Pressão nos bastidores e alta de Trump em pesquisa ampliam crise na campanha de Biden


Segundo o ‘NYT’, Biden teria admitido que pode não ser capaz de salvar a candidatura à reeleição

Por Redação
Atualização:

WASHINGTON- A crise na campanha do presidente americano, Joe Biden, detonada pela sua performance fraca na semana passada com Donald Trump, se agravou nesta quarta-feira, 3, com a divulgação de uma pesquisa que coloca o republicano com seis pontos de vantagem para o rival. Em paralelo, uma série de reuniões e telefonemas em Washington entre Biden e a cúpula da campanha e governadores e parlamentares democratas aumentaram a tensão em torno do futuro do presidente.

Mais cedo, o jornal The New York Times relatou que Biden teria admitido a um importante aliado que pode não ser capaz de salvar a campanha à reeleição caso não consiga convencer o público nos próximos dias de que está apto para mais quatro anos como presidente A Casa Branca negou nesta tarde a informação do jornal americano.

Ao menos publicamente, Biden promete lutar até o fim. Em um telefonema com sua equipe de campanha, o presidente prometeu seguir na disputa ‘até o fim’. “Vamos vencer porque quando os democratas estão unidos eles sempre vencem”, disse. “Vencemos Trump em 2020 e o faremos de novo.”

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A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre também reafirmou a permanência de Biden na disputa. “De maneira nenhuma (Biden irá desistir)”, disse ela no briefing diário na sede da presidência americana.

O presidente americano, Joe Biden, enfrenta uma crise na campanha Foto: Morry Gash/AP

Crise política

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A pressão, no entanto, é evidente e cada vez maior. Biden passou o dia em contatos com aliados no Congresso, entre eles os líderes da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, e na Câmara, Hakeem Jeffries, além de conselheiros políticos como a ex-presidente da Casa, Nancy Pelosi, o senador Chris Coons e o deputado Jim Clyburn. Seu objetivo, segundo aliados, era garantir a eles que o mau desempenho no debate não vai afetar campanhas democratas no legislativo e nos Estados.

Em razão desse temor, alguns democratas já se manifestaram publicamente para pedir que Biden desista. É o caso do deputado Don Davis, da Carolina do Norte, e outros nomes. A imprensa americana chegou a especular que um grupo de deputados estuda tornar pública uma carta pela desistência do presidente.

Para tentar mostrar força política, Biden e a vice-presidente Kamala Harris deve ainda hoje se reunir com governadores democratas na Casa Branca. Entre eles estarão a governadora de Michigan, Gretchen Withmer, cotada para substituir o presidente, e outros nomes ventilados para a chapa, como Josh Shapiro, da Pensilvânia e Gavin Newson, da Califórnia.

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Possíveis substitutos

Ainda que a pressão seja grande, uma substituição a poucos meses da Convenção Democrata, marcada para agosto, não seria uma tarefa fácil. Biden conta com uma estrutura de campanha montada e milhões de dólares arrecadados, além de doadores e voluntários mobilizados por todo o país.

Sondagens recentes de instituto de pesquisa indicam nomes como a vice-presidente Kamala Harris com números ligeiramente melhores que os de Biden contra Trump. Outros nomes cotados são os governadores de Michigan, da Pensilvânia e da Califórnia. A ex-primeira-dama Michelle Obama é muito popular, mas diz não ter interesse de entrar na vida pública.

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Joe Biden deixa palco do debate em Atlanta.  Foto: Gerald Herbert/Associated Press

Uma noite desastrosa

O presidente, de 81 anos, concordou em participar do debate quase dois meses antes de ser formalmente declarado o candidato do partido Democrata na tentativa de impulsionar a campanha, que tem sido marcada por questionamentos sobre a sua idade e aptidão para o cargo. Mas o resultado foi considerado catastrófico. Biden tropeçou nas palavras, teve dificuldade em concluir algumas respostas e chegou a “congelar” aos olhos do público.

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As horas que se seguiram ao primeiro embate direto com Donald Trump foram de pânico dentro do partido e o presidente tem sido pressionado a abrir espaço para um candidato democrata mais jovem.

Publicamente, Biden admitiu que se saiu mal, mas atribuiu o desempenho ao cansaço das agenda. “Não foi muito inteligente ter viajado pelo mundo algumas vezes pouco antes do debate”, disse ontem durante um evento com doares de campanha nos arredores de Washington. Nos últimos dias, ele e sua equipe tem buscado os financiadores para evitar que desistam do apoio.

