Prisão de opositor russo Alexei Navalni preocupa europeus e EUA


Opositor de Vladimir Putin foi preso nesse domingo, 17, ao retornar à Rússia; motivo da prisão seria a violação das regras de suspensão de uma prisão em 2014

Por Redação
Atualização:

LONDRES - Autoridades europeias e dos Estados Unidos condenaram a Rússia pela prisão do opositor do Kremlin Alexei Navalni, detido em um aeroporto de Moscou ao retornar ao país nesse domingo, 17. Navalni estava na Alemanha desde agosto do ano passado após ser envenenado durante uma viagem à Sibéria.

Autoridades russas já haviam declarado que caso o opositor do presidente Vladimir Putin voltasse ao país, seria preso por violar condições da suspensão de uma pena de 2014. Navalni foi detido no aeroporto de Sheremétievo quando passava pelo controle de passaportes.

O opositor Alexei Navalni foi detido quando passava pelo controle de passaportes, em Moscou Foto: Kirill KUDRYAVTSEV/AFP
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Nesta segunda-feira, 18, o Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido manifestou sua "profunda preocupação" com a detenção de Navalni. "É assombroso que Alexei Navalni, vítima de um crime hediondo, seja detido pelas autoridades russas", tuitou o titular da pasta, Dominic Raab.

A Rússia deve investigar "o uso de uma arma química" em seu território, em vez de "perseguir Navalni", acrescentou o ministro, referindo-se ao envenenamento do opositor russo pelo agente nervoso Novichok, desenvolvido por cientistas soviéticos e utilizado sistematicamente contra adversários do Kremlin. Raab também pediu a "libertação imediata" de Navalni.

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Mais cedo, o ministro alemão das Relações Exteriores, Heiko Maas, já havia se pronunciado na mesma direção. Segundo ele, Navalni "tomou a decisão consciente de voltar para a Rússia, que considera sua casa pessoal e política", e o fato de que tenha sido detido pelas autoridades russas logo ao chegar "é totalmente incompreensível", afirmou Maas.

Lembrando que a Rússia está vinculada - por sua própria Constituição e por suas obrigações internacionais - ao Estado de direito e à proteção dos direitos civis, o ministro alemão acrescentou: "certamente, estes princípios também devem ser aplicados" a Navalni, que "deve ser libertado imediatamente". Maas também cobrou que a Rússia "investigue a fundo" o "grave ataque de envenenamento" contra Navalni em território russo.

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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também pediu a libertação imediata do opositor russo. "Condeno a detenção de Alexei Navalni (...) em seu retorno à Rússia. As autoridades russas devem libertá-lo imediatamente e garantir sua segurança", afirmou von der Leyen em uma nota oficial.

No comunicado, a presidente da Comissão Europeia ainda diz que a "detenção de opositores políticos é contrária a compromissos internacionais assumidos pela Rússia" e insistiu na necessidade de uma "investigar profunda e independente" sobre o envenenamento.

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Já no domingo, 17, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, também reagiu à prisão. "Os Estados Unidos condenam veementemente a decisão da Rússia de prender Alexei Navalni", afirmou Pompeo em um comunicado.

"Notamos com grande preocupação que sua detenção é a última de uma série de tentativas de silenciar Navalni e outras figuras da oposição e vozes independentes que criticam as autoridades russas", completou.

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Os EUA se uniram à União Europeia para condenar a medida, com Pompeo dizendo que "Navalni não é o problema. Exigimos sua libertação imediata e incondicional".

"Os líderes políticos confiantes não temem vozes concorrentes, nem cometem violência, nem detêm oponentes políticos injustamente", acrescentou.

Audiência decide sobre detenção

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Navalni se encontra perante um juiz, nesta segunda-feira, 18, para audiência que decidirá sobre sua detenção, um dia depois de ser preso ao desembarcar em Moscou.

No Twitter, o advogado Vadim Kobzov publicou uma carta das forças de segurança, informando-lhe que o tribunal de Khimki, na periferia de Moscou, iria "examinar o pedido de detenção do cidadão Alexei Navalni", às 12h30 (6h30 em Brasília).

Sem acesso a advogados

De acordo com o Fundo da Luta contra a Corrupção, organização fundada por Navalni, ele está sem acesso a seus advogados desde sua detenção "ilegal" no domingo. "Está detido ilegalmente, impedem que seus advogados o vejam", afirmou o Fundo.

Dois advogados conseguiram entrar na delegacia de Khimki, onde Navalni está, mas não puderam se reunir com ele, disse sua porta-voz Kira Yarmysh. "Não lhes permitem ver Alexei", tuitou a porta-voz.

