Pressão sobre Israel em Gaza: França ameaça sanções e Turquia anuncia restrições para exportação


O chanceler da França anunciou que o país pode sancionar Israel para fazer com que mais ajuda humanitária entre em Gaza; Turquia diz que restringiu exportações de 54 produtos diferentes de Israel até que um cessar-fogo seja alcançado no enclave palestino

Por Redação

A comunidade internacional segue pressionando Israel por conta da guerra na Faixa de Gaza contra o grupo terrorista Hamas. Após uma ligação entre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, em que Biden subiu o tom na semana passada e exigiu uma mudança de postura de Tel-Aviv em relação ao conflito, a França ameaçou sancionar o país nesta terça-feira, 9. Já a Turquia, país que tem uma relação conflituosa com Israel, anunciou que irá restringir importações de uma série de produtos israelenses até que um cessar-fogo seja anunciado.

O chanceler da França, Stéphane Séjourné, sinalizou que Paris poderia sancionar Tel-Aviv para forçar o país a permitir a entrada de mais ajuda humanitária na Faixa de Gaza. “Deve haver alavancas de influência e existem múltiplas alavancas, chegando a sanções para permitir que a ajuda humanitária atravesse os postos de controle”, afirmou Séjourné à France 24. O ministro das Relações Exteriores também afirmou que a França foi o primeiro país da União Europeia (UE) a propor sanções a colonos israelenses na Cisjordânia que cometerem atos de violência contra palestinos.

De acordo com um relatório da ONU, o número de pessoas desnutridas quase duplicou desde dezembro. Israel afirma que não está bloqueando a entrada de ajuda humanitária e culpa as organizações humanitárias e o grupo terrorista Hamas por falta de organização e logística.

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O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, participa de uma reunião com seu gabinete de guerra em Jerusalém, Israel  Foto: Governo de Israel/EFE

Na sexta-feira passada, 5, Israel afirmou que aumentou os postos de entrega de ajuda humanitária, pelo porto de Ashdod, no sul do país, e também pela passagem de Erez. A mudança de postura ocorreu após pressão de Washington por conta da morte de sete pessoas da ONG World Central Kitchen no dia 1 de abril após um bombardeio aéreo das Forças de Defesa de Israel (FDI). A ONG anunciou a suspensão de suas atividades em Gaza. Tel-Aviv pediu desculpas pelo ocorrido e demitiu dois comandantes por conta do erro.

Turquia

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Já a Turquia saiu do campo das ideias e anunciou restrições à exportação de produtos israelenses de 54 categorias diferentes até que um cessar-fogo seja declarado em Gaza, segundo um anúncio do ministério do comércio turco. As restrições incluem ferro, aço e equipamentos de construção.

O anúncio de Ancara ocorre após Israel negar o pedido turco para enviar ajuda humanitária para o enclave palestino pela via aérea. Diversos países do Ocidente como EUA, França e Espanha já fazem isso desde o mês passado.

Israel e Turquia tem uma relação conflituosa e Ancara acusa Tel-Aviv de praticar genocídio contra os palestinos em Gaza. Apesar disso, os dois países seguem tendo relações diplomáticas.

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Alemanha participa de operação que fornece ajuda humanitária para a Faixa de Gaza por via aérea  Foto: Christian Timming/EFE

Negociações para cessar-fogo

As negociações para um cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas continuam. O Hamas informou nesta terça-feira que está examinando uma proposta de trégua de várias semanas na Faixa de Gaza e a libertação de reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos, apesar da rejeição de algumas de suas exigências.

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Após seis meses de conflito na Faixa de Gaza, os mediadores do Catar, Egito e Estados Unidos apresentaram uma proposta de trégua temporária em três etapas, segundo uma fonte do Hamas afirmou à AFP. A primeira etapa contempla um cessar-fogo de seis semanas para permitir a troca de reféns sob poder do Hamas por prisioneiros palestinos em Israel.

O grupo terrorista afirmou que “aprecia” o esforço dos mediadores, mas acusou Israel de não responder a nenhum de seus pedidos durante a negociação, sem revelar mais detalhes.

“Apesar disso, os líderes do movimento estudam a proposta apresentada”, afirmou o Hamas em um comunicado. A proposta de cessar-fogo mais recente contempla uma trégua de seis semanas e uma primeira troca de reféns mulheres e crianças, por até 900 prisioneiros palestinos, segundo uma fonte do Hamas. O acordo permitiria ainda o retorno dos civis deslocados ao norte da Faixa de Gaza e a entrada de 400 a 500 caminhões de ajuda alimentar por dia no território, segundo a fonte.

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Ofensiva em Rafah

No fim de semana passado, quando a guerra completou seis meses. Israel anunciou que retirou suas forças da cidade de Khan Yunis, no sul, para permitir a recuperação de suas tropas e preparar a próxima fase da guerra, que incluirá uma incursão na cidade de Rafah, também no sul da Faixa de Gaza.

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O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, afirmou na segunda-feira, 8, que uma data já foi estabelecida para o envio de tropas terrestres a Rafah, onde 1,5 milhão de palestinos, a maioria deslocados pela guerra, estão aglomerados. Potências estrangeiras e organizações humanitárias apelam a Israel para que desista de uma operação em Rafah, pois temem um grande número de civis mortos.

Netanyahu e seus comandantes militares, no entanto, insistem que o local é uma das fortalezas restantes do Hamas em Gaza e uma ofensiva é necessária para completar a vitória sobre o grupo terrorista Hamas.

A guerra começou no dia 7 de outubro do ano passado, quando terroristas do Hamas invadiram o território israelense, mataram 1,2 mil pessoas e sequestraram 240. Após o ataque, o Exército israelense iniciou uma operação no enclave palestino com bombardeios aéreos e invasão terrestre que deixou mais de 33 mil mortos, segundo o ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas./ com AFP

A comunidade internacional segue pressionando Israel por conta da guerra na Faixa de Gaza contra o grupo terrorista Hamas. Após uma ligação entre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, em que Biden subiu o tom na semana passada e exigiu uma mudança de postura de Tel-Aviv em relação ao conflito, a França ameaçou sancionar o país nesta terça-feira, 9. Já a Turquia, país que tem uma relação conflituosa com Israel, anunciou que irá restringir importações de uma série de produtos israelenses até que um cessar-fogo seja anunciado.

O chanceler da França, Stéphane Séjourné, sinalizou que Paris poderia sancionar Tel-Aviv para forçar o país a permitir a entrada de mais ajuda humanitária na Faixa de Gaza. “Deve haver alavancas de influência e existem múltiplas alavancas, chegando a sanções para permitir que a ajuda humanitária atravesse os postos de controle”, afirmou Séjourné à France 24. O ministro das Relações Exteriores também afirmou que a França foi o primeiro país da União Europeia (UE) a propor sanções a colonos israelenses na Cisjordânia que cometerem atos de violência contra palestinos.

De acordo com um relatório da ONU, o número de pessoas desnutridas quase duplicou desde dezembro. Israel afirma que não está bloqueando a entrada de ajuda humanitária e culpa as organizações humanitárias e o grupo terrorista Hamas por falta de organização e logística.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, participa de uma reunião com seu gabinete de guerra em Jerusalém, Israel  Foto: Governo de Israel/EFE

Na sexta-feira passada, 5, Israel afirmou que aumentou os postos de entrega de ajuda humanitária, pelo porto de Ashdod, no sul do país, e também pela passagem de Erez. A mudança de postura ocorreu após pressão de Washington por conta da morte de sete pessoas da ONG World Central Kitchen no dia 1 de abril após um bombardeio aéreo das Forças de Defesa de Israel (FDI). A ONG anunciou a suspensão de suas atividades em Gaza. Tel-Aviv pediu desculpas pelo ocorrido e demitiu dois comandantes por conta do erro.

Turquia

Já a Turquia saiu do campo das ideias e anunciou restrições à exportação de produtos israelenses de 54 categorias diferentes até que um cessar-fogo seja declarado em Gaza, segundo um anúncio do ministério do comércio turco. As restrições incluem ferro, aço e equipamentos de construção.

O anúncio de Ancara ocorre após Israel negar o pedido turco para enviar ajuda humanitária para o enclave palestino pela via aérea. Diversos países do Ocidente como EUA, França e Espanha já fazem isso desde o mês passado.

Israel e Turquia tem uma relação conflituosa e Ancara acusa Tel-Aviv de praticar genocídio contra os palestinos em Gaza. Apesar disso, os dois países seguem tendo relações diplomáticas.

Alemanha participa de operação que fornece ajuda humanitária para a Faixa de Gaza por via aérea  Foto: Christian Timming/EFE

Negociações para cessar-fogo

As negociações para um cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas continuam. O Hamas informou nesta terça-feira que está examinando uma proposta de trégua de várias semanas na Faixa de Gaza e a libertação de reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos, apesar da rejeição de algumas de suas exigências.

Após seis meses de conflito na Faixa de Gaza, os mediadores do Catar, Egito e Estados Unidos apresentaram uma proposta de trégua temporária em três etapas, segundo uma fonte do Hamas afirmou à AFP. A primeira etapa contempla um cessar-fogo de seis semanas para permitir a troca de reféns sob poder do Hamas por prisioneiros palestinos em Israel.

O grupo terrorista afirmou que “aprecia” o esforço dos mediadores, mas acusou Israel de não responder a nenhum de seus pedidos durante a negociação, sem revelar mais detalhes.

“Apesar disso, os líderes do movimento estudam a proposta apresentada”, afirmou o Hamas em um comunicado. A proposta de cessar-fogo mais recente contempla uma trégua de seis semanas e uma primeira troca de reféns mulheres e crianças, por até 900 prisioneiros palestinos, segundo uma fonte do Hamas. O acordo permitiria ainda o retorno dos civis deslocados ao norte da Faixa de Gaza e a entrada de 400 a 500 caminhões de ajuda alimentar por dia no território, segundo a fonte.

Ofensiva em Rafah

No fim de semana passado, quando a guerra completou seis meses. Israel anunciou que retirou suas forças da cidade de Khan Yunis, no sul, para permitir a recuperação de suas tropas e preparar a próxima fase da guerra, que incluirá uma incursão na cidade de Rafah, também no sul da Faixa de Gaza.

O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, afirmou na segunda-feira, 8, que uma data já foi estabelecida para o envio de tropas terrestres a Rafah, onde 1,5 milhão de palestinos, a maioria deslocados pela guerra, estão aglomerados. Potências estrangeiras e organizações humanitárias apelam a Israel para que desista de uma operação em Rafah, pois temem um grande número de civis mortos.

Netanyahu e seus comandantes militares, no entanto, insistem que o local é uma das fortalezas restantes do Hamas em Gaza e uma ofensiva é necessária para completar a vitória sobre o grupo terrorista Hamas.

A guerra começou no dia 7 de outubro do ano passado, quando terroristas do Hamas invadiram o território israelense, mataram 1,2 mil pessoas e sequestraram 240. Após o ataque, o Exército israelense iniciou uma operação no enclave palestino com bombardeios aéreos e invasão terrestre que deixou mais de 33 mil mortos, segundo o ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas./ com AFP

A comunidade internacional segue pressionando Israel por conta da guerra na Faixa de Gaza contra o grupo terrorista Hamas. Após uma ligação entre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, em que Biden subiu o tom na semana passada e exigiu uma mudança de postura de Tel-Aviv em relação ao conflito, a França ameaçou sancionar o país nesta terça-feira, 9. Já a Turquia, país que tem uma relação conflituosa com Israel, anunciou que irá restringir importações de uma série de produtos israelenses até que um cessar-fogo seja anunciado.