Um conselheiro de Biden, que também falou sob condição de anonimato ao The New York Times, disse que o presidente estava “bem ciente do desafio político que enfrenta”./COM NY TIMES

WASHINGTON- A crise na campanha do presidente americano, Joe Biden, detonada pela sua performance fraca na semana passada com Donald Trump, se agravou nesta quarta-feira, 3, com a divulgação de uma pesquisa que coloca o republicano com seis pontos de vantagem para o rival. Em paralelo, uma série de reuniões e telefonemas em Washington entre Biden e a cúpula da campanha e governadores e parlamentares democratas aumentaram a tensão em torno do futuro do presidente.

Mais cedo, o jornal The New York Times relatou que Biden teria admitido a um importante aliado que pode não ser capaz de salvar a campanha à reeleição caso não consiga convencer o público nos próximos dias de que está apto para mais quatro anos como presidente A Casa Branca negou nesta tarde a informação do jornal americano.

Ao menos publicamente, Biden promete lutar até o fim. Em um telefonema com sua equipe de campanha, o presidente prometeu seguir na disputa ‘até o fim’. “Vamos vencer porque quando os democratas estão unidos eles sempre vencem”, disse. “Vencemos Trump em 2020 e o faremos de novo.”

A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre também reafirmou a permanência de Biden na disputa. “De maneira nenhuma (Biden irá desistir)”, disse ela no briefing diário na sede da presidência americana.

O presidente americano, Joe Biden, enfrenta uma crise na campanha Foto: Morry Gash/AP

Crise política

A pressão, no entanto, é evidente e cada vez maior. Biden passou o dia em contatos com aliados no Congresso, entre eles os líderes da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, e na Câmara, Hakeem Jeffries, além de conselheiros políticos como a ex-presidente da Casa, Nancy Pelosi, o senador Chris Coons e o deputado Jim Clyburn. Seu objetivo, segundo aliados, era garantir a eles que o mau desempenho no debate não vai afetar campanhas democratas no legislativo e nos Estados.

Em razão desse temor, alguns democratas já se manifestaram publicamente para pedir que Biden desista. É o caso do deputado Don Davis, da Carolina do Norte, e outros nomes. A imprensa americana chegou a especular que um grupo de deputados estuda tornar pública uma carta pela desistência do presidente.

Para tentar mostrar força política, Biden e a vice-presidente Kamala Harris deve ainda hoje se reunir com governadores democratas na Casa Branca. Entre eles estarão a governadora de Michigan, Gretchen Withmer, cotada para substituir o presidente, e outros nomes ventilados para a chapa, como Josh Shapiro, da Pensilvânia e Gavin Newson, da Califórnia.

Possíveis substitutos

Ainda que a pressão seja grande, uma substituição a poucos meses da Convenção Democrata, marcada para agosto, não seria uma tarefa fácil. Biden conta com uma estrutura de campanha montada e milhões de dólares arrecadados, além de doadores e voluntários mobilizados por todo o país.

Sondagens recentes de instituto de pesquisa indicam nomes como a vice-presidente Kamala Harris com números ligeiramente melhores que os de Biden contra Trump. Outros nomes cotados são os governadores de Michigan, da Pensilvânia e da Califórnia. A ex-primeira-dama Michelle Obama é muito popular, mas diz não ter interesse de entrar na vida pública.

Joe Biden deixa palco do debate em Atlanta.  Foto: Gerald Herbert/Associated Press

Uma noite desastrosa

O presidente, de 81 anos, concordou em participar do debate quase dois meses antes de ser formalmente declarado o candidato do partido Democrata na tentativa de impulsionar a campanha, que tem sido marcada por questionamentos sobre a sua idade e aptidão para o cargo. Mas o resultado foi considerado catastrófico. Biden tropeçou nas palavras, teve dificuldade em concluir algumas respostas e chegou a “congelar” aos olhos do público.

As horas que se seguiram ao primeiro embate direto com Donald Trump foram de pânico dentro do partido e o presidente tem sido pressionado a abrir espaço para um candidato democrata mais jovem.

Publicamente, Biden admitiu que se saiu mal, mas atribuiu o desempenho ao cansaço das agenda. “Não foi muito inteligente ter viajado pelo mundo algumas vezes pouco antes do debate”, disse ontem durante um evento com doares de campanha nos arredores de Washington. Nos últimos dias, ele e sua equipe tem buscado os financiadores para evitar que desistam do apoio.

