Principal chefe do crime no Equador provavelmente fugiu da cadeia, diz governo


Hoje também ocorreram incidentes em várias prisões do país, inclusive com retenção de agentes penitenciários

Por Redação

O líder da principal facção criminosa do Equador provavelmente fugiu “horas antes” de uma operação de revista no domingo no presídio onde cumpria pena, indicou o secretário de Comunicação do governo, Roberto Izurieta, nesta segunda-feira, 8.

“O mais provável, (é que) houve vazamento em questão de horas antes (da operação)”, disse o funcionário ao ser consultado pelo canal Teleamazonas sobre “quando” Adolfo Macías, também conhecido como ‘Fito’, “fugiu”.

As autoridades não confirmaram a fuga do criminoso de 44 anos.

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Forças policiais montam guarda do lado de fora da prisão de Turi enquanto os presos mantêm os guardas prisionais como reféns, em Cuenca, Equador, em 8 de janeiro de 2024. Foto: FERNANDO MACHADO / AFP

No domingo, o comandante da Polícia, general César Zapata, admitiu que “pôde-se perceber a ausência de um dos detentos” com a entrada da força pública em uma penitenciária do porto de Guayaquil (sudoeste), onde ‘Fito’ deveria estar.

O Ministério Público abriu uma investigação pela “suposta fuga” do líder da facção criminosa Los Choneros, a mais temida do Equador, que disputa violentamente as rotas do narcotráfico com outros grupos criminosos.

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‘Fito’, que estava detido na Prisão Regional de Guayaquil, cumpria, desde 2011, uma pena de 34 anos por crime organizado, narcotráfico e homicídio.

O secretário de Comunicação do governo indicou que “a força do Estado está a postos para encontrar esse sujeito extremamente perigoso”.

Izurieta lamentou que “o nível de infiltrações” dos grupos criminosos no Estado “é muito grande” e tachou de “falido” o sistema penitenciário equatoriano.

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Na noite de domingo, o presidente Daniel Noboa - no cargo desde novembro e que disse que há presos que vivem como se estivessem em um hotel de cinco estrelas - convocou uma reunião do Conselho de Segurança em Guayaquil para tratar do tema a portas fechadas.

Alerta em prisões

Veículos de imprensa locais reportaram que, nesta segunda-feira, ocorreram incidentes em várias prisões do país, inclusive com retenção de agentes penitenciários, sem que tenha havido um pronunciamento das autoridades.

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Policiais e soldados se preparam para entrar na prisão El Inca, onde começaram os distúrbios, em Quito, Equador, na segunda-feira, 8 de janeiro de 2024. Foto: Dolores Ochoa / AP

Na pequena prisão conhecida como El Inca, no norte de Quito, houve a entrada de um forte contingente policial, enquanto militares protegiam o lado de fora, constatou um jornalista da AFP. Após cerca de cinco horas de rebelião, os militares retomaram o controle desse centro penitenciário, segundo o chefe policial local, Wilson Pavón.

Enquanto isso, nas redes sociais, circularam vídeos gravados em diferentes locais nos quais grupos de agentes penitenciários clamam por suas vidas enquanto encapuzados os ameaçam com facas.

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Os guardas leem um comunicado no qual peden a Noboa que “não envie tropas que sejam esquadrões da morte às prisões”.

“Estamos agora mesmo implorando que sua ação seja mais cautelosa e, por favor, zele por nossas vidas, por nossa segurança”, acrescenta a mensagem.

Na Prisão Regional, onde estava ‘Fito’, havia entrada e saída de policiais e militares em caminhões. Em um pátio, os detentos haviam escrito com pedras “PAPA FITO” e “FATALES GTR” em referência a outra organização criminosa.

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Em um campo esportivo do mesmo complexo haviam pintado “CON FITO SEMBRAMOS PAZ” (Com fito semeamos paz).

“Fito, o leão”

A última vez que ‘Fito’ foi visto foi em setembro, quando foi temporariamente enviado a outra prisão de segurança máxima de Guayaquil depois do assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio.

