Reino Unido decide abandonar União Europeia; premiê renuncia


Em votação com taxa de comparecimento recorde, britânicos rejeitam permanência no bloco; libra cai a menor valor em relação ao dólar desde 1985

Por Andrei Netto, Correspondente e Paris
Atualização:

Em um referendo histórico com mobilização recorde do eleitorado, superior a 70%, o Reino Unido decidiu ontem deixar a União Europeia (UE). No início da madrugada, com a divulgação dos resultados ainda parciais, bolsas de valores da Ásia desabaram e a libra esterlina caía ao menor valor frente ao dólar desde 1985 como reação à vitória do “Brexit” – a saída britânica.

Apurados os resultados de 331 dos 382 distritos eleitorais, os números parciais indicavam 52% de votos pela saída contra 48% pela permanência. No início da madrugada (horário de Brasília), a emissora britânica BBC confirmou que o resultado era irreversível. 

Nigel Farage, líder do partido Ukip, comemora a vitória do Leave Foto: GEOFF CADDICK/AFP
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exemplo da eleição geral britânica de 2015, as urnas contradisseram a maioria das pesquisas de intenção de voto. Levantamentos apontavam para a vitória do “permanecer” e dois importantes políticos que fizeram campanha contra a UE chegaram a dizer que já imaginavam a derrota pouco após fechamento das urnas. 

Nigel Farage, líder do Partido pela Independência do Reino Unido (Ukip) e uma importante voz em favor da saída, disse à Sky News após o encerramento da votação que o comparecimento foi extremamente alto e parecia que o "Remain" (permanência) venceria. A ministra Theresa Villiers, que fez campanha pela saída, disse à TV que o “instinto” lhe dizia que o "Leave" (saída) perderia.

Os comentários de Farage e as pesquisas de opinião levaram a libra esterlina a seu nível mais alto em seis meses – US$1,50. A moeda despencou em 10%, no entanto, depois que a apuração na cidade de Sunderland, no noroeste, mostrou um grande apoio à saída.

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Após a confirmação da saída, a queda se acentuou e chegou a 12,64%. “Que o dia 23 de junho seja o nosso dia da independência”, declarou Farage quando a apuração mostrou a vitória do “Leave”.

Ao longo do dia de votação, a expectativa de vitória do campo pró-Europa também gerou otimismo no mercado financeiro. As principais bolsas europeias fecharam em alta: Londres com 1,23%, Frankfurt com 1,85% e Paris com 1,96%. Mas durante a madrugada a tendência se inverteu e a abertura dos mercados financeiros asiáticos passou a refletir o pessimismo com o avanço da apuração e, posteriormente, a confirmação da decisão pelo “sair”. 

Derrota política. Após ser derrotado no plebiscito, o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, anunciou que irá deixar o cargoCameron afirmou que poderá permanecer no posto pelos próximos três meses e deixar, deixando a cadeira em outubro, quando acontece a conferência anual de seu partido.

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"Eu irei fazer tudo que puder como primeiro-ministro para firmar o navio durante as próximas semanas e meses, mas eu não acho que seria certo para mim tentar ser o capitão que orienta nosso país para seu próximo destino", disse em pronunciamento, acrescentando que irá participar da cúpula da União Europeia na próxima semana para explicar sua decisão.

Pouco após o fechamento das urnas, em post no Twitter, Cameron, que era o líder da campanha pró-UE agradeceu o apoio da opinião pública. “Obrigado a todos que votaram para manter o Reino Unido mais forte, mais seguro e melhor na Europa”, disse o premiê. 

A realização do referendo foi uma das principais bandeiras de Cameron para pacificar grupos de seu partido insatisfeitos com a UE. O premiê esperava obter uma vitória tranquila pela permanência, mas acabou colhendo um resultado que pode custar sua carreira política.

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Analistas afirmaram que o sentimento anti-UE foi inesperadamente forte nas cidades inglesas do norte, duramente afetadas pelo declínio das indústrias e perda de empregos.

Bloco. A votação no referendo provocou um dia de tensão máxima nas principais capitais do continente. Ao longo da jornada, líderes como o presidente da França, François Hollande, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afastaram qualquer possibilidade de que pudesse haver outra opção em caso de vitória do Brexit a não ser a saída “irreversível” do Reino Unido do bloco. “Quando é não, é não. Não há estatuto intermediário”, afirmou Hollande. / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS 

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A ruptura do Reino Unido com a União Europeia vai ser decidida no próximo dia 23, quando os britânicos vão às urnas em um referendo para dizer se querem ou não permanecer no bloco. De acordo com especialistas, o Brexit, como é chamada a possível saída, tem consequências não só para a Europa, mas para o mundo inteiro.

