WASHINGTON - O Partido Democrata realiza nesta terça-feira, 11, em New Hampshire a segunda prévia do longo processo de nomeação do candidato que rivalizará com o presidente Donald Trump em novembro. A disputa em Iowa, na semana passada, intensificou a divisão ideológica do eleitorado, que rachou entre um candidato centrista, Pete Buttigieg, e um progressista, Bernie Sanders.
Como Iowa e New Hampshire são os primeiros Estados que realizam prévias, os democratas esperam que o número de candidatos se reduza o mais breve possível. Em New Hampshire, a média das pesquisas mostra Bernie Sanders na frente, com 26,1% das intenções de voto. Buttigieg vem em segundo, com 21,1%, seguido de Elizabeth Warren (12,8%), Joe Biden (12,2%) e Amy Klobuchar (9,6%).
Dias antes das prévias de Iowa, Biden aparecia em segundo lugar nas pesquisas em New Hampshire. Desde a derrota em Iowa, seu nome vem perdendo força em outros Estados.Cada vez mais, a disputa parece polarizar entre Sanders e Buttigieg.
Um dos trunfos de Biden – uma imagem que ele tem tentado disseminar – é a de que ele é o único a ter força para vencer Trump. A chance dos democratas contra o presidente é citada pelos eleitores do partido como um fator crucial para decidirem o nome que preferem para disputar a Casa Branca. O problema do ex-vice-presidente dos EUA é que isso deixou de ser verdade. Agora, pesquisas nacionais já mostram Sanders e Michael Bloomberg com mais chances de derrotar o presidente.
Biden tem minimizado suas expectativas em New Hampshire. “Você precisa ter 1.900 delegados ou mais (na convenção partidária, para ser nomeado candidato), e isso está apenas começando”, afirmou. O ex-vice-presidente espera começar a ganhar prévias a partir da Carolina do Sul, dia 29, Estado com grande número de eleitores negros, com os quais Biden é popular. New Hampshire tem 1,3 milhão de habitantes, 90% deles brancos – bastante parecido com Iowa.
A importância dos negros para o Partido Democrata é histórica. Foram eles que impulsionaram a candidatura de Jimmy Carter, em 1976, e de Barack Obama, em 2008 e 2012. Os candidatos precisam mostrar, até a convenção, em julho, que não só conseguem superar a fratura ideológica entre os eleitores como também as divisões raciais.