Procuradoria saudita pede pena de morte para suspeitos de matar jornalista


Procurador-geral da Arábia Saudita, Saud al-Mojeb, também apresentou acusações contra outros seis envolvidos e assegurou que o príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman, não estava a par do crime; EUA anunciam sanções contra 17 sauditas

Atualização:

RIAD - O procurador-geral da Arábia Saudita, Saud al-Mojeb, anunciou nesta quinta-feira, 15, que pediu pena de morte para cinco pessoas que confessaram participação no assassinato, em 2 de outubro, do jornalista Jamal Khashoggi no consulado saudita em Istambul, apresentou acusações contra outros seis envolvidos e assegurou que o príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman, não estava a par do crime.

O procurador acusou o subdiretor dos serviços secretos do reino, Ahmad Asiry, de organizar a operação, que tinha como objetivo "devolver" Khashoggi à Arábia Saudita, e afirmou que a ordem do assassinato partiu do chefe da delegação enviada à Turquia, cujo nome não foi citado.

Justiça saudita culpa 11 funcionários do governo pela morte de Jamal Khashoggi e já pediu pena de morte para 5 deles Foto: AP Photo/J. Scott Applewhite
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Al-Mojeb disse ainda que o príncipe foi informado do caso através dos relatórios "falsos" apresentados pelos agentes responsáveis da operação e "pelos veículos de imprensa".

A operação foi organizada com informações facilitadas por um "ex-consultor", que acusou Khashoggi de manter "relações com organizações estrangeiras inimigas do reino", acrescentou o procurador.

O procurador-geral ratificou a teoria já expressada há algumas semanas, ao explicar que aconteceu uma "briga" entre os agentes e Khashoggi no consulado, e então, os suspeitos lhe injetaram uma "dose grande de um sonífero", o que produziu sua morte.

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"Depois de assassiná-lo, o corpo foi cortado em pedaços pelos assassinos e levado para fora do consulado", disse o procurador-geral. Um dos cúmplices entregou o corpo do jornalista a um "colaborador turco", que se desfez dos restos posteriormente.

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O presidente americano, Donald Trump, afirmou que os Estados Unidos estariam se "prejudicando" se adotassem sanções contra a Arábia Saudita. Já o secretário de Estados Mike Pompeo, disse que os Estados Unidos irão revogar os vistos dos sauditas que estejam envolvidos na morte do jornalista Jamal Khashoggi no consulado de Riad em Istambul.

O procurador afirmou que foi realizado um retrato-falado desse colaborador, segundo as descrições da pessoa que lhe entregou o corpo, e dividiu essas informações às autoridades turcas.

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Segundo o procurador, a Arábia Saudita solicitou mais informações às autoridades turcas para prosseguir com as investigações.

Entre outros detalhes, a Arábia Saudita solicitou que Ancara entregue o telefone celular de Khashoggi, as gravações de áudio realizadas dentro do consulado e as de vídeo dos arredores do edifício, assim como os depoimentos de testemunhas recolhidos pela polícia turca. 

A Turquia alega que as explicações sauditas são "insuficientes" neste caso e insiste no caráter premeditado do assassinato.

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O presidente turco Recep Tayyip Erdogan pediu nesta terça-feira que todos os que desempenharam um papel no assassinato do jornalista Jamal Khashoggi sejam punidos e que os 18 suspeitos sauditas detidos em seu país sejam julgados em Istambul.

"Todas estas medidas são certamente positivas, mas também insuficientes", declarou o ministro turco das Relações Exteriores, Mevlüt Cavusoglu. 

"Este assassinato, como já dissemos, foi planejado", acrescentou, rejeitando a versão de que os assassinos de Khashoggi tentaram primeiro trazê-lo de volta ao país.

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Reação dos EUA

O Departamento de Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira sanções econômicas contra 17 funcionários do governo saudita supostamente envolvidos no assassinato de Khashoggi, incluindo assessores do príncipe herdeiro.

