O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, foi retirado de um evento no Japão neste sábado,15, após uma explosão ter sido ouvida no local. O ministro ficou seguro e um suspeito foi detido por alegadamente ter atirado o explosivo, informaram os meios de comunicação locais.
De acordo com relatos de agências de notícias locais, uma aparente “bomba de fumaça foi lançada em direção ao primeiro-ministro”. Até agora, não há registro de feridos ou de danos ao local.
Kishida fazia uma visita ao porto de Saikazaki na cidade de Wakayama, cujo prefeito é seu aliado e concorre à reeleição. A explosão ocorreu pouco antes de ele começar seu discurso, disse a emissora NHK. Não foram relatados quaisquer feridos no incidente e Kishida foi levado para a sede da polícia da prefeitura.
O incidente ocorre apenas nove meses após o ex-primeiro-ministro Shinzo Abe ter sido assassinado enquanto fazia um discurso de campanha na cidade ocidental de Nara. O assassinato chocou a nação e uma investigação subsequente encontrou lacunas na segurança de Abe e levou ao reforço das medidas de segurança da polícia japonesa.
O ataque ao mandatário ocorre ao mesmo tempo que uma série de reuniões ministeriais do Grupo dos Sete, que começa neste final de semana antes da reunião de cúpula de 19 e 21 de maio que está marcada para acontecer em Hiroshima.
Um suspeito foi preso no local. As imagens da NHK mostraram vários polícias fardados e à paisana reunidos à volta do homem, pressionando-o e arrastando-o. O homem não foi identificado.
Uma testemunha disse à NHK que estava entre a multidão e viu algo voar por trás e que houve um barulho repentino e ela fugiu com os seus filhos. Outra afirmou que as pessoas gritavam e que viu alguém a ser detido mesmo antes da explosão ocorrer.
O ataque de sábado antecede as eleições locais em todo o país, incluindo uma eleição suplementar para um lugar vago na Câmara Baixa do Parlamento, com votação marcada para 23 de abril.
No assassinato de Abe, o agressor alegadamente alvejou Abe com uma arma caseira quando o antigo líder participava de um evento de campanha. O suspeito, Tetsuya Yamagami, foi acusado de homicídio e de vários outros crimes, incluindo a violação de uma lei de controle de armas.
O assassino disse aos investigadores que ele matou Abe, um dos políticos mais influentes e divisionistas do Japão, devido às aparentes ligações do ex-primeiro ministro a um grupo religioso da Igreja da Unificação, que ele odiava. Yamagami disse também que desenvolveu um rancor porque sua mãe tinha feito doações maciças à congregação, o que levou a sua família à falência e arruinou a sua vida.
Em um País conhecido pela segurança pública e rigoroso controle de armas, o assassinato levou à demissão dos principais chefes de polícia locais e nacionais e a um endurecimento das diretrizes de segurança para os líderes políticos e outras pessoas proeminentes. | AFP e AP