O chanceler da França, Stéphane Séjourné, sinalizou que Paris poderia sancionar Tel-Aviv para forçar o país a permitir a entrada de mais ajuda humanitária na Faixa de Gaza. “Deve haver alavancas de influência e existem múltiplas alavancas, chegando a sanções para permitir que a ajuda humanitária atravesse os postos de controle”, afirmou Séjourné à France 24. O ministro das Relações Exteriores também afirmou que a França foi o primeiro país da União Europeia (UE) a propor sanções a colonos israelenses na Cisjordânia que cometerem atos de violência contra palestinos.

De acordo com um relatório da ONU, o número de pessoas desnutridas quase duplicou desde dezembro. Israel afirma que não está bloqueando a entrada de ajuda humanitária e culpa as organizações humanitárias e o grupo terrorista Hamas por falta de organização e logística.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, participa de uma reunião com seu gabinete de guerra em Jerusalém, Israel  Foto: Governo de Israel/EFE

Na sexta-feira passada, 5, Israel afirmou que aumentou os postos de entrega de ajuda humanitária, pelo porto de Ashdod, no sul do país, e também pela passagem de Erez. A mudança de postura ocorreu após pressão de Washington por conta da morte de sete pessoas da ONG World Central Kitchen no dia 1 de abril após um bombardeio aéreo das Forças de Defesa de Israel (FDI). A ONG anunciou a suspensão de suas atividades em Gaza. Tel-Aviv pediu desculpas pelo ocorrido e demitiu dois comandantes por conta do erro.

Turquia

Já a Turquia saiu do campo das ideias e anunciou restrições à exportação de produtos israelenses de 54 categorias diferentes até que um cessar-fogo seja declarado em Gaza, segundo um anúncio do ministério do comércio turco. As restrições incluem ferro, aço e equipamentos de construção.

O anúncio de Ancara ocorre após Israel negar o pedido turco para enviar ajuda humanitária para o enclave palestino pela via aérea. Diversos países do Ocidente como EUA, França e Espanha já fazem isso desde o mês passado.

Israel e Turquia tem uma relação conflituosa e Ancara acusa Tel-Aviv de praticar genocídio contra os palestinos em Gaza. Apesar disso, os dois países seguem tendo relações diplomáticas.

Alemanha participa de operação que fornece ajuda humanitária para a Faixa de Gaza por via aérea  Foto: Christian Timming/EFE

Negociações para cessar-fogo

As negociações para um cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas continuam. O Hamas informou nesta terça-feira que está examinando uma proposta de trégua de várias semanas na Faixa de Gaza e a libertação de reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos, apesar da rejeição de algumas de suas exigências.

Após seis meses de conflito na Faixa de Gaza, os mediadores do Catar, Egito e Estados Unidos apresentaram uma proposta de trégua temporária em três etapas, segundo uma fonte do Hamas afirmou à AFP. A primeira etapa contempla um cessar-fogo de seis semanas para permitir a troca de reféns sob poder do Hamas por prisioneiros palestinos em Israel.

O grupo terrorista afirmou que “aprecia” o esforço dos mediadores, mas acusou Israel de não responder a nenhum de seus pedidos durante a negociação, sem revelar mais detalhes.

“Apesar disso, os líderes do movimento estudam a proposta apresentada”, afirmou o Hamas em um comunicado. A proposta de cessar-fogo mais recente contempla uma trégua de seis semanas e uma primeira troca de reféns mulheres e crianças, por até 900 prisioneiros palestinos, segundo uma fonte do Hamas. O acordo permitiria ainda o retorno dos civis deslocados ao norte da Faixa de Gaza e a entrada de 400 a 500 caminhões de ajuda alimentar por dia no território, segundo a fonte.

Ofensiva em Rafah

No fim de semana passado, quando a guerra completou seis meses. Israel anunciou que retirou suas forças da cidade de Khan Yunis, no sul, para permitir a recuperação de suas tropas e preparar a próxima fase da guerra, que incluirá uma incursão na cidade de Rafah, também no sul da Faixa de Gaza.

O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, afirmou na segunda-feira, 8, que uma data já foi estabelecida para o envio de tropas terrestres a Rafah, onde 1,5 milhão de palestinos, a maioria deslocados pela guerra, estão aglomerados. Potências estrangeiras e organizações humanitárias apelam a Israel para que desista de uma operação em Rafah, pois temem um grande número de civis mortos.

Netanyahu e seus comandantes militares, no entanto, insistem que o local é uma das fortalezas restantes do Hamas em Gaza e uma ofensiva é necessária para completar a vitória sobre o grupo terrorista Hamas.

A guerra começou no dia 7 de outubro do ano passado, quando terroristas do Hamas invadiram o território israelense, mataram 1,2 mil pessoas e sequestraram 240. Após o ataque, o Exército israelense iniciou uma operação no enclave palestino com bombardeios aéreos e invasão terrestre que deixou mais de 33 mil mortos, segundo o ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas./ com AFP

A comunidade internacional segue pressionando Israel por conta da guerra na Faixa de Gaza contra o grupo terrorista Hamas. Após uma ligação entre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, em que Biden subiu o tom na semana passada e exigiu uma mudança de postura de Tel-Aviv em relação ao conflito, a França ameaçou sancionar o país nesta terça-feira, 9. Já a Turquia, país que tem uma relação conflituosa com Israel, anunciou que irá restringir importações de uma série de produtos israelenses até que um cessar-fogo seja anunciado.

O chanceler da França, Stéphane Séjourné, sinalizou que Paris poderia sancionar Tel-Aviv para forçar o país a permitir a entrada de mais ajuda humanitária na Faixa de Gaza. “Deve haver alavancas de influência e existem múltiplas alavancas, chegando a sanções para permitir que a ajuda humanitária atravesse os postos de controle”, afirmou Séjourné à France 24. O ministro das Relações Exteriores também afirmou que a França foi o primeiro país da União Europeia (UE) a propor sanções a colonos israelenses na Cisjordânia que cometerem atos de violência contra palestinos.

De acordo com um relatório da ONU, o número de pessoas desnutridas quase duplicou desde dezembro. Israel afirma que não está bloqueando a entrada de ajuda humanitária e culpa as organizações humanitárias e o grupo terrorista Hamas por falta de organização e logística.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, participa de uma reunião com seu gabinete de guerra em Jerusalém, Israel  Foto: Governo de Israel/EFE

Na sexta-feira passada, 5, Israel afirmou que aumentou os postos de entrega de ajuda humanitária, pelo porto de Ashdod, no sul do país, e também pela passagem de Erez. A mudança de postura ocorreu após pressão de Washington por conta da morte de sete pessoas da ONG World Central Kitchen no dia 1 de abril após um bombardeio aéreo das Forças de Defesa de Israel (FDI). A ONG anunciou a suspensão de suas atividades em Gaza. Tel-Aviv pediu desculpas pelo ocorrido e demitiu dois comandantes por conta do erro.

Turquia

Já a Turquia saiu do campo das ideias e anunciou restrições à exportação de produtos israelenses de 54 categorias diferentes até que um cessar-fogo seja declarado em Gaza, segundo um anúncio do ministério do comércio turco. As restrições incluem ferro, aço e equipamentos de construção.

O anúncio de Ancara ocorre após Israel negar o pedido turco para enviar ajuda humanitária para o enclave palestino pela via aérea. Diversos países do Ocidente como EUA, França e Espanha já fazem isso desde o mês passado.

Israel e Turquia tem uma relação conflituosa e Ancara acusa Tel-Aviv de praticar genocídio contra os palestinos em Gaza. Apesar disso, os dois países seguem tendo relações diplomáticas.

Alemanha participa de operação que fornece ajuda humanitária para a Faixa de Gaza por via aérea  Foto: Christian Timming/EFE

Negociações para cessar-fogo

As negociações para um cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas continuam. O Hamas informou nesta terça-feira que está examinando uma proposta de trégua de várias semanas na Faixa de Gaza e a libertação de reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos, apesar da rejeição de algumas de suas exigências.

