Pressionada por protestos, nova presidente do Peru pede compromisso anticorrupção de novo gabinete


Formação do ministério é a primeira cartada de Boluarte para tentar dar estabilidade política ao país

Por Redação

A nova presidente do Peru, a esquerdista Dina Boluarte, nomeou ontem os integrantes de seu gabinete, após a deposição do ex-presidente Pedro Castillo, na quarta-feira. A formação do ministério é a primeira cartada de Boluarte para tentar dar estabilidade política ao país.

Pressionada por protestos de rua de opositores ligados ao fujimorismo e também de apoiadores de Castillo, que pedem sua renúncia e a antecipação de novas eleições, ela pediu um compromisso do gabinete contra a corrupção.

Neste sábado, 10, ela escolheu o ex-vice-ministro das Finanças Alex Contreras como ministro da Economia e o engenheiro químico Oscar Vera como ministro de Minas e Energia. Boluarte também nomeou o ex-promotor Pedro Angulo como primeiro-ministro e a diplomata Ana Cecilia Cervantes como chanceler.

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Boluarte ao lado do ministro da Economia Alex Contreras  Foto: AP Photo/Guadalupe Pardo

O perfil da equipe, composta mais por técnicos que por políticos, pode servir para acalmar os ânimos, principalmente no Congresso, onde ela não tem apoio.

“Peço calma à população. É um momento ruim que o Peru passou, mas tem que ser superado da melhor forma”, disse a presidente à rádio RPP, em suas primeiras declarações desde que o Congresso demitiu Castillo.

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“A presidente da República deve tomar decisões pontuais, como seu gabinete, e decisões imediatas para sair de certas dificuldades e gerar confiança e tranquilidade”, disse o presidente do Congresso José Williams.

O sucesso da equipe de 16 ministros escolhidos por Baluarte, avaliam analistas, será crucial para o futuro político do Peru. O sucesso do novo governo conseguiria acalmar o tenso cenário institucional peruano nos últimos anos, abalado com a tentativa de golpe de Castillo, além de impeachments, renúncias e prisões de ex-presidentes.

Apesar disso, o novo governo começa sob pressão da oposição fujimorista, liderada pela conservadora Keiko Fujimori, filha do ex-ditador Alberto Fujimori. Desde quinta-feira, milhares de peruanos têm saído às ruas exigindo a renúncia de Boluarte, eleita na chapa de esquerda que levou Castillo ao poder.

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Partidários de Castillo também protestam contra a nova presidente, a quem consideram uma “traidora” por ter rompido com o presidente após o surgimento das denúncias contra ele e sua família.

Ao empossar os ministros, Boluarte pediu que a equipe se comprometa contra atos de corrupção, como os que levaram o Ministério Público a denunciar Castillo. Pressionado por uma moção de confiança no Congresso, o presidente tentou fechá-lo num autogolpe, que acabou frustrado.

Como Castillo, ela foi expulsa em janeiro do partido de extrema-esquerda Peru Librecom o qual a dupla foi eleita presidente e vice-presidente. Omar Coronel, professor de ciências políticas da Pontifícia Universidade Católica do Peru, disse que uma variável importante para o governo de Boluarte será sua capacidade de administrar as ondas de descontentamento e gerar uma coalizão no Congresso que possa sustentá-la.

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Polícia reprime protesto em Lima contra a presidente Dina Boluarte  Foto: ERNESTO BENAVIDES / AFP

Protestos

Manifestantes contrários a Boluarte bloquearam ontem várias rodovias em todo Peru. Eles defendem o fechamento do Congresso, a renúncia de Boluarte e novas eleições. “O Congresso nos deu um pontapé e zombou do voto popular”, disse o manifestante Mauro Sánchez em Lima, onde a polícia usou gás lacrimogêneo para encerrar as manifestações que começaram na quarta-feira.

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“Vamos para as ruas, não vamos nos deixar governar por esse congresso mafioso”, acrescentou.

O Peru teve seis presidentes nos últimos seis anos, incluindo três em uma única semana em 2020, quando o Congresso flexibilizou seus poderes de impeachment. A luta pelo poder no país continua enquanto na Cordilheira dos Andes, milhares de pequenas fazendas lutam para sobreviver à pior seca em meio século. Sem chuva, os agricultores não podem plantar batatas, e a grama morta não pode mais sustentar rebanhos de ovelhas, alpacas, vicunhas e lhamas.

Desde a vitória do presidente deposto, no ano passado, por apenas 0,4 ponto porcentual, a oposição, que ameaçou não reconhecer o resultado da disputa, usou a maioria no Congresso para pressionar Castillo. / AP e AFP

A nova presidente do Peru, a esquerdista Dina Boluarte, nomeou ontem os integrantes de seu gabinete, após a deposição do ex-presidente Pedro Castillo, na quarta-feira. A formação do ministério é a primeira cartada de Boluarte para tentar dar estabilidade política ao país.

Pressionada por protestos de rua de opositores ligados ao fujimorismo e também de apoiadores de Castillo, que pedem sua renúncia e a antecipação de novas eleições, ela pediu um compromisso do gabinete contra a corrupção.

Neste sábado, 10, ela escolheu o ex-vice-ministro das Finanças Alex Contreras como ministro da Economia e o engenheiro químico Oscar Vera como ministro de Minas e Energia. Boluarte também nomeou o ex-promotor Pedro Angulo como primeiro-ministro e a diplomata Ana Cecilia Cervantes como chanceler.

Boluarte ao lado do ministro da Economia Alex Contreras  Foto: AP Photo/Guadalupe Pardo

O perfil da equipe, composta mais por técnicos que por políticos, pode servir para acalmar os ânimos, principalmente no Congresso, onde ela não tem apoio.

“Peço calma à população. É um momento ruim que o Peru passou, mas tem que ser superado da melhor forma”, disse a presidente à rádio RPP, em suas primeiras declarações desde que o Congresso demitiu Castillo.

“A presidente da República deve tomar decisões pontuais, como seu gabinete, e decisões imediatas para sair de certas dificuldades e gerar confiança e tranquilidade”, disse o presidente do Congresso José Williams.

O sucesso da equipe de 16 ministros escolhidos por Baluarte, avaliam analistas, será crucial para o futuro político do Peru. O sucesso do novo governo conseguiria acalmar o tenso cenário institucional peruano nos últimos anos, abalado com a tentativa de golpe de Castillo, além de impeachments, renúncias e prisões de ex-presidentes.

Apesar disso, o novo governo começa sob pressão da oposição fujimorista, liderada pela conservadora Keiko Fujimori, filha do ex-ditador Alberto Fujimori. Desde quinta-feira, milhares de peruanos têm saído às ruas exigindo a renúncia de Boluarte, eleita na chapa de esquerda que levou Castillo ao poder.

Partidários de Castillo também protestam contra a nova presidente, a quem consideram uma “traidora” por ter rompido com o presidente após o surgimento das denúncias contra ele e sua família.

Ao empossar os ministros, Boluarte pediu que a equipe se comprometa contra atos de corrupção, como os que levaram o Ministério Público a denunciar Castillo. Pressionado por uma moção de confiança no Congresso, o presidente tentou fechá-lo num autogolpe, que acabou frustrado.

Como Castillo, ela foi expulsa em janeiro do partido de extrema-esquerda Peru Librecom o qual a dupla foi eleita presidente e vice-presidente. Omar Coronel, professor de ciências políticas da Pontifícia Universidade Católica do Peru, disse que uma variável importante para o governo de Boluarte será sua capacidade de administrar as ondas de descontentamento e gerar uma coalizão no Congresso que possa sustentá-la.

Polícia reprime protesto em Lima contra a presidente Dina Boluarte  Foto: ERNESTO BENAVIDES / AFP

Protestos

Manifestantes contrários a Boluarte bloquearam ontem várias rodovias em todo Peru. Eles defendem o fechamento do Congresso, a renúncia de Boluarte e novas eleições. “O Congresso nos deu um pontapé e zombou do voto popular”, disse o manifestante Mauro Sánchez em Lima, onde a polícia usou gás lacrimogêneo para encerrar as manifestações que começaram na quarta-feira.

“Vamos para as ruas, não vamos nos deixar governar por esse congresso mafioso”, acrescentou.

O Peru teve seis presidentes nos últimos seis anos, incluindo três em uma única semana em 2020, quando o Congresso flexibilizou seus poderes de impeachment. A luta pelo poder no país continua enquanto na Cordilheira dos Andes, milhares de pequenas fazendas lutam para sobreviver à pior seca em meio século. Sem chuva, os agricultores não podem plantar batatas, e a grama morta não pode mais sustentar rebanhos de ovelhas, alpacas, vicunhas e lhamas.

Desde a vitória do presidente deposto, no ano passado, por apenas 0,4 ponto porcentual, a oposição, que ameaçou não reconhecer o resultado da disputa, usou a maioria no Congresso para pressionar Castillo. / AP e AFP

A nova presidente do Peru, a esquerdista Dina Boluarte, nomeou ontem os integrantes de seu gabinete, após a deposição do ex-presidente Pedro Castillo, na quarta-feira. A formação do ministério é a primeira cartada de Boluarte para tentar dar estabilidade política ao país.

Pressionada por protestos de rua de opositores ligados ao fujimorismo e também de apoiadores de Castillo, que pedem sua renúncia e a antecipação de novas eleições, ela pediu um compromisso do gabinete contra a corrupção.

Neste sábado, 10, ela escolheu o ex-vice-ministro das Finanças Alex Contreras como ministro da Economia e o engenheiro químico Oscar Vera como ministro de Minas e Energia. Boluarte também nomeou o ex-promotor Pedro Angulo como primeiro-ministro e a diplomata Ana Cecilia Cervantes como chanceler.

Boluarte ao lado do ministro da Economia Alex Contreras  Foto: AP Photo/Guadalupe Pardo

O perfil da equipe, composta mais por técnicos que por políticos, pode servir para acalmar os ânimos, principalmente no Congresso, onde ela não tem apoio.

“Peço calma à população. É um momento ruim que o Peru passou, mas tem que ser superado da melhor forma”, disse a presidente à rádio RPP, em suas primeiras declarações desde que o Congresso demitiu Castillo.

“A presidente da República deve tomar decisões pontuais, como seu gabinete, e decisões imediatas para sair de certas dificuldades e gerar confiança e tranquilidade”, disse o presidente do Congresso José Williams.

O sucesso da equipe de 16 ministros escolhidos por Baluarte, avaliam analistas, será crucial para o futuro político do Peru. O sucesso do novo governo conseguiria acalmar o tenso cenário institucional peruano nos últimos anos, abalado com a tentativa de golpe de Castillo, além de impeachments, renúncias e prisões de ex-presidentes.

Apesar disso, o novo governo começa sob pressão da oposição fujimorista, liderada pela conservadora Keiko Fujimori, filha do ex-ditador Alberto Fujimori. Desde quinta-feira, milhares de peruanos têm saído às ruas exigindo a renúncia de Boluarte, eleita na chapa de esquerda que levou Castillo ao poder.

Partidários de Castillo também protestam contra a nova presidente, a quem consideram uma “traidora” por ter rompido com o presidente após o surgimento das denúncias contra ele e sua família.

Ao empossar os ministros, Boluarte pediu que a equipe se comprometa contra atos de corrupção, como os que levaram o Ministério Público a denunciar Castillo. Pressionado por uma moção de confiança no Congresso, o presidente tentou fechá-lo num autogolpe, que acabou frustrado.

Como Castillo, ela foi expulsa em janeiro do partido de extrema-esquerda Peru Librecom o qual a dupla foi eleita presidente e vice-presidente. Omar Coronel, professor de ciências políticas da Pontifícia Universidade Católica do Peru, disse que uma variável importante para o governo de Boluarte será sua capacidade de administrar as ondas de descontentamento e gerar uma coalizão no Congresso que possa sustentá-la.

Polícia reprime protesto em Lima contra a presidente Dina Boluarte  Foto: ERNESTO BENAVIDES / AFP

Protestos

Manifestantes contrários a Boluarte bloquearam ontem várias rodovias em todo Peru. Eles defendem o fechamento do Congresso, a renúncia de Boluarte e novas eleições. “O Congresso nos deu um pontapé e zombou do voto popular”, disse o manifestante Mauro Sánchez em Lima, onde a polícia usou gás lacrimogêneo para encerrar as manifestações que começaram na quarta-feira.

“Vamos para as ruas, não vamos nos deixar governar por esse congresso mafioso”, acrescentou.

O Peru teve seis presidentes nos últimos seis anos, incluindo três em uma única semana em 2020, quando o Congresso flexibilizou seus poderes de impeachment. A luta pelo poder no país continua enquanto na Cordilheira dos Andes, milhares de pequenas fazendas lutam para sobreviver à pior seca em meio século. Sem chuva, os agricultores não podem plantar batatas, e a grama morta não pode mais sustentar rebanhos de ovelhas, alpacas, vicunhas e lhamas.

Desde a vitória do presidente deposto, no ano passado, por apenas 0,4 ponto porcentual, a oposição, que ameaçou não reconhecer o resultado da disputa, usou a maioria no Congresso para pressionar Castillo. / AP e AFP

A nova presidente do Peru, a esquerdista Dina Boluarte, nomeou ontem os integrantes de seu gabinete, após a deposição do ex-presidente Pedro Castillo, na quarta-feira. A formação do ministério é a primeira cartada de Boluarte para tentar dar estabilidade política ao país.

Pressionada por protestos de rua de opositores ligados ao fujimorismo e também de apoiadores de Castillo, que pedem sua renúncia e a antecipação de novas eleições, ela pediu um compromisso do gabinete contra a corrupção.

Neste sábado, 10, ela escolheu o ex-vice-ministro das Finanças Alex Contreras como ministro da Economia e o engenheiro químico Oscar Vera como ministro de Minas e Energia. Boluarte também nomeou o ex-promotor Pedro Angulo como primeiro-ministro e a diplomata Ana Cecilia Cervantes como chanceler.

Boluarte ao lado do ministro da Economia Alex Contreras  Foto: AP Photo/Guadalupe Pardo

O perfil da equipe, composta mais por técnicos que por políticos, pode servir para acalmar os ânimos, principalmente no Congresso, onde ela não tem apoio.

“Peço calma à população. É um momento ruim que o Peru passou, mas tem que ser superado da melhor forma”, disse a presidente à rádio RPP, em suas primeiras declarações desde que o Congresso demitiu Castillo.

“A presidente da República deve tomar decisões pontuais, como seu gabinete, e decisões imediatas para sair de certas dificuldades e gerar confiança e tranquilidade”, disse o presidente do Congresso José Williams.

O sucesso da equipe de 16 ministros escolhidos por Baluarte, avaliam analistas, será crucial para o futuro político do Peru. O sucesso do novo governo conseguiria acalmar o tenso cenário institucional peruano nos últimos anos, abalado com a tentativa de golpe de Castillo, além de impeachments, renúncias e prisões de ex-presidentes.

Apesar disso, o novo governo começa sob pressão da oposição fujimorista, liderada pela conservadora Keiko Fujimori, filha do ex-ditador Alberto Fujimori. Desde quinta-feira, milhares de peruanos têm saído às ruas exigindo a renúncia de Boluarte, eleita na chapa de esquerda que levou Castillo ao poder.

Partidários de Castillo também protestam contra a nova presidente, a quem consideram uma “traidora” por ter rompido com o presidente após o surgimento das denúncias contra ele e sua família.

Ao empossar os ministros, Boluarte pediu que a equipe se comprometa contra atos de corrupção, como os que levaram o Ministério Público a denunciar Castillo. Pressionado por uma moção de confiança no Congresso, o presidente tentou fechá-lo num autogolpe, que acabou frustrado.

Como Castillo, ela foi expulsa em janeiro do partido de extrema-esquerda Peru Librecom o qual a dupla foi eleita presidente e vice-presidente. Omar Coronel, professor de ciências políticas da Pontifícia Universidade Católica do Peru, disse que uma variável importante para o governo de Boluarte será sua capacidade de administrar as ondas de descontentamento e gerar uma coalizão no Congresso que possa sustentá-la.

Polícia reprime protesto em Lima contra a presidente Dina Boluarte  Foto: ERNESTO BENAVIDES / AFP

Protestos

Manifestantes contrários a Boluarte bloquearam ontem várias rodovias em todo Peru. Eles defendem o fechamento do Congresso, a renúncia de Boluarte e novas eleições. “O Congresso nos deu um pontapé e zombou do voto popular”, disse o manifestante Mauro Sánchez em Lima, onde a polícia usou gás lacrimogêneo para encerrar as manifestações que começaram na quarta-feira.

“Vamos para as ruas, não vamos nos deixar governar por esse congresso mafioso”, acrescentou.

O Peru teve seis presidentes nos últimos seis anos, incluindo três em uma única semana em 2020, quando o Congresso flexibilizou seus poderes de impeachment. A luta pelo poder no país continua enquanto na Cordilheira dos Andes, milhares de pequenas fazendas lutam para sobreviver à pior seca em meio século. Sem chuva, os agricultores não podem plantar batatas, e a grama morta não pode mais sustentar rebanhos de ovelhas, alpacas, vicunhas e lhamas.

Desde a vitória do presidente deposto, no ano passado, por apenas 0,4 ponto porcentual, a oposição, que ameaçou não reconhecer o resultado da disputa, usou a maioria no Congresso para pressionar Castillo. / AP e AFP

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