Em um referendo histórico com mobilização recorde do eleitorado, superior a 70%, o Reino Unido decidiu ontem deixar a União Europeia (UE). No início da madrugada, com a divulgação dos resultados ainda parciais, bolsas de valores da Ásia desabaram e a libra esterlina caía ao menor valor frente ao dólar desde 1985 como reação à vitória do “Brexit” – a saída britânica.

Apurados os resultados de 331 dos 382 distritos eleitorais, os números parciais indicavam 52% de votos pela saída contra 48% pela permanência. No início da madrugada (horário de Brasília), a emissora britânica BBC confirmou que o resultado era irreversível. 

Nigel Farage, líder do partido Ukip, comemora a vitória do Leave Foto: GEOFF CADDICK/AFP

exemplo da eleição geral britânica de 2015, as urnas contradisseram a maioria das pesquisas de intenção de voto. Levantamentos apontavam para a vitória do “permanecer” e dois importantes políticos que fizeram campanha contra a UE chegaram a dizer que já imaginavam a derrota pouco após fechamento das urnas. 

Nigel Farage, líder do Partido pela Independência do Reino Unido (Ukip) e uma importante voz em favor da saída, disse à Sky News após o encerramento da votação que o comparecimento foi extremamente alto e parecia que o "Remain" (permanência) venceria. A ministra Theresa Villiers, que fez campanha pela saída, disse à TV que o “instinto” lhe dizia que o "Leave" (saída) perderia.

Os comentários de Farage e as pesquisas de opinião levaram a libra esterlina a seu nível mais alto em seis meses – US$1,50. A moeda despencou em 10%, no entanto, depois que a apuração na cidade de Sunderland, no noroeste, mostrou um grande apoio à saída.

Após a confirmação da saída, a queda se acentuou e chegou a 12,64%. “Que o dia 23 de junho seja o nosso dia da independência”, declarou Farage quando a apuração mostrou a vitória do “Leave”.

Ao longo do dia de votação, a expectativa de vitória do campo pró-Europa também gerou otimismo no mercado financeiro. As principais bolsas europeias fecharam em alta: Londres com 1,23%, Frankfurt com 1,85% e Paris com 1,96%. Mas durante a madrugada a tendência se inverteu e a abertura dos mercados financeiros asiáticos passou a refletir o pessimismo com o avanço da apuração e, posteriormente, a confirmação da decisão pelo “sair”. 

Derrota política. Após ser derrotado no plebiscito, o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, anunciou que irá deixar o cargoCameron afirmou que poderá permanecer no posto pelos próximos três meses e deixar, deixando a cadeira em outubro, quando acontece a conferência anual de seu partido.

"Eu irei fazer tudo que puder como primeiro-ministro para firmar o navio durante as próximas semanas e meses, mas eu não acho que seria certo para mim tentar ser o capitão que orienta nosso país para seu próximo destino", disse em pronunciamento, acrescentando que irá participar da cúpula da União Europeia na próxima semana para explicar sua decisão.

Pouco após o fechamento das urnas, em post no Twitter, Cameron, que era o líder da campanha pró-UE agradeceu o apoio da opinião pública. “Obrigado a todos que votaram para manter o Reino Unido mais forte, mais seguro e melhor na Europa”, disse o premiê. 

A realização do referendo foi uma das principais bandeiras de Cameron para pacificar grupos de seu partido insatisfeitos com a UE. O premiê esperava obter uma vitória tranquila pela permanência, mas acabou colhendo um resultado que pode custar sua carreira política.

Analistas afirmaram que o sentimento anti-UE foi inesperadamente forte nas cidades inglesas do norte, duramente afetadas pelo declínio das indústrias e perda de empregos.

Bloco. A votação no referendo provocou um dia de tensão máxima nas principais capitais do continente. Ao longo da jornada, líderes como o presidente da França, François Hollande, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afastaram qualquer possibilidade de que pudesse haver outra opção em caso de vitória do Brexit a não ser a saída “irreversível” do Reino Unido do bloco. “Quando é não, é não. Não há estatuto intermediário”, afirmou Hollande. / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS 

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A ruptura do Reino Unido com a União Europeia vai ser decidida no próximo dia 23, quando os britânicos vão às urnas em um referendo para dizer se querem ou não permanecer no bloco. De acordo com especialistas, o Brexit, como é chamada a possível saída, tem consequências não só para a Europa, mas para o mundo inteiro.