Em entrevista à Rádio Eco, de Moscou, uma de suas advogadas, Olga Mikhailova, afirmou que a polícia "viola a lei ao impedir a defesa" de se reunir com Navalni./ AFP

LONDRES - Autoridades europeias e dos Estados Unidos condenaram a Rússia pela prisão do opositor do Kremlin Alexei Navalni, detido em um aeroporto de Moscou ao retornar ao país nesse domingo, 17. Navalni estava na Alemanha desde agosto do ano passado após ser envenenado durante uma viagem à Sibéria.

Autoridades russas já haviam declarado que caso o opositor do presidente Vladimir Putin voltasse ao país, seria preso por violar condições da suspensão de uma pena de 2014. Navalni foi detido no aeroporto de Sheremétievo quando passava pelo controle de passaportes.

O opositor Alexei Navalni foi detido quando passava pelo controle de passaportes, em Moscou Foto: Kirill KUDRYAVTSEV/AFP

Nesta segunda-feira, 18, o Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido manifestou sua "profunda preocupação" com a detenção de Navalni. "É assombroso que Alexei Navalni, vítima de um crime hediondo, seja detido pelas autoridades russas", tuitou o titular da pasta, Dominic Raab.

A Rússia deve investigar "o uso de uma arma química" em seu território, em vez de "perseguir Navalni", acrescentou o ministro, referindo-se ao envenenamento do opositor russo pelo agente nervoso Novichok, desenvolvido por cientistas soviéticos e utilizado sistematicamente contra adversários do Kremlin. Raab também pediu a "libertação imediata" de Navalni.

Mais cedo, o ministro alemão das Relações Exteriores, Heiko Maas, já havia se pronunciado na mesma direção. Segundo ele, Navalni "tomou a decisão consciente de voltar para a Rússia, que considera sua casa pessoal e política", e o fato de que tenha sido detido pelas autoridades russas logo ao chegar "é totalmente incompreensível", afirmou Maas.

Lembrando que a Rússia está vinculada - por sua própria Constituição e por suas obrigações internacionais - ao Estado de direito e à proteção dos direitos civis, o ministro alemão acrescentou: "certamente, estes princípios também devem ser aplicados" a Navalni, que "deve ser libertado imediatamente". Maas também cobrou que a Rússia "investigue a fundo" o "grave ataque de envenenamento" contra Navalni em território russo.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também pediu a libertação imediata do opositor russo. "Condeno a detenção de Alexei Navalni (...) em seu retorno à Rússia. As autoridades russas devem libertá-lo imediatamente e garantir sua segurança", afirmou von der Leyen em uma nota oficial.

No comunicado, a presidente da Comissão Europeia ainda diz que a "detenção de opositores políticos é contrária a compromissos internacionais assumidos pela Rússia" e insistiu na necessidade de uma "investigar profunda e independente" sobre o envenenamento.

Já no domingo, 17, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, também reagiu à prisão. "Os Estados Unidos condenam veementemente a decisão da Rússia de prender Alexei Navalni", afirmou Pompeo em um comunicado.

"Notamos com grande preocupação que sua detenção é a última de uma série de tentativas de silenciar Navalni e outras figuras da oposição e vozes independentes que criticam as autoridades russas", completou.

Os EUA se uniram à União Europeia para condenar a medida, com Pompeo dizendo que "Navalni não é o problema. Exigimos sua libertação imediata e incondicional".

"Os líderes políticos confiantes não temem vozes concorrentes, nem cometem violência, nem detêm oponentes políticos injustamente", acrescentou.

Audiência decide sobre detenção

Navalni se encontra perante um juiz, nesta segunda-feira, 18, para audiência que decidirá sobre sua detenção, um dia depois de ser preso ao desembarcar em Moscou.

No Twitter, o advogado Vadim Kobzov publicou uma carta das forças de segurança, informando-lhe que o tribunal de Khimki, na periferia de Moscou, iria "examinar o pedido de detenção do cidadão Alexei Navalni", às 12h30 (6h30 em Brasília).

Sem acesso a advogados

De acordo com o Fundo da Luta contra a Corrupção, organização fundada por Navalni, ele está sem acesso a seus advogados desde sua detenção "ilegal" no domingo. "Está detido ilegalmente, impedem que seus advogados o vejam", afirmou o Fundo.

Dois advogados conseguiram entrar na delegacia de Khimki, onde Navalni está, mas não puderam se reunir com ele, disse sua porta-voz Kira Yarmysh. "Não lhes permitem ver Alexei", tuitou a porta-voz.

