Produção de petróleo na Venezuela despenca mais de 60% em 20 anos


País produz hoje 2 milhões de barris por dia a menos do que duas décadas atrás, segundo a Agência Internacional de Energia e já extrai menos petróleo do que países como Nigéria e Angola, além de se aproximar rapidamente dos índices da Argélia

Por Jamil Chade, Correspondente e Genebra

GENEBRA - Historicamente a maior fonte de receita da Venezuela, a produção de petróleo no país de Nicolás Maduro despencou e continuará a cair até 2019. Os dados são da Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês), que nesta sexta-feira, 10, publicou suas previsões para 2018 e 2019. 

"O abastecimento na Venezuela caiu em mais 40 mil barris por dia em julho, para um total de 1,26 milhão de barris por dia", afirmou a agência. Em comparação com meados de 2017, a redução da produção nacional foi de 770 mil barris por dia. 

Refinaria de Amuay: crise econômica da Venezuela afeta produção da PDVSA Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins/File Photo
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Para a IEA, tal situação pode levar a Venezuela a ter uma produção abaixo de 1 milhão de barris por dia ao final de 2018. 

O cenário é radicalmente diferente da produção de 3,3 milhões de barris registrada há 20 anos. Mesmo em 2015, quando a crise já era uma realidade, a produção era de 2,6 milhões de barris por dia. Hoje, ela não passa de 1,2 milhão de barris. 

"A produção de campos convencionais e maduros de petróleo está rapidamente caindo e locais operados por joint ventures com parceiros internacionais no cinturão do Orinoco estão em colapso ou operando abaixo da capacidade", indicou a agência. 

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"Uma crise de liquidez e a má gestão crônica já cortou a produção de petróleo da Venezuela em 350 mil barris por dia desde o início do ano e não há sinal de recuperação", alertou a IEA. 

Outro aspecto que pode pesar são as sanções internacionais. Em outubro, o presidente americano, Donald Trump, anunciou medidas que barravam o acesso da Venezuela e suas estatais ao capital estrangeiro, justamente num momento de falta de liquidez em Caracas. As sanções também impedem que cidadãos americanos comprem papéis emitidos pelo governo venezuelano ou pela estatal PDVSA.

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O presidente Nicolás Maduro admitiu o fracasso do modelo de produção aplicado por seu governo na Venezuela, que enfrenta hiperinflação e quatro anos de recessão.

Em maio, uma nova rodada de sanções foi imposta como resposta à vitória de Maduro nas eleições presidenciais - observadores internacionais relataram uma série de fraudes no processo eleitoral. 

Diante da queda de produção, os dados da IEA apontam que a Venezuela já produz hoje uma quantidade menor de petróleo que a Nigéria e Angola e está rapidamente se aproximando dos índices da Argélia. 

GENEBRA - Historicamente a maior fonte de receita da Venezuela, a produção de petróleo no país de Nicolás Maduro despencou e continuará a cair até 2019. Os dados são da Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês), que nesta sexta-feira, 10, publicou suas previsões para 2018 e 2019. 

"O abastecimento na Venezuela caiu em mais 40 mil barris por dia em julho, para um total de 1,26 milhão de barris por dia", afirmou a agência. Em comparação com meados de 2017, a redução da produção nacional foi de 770 mil barris por dia. 

Refinaria de Amuay: crise econômica da Venezuela afeta produção da PDVSA Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins/File Photo

Para a IEA, tal situação pode levar a Venezuela a ter uma produção abaixo de 1 milhão de barris por dia ao final de 2018. 

O cenário é radicalmente diferente da produção de 3,3 milhões de barris registrada há 20 anos. Mesmo em 2015, quando a crise já era uma realidade, a produção era de 2,6 milhões de barris por dia. Hoje, ela não passa de 1,2 milhão de barris. 

"A produção de campos convencionais e maduros de petróleo está rapidamente caindo e locais operados por joint ventures com parceiros internacionais no cinturão do Orinoco estão em colapso ou operando abaixo da capacidade", indicou a agência. 

"Uma crise de liquidez e a má gestão crônica já cortou a produção de petróleo da Venezuela em 350 mil barris por dia desde o início do ano e não há sinal de recuperação", alertou a IEA. 

Outro aspecto que pode pesar são as sanções internacionais. Em outubro, o presidente americano, Donald Trump, anunciou medidas que barravam o acesso da Venezuela e suas estatais ao capital estrangeiro, justamente num momento de falta de liquidez em Caracas. As sanções também impedem que cidadãos americanos comprem papéis emitidos pelo governo venezuelano ou pela estatal PDVSA.

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O presidente Nicolás Maduro admitiu o fracasso do modelo de produção aplicado por seu governo na Venezuela, que enfrenta hiperinflação e quatro anos de recessão.

Em maio, uma nova rodada de sanções foi imposta como resposta à vitória de Maduro nas eleições presidenciais - observadores internacionais relataram uma série de fraudes no processo eleitoral. 

Diante da queda de produção, os dados da IEA apontam que a Venezuela já produz hoje uma quantidade menor de petróleo que a Nigéria e Angola e está rapidamente se aproximando dos índices da Argélia. 

GENEBRA - Historicamente a maior fonte de receita da Venezuela, a produção de petróleo no país de Nicolás Maduro despencou e continuará a cair até 2019. Os dados são da Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês), que nesta sexta-feira, 10, publicou suas previsões para 2018 e 2019. 

"O abastecimento na Venezuela caiu em mais 40 mil barris por dia em julho, para um total de 1,26 milhão de barris por dia", afirmou a agência. Em comparação com meados de 2017, a redução da produção nacional foi de 770 mil barris por dia. 

Refinaria de Amuay: crise econômica da Venezuela afeta produção da PDVSA Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins/File Photo

Para a IEA, tal situação pode levar a Venezuela a ter uma produção abaixo de 1 milhão de barris por dia ao final de 2018. 

O cenário é radicalmente diferente da produção de 3,3 milhões de barris registrada há 20 anos. Mesmo em 2015, quando a crise já era uma realidade, a produção era de 2,6 milhões de barris por dia. Hoje, ela não passa de 1,2 milhão de barris. 

"A produção de campos convencionais e maduros de petróleo está rapidamente caindo e locais operados por joint ventures com parceiros internacionais no cinturão do Orinoco estão em colapso ou operando abaixo da capacidade", indicou a agência. 

"Uma crise de liquidez e a má gestão crônica já cortou a produção de petróleo da Venezuela em 350 mil barris por dia desde o início do ano e não há sinal de recuperação", alertou a IEA. 

Outro aspecto que pode pesar são as sanções internacionais. Em outubro, o presidente americano, Donald Trump, anunciou medidas que barravam o acesso da Venezuela e suas estatais ao capital estrangeiro, justamente num momento de falta de liquidez em Caracas. As sanções também impedem que cidadãos americanos comprem papéis emitidos pelo governo venezuelano ou pela estatal PDVSA.

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O presidente Nicolás Maduro admitiu o fracasso do modelo de produção aplicado por seu governo na Venezuela, que enfrenta hiperinflação e quatro anos de recessão.

Em maio, uma nova rodada de sanções foi imposta como resposta à vitória de Maduro nas eleições presidenciais - observadores internacionais relataram uma série de fraudes no processo eleitoral. 

Diante da queda de produção, os dados da IEA apontam que a Venezuela já produz hoje uma quantidade menor de petróleo que a Nigéria e Angola e está rapidamente se aproximando dos índices da Argélia. 

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