Em um referendo histórico com mobilização recorde do eleitorado, superior a 70%, o Reino Unido decidiu ontem deixar a União Europeia (UE). No início da madrugada, com a divulgação dos resultados ainda parciais, bolsas de valores da Ásia desabaram e a libra esterlina caía ao menor valor frente ao dólar desde 1985 como reação à vitória do “Brexit” – a saída britânica.

Apurados os resultados de 331 dos 382 distritos eleitorais, os números parciais indicavam 52% de votos pela saída contra 48% pela permanência. No início da madrugada (horário de Brasília), a emissora britânica BBC confirmou que o resultado era irreversível. 

Nigel Farage, líder do partido Ukip, comemora a vitória do Leave Foto: GEOFF CADDICK/AFP

exemplo da eleição geral britânica de 2015, as urnas contradisseram a maioria das pesquisas de intenção de voto. Levantamentos apontavam para a vitória do “permanecer” e dois importantes políticos que fizeram campanha contra a UE chegaram a dizer que já imaginavam a derrota pouco após fechamento das urnas. 

Nigel Farage, líder do Partido pela Independência do Reino Unido (Ukip) e uma importante voz em favor da saída, disse à Sky News após o encerramento da votação que o comparecimento foi extremamente alto e parecia que o "Remain" (permanência) venceria. A ministra Theresa Villiers, que fez campanha pela saída, disse à TV que o “instinto” lhe dizia que o "Leave" (saída) perderia.

Os comentários de Farage e as pesquisas de opinião levaram a libra esterlina a seu nível mais alto em seis meses – US$1,50. A moeda despencou em 10%, no entanto, depois que a apuração na cidade de Sunderland, no noroeste, mostrou um grande apoio à saída.

Após a confirmação da saída, a queda se acentuou e chegou a 12,64%. “Que o dia 23 de junho seja o nosso dia da independência”, declarou Farage quando a apuração mostrou a vitória do “Leave”.

Ao longo do dia de votação, a expectativa de vitória do campo pró-Europa também gerou otimismo no mercado financeiro. As principais bolsas europeias fecharam em alta: Londres com 1,23%, Frankfurt com 1,85% e Paris com 1,96%. Mas durante a madrugada a tendência se inverteu e a abertura dos mercados financeiros asiáticos passou a refletir o pessimismo com o avanço da apuração e, posteriormente, a confirmação da decisão pelo “sair”. 

Derrota política. Após ser derrotado no plebiscito, o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, anunciou que irá deixar o cargoCameron afirmou que poderá permanecer no posto pelos próximos três meses e deixar, deixando a cadeira em outubro, quando acontece a conferência anual de seu partido.

"Eu irei fazer tudo que puder como primeiro-ministro para firmar o navio durante as próximas semanas e meses, mas eu não acho que seria certo para mim tentar ser o capitão que orienta nosso país para seu próximo destino", disse em pronunciamento, acrescentando que irá participar da cúpula da União Europeia na próxima semana para explicar sua decisão.

Pouco após o fechamento das urnas, em post no Twitter, Cameron, que era o líder da campanha pró-UE agradeceu o apoio da opinião pública. “Obrigado a todos que votaram para manter o Reino Unido mais forte, mais seguro e melhor na Europa”, disse o premiê. 

A realização do referendo foi uma das principais bandeiras de Cameron para pacificar grupos de seu partido insatisfeitos com a UE. O premiê esperava obter uma vitória tranquila pela permanência, mas acabou colhendo um resultado que pode custar sua carreira política.

Analistas afirmaram que o sentimento anti-UE foi inesperadamente forte nas cidades inglesas do norte, duramente afetadas pelo declínio das indústrias e perda de empregos.

Bloco. A votação no referendo provocou um dia de tensão máxima nas principais capitais do continente. Ao longo da jornada, líderes como o presidente da França, François Hollande, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afastaram qualquer possibilidade de que pudesse haver outra opção em caso de vitória do Brexit a não ser a saída “irreversível” do Reino Unido do bloco. “Quando é não, é não. Não há estatuto intermediário”, afirmou Hollande. / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS 

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A ruptura do Reino Unido com a União Europeia vai ser decidida no próximo dia 23, quando os britânicos vão às urnas em um referendo para dizer se querem ou não permanecer no bloco. De acordo com especialistas, o Brexit, como é chamada a possível saída, tem consequências não só para a Europa, mas para o mundo inteiro.