Após seis meses de conflito na Faixa de Gaza, os mediadores do Catar, Egito e Estados Unidos apresentaram uma proposta de trégua temporária em três etapas, segundo uma fonte do Hamas afirmou à AFP. A primeira etapa contempla um cessar-fogo de seis semanas para permitir a troca de reféns sob poder do Hamas por prisioneiros palestinos em Israel.

O grupo terrorista afirmou que “aprecia” o esforço dos mediadores, mas acusou Israel de não responder a nenhum de seus pedidos durante a negociação, sem revelar mais detalhes.

“Apesar disso, os líderes do movimento estudam a proposta apresentada”, afirmou o Hamas em um comunicado. A proposta de cessar-fogo mais recente contempla uma trégua de seis semanas e uma primeira troca de reféns mulheres e crianças, por até 900 prisioneiros palestinos, segundo uma fonte do Hamas. O acordo permitiria ainda o retorno dos civis deslocados ao norte da Faixa de Gaza e a entrada de 400 a 500 caminhões de ajuda alimentar por dia no território, segundo a fonte.

Ofensiva em Rafah

No fim de semana passado, quando a guerra completou seis meses. Israel anunciou que retirou suas forças da cidade de Khan Yunis, no sul, para permitir a recuperação de suas tropas e preparar a próxima fase da guerra, que incluirá uma incursão na cidade de Rafah, também no sul da Faixa de Gaza.

O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, afirmou na segunda-feira, 8, que uma data já foi estabelecida para o envio de tropas terrestres a Rafah, onde 1,5 milhão de palestinos, a maioria deslocados pela guerra, estão aglomerados. Potências estrangeiras e organizações humanitárias apelam a Israel para que desista de uma operação em Rafah, pois temem um grande número de civis mortos.

Netanyahu e seus comandantes militares, no entanto, insistem que o local é uma das fortalezas restantes do Hamas em Gaza e uma ofensiva é necessária para completar a vitória sobre o grupo terrorista Hamas.

A guerra começou no dia 7 de outubro do ano passado, quando terroristas do Hamas invadiram o território israelense, mataram 1,2 mil pessoas e sequestraram 240. Após o ataque, o Exército israelense iniciou uma operação no enclave palestino com bombardeios aéreos e invasão terrestre que deixou mais de 33 mil mortos, segundo o ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas./ com AFP

A comunidade internacional segue pressionando Israel por conta da guerra na Faixa de Gaza contra o grupo terrorista Hamas. Após uma ligação entre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, em que Biden subiu o tom na semana passada e exigiu uma mudança de postura de Tel-Aviv em relação ao conflito, a França ameaçou sancionar o país nesta terça-feira, 9. Já a Turquia, país que tem uma relação conflituosa com Israel, anunciou que irá restringir importações de uma série de produtos israelenses até que um cessar-fogo seja anunciado.

O chanceler da França, Stéphane Séjourné, sinalizou que Paris poderia sancionar Tel-Aviv para forçar o país a permitir a entrada de mais ajuda humanitária na Faixa de Gaza. “Deve haver alavancas de influência e existem múltiplas alavancas, chegando a sanções para permitir que a ajuda humanitária atravesse os postos de controle”, afirmou Séjourné à France 24. O ministro das Relações Exteriores também afirmou que a França foi o primeiro país da União Europeia (UE) a propor sanções a colonos israelenses na Cisjordânia que cometerem atos de violência contra palestinos.

