: Pedro Kirilos

Anunciar o desfecho ainda no primeiro dia impediu que o debate se estendesse no G-20. Integrantes do G-7 vinham pressionando o Brasil a reabrir discussões e ser mais duro com a Rússia. Isso, na visão de diplomatas, faria com que nações árabes buscassem posicionamento mais firme contra Israel, o que poderia levar a resistências dos EUA. O cenário geopolítico, com as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio, a indisposição do argentino Javier Milei com o grupo e a perspectiva de enfraquecimento do multilateralismo diante da eleição da Donald Trump, nos EUA, dificultaram as negociações. Ao ver uma janela de oportunidade, o Brasil decidiu não esperar mais para anunciar o consenso no primeiro dia da cúpula.

Lula abriu, então, a palavra a Milei, que fez duras críticas ao documento aos presentes. A opção do argentino de fazer objeções em suas falas sem registrar as discordâncias por escrito na declaração foi comemorada pelo governo brasileiro. Diplomatas consideram uma vitória ter chegado a um texto de consenso, neste cenário. Lula saiu dali para a recepção dos líderes, regada a caipirinha. Já Milei decidiu ir embora para o hotel.

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