Procurador-geral da Venezuela diz que González Urrutia será preso automaticamente se voltar ao país


Rival de Nicolás Maduro nas eleições de julho, González Urrutia disse que voltaria ao país em janeiro ‘como presidente eleito’

Por Redação
Atualização:

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, afirmou que o opositor Edmundo González Urrutia, que disputou as eleições contra o ditador Nicolás Maduro no fim de julho, seria preso automaticamente se voltar ao país. A declaração foi dada em entrevista à agência de notícias France-Press, na qual Saab também disse que a reação do governo aos protestos pós-eleições evitaram uma guerra civil.

González Urrutia está exilado na Espanha desde setembro, após ter um mandato de prisão expedido contra ele na Venezuela, mas disse que voltaria ao país como presidente eleito na data da posse, 10 de janeiro. “Ele sabe que, se entrar na Venezuela, será automaticamente preso”, declarou Saab.

Imagem desta segunda-feira, 11, mostra procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, durante entrevista à AFP em Caracas. Saab foi responsável por emitir o mandado de prisão contra González Urrutia Foto: Juan Barreto/AFP
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Junto com a líder opositora María Corina Machado, González Urrutia acusa o governo de fraudar as eleições e se afirma o verdadeiro vitorioso do pleito. Maduro foi declarado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral, o órgão eleitoral da Venezuela, em um processo sem transparência. As atas eleitorais não foram publicadas e observadores internacionais afirmam que o processo não pode ser considerado democrático. Muitos países, incluindo o Brasil, não reconheceram o resultado.

As acusações de fraude começaram durante a noite da eleição, quando o site do CNE ficou fora do ar e as atas não foram publicadas. Milhares de manifestantes contrários ao regime bolivariano foram às ruas para protestar e acabaram em conflito com forças policiais. Segundo os números oficiais, 28 pessoas morreram, 200 ficaram feridas e mais de 2,4 mil foram presas.

À AFP, Saab declarou que as alegações de fraude e os protestos eram “premeditados” para desestabilizar o país. “O plano era usar a fraude para escalar uma ação terrorista”, afirmou. “Se não tivéssemos agido naquele momento da maneira que agimos, a Venezuela teria sido objeto de uma guerra civil.”

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A crise se agravou após a oposição publicar diversas atas eleitorais em um site, na tentativa de atestar que o resultado oficial era falso. Eles alegam que os documentos correspondem a cerca de 80% das atas das urnas eleitorais. Em resposta, a Procuradoria-Geral da República abriu uma investigação contra Urrutia por crimes de falsificação de documentos públicos e instigação à desobediência da lei.

María Corina Machado também é investigada por instigação à desobediência civil. Maduro pediu que os dois fossem presos, mas não está claro se há uma ordem de prisão contra a opositora.

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Questionado sobre uma possível ação contra María Corina, Saab não deixou claro se ela também seria presa. “Ela está sendo investigada nos termos que eu já divulguei de forma suficiente, pública e notória”, respondeu.

Na Espanha, González Urrutia afirmou que continuaria na “luta pela liberdade” da Venezuela e reiterou que voltaria ao país como presidente eleito. “Voltarei à Venezuela o mais rápido possível, quando restaurarmos a democracia em nosso país. Vou tomar posse como presidente eleito no dia 10 de janeiro”, disse em um evento empresarial na Espanha no dia 4 de outubro.

Gonzalez foi para a Espanha em 9 de setembro, uma semana depois que autoridades venezuelanas emitiram um mandado de prisão contra ele.

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, afirmou que o opositor Edmundo González Urrutia, que disputou as eleições contra o ditador Nicolás Maduro no fim de julho, seria preso automaticamente se voltar ao país. A declaração foi dada em entrevista à agência de notícias France-Press, na qual Saab também disse que a reação do governo aos protestos pós-eleições evitaram uma guerra civil.

González Urrutia está exilado na Espanha desde setembro, após ter um mandato de prisão expedido contra ele na Venezuela, mas disse que voltaria ao país como presidente eleito na data da posse, 10 de janeiro. “Ele sabe que, se entrar na Venezuela, será automaticamente preso”, declarou Saab.

Imagem desta segunda-feira, 11, mostra procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, durante entrevista à AFP em Caracas. Saab foi responsável por emitir o mandado de prisão contra González Urrutia Foto: Juan Barreto/AFP

Junto com a líder opositora María Corina Machado, González Urrutia acusa o governo de fraudar as eleições e se afirma o verdadeiro vitorioso do pleito. Maduro foi declarado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral, o órgão eleitoral da Venezuela, em um processo sem transparência. As atas eleitorais não foram publicadas e observadores internacionais afirmam que o processo não pode ser considerado democrático. Muitos países, incluindo o Brasil, não reconheceram o resultado.

As acusações de fraude começaram durante a noite da eleição, quando o site do CNE ficou fora do ar e as atas não foram publicadas. Milhares de manifestantes contrários ao regime bolivariano foram às ruas para protestar e acabaram em conflito com forças policiais. Segundo os números oficiais, 28 pessoas morreram, 200 ficaram feridas e mais de 2,4 mil foram presas.