Um conselheiro de Biden, que também falou sob condição de anonimato ao The New York Times, disse que o presidente estava “bem ciente do desafio político que enfrenta”./COM NY TIMES

WASHINGTON- A crise na campanha do presidente americano, Joe Biden, detonada pela sua performance fraca na semana passada com Donald Trump, se agravou nesta quarta-feira, 3, com a divulgação de uma pesquisa que coloca o republicano com seis pontos de vantagem para o rival. Em paralelo, uma série de reuniões e telefonemas em Washington entre Biden e a cúpula da campanha e governadores e parlamentares democratas aumentaram a tensão em torno do futuro do presidente.

Mais cedo, o jornal The New York Times relatou que Biden teria admitido a um importante aliado que pode não ser capaz de salvar a campanha à reeleição caso não consiga convencer o público nos próximos dias de que está apto para mais quatro anos como presidente A Casa Branca negou nesta tarde a informação do jornal americano.

Ao menos publicamente, Biden promete lutar até o fim. Em um telefonema com sua equipe de campanha, o presidente prometeu seguir na disputa ‘até o fim’. “Vamos vencer porque quando os democratas estão unidos eles sempre vencem”, disse. “Vencemos Trump em 2020 e o faremos de novo.”

A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre também reafirmou a permanência de Biden na disputa. “De maneira nenhuma (Biden irá desistir)”, disse ela no briefing diário na sede da presidência americana.

O presidente americano, Joe Biden, enfrenta uma crise na campanha Foto: Morry Gash/AP

Crise política

A pressão, no entanto, é evidente e cada vez maior. Biden passou o dia em contatos com aliados no Congresso, entre eles os líderes da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, e na Câmara, Hakeem Jeffries, além de conselheiros políticos como a ex-presidente da Casa, Nancy Pelosi, o senador Chris Coons e o deputado Jim Clyburn. Seu objetivo, segundo aliados, era garantir a eles que o mau desempenho no debate não vai afetar campanhas democratas no legislativo e nos Estados.

Em razão desse temor, alguns democratas já se manifestaram publicamente para pedir que Biden desista. É o caso do deputado Don Davis, da Carolina do Norte, e outros nomes. A imprensa americana chegou a especular que um grupo de deputados estuda tornar pública uma carta pela desistência do presidente.

Para tentar mostrar força política, Biden e a vice-presidente Kamala Harris deve ainda hoje se reunir com governadores democratas na Casa Branca. Entre eles estarão a governadora de Michigan, Gretchen Withmer, cotada para substituir o presidente, e outros nomes ventilados para a chapa, como Josh Shapiro, da Pensilvânia e Gavin Newson, da Califórnia.

Possíveis substitutos

Ainda que a pressão seja grande, uma substituição a poucos meses da Convenção Democrata, marcada para agosto, não seria uma tarefa fácil. Biden conta com uma estrutura de campanha montada e milhões de dólares arrecadados, além de doadores e voluntários mobilizados por todo o país.

Sondagens recentes de instituto de pesquisa indicam nomes como a vice-presidente Kamala Harris com números ligeiramente melhores que os de Biden contra Trump. Outros nomes cotados são os governadores de Michigan, da Pensilvânia e da Califórnia. A ex-primeira-dama Michelle Obama é muito popular, mas diz não ter interesse de entrar na vida pública.

Joe Biden deixa palco do debate em Atlanta.  Foto: Gerald Herbert/Associated Press

Uma noite desastrosa

O presidente, de 81 anos, concordou em participar do debate quase dois meses antes de ser formalmente declarado o candidato do partido Democrata na tentativa de impulsionar a campanha, que tem sido marcada por questionamentos sobre a sua idade e aptidão para o cargo. Mas o resultado foi considerado catastrófico. Biden tropeçou nas palavras, teve dificuldade em concluir algumas respostas e chegou a “congelar” aos olhos do público.

As horas que se seguiram ao primeiro embate direto com Donald Trump foram de pânico dentro do partido e o presidente tem sido pressionado a abrir espaço para um candidato democrata mais jovem.

Publicamente, Biden admitiu que se saiu mal, mas atribuiu o desempenho ao cansaço das agenda. “Não foi muito inteligente ter viajado pelo mundo algumas vezes pouco antes do debate”, disse ontem durante um evento com doares de campanha nos arredores de Washington. Nos últimos dias, ele e sua equipe tem buscado os financiadores para evitar que desistam do apoio.

Um conselheiro de Biden, que também falou sob condição de anonimato ao The New York Times, disse que o presidente estava “bem ciente do desafio político que enfrenta”./COM NY TIMES

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