Detentos permanecem no telhado da prisão de Turi, onde agentes penitenciários foram mantidos como reféns, em Cuenca, Equador, em 8 de janeiro de 2024. Foto: FERNANDO MACHADO / AFP

À época, apareceu em fotos obeso, com cabelo e barba compridos. Milhares de militares o vigiavam, em uma das maiores operações militares e policiais que o ex-presidente Guillermo Lasso (2021-2023) realizou naquela penitenciária.

O criminoso, que estudou na prisão para obter o diploma de advogado, gozava de privilégios. Dentro dela, protagonizou o videoclipe de um ‘narcocorrido’ em sua homenagem e cantado por sua filha.

O vídeo de “El Corrido del León”, do grupo identificado como Mariachi Bravo, mostrava o líder da facção Los Choneros com chapéu e lendo um livro em uma das alas da prisão.

De acordo com especialistas, Los Choneros têm um exército de pelo menos 8.000 homens.

O líder da principal facção criminosa do Equador provavelmente fugiu “horas antes” de uma operação de revista no domingo no presídio onde cumpria pena, indicou o secretário de Comunicação do governo, Roberto Izurieta, nesta segunda-feira, 8.

“O mais provável, (é que) houve vazamento em questão de horas antes (da operação)”, disse o funcionário ao ser consultado pelo canal Teleamazonas sobre “quando” Adolfo Macías, também conhecido como ‘Fito’, “fugiu”.

As autoridades não confirmaram a fuga do criminoso de 44 anos.

Forças policiais montam guarda do lado de fora da prisão de Turi enquanto os presos mantêm os guardas prisionais como reféns, em Cuenca, Equador, em 8 de janeiro de 2024. Foto: FERNANDO MACHADO / AFP

No domingo, o comandante da Polícia, general César Zapata, admitiu que “pôde-se perceber a ausência de um dos detentos” com a entrada da força pública em uma penitenciária do porto de Guayaquil (sudoeste), onde ‘Fito’ deveria estar.

O Ministério Público abriu uma investigação pela “suposta fuga” do líder da facção criminosa Los Choneros, a mais temida do Equador, que disputa violentamente as rotas do narcotráfico com outros grupos criminosos.

‘Fito’, que estava detido na Prisão Regional de Guayaquil, cumpria, desde 2011, uma pena de 34 anos por crime organizado, narcotráfico e homicídio.

O secretário de Comunicação do governo indicou que “a força do Estado está a postos para encontrar esse sujeito extremamente perigoso”.

Izurieta lamentou que “o nível de infiltrações” dos grupos criminosos no Estado “é muito grande” e tachou de “falido” o sistema penitenciário equatoriano.

Na noite de domingo, o presidente Daniel Noboa - no cargo desde novembro e que disse que há presos que vivem como se estivessem em um hotel de cinco estrelas - convocou uma reunião do Conselho de Segurança em Guayaquil para tratar do tema a portas fechadas.

Alerta em prisões

Veículos de imprensa locais reportaram que, nesta segunda-feira, ocorreram incidentes em várias prisões do país, inclusive com retenção de agentes penitenciários, sem que tenha havido um pronunciamento das autoridades.

Policiais e soldados se preparam para entrar na prisão El Inca, onde começaram os distúrbios, em Quito, Equador, na segunda-feira, 8 de janeiro de 2024. Foto: Dolores Ochoa / AP

Na pequena prisão conhecida como El Inca, no norte de Quito, houve a entrada de um forte contingente policial, enquanto militares protegiam o lado de fora, constatou um jornalista da AFP. Após cerca de cinco horas de rebelião, os militares retomaram o controle desse centro penitenciário, segundo o chefe policial local, Wilson Pavón.

Enquanto isso, nas redes sociais, circularam vídeos gravados em diferentes locais nos quais grupos de agentes penitenciários clamam por suas vidas enquanto encapuzados os ameaçam com facas.

Os guardas leem um comunicado no qual peden a Noboa que “não envie tropas que sejam esquadrões da morte às prisões”.

“Estamos agora mesmo implorando que sua ação seja mais cautelosa e, por favor, zele por nossas vidas, por nossa segurança”, acrescenta a mensagem.

Na Prisão Regional, onde estava ‘Fito’, havia entrada e saída de policiais e militares em caminhões. Em um pátio, os detentos haviam escrito com pedras “PAPA FITO” e “FATALES GTR” em referência a outra organização criminosa.

Em um campo esportivo do mesmo complexo haviam pintado “CON FITO SEMBRAMOS PAZ” (Com fito semeamos paz).

“Fito, o leão”

A última vez que ‘Fito’ foi visto foi em setembro, quando foi temporariamente enviado a outra prisão de segurança máxima de Guayaquil depois do assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio.

Detentos permanecem no telhado da prisão de Turi, onde agentes penitenciários foram mantidos como reféns, em Cuenca, Equador, em 8 de janeiro de 2024. Foto: FERNANDO MACHADO / AFP

À época, apareceu em fotos obeso, com cabelo e barba compridos. Milhares de militares o vigiavam, em uma das maiores operações militares e policiais que o ex-presidente Guillermo Lasso (2021-2023) realizou naquela penitenciária.

O criminoso, que estudou na prisão para obter o diploma de advogado, gozava de privilégios. Dentro dela, protagonizou o videoclipe de um ‘narcocorrido’ em sua homenagem e cantado por sua filha.

O vídeo de “El Corrido del León”, do grupo identificado como Mariachi Bravo, mostrava o líder da facção Los Choneros com chapéu e lendo um livro em uma das alas da prisão.

De acordo com especialistas, Los Choneros têm um exército de pelo menos 8.000 homens.

O líder da principal facção criminosa do Equador provavelmente fugiu “horas antes” de uma operação de revista no domingo no presídio onde cumpria pena, indicou o secretário de Comunicação do governo, Roberto Izurieta, nesta segunda-feira, 8.

“O mais provável, (é que) houve vazamento em questão de horas antes (da operação)”, disse o funcionário ao ser consultado pelo canal Teleamazonas sobre “quando” Adolfo Macías, também conhecido como ‘Fito’, “fugiu”.

As autoridades não confirmaram a fuga do criminoso de 44 anos.

Forças policiais montam guarda do lado de fora da prisão de Turi enquanto os presos mantêm os guardas prisionais como reféns, em Cuenca, Equador, em 8 de janeiro de 2024. Foto: FERNANDO MACHADO / AFP

No domingo, o comandante da Polícia, general César Zapata, admitiu que “pôde-se perceber a ausência de um dos detentos” com a entrada da força pública em uma penitenciária do porto de Guayaquil (sudoeste), onde ‘Fito’ deveria estar.

O Ministério Público abriu uma investigação pela “suposta fuga” do líder da facção criminosa Los Choneros, a mais temida do Equador, que disputa violentamente as rotas do narcotráfico com outros grupos criminosos.

‘Fito’, que estava detido na Prisão Regional de Guayaquil, cumpria, desde 2011, uma pena de 34 anos por crime organizado, narcotráfico e homicídio.

O secretário de Comunicação do governo indicou que “a força do Estado está a postos para encontrar esse sujeito extremamente perigoso”.

Izurieta lamentou que “o nível de infiltrações” dos grupos criminosos no Estado “é muito grande” e tachou de “falido” o sistema penitenciário equatoriano.

Na noite de domingo, o presidente Daniel Noboa - no cargo desde novembro e que disse que há presos que vivem como se estivessem em um hotel de cinco estrelas - convocou uma reunião do Conselho de Segurança em Guayaquil para tratar do tema a portas fechadas.

Alerta em prisões

Veículos de imprensa locais reportaram que, nesta segunda-feira, ocorreram incidentes em várias prisões do país, inclusive com retenção de agentes penitenciários, sem que tenha havido um pronunciamento das autoridades.

