A pré-candidata à presidência Patricia Bullrich está entre os muitos argentinos que enfrentaram dificuldades para votar nas Primárias, Abertas, Simultâneas e Obrigatórias, as PASO. As imagens da votação mostram o momento em que ela acena negativamente com a cabeça ao lado do técnico que tentava ajudar.
A imprensa argentina relatou que Bullrich chegou a urna às 12h29. Só 12 minutos depois, às 12h41, ela conseguiu votar. Ao deixar a sessão eleitoral, ela falou com a imprensa e explicou o problema. “Eu votava em uma lista e aparecia outra”, contou.
A pré-candidata detalhou que tentou votar sete vezes sem sucesso. Os técnicos precisaram trocar a urna eletrônica e, só depois disso, ela conseguiu registrar o voto na oitava tentativa. “A votação na cidade de Buenos Aires foi um desastre”, avaliou.
“Os sistemas eleitorais devem ter um grau de maturidade. Devem ser testados por muito tempo para garantir que funcionam. Minha experiência foi ruim”, acrescentou Patrícia ao criticar o modelo de votação implementado pelo rival. Nas primárias, Bullrich enfrenta o prefeito de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, dentro da coalizão Juntos por el Cambio, de direita.
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A capital Buenos Aires adotou um modelo híbrido. A disputa local foi resolvida por meio da urna eletrônica, usada em paralelo com o tradicional voto de papel da votação nacional. A eleição foi marcada por reclamações de falhas no sistema, atrasos e longas filas. A prefeitura minimizou a confusão e disse que o número de urnas com defeito era muito pequeno diante do total.
Pouco mais de 60% dos eleitores foram às urnas até às 18h, quando a eleição foi encerrada nacionalmente. Em Buenos Aires algumas escolas prorrogaram o horário de votação até às 19h30 para atender todas as pessoas que estavam nas filas. O governo já adiantou que a contagem dos votos deve ser lenta.
A votação vai decidir o candidato da coalizão Juntos por el Cambio, que tem vantagem nas pesquisas sobre os peronistas que governam a Argentina. O ministro da Economia, Sérgio Massa, aparece em segundo lugar com a coalizão Unión por la Pátria, enfraquecida pela crise econômica.
A terceira força política na disputa é o o candidato de ultradireita Javier Milei. O polêmico economista agitou a campanha, mas foi perdendo força. O resultado das primárias será um termômetro para a escolha do próximo presidente argentino.