"Os funcionários sauditas que estamos sancionando estiveram envolvidos no repugnante assassinato de Jamal Khashoggi. Essas pessoas que brutalmente atacaram e mataram um jornalista que residia e trabalhava nos Estados Unidos devem enfrentar consequências por suas ações", disse o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin. / AFP e EFE

RIAD - O procurador-geral da Arábia Saudita, Saud al-Mojeb, anunciou nesta quinta-feira, 15, que pediu pena de morte para cinco pessoas que confessaram participação no assassinato, em 2 de outubro, do jornalista Jamal Khashoggi no consulado saudita em Istambul, apresentou acusações contra outros seis envolvidos e assegurou que o príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman, não estava a par do crime.

O procurador acusou o subdiretor dos serviços secretos do reino, Ahmad Asiry, de organizar a operação, que tinha como objetivo "devolver" Khashoggi à Arábia Saudita, e afirmou que a ordem do assassinato partiu do chefe da delegação enviada à Turquia, cujo nome não foi citado.

Justiça saudita culpa 11 funcionários do governo pela morte de Jamal Khashoggi e já pediu pena de morte para 5 deles Foto: AP Photo/J. Scott Applewhite

Al-Mojeb disse ainda que o príncipe foi informado do caso através dos relatórios "falsos" apresentados pelos agentes responsáveis da operação e "pelos veículos de imprensa".

A operação foi organizada com informações facilitadas por um "ex-consultor", que acusou Khashoggi de manter "relações com organizações estrangeiras inimigas do reino", acrescentou o procurador.

O procurador-geral ratificou a teoria já expressada há algumas semanas, ao explicar que aconteceu uma "briga" entre os agentes e Khashoggi no consulado, e então, os suspeitos lhe injetaram uma "dose grande de um sonífero", o que produziu sua morte.

"Depois de assassiná-lo, o corpo foi cortado em pedaços pelos assassinos e levado para fora do consulado", disse o procurador-geral. Um dos cúmplices entregou o corpo do jornalista a um "colaborador turco", que se desfez dos restos posteriormente.

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O presidente americano, Donald Trump, afirmou que os Estados Unidos estariam se "prejudicando" se adotassem sanções contra a Arábia Saudita. Já o secretário de Estados Mike Pompeo, disse que os Estados Unidos irão revogar os vistos dos sauditas que estejam envolvidos na morte do jornalista Jamal Khashoggi no consulado de Riad em Istambul.

O procurador afirmou que foi realizado um retrato-falado desse colaborador, segundo as descrições da pessoa que lhe entregou o corpo, e dividiu essas informações às autoridades turcas.

Segundo o procurador, a Arábia Saudita solicitou mais informações às autoridades turcas para prosseguir com as investigações.

Entre outros detalhes, a Arábia Saudita solicitou que Ancara entregue o telefone celular de Khashoggi, as gravações de áudio realizadas dentro do consulado e as de vídeo dos arredores do edifício, assim como os depoimentos de testemunhas recolhidos pela polícia turca. 

A Turquia alega que as explicações sauditas são "insuficientes" neste caso e insiste no caráter premeditado do assassinato.

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O presidente turco Recep Tayyip Erdogan pediu nesta terça-feira que todos os que desempenharam um papel no assassinato do jornalista Jamal Khashoggi sejam punidos e que os 18 suspeitos sauditas detidos em seu país sejam julgados em Istambul.

"Todas estas medidas são certamente positivas, mas também insuficientes", declarou o ministro turco das Relações Exteriores, Mevlüt Cavusoglu. 

"Este assassinato, como já dissemos, foi planejado", acrescentou, rejeitando a versão de que os assassinos de Khashoggi tentaram primeiro trazê-lo de volta ao país.

Reação dos EUA

O Departamento de Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira sanções econômicas contra 17 funcionários do governo saudita supostamente envolvidos no assassinato de Khashoggi, incluindo assessores do príncipe herdeiro.

"Os funcionários sauditas que estamos sancionando estiveram envolvidos no repugnante assassinato de Jamal Khashoggi. Essas pessoas que brutalmente atacaram e mataram um jornalista que residia e trabalhava nos Estados Unidos devem enfrentar consequências por suas ações", disse o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin. / AFP e EFE

RIAD - O procurador-geral da Arábia Saudita, Saud al-Mojeb, anunciou nesta quinta-feira, 15, que pediu pena de morte para cinco pessoas que confessaram participação no assassinato, em 2 de outubro, do jornalista Jamal Khashoggi no consulado saudita em Istambul, apresentou acusações contra outros seis envolvidos e assegurou que o príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman, não estava a par do crime.

O procurador acusou o subdiretor dos serviços secretos do reino, Ahmad Asiry, de organizar a operação, que tinha como objetivo "devolver" Khashoggi à Arábia Saudita, e afirmou que a ordem do assassinato partiu do chefe da delegação enviada à Turquia, cujo nome não foi citado.

Justiça saudita culpa 11 funcionários do governo pela morte de Jamal Khashoggi e já pediu pena de morte para 5 deles Foto: AP Photo/J. Scott Applewhite

Al-Mojeb disse ainda que o príncipe foi informado do caso através dos relatórios "falsos" apresentados pelos agentes responsáveis da operação e "pelos veículos de imprensa".

A operação foi organizada com informações facilitadas por um "ex-consultor", que acusou Khashoggi de manter "relações com organizações estrangeiras inimigas do reino", acrescentou o procurador.

O procurador-geral ratificou a teoria já expressada há algumas semanas, ao explicar que aconteceu uma "briga" entre os agentes e Khashoggi no consulado, e então, os suspeitos lhe injetaram uma "dose grande de um sonífero", o que produziu sua morte.

"Depois de assassiná-lo, o corpo foi cortado em pedaços pelos assassinos e levado para fora do consulado", disse o procurador-geral. Um dos cúmplices entregou o corpo do jornalista a um "colaborador turco", que se desfez dos restos posteriormente.

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O presidente americano, Donald Trump, afirmou que os Estados Unidos estariam se "prejudicando" se adotassem sanções contra a Arábia Saudita. Já o secretário de Estados Mike Pompeo, disse que os Estados Unidos irão revogar os vistos dos sauditas que estejam envolvidos na morte do jornalista Jamal Khashoggi no consulado de Riad em Istambul.

O procurador afirmou que foi realizado um retrato-falado desse colaborador, segundo as descrições da pessoa que lhe entregou o corpo, e dividiu essas informações às autoridades turcas.

Segundo o procurador, a Arábia Saudita solicitou mais informações às autoridades turcas para prosseguir com as investigações.

Entre outros detalhes, a Arábia Saudita solicitou que Ancara entregue o telefone celular de Khashoggi, as gravações de áudio realizadas dentro do consulado e as de vídeo dos arredores do edifício, assim como os depoimentos de testemunhas recolhidos pela polícia turca. 

A Turquia alega que as explicações sauditas são "insuficientes" neste caso e insiste no caráter premeditado do assassinato.

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O presidente turco Recep Tayyip Erdogan pediu nesta terça-feira que todos os que desempenharam um papel no assassinato do jornalista Jamal Khashoggi sejam punidos e que os 18 suspeitos sauditas detidos em seu país sejam julgados em Istambul.

"Todas estas medidas são certamente positivas, mas também insuficientes", declarou o ministro turco das Relações Exteriores, Mevlüt Cavusoglu. 

"Este assassinato, como já dissemos, foi planejado", acrescentou, rejeitando a versão de que os assassinos de Khashoggi tentaram primeiro trazê-lo de volta ao país.

Reação dos EUA

O Departamento de Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira sanções econômicas contra 17 funcionários do governo saudita supostamente envolvidos no assassinato de Khashoggi, incluindo assessores do príncipe herdeiro.

"Os funcionários sauditas que estamos sancionando estiveram envolvidos no repugnante assassinato de Jamal Khashoggi. Essas pessoas que brutalmente atacaram e mataram um jornalista que residia e trabalhava nos Estados Unidos devem enfrentar consequências por suas ações", disse o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin. / AFP e EFE

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