Policiais e soldados se preparam para entrar na prisão El Inca, onde começaram os distúrbios, em Quito, Equador, na segunda-feira, 8 de janeiro de 2024. Foto: Dolores Ochoa / AP

Na pequena prisão conhecida como El Inca, no norte de Quito, houve a entrada de um forte contingente policial, enquanto militares protegiam o lado de fora, constatou um jornalista da AFP. Após cerca de cinco horas de rebelião, os militares retomaram o controle desse centro penitenciário, segundo o chefe policial local, Wilson Pavón.

Enquanto isso, nas redes sociais, circularam vídeos gravados em diferentes locais nos quais grupos de agentes penitenciários clamam por suas vidas enquanto encapuzados os ameaçam com facas.

Os guardas leem um comunicado no qual peden a Noboa que “não envie tropas que sejam esquadrões da morte às prisões”.

“Estamos agora mesmo implorando que sua ação seja mais cautelosa e, por favor, zele por nossas vidas, por nossa segurança”, acrescenta a mensagem.

Na Prisão Regional, onde estava ‘Fito’, havia entrada e saída de policiais e militares em caminhões. Em um pátio, os detentos haviam escrito com pedras “PAPA FITO” e “FATALES GTR” em referência a outra organização criminosa.

Em um campo esportivo do mesmo complexo haviam pintado “CON FITO SEMBRAMOS PAZ” (Com fito semeamos paz).

“Fito, o leão”

A última vez que ‘Fito’ foi visto foi em setembro, quando foi temporariamente enviado a outra prisão de segurança máxima de Guayaquil depois do assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio.

Detentos permanecem no telhado da prisão de Turi, onde agentes penitenciários foram mantidos como reféns, em Cuenca, Equador, em 8 de janeiro de 2024. Foto: FERNANDO MACHADO / AFP

À época, apareceu em fotos obeso, com cabelo e barba compridos. Milhares de militares o vigiavam, em uma das maiores operações militares e policiais que o ex-presidente Guillermo Lasso (2021-2023) realizou naquela penitenciária.

O criminoso, que estudou na prisão para obter o diploma de advogado, gozava de privilégios. Dentro dela, protagonizou o videoclipe de um ‘narcocorrido’ em sua homenagem e cantado por sua filha.

O vídeo de “El Corrido del León”, do grupo identificado como Mariachi Bravo, mostrava o líder da facção Los Choneros com chapéu e lendo um livro em uma das alas da prisão.

De acordo com especialistas, Los Choneros têm um exército de pelo menos 8.000 homens.

O líder da principal facção criminosa do Equador provavelmente fugiu “horas antes” de uma operação de revista no domingo no presídio onde cumpria pena, indicou o secretário de Comunicação do governo, Roberto Izurieta, nesta segunda-feira, 8.

“O mais provável, (é que) houve vazamento em questão de horas antes (da operação)”, disse o funcionário ao ser consultado pelo canal Teleamazonas sobre “quando” Adolfo Macías, também conhecido como ‘Fito’, “fugiu”.

As autoridades não confirmaram a fuga do criminoso de 44 anos.

Forças policiais montam guarda do lado de fora da prisão de Turi enquanto os presos mantêm os guardas prisionais como reféns, em Cuenca, Equador, em 8 de janeiro de 2024. Foto: FERNANDO MACHADO / AFP

No domingo, o comandante da Polícia, general César Zapata, admitiu que “pôde-se perceber a ausência de um dos detentos” com a entrada da força pública em uma penitenciária do porto de Guayaquil (sudoeste), onde ‘Fito’ deveria estar.

O Ministério Público abriu uma investigação pela “suposta fuga” do líder da facção criminosa Los Choneros, a mais temida do Equador, que disputa violentamente as rotas do narcotráfico com outros grupos criminosos.

‘Fito’, que estava detido na Prisão Regional de Guayaquil, cumpria, desde 2011, uma pena de 34 anos por crime organizado, narcotráfico e homicídio.

O secretário de Comunicação do governo indicou que “a força do Estado está a postos para encontrar esse sujeito extremamente perigoso”.

Izurieta lamentou que “o nível de infiltrações” dos grupos criminosos no Estado “é muito grande” e tachou de “falido” o sistema penitenciário equatoriano.

Na noite de domingo, o presidente Daniel Noboa - no cargo desde novembro e que disse que há presos que vivem como se estivessem em um hotel de cinco estrelas - convocou uma reunião do Conselho de Segurança em Guayaquil para tratar do tema a portas fechadas.

Alerta em prisões

Veículos de imprensa locais reportaram que, nesta segunda-feira, ocorreram incidentes em várias prisões do país, inclusive com retenção de agentes penitenciários, sem que tenha havido um pronunciamento das autoridades.

Policiais e soldados se preparam para entrar na prisão El Inca, onde começaram os distúrbios, em Quito, Equador, na segunda-feira, 8 de janeiro de 2024. Foto: Dolores Ochoa / AP

Na pequena prisão conhecida como El Inca, no norte de Quito, houve a entrada de um forte contingente policial, enquanto militares protegiam o lado de fora, constatou um jornalista da AFP. Após cerca de cinco horas de rebelião, os militares retomaram o controle desse centro penitenciário, segundo o chefe policial local, Wilson Pavón.

Enquanto isso, nas redes sociais, circularam vídeos gravados em diferentes locais nos quais grupos de agentes penitenciários clamam por suas vidas enquanto encapuzados os ameaçam com facas.

Os guardas leem um comunicado no qual peden a Noboa que “não envie tropas que sejam esquadrões da morte às prisões”.

“Estamos agora mesmo implorando que sua ação seja mais cautelosa e, por favor, zele por nossas vidas, por nossa segurança”, acrescenta a mensagem.

Na Prisão Regional, onde estava ‘Fito’, havia entrada e saída de policiais e militares em caminhões. Em um pátio, os detentos haviam escrito com pedras “PAPA FITO” e “FATALES GTR” em referência a outra organização criminosa.

Em um campo esportivo do mesmo complexo haviam pintado “CON FITO SEMBRAMOS PAZ” (Com fito semeamos paz).

“Fito, o leão”

A última vez que ‘Fito’ foi visto foi em setembro, quando foi temporariamente enviado a outra prisão de segurança máxima de Guayaquil depois do assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio.

Detentos permanecem no telhado da prisão de Turi, onde agentes penitenciários foram mantidos como reféns, em Cuenca, Equador, em 8 de janeiro de 2024. Foto: FERNANDO MACHADO / AFP

À época, apareceu em fotos obeso, com cabelo e barba compridos. Milhares de militares o vigiavam, em uma das maiores operações militares e policiais que o ex-presidente Guillermo Lasso (2021-2023) realizou naquela penitenciária.

O criminoso, que estudou na prisão para obter o diploma de advogado, gozava de privilégios. Dentro dela, protagonizou o videoclipe de um ‘narcocorrido’ em sua homenagem e cantado por sua filha.

O vídeo de “El Corrido del León”, do grupo identificado como Mariachi Bravo, mostrava o líder da facção Los Choneros com chapéu e lendo um livro em uma das alas da prisão.

De acordo com especialistas, Los Choneros têm um exército de pelo menos 8.000 homens.

O líder da principal facção criminosa do Equador provavelmente fugiu “horas antes” de uma operação de revista no domingo no presídio onde cumpria pena, indicou o secretário de Comunicação do governo, Roberto Izurieta, nesta segunda-feira, 8.

“O mais provável, (é que) houve vazamento em questão de horas antes (da operação)”, disse o funcionário ao ser consultado pelo canal Teleamazonas sobre “quando” Adolfo Macías, também conhecido como ‘Fito’, “fugiu”.

As autoridades não confirmaram a fuga do criminoso de 44 anos.

Forças policiais montam guarda do lado de fora da prisão de Turi enquanto os presos mantêm os guardas prisionais como reféns, em Cuenca, Equador, em 8 de janeiro de 2024. Foto: FERNANDO MACHADO / AFP

No domingo, o comandante da Polícia, general César Zapata, admitiu que “pôde-se perceber a ausência de um dos detentos” com a entrada da força pública em uma penitenciária do porto de Guayaquil (sudoeste), onde ‘Fito’ deveria estar.

O Ministério Público abriu uma investigação pela “suposta fuga” do líder da facção criminosa Los Choneros, a mais temida do Equador, que disputa violentamente as rotas do narcotráfico com outros grupos criminosos.

‘Fito’, que estava detido na Prisão Regional de Guayaquil, cumpria, desde 2011, uma pena de 34 anos por crime organizado, narcotráfico e homicídio.

O secretário de Comunicação do governo indicou que “a força do Estado está a postos para encontrar esse sujeito extremamente perigoso”.

Izurieta lamentou que “o nível de infiltrações” dos grupos criminosos no Estado “é muito grande” e tachou de “falido” o sistema penitenciário equatoriano.

Na noite de domingo, o presidente Daniel Noboa - no cargo desde novembro e que disse que há presos que vivem como se estivessem em um hotel de cinco estrelas - convocou uma reunião do Conselho de Segurança em Guayaquil para tratar do tema a portas fechadas.

Alerta em prisões

Veículos de imprensa locais reportaram que, nesta segunda-feira, ocorreram incidentes em várias prisões do país, inclusive com retenção de agentes penitenciários, sem que tenha havido um pronunciamento das autoridades.

Policiais e soldados se preparam para entrar na prisão El Inca, onde começaram os distúrbios, em Quito, Equador, na segunda-feira, 8 de janeiro de 2024. Foto: Dolores Ochoa / AP

Na pequena prisão conhecida como El Inca, no norte de Quito, houve a entrada de um forte contingente policial, enquanto militares protegiam o lado de fora, constatou um jornalista da AFP. Após cerca de cinco horas de rebelião, os militares retomaram o controle desse centro penitenciário, segundo o chefe policial local, Wilson Pavón.

Enquanto isso, nas redes sociais, circularam vídeos gravados em diferentes locais nos quais grupos de agentes penitenciários clamam por suas vidas enquanto encapuzados os ameaçam com facas.

Os guardas leem um comunicado no qual peden a Noboa que “não envie tropas que sejam esquadrões da morte às prisões”.

“Estamos agora mesmo implorando que sua ação seja mais cautelosa e, por favor, zele por nossas vidas, por nossa segurança”, acrescenta a mensagem.

Na Prisão Regional, onde estava ‘Fito’, havia entrada e saída de policiais e militares em caminhões. Em um pátio, os detentos haviam escrito com pedras “PAPA FITO” e “FATALES GTR” em referência a outra organização criminosa.

Em um campo esportivo do mesmo complexo haviam pintado “CON FITO SEMBRAMOS PAZ” (Com fito semeamos paz).

“Fito, o leão”

A última vez que ‘Fito’ foi visto foi em setembro, quando foi temporariamente enviado a outra prisão de segurança máxima de Guayaquil depois do assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio.

Detentos permanecem no telhado da prisão de Turi, onde agentes penitenciários foram mantidos como reféns, em Cuenca, Equador, em 8 de janeiro de 2024. Foto: FERNANDO MACHADO / AFP

À época, apareceu em fotos obeso, com cabelo e barba compridos. Milhares de militares o vigiavam, em uma das maiores operações militares e policiais que o ex-presidente Guillermo Lasso (2021-2023) realizou naquela penitenciária.

O criminoso, que estudou na prisão para obter o diploma de advogado, gozava de privilégios. Dentro dela, protagonizou o videoclipe de um ‘narcocorrido’ em sua homenagem e cantado por sua filha.

O vídeo de “El Corrido del León”, do grupo identificado como Mariachi Bravo, mostrava o líder da facção Los Choneros com chapéu e lendo um livro em uma das alas da prisão.

De acordo com especialistas, Los Choneros têm um exército de pelo menos 8.000 homens.

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