À AFP, Saab declarou que as alegações de fraude e os protestos eram “premeditados” para desestabilizar o país. “O plano era usar a fraude para escalar uma ação terrorista”, afirmou. “Se não tivéssemos agido naquele momento da maneira que agimos, a Venezuela teria sido objeto de uma guerra civil.”

A crise se agravou após a oposição publicar diversas atas eleitorais em um site, na tentativa de atestar que o resultado oficial era falso. Eles alegam que os documentos correspondem a cerca de 80% das atas das urnas eleitorais. Em resposta, a Procuradoria-Geral da República abriu uma investigação contra Urrutia por crimes de falsificação de documentos públicos e instigação à desobediência da lei.

María Corina Machado também é investigada por instigação à desobediência civil. Maduro pediu que os dois fossem presos, mas não está claro se há uma ordem de prisão contra a opositora.

Questionado sobre uma possível ação contra María Corina, Saab não deixou claro se ela também seria presa. “Ela está sendo investigada nos termos que eu já divulguei de forma suficiente, pública e notória”, respondeu.

Na Espanha, González Urrutia afirmou que continuaria na “luta pela liberdade” da Venezuela e reiterou que voltaria ao país como presidente eleito. “Voltarei à Venezuela o mais rápido possível, quando restaurarmos a democracia em nosso país. Vou tomar posse como presidente eleito no dia 10 de janeiro”, disse em um evento empresarial na Espanha no dia 4 de outubro.

Gonzalez foi para a Espanha em 9 de setembro, uma semana depois que autoridades venezuelanas emitiram um mandado de prisão contra ele.

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, afirmou que o opositor Edmundo González Urrutia, que disputou as eleições contra o ditador Nicolás Maduro no fim de julho, seria preso automaticamente se voltar ao país. A declaração foi dada em entrevista à agência de notícias France-Press, na qual Saab também disse que a reação do governo aos protestos pós-eleições evitaram uma guerra civil.

González Urrutia está exilado na Espanha desde setembro, após ter um mandato de prisão expedido contra ele na Venezuela, mas disse que voltaria ao país como presidente eleito na data da posse, 10 de janeiro. “Ele sabe que, se entrar na Venezuela, será automaticamente preso”, declarou Saab.

Imagem desta segunda-feira, 11, mostra procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, durante entrevista à AFP em Caracas. Saab foi responsável por emitir o mandado de prisão contra González Urrutia Foto: Juan Barreto/AFP

Junto com a líder opositora María Corina Machado, González Urrutia acusa o governo de fraudar as eleições e se afirma o verdadeiro vitorioso do pleito. Maduro foi declarado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral, o órgão eleitoral da Venezuela, em um processo sem transparência. As atas eleitorais não foram publicadas e observadores internacionais afirmam que o processo não pode ser considerado democrático. Muitos países, incluindo o Brasil, não reconheceram o resultado.

As acusações de fraude começaram durante a noite da eleição, quando o site do CNE ficou fora do ar e as atas não foram publicadas. Milhares de manifestantes contrários ao regime bolivariano foram às ruas para protestar e acabaram em conflito com forças policiais. Segundo os números oficiais, 28 pessoas morreram, 200 ficaram feridas e mais de 2,4 mil foram presas.

À AFP, Saab declarou que as alegações de fraude e os protestos eram “premeditados” para desestabilizar o país. “O plano era usar a fraude para escalar uma ação terrorista”, afirmou. “Se não tivéssemos agido naquele momento da maneira que agimos, a Venezuela teria sido objeto de uma guerra civil.”

A crise se agravou após a oposição publicar diversas atas eleitorais em um site, na tentativa de atestar que o resultado oficial era falso. Eles alegam que os documentos correspondem a cerca de 80% das atas das urnas eleitorais. Em resposta, a Procuradoria-Geral da República abriu uma investigação contra Urrutia por crimes de falsificação de documentos públicos e instigação à desobediência da lei.

María Corina Machado também é investigada por instigação à desobediência civil. Maduro pediu que os dois fossem presos, mas não está claro se há uma ordem de prisão contra a opositora.

Questionado sobre uma possível ação contra María Corina, Saab não deixou claro se ela também seria presa. “Ela está sendo investigada nos termos que eu já divulguei de forma suficiente, pública e notória”, respondeu.

Na Espanha, González Urrutia afirmou que continuaria na “luta pela liberdade” da Venezuela e reiterou que voltaria ao país como presidente eleito. “Voltarei à Venezuela o mais rápido possível, quando restaurarmos a democracia em nosso país. Vou tomar posse como presidente eleito no dia 10 de janeiro”, disse em um evento empresarial na Espanha no dia 4 de outubro.

Gonzalez foi para a Espanha em 9 de setembro, uma semana depois que autoridades venezuelanas emitiram um mandado de prisão contra ele.

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