Em entrevista à Rádio Eco, de Moscou, uma de suas advogadas, Olga Mikhailova, afirmou que a polícia "viola a lei ao impedir a defesa" de se reunir com Navalni./ AFP

LONDRES - Autoridades europeias e dos Estados Unidos condenaram a Rússia pela prisão do opositor do Kremlin Alexei Navalni, detido em um aeroporto de Moscou ao retornar ao país nesse domingo, 17. Navalni estava na Alemanha desde agosto do ano passado após ser envenenado durante uma viagem à Sibéria.

Autoridades russas já haviam declarado que caso o opositor do presidente Vladimir Putin voltasse ao país, seria preso por violar condições da suspensão de uma pena de 2014. Navalni foi detido no aeroporto de Sheremétievo quando passava pelo controle de passaportes.

O opositor Alexei Navalni foi detido quando passava pelo controle de passaportes, em Moscou Foto: Kirill KUDRYAVTSEV/AFP

Nesta segunda-feira, 18, o Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido manifestou sua "profunda preocupação" com a detenção de Navalni. "É assombroso que Alexei Navalni, vítima de um crime hediondo, seja detido pelas autoridades russas", tuitou o titular da pasta, Dominic Raab.

A Rússia deve investigar "o uso de uma arma química" em seu território, em vez de "perseguir Navalni", acrescentou o ministro, referindo-se ao envenenamento do opositor russo pelo agente nervoso Novichok, desenvolvido por cientistas soviéticos e utilizado sistematicamente contra adversários do Kremlin. Raab também pediu a "libertação imediata" de Navalni.

Mais cedo, o ministro alemão das Relações Exteriores, Heiko Maas, já havia se pronunciado na mesma direção. Segundo ele, Navalni "tomou a decisão consciente de voltar para a Rússia, que considera sua casa pessoal e política", e o fato de que tenha sido detido pelas autoridades russas logo ao chegar "é totalmente incompreensível", afirmou Maas.

Lembrando que a Rússia está vinculada - por sua própria Constituição e por suas obrigações internacionais - ao Estado de direito e à proteção dos direitos civis, o ministro alemão acrescentou: "certamente, estes princípios também devem ser aplicados" a Navalni, que "deve ser libertado imediatamente". Maas também cobrou que a Rússia "investigue a fundo" o "grave ataque de envenenamento" contra Navalni em território russo.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também pediu a libertação imediata do opositor russo. "Condeno a detenção de Alexei Navalni (...) em seu retorno à Rússia. As autoridades russas devem libertá-lo imediatamente e garantir sua segurança", afirmou von der Leyen em uma nota oficial.

No comunicado, a presidente da Comissão Europeia ainda diz que a "detenção de opositores políticos é contrária a compromissos internacionais assumidos pela Rússia" e insistiu na necessidade de uma "investigar profunda e independente" sobre o envenenamento.

Já no domingo, 17, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, também reagiu à prisão. "Os Estados Unidos condenam veementemente a decisão da Rússia de prender Alexei Navalni", afirmou Pompeo em um comunicado.

"Notamos com grande preocupação que sua detenção é a última de uma série de tentativas de silenciar Navalni e outras figuras da oposição e vozes independentes que criticam as autoridades russas", completou.

Os EUA se uniram à União Europeia para condenar a medida, com Pompeo dizendo que "Navalni não é o problema. Exigimos sua libertação imediata e incondicional".

"Os líderes políticos confiantes não temem vozes concorrentes, nem cometem violência, nem detêm oponentes políticos injustamente", acrescentou.

Audiência decide sobre detenção

Navalni se encontra perante um juiz, nesta segunda-feira, 18, para audiência que decidirá sobre sua detenção, um dia depois de ser preso ao desembarcar em Moscou.

No Twitter, o advogado Vadim Kobzov publicou uma carta das forças de segurança, informando-lhe que o tribunal de Khimki, na periferia de Moscou, iria "examinar o pedido de detenção do cidadão Alexei Navalni", às 12h30 (6h30 em Brasília).

Sem acesso a advogados

De acordo com o Fundo da Luta contra a Corrupção, organização fundada por Navalni, ele está sem acesso a seus advogados desde sua detenção "ilegal" no domingo. "Está detido ilegalmente, impedem que seus advogados o vejam", afirmou o Fundo.

Dois advogados conseguiram entrar na delegacia de Khimki, onde Navalni está, mas não puderam se reunir com ele, disse sua porta-voz Kira Yarmysh. "Não lhes permitem ver Alexei", tuitou a porta-voz.

Em entrevista à Rádio Eco, de Moscou, uma de suas advogadas, Olga Mikhailova, afirmou que a polícia "viola a lei ao impedir a defesa" de se reunir com Navalni./ AFP

LONDRES - Autoridades europeias e dos Estados Unidos condenaram a Rússia pela prisão do opositor do Kremlin Alexei Navalni, detido em um aeroporto de Moscou ao retornar ao país nesse domingo, 17. Navalni estava na Alemanha desde agosto do ano passado após ser envenenado durante uma viagem à Sibéria.

Autoridades russas já haviam declarado que caso o opositor do presidente Vladimir Putin voltasse ao país, seria preso por violar condições da suspensão de uma pena de 2014. Navalni foi detido no aeroporto de Sheremétievo quando passava pelo controle de passaportes.

O opositor Alexei Navalni foi detido quando passava pelo controle de passaportes, em Moscou Foto: Kirill KUDRYAVTSEV/AFP

Nesta segunda-feira, 18, o Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido manifestou sua "profunda preocupação" com a detenção de Navalni. "É assombroso que Alexei Navalni, vítima de um crime hediondo, seja detido pelas autoridades russas", tuitou o titular da pasta, Dominic Raab.

A Rússia deve investigar "o uso de uma arma química" em seu território, em vez de "perseguir Navalni", acrescentou o ministro, referindo-se ao envenenamento do opositor russo pelo agente nervoso Novichok, desenvolvido por cientistas soviéticos e utilizado sistematicamente contra adversários do Kremlin. Raab também pediu a "libertação imediata" de Navalni.

Mais cedo, o ministro alemão das Relações Exteriores, Heiko Maas, já havia se pronunciado na mesma direção. Segundo ele, Navalni "tomou a decisão consciente de voltar para a Rússia, que considera sua casa pessoal e política", e o fato de que tenha sido detido pelas autoridades russas logo ao chegar "é totalmente incompreensível", afirmou Maas.

Lembrando que a Rússia está vinculada - por sua própria Constituição e por suas obrigações internacionais - ao Estado de direito e à proteção dos direitos civis, o ministro alemão acrescentou: "certamente, estes princípios também devem ser aplicados" a Navalni, que "deve ser libertado imediatamente". Maas também cobrou que a Rússia "investigue a fundo" o "grave ataque de envenenamento" contra Navalni em território russo.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também pediu a libertação imediata do opositor russo. "Condeno a detenção de Alexei Navalni (...) em seu retorno à Rússia. As autoridades russas devem libertá-lo imediatamente e garantir sua segurança", afirmou von der Leyen em uma nota oficial.

No comunicado, a presidente da Comissão Europeia ainda diz que a "detenção de opositores políticos é contrária a compromissos internacionais assumidos pela Rússia" e insistiu na necessidade de uma "investigar profunda e independente" sobre o envenenamento.

Já no domingo, 17, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, também reagiu à prisão. "Os Estados Unidos condenam veementemente a decisão da Rússia de prender Alexei Navalni", afirmou Pompeo em um comunicado.

"Notamos com grande preocupação que sua detenção é a última de uma série de tentativas de silenciar Navalni e outras figuras da oposição e vozes independentes que criticam as autoridades russas", completou.

Os EUA se uniram à União Europeia para condenar a medida, com Pompeo dizendo que "Navalni não é o problema. Exigimos sua libertação imediata e incondicional".

"Os líderes políticos confiantes não temem vozes concorrentes, nem cometem violência, nem detêm oponentes políticos injustamente", acrescentou.

Audiência decide sobre detenção

Navalni se encontra perante um juiz, nesta segunda-feira, 18, para audiência que decidirá sobre sua detenção, um dia depois de ser preso ao desembarcar em Moscou.

No Twitter, o advogado Vadim Kobzov publicou uma carta das forças de segurança, informando-lhe que o tribunal de Khimki, na periferia de Moscou, iria "examinar o pedido de detenção do cidadão Alexei Navalni", às 12h30 (6h30 em Brasília).

Sem acesso a advogados

De acordo com o Fundo da Luta contra a Corrupção, organização fundada por Navalni, ele está sem acesso a seus advogados desde sua detenção "ilegal" no domingo. "Está detido ilegalmente, impedem que seus advogados o vejam", afirmou o Fundo.

Dois advogados conseguiram entrar na delegacia de Khimki, onde Navalni está, mas não puderam se reunir com ele, disse sua porta-voz Kira Yarmysh. "Não lhes permitem ver Alexei", tuitou a porta-voz.

Em entrevista à Rádio Eco, de Moscou, uma de suas advogadas, Olga Mikhailova, afirmou que a polícia "viola a lei ao impedir a defesa" de se reunir com Navalni./ AFP

LONDRES - Autoridades europeias e dos Estados Unidos condenaram a Rússia pela prisão do opositor do Kremlin Alexei Navalni, detido em um aeroporto de Moscou ao retornar ao país nesse domingo, 17. Navalni estava na Alemanha desde agosto do ano passado após ser envenenado durante uma viagem à Sibéria.

Autoridades russas já haviam declarado que caso o opositor do presidente Vladimir Putin voltasse ao país, seria preso por violar condições da suspensão de uma pena de 2014. Navalni foi detido no aeroporto de Sheremétievo quando passava pelo controle de passaportes.

O opositor Alexei Navalni foi detido quando passava pelo controle de passaportes, em Moscou Foto: Kirill KUDRYAVTSEV/AFP

Nesta segunda-feira, 18, o Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido manifestou sua "profunda preocupação" com a detenção de Navalni. "É assombroso que Alexei Navalni, vítima de um crime hediondo, seja detido pelas autoridades russas", tuitou o titular da pasta, Dominic Raab.

A Rússia deve investigar "o uso de uma arma química" em seu território, em vez de "perseguir Navalni", acrescentou o ministro, referindo-se ao envenenamento do opositor russo pelo agente nervoso Novichok, desenvolvido por cientistas soviéticos e utilizado sistematicamente contra adversários do Kremlin. Raab também pediu a "libertação imediata" de Navalni.

Mais cedo, o ministro alemão das Relações Exteriores, Heiko Maas, já havia se pronunciado na mesma direção. Segundo ele, Navalni "tomou a decisão consciente de voltar para a Rússia, que considera sua casa pessoal e política", e o fato de que tenha sido detido pelas autoridades russas logo ao chegar "é totalmente incompreensível", afirmou Maas.

Lembrando que a Rússia está vinculada - por sua própria Constituição e por suas obrigações internacionais - ao Estado de direito e à proteção dos direitos civis, o ministro alemão acrescentou: "certamente, estes princípios também devem ser aplicados" a Navalni, que "deve ser libertado imediatamente". Maas também cobrou que a Rússia "investigue a fundo" o "grave ataque de envenenamento" contra Navalni em território russo.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também pediu a libertação imediata do opositor russo. "Condeno a detenção de Alexei Navalni (...) em seu retorno à Rússia. As autoridades russas devem libertá-lo imediatamente e garantir sua segurança", afirmou von der Leyen em uma nota oficial.

No comunicado, a presidente da Comissão Europeia ainda diz que a "detenção de opositores políticos é contrária a compromissos internacionais assumidos pela Rússia" e insistiu na necessidade de uma "investigar profunda e independente" sobre o envenenamento.

Já no domingo, 17, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, também reagiu à prisão. "Os Estados Unidos condenam veementemente a decisão da Rússia de prender Alexei Navalni", afirmou Pompeo em um comunicado.

"Notamos com grande preocupação que sua detenção é a última de uma série de tentativas de silenciar Navalni e outras figuras da oposição e vozes independentes que criticam as autoridades russas", completou.

Os EUA se uniram à União Europeia para condenar a medida, com Pompeo dizendo que "Navalni não é o problema. Exigimos sua libertação imediata e incondicional".

"Os líderes políticos confiantes não temem vozes concorrentes, nem cometem violência, nem detêm oponentes políticos injustamente", acrescentou.

Audiência decide sobre detenção

Navalni se encontra perante um juiz, nesta segunda-feira, 18, para audiência que decidirá sobre sua detenção, um dia depois de ser preso ao desembarcar em Moscou.

No Twitter, o advogado Vadim Kobzov publicou uma carta das forças de segurança, informando-lhe que o tribunal de Khimki, na periferia de Moscou, iria "examinar o pedido de detenção do cidadão Alexei Navalni", às 12h30 (6h30 em Brasília).

Sem acesso a advogados

De acordo com o Fundo da Luta contra a Corrupção, organização fundada por Navalni, ele está sem acesso a seus advogados desde sua detenção "ilegal" no domingo. "Está detido ilegalmente, impedem que seus advogados o vejam", afirmou o Fundo.

Dois advogados conseguiram entrar na delegacia de Khimki, onde Navalni está, mas não puderam se reunir com ele, disse sua porta-voz Kira Yarmysh. "Não lhes permitem ver Alexei", tuitou a porta-voz.

Em entrevista à Rádio Eco, de Moscou, uma de suas advogadas, Olga Mikhailova, afirmou que a polícia "viola a lei ao impedir a defesa" de se reunir com Navalni./ AFP

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