De acordo com um relatório da ONU, o número de pessoas desnutridas quase duplicou desde dezembro. Israel afirma que não está bloqueando a entrada de ajuda humanitária e culpa as organizações humanitárias e o grupo terrorista Hamas por falta de organização e logística.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, participa de uma reunião com seu gabinete de guerra em Jerusalém, Israel  Foto: Governo de Israel/EFE

Na sexta-feira passada, 5, Israel afirmou que aumentou os postos de entrega de ajuda humanitária, pelo porto de Ashdod, no sul do país, e também pela passagem de Erez. A mudança de postura ocorreu após pressão de Washington por conta da morte de sete pessoas da ONG World Central Kitchen no dia 1 de abril após um bombardeio aéreo das Forças de Defesa de Israel (FDI). A ONG anunciou a suspensão de suas atividades em Gaza. Tel-Aviv pediu desculpas pelo ocorrido e demitiu dois comandantes por conta do erro.

Turquia

Já a Turquia saiu do campo das ideias e anunciou restrições à exportação de produtos israelenses de 54 categorias diferentes até que um cessar-fogo seja declarado em Gaza, segundo um anúncio do ministério do comércio turco. As restrições incluem ferro, aço e equipamentos de construção.

O anúncio de Ancara ocorre após Israel negar o pedido turco para enviar ajuda humanitária para o enclave palestino pela via aérea. Diversos países do Ocidente como EUA, França e Espanha já fazem isso desde o mês passado.

Israel e Turquia tem uma relação conflituosa e Ancara acusa Tel-Aviv de praticar genocídio contra os palestinos em Gaza. Apesar disso, os dois países seguem tendo relações diplomáticas.

Alemanha participa de operação que fornece ajuda humanitária para a Faixa de Gaza por via aérea  Foto: Christian Timming/EFE

Negociações para cessar-fogo

As negociações para um cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas continuam. O Hamas informou nesta terça-feira que está examinando uma proposta de trégua de várias semanas na Faixa de Gaza e a libertação de reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos, apesar da rejeição de algumas de suas exigências.

Após seis meses de conflito na Faixa de Gaza, os mediadores do Catar, Egito e Estados Unidos apresentaram uma proposta de trégua temporária em três etapas, segundo uma fonte do Hamas afirmou à AFP. A primeira etapa contempla um cessar-fogo de seis semanas para permitir a troca de reféns sob poder do Hamas por prisioneiros palestinos em Israel.

O grupo terrorista afirmou que “aprecia” o esforço dos mediadores, mas acusou Israel de não responder a nenhum de seus pedidos durante a negociação, sem revelar mais detalhes.

“Apesar disso, os líderes do movimento estudam a proposta apresentada”, afirmou o Hamas em um comunicado. A proposta de cessar-fogo mais recente contempla uma trégua de seis semanas e uma primeira troca de reféns mulheres e crianças, por até 900 prisioneiros palestinos, segundo uma fonte do Hamas. O acordo permitiria ainda o retorno dos civis deslocados ao norte da Faixa de Gaza e a entrada de 400 a 500 caminhões de ajuda alimentar por dia no território, segundo a fonte.

Ofensiva em Rafah

No fim de semana passado, quando a guerra completou seis meses. Israel anunciou que retirou suas forças da cidade de Khan Yunis, no sul, para permitir a recuperação de suas tropas e preparar a próxima fase da guerra, que incluirá uma incursão na cidade de Rafah, também no sul da Faixa de Gaza.

O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, afirmou na segunda-feira, 8, que uma data já foi estabelecida para o envio de tropas terrestres a Rafah, onde 1,5 milhão de palestinos, a maioria deslocados pela guerra, estão aglomerados. Potências estrangeiras e organizações humanitárias apelam a Israel para que desista de uma operação em Rafah, pois temem um grande número de civis mortos.

Netanyahu e seus comandantes militares, no entanto, insistem que o local é uma das fortalezas restantes do Hamas em Gaza e uma ofensiva é necessária para completar a vitória sobre o grupo terrorista Hamas.

A guerra começou no dia 7 de outubro do ano passado, quando terroristas do Hamas invadiram o território israelense, mataram 1,2 mil pessoas e sequestraram 240. Após o ataque, o Exército israelense iniciou uma operação no enclave palestino com bombardeios aéreos e invasão terrestre que deixou mais de 33 mil mortos, segundo o ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas./ com AFP

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