Em um referendo histórico com mobilização recorde do eleitorado, superior a 70%, o Reino Unido decidiu ontem deixar a União Europeia (UE). No início da madrugada, com a divulgação dos resultados ainda parciais, bolsas de valores da Ásia desabaram e a libra esterlina caía ao menor valor frente ao dólar desde 1985 como reação à vitória do “Brexit” – a saída britânica.

Apurados os resultados de 331 dos 382 distritos eleitorais, os números parciais indicavam 52% de votos pela saída contra 48% pela permanência. No início da madrugada (horário de Brasília), a emissora britânica BBC confirmou que o resultado era irreversível. 

Nigel Farage, líder do partido Ukip, comemora a vitória do Leave Foto: GEOFF CADDICK/AFP

exemplo da eleição geral britânica de 2015, as urnas contradisseram a maioria das pesquisas de intenção de voto. Levantamentos apontavam para a vitória do “permanecer” e dois importantes políticos que fizeram campanha contra a UE chegaram a dizer que já imaginavam a derrota pouco após fechamento das urnas. 

Nigel Farage, líder do Partido pela Independência do Reino Unido (Ukip) e uma importante voz em favor da saída, disse à Sky News após o encerramento da votação que o comparecimento foi extremamente alto e parecia que o "Remain" (permanência) venceria. A ministra Theresa Villiers, que fez campanha pela saída, disse à TV que o “instinto” lhe dizia que o "Leave" (saída) perderia.

Os comentários de Farage e as pesquisas de opinião levaram a libra esterlina a seu nível mais alto em seis meses – US$1,50. A moeda despencou em 10%, no entanto, depois que a apuração na cidade de Sunderland, no noroeste, mostrou um grande apoio à saída.

Após a confirmação da saída, a queda se acentuou e chegou a 12,64%. “Que o dia 23 de junho seja o nosso dia da independência”, declarou Farage quando a apuração mostrou a vitória do “Leave”.

Ao longo do dia de votação, a expectativa de vitória do campo pró-Europa também gerou otimismo no mercado financeiro. As principais bolsas europeias fecharam em alta: Londres com 1,23%, Frankfurt com 1,85% e Paris com 1,96%. Mas durante a madrugada a tendência se inverteu e a abertura dos mercados financeiros asiáticos passou a refletir o pessimismo com o avanço da apuração e, posteriormente, a confirmação da decisão pelo “sair”. 

Derrota política. Após ser derrotado no plebiscito, o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, anunciou que irá deixar o cargoCameron afirmou que poderá permanecer no posto pelos próximos três meses e deixar, deixando a cadeira em outubro, quando acontece a conferência anual de seu partido.

"Eu irei fazer tudo que puder como primeiro-ministro para firmar o navio durante as próximas semanas e meses, mas eu não acho que seria certo para mim tentar ser o capitão que orienta nosso país para seu próximo destino", disse em pronunciamento, acrescentando que irá participar da cúpula da União Europeia na próxima semana para explicar sua decisão.

Pouco após o fechamento das urnas, em post no Twitter, Cameron, que era o líder da campanha pró-UE agradeceu o apoio da opinião pública. “Obrigado a todos que votaram para manter o Reino Unido mais forte, mais seguro e melhor na Europa”, disse o premiê. 

A realização do referendo foi uma das principais bandeiras de Cameron para pacificar grupos de seu partido insatisfeitos com a UE. O premiê esperava obter uma vitória tranquila pela permanência, mas acabou colhendo um resultado que pode custar sua carreira política.

Analistas afirmaram que o sentimento anti-UE foi inesperadamente forte nas cidades inglesas do norte, duramente afetadas pelo declínio das indústrias e perda de empregos.

Bloco. A votação no referendo provocou um dia de tensão máxima nas principais capitais do continente. Ao longo da jornada, líderes como o presidente da França, François Hollande, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afastaram qualquer possibilidade de que pudesse haver outra opção em caso de vitória do Brexit a não ser a saída “irreversível” do Reino Unido do bloco. “Quando é não, é não. Não há estatuto intermediário”, afirmou Hollande. / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS 

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