Protesto contra Milei na Argentina tem adesão menor que o esperado sob forte aparato policial


Manifestantes desafiaram protocolo contra manifestações nesta quarta-feira em Buenos Aires; duas pessoas foram detidas

Por Redação
Atualização:

Milhares de pessoas desafiaram nesta quarta-feira, 20, a proibição de fechar ruas na Argentina. Com forte aparato policial, no entanto, a adesão foi menor que a esperada e o primeiro protesto contra o governo Javier Milei começou a se dispersar por volta das 18 horas, após a leitura da declaração dos movimentos sociais contra “o plano motosserra”, em referência ao símbolo da campanha do libertário, que propõe um forte ajuste fiscal contra a crise.

O plano para conter a manifestação foi elaborado pela ministra da Segurança, Patricia Bullrich, candidata da direita tradicional que se juntou a Milei depois de amargar o terceiro lugar na eleição. Ao lado dela, o presidente assistiu a operação na sede da Polícia Federal, em Buenos Aires.

Depois do protesto, Bullrich reforçou que aqueles que bloquearam as ruas serão penalizados com a perda de benefícios sociais, como havia sido anunciado no começo da semana pelo governo. “As pessoas são livres. Se cometessem o delito previsto pelo protocolo que se aplicou hoje, teriam como consequência a perda do plano e se não fizessem não teriam consequências”, disse a ministra. “A maior parte das pessoas decidiu não ir porque a medida que temos para esse tipo de protesto é de, em média, 20 a 50 mil pessoas. Hoje o número foi totalmente reduzido”, acrescentou.

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Marcado pelo forte aparato policial, primeiro protesto contra o governo Javier Milei foi menor que o esperado. Foto: EFE / Isaac Fontana

Bullrich avaliou como bem sucedida a implementação do protocolo descrito por ela como “forma diferente de lidar com os permanentes protestos e bloqueios que a Argentina tem sofrido há mais de 20 anos e com aqueles violentos que destruíram a cidade de Buenos Aires”. Questionada pela imprensa sobre a liberdade de manifestação, ela respondeu que o direito está “absolutamente garantido” mas que, nas suas palavras, “havia um abuso na Argentina”.

Este vídeo divulgado pelo jornal argentino La Nacion mostra um princípio de confusão entre os manifestantes e as forças de segurança nos arredores da Praça de Maio. Ainda segundo a imprensa argentina, pelo menos duas pessoas foram detidas nesta tarde.

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De acordo com o Clarín, foram mobilizados de 5 mil agentes, sendo a maior parte da Polícia Federal e da Polícia Portenha (2 mil cada). Do outro lado, os movimentos sociais conseguiram reunir cerca de 10 mil pessoas, segundo autoridades ouvidas pelo jornal argentino. Ou seja, as ruas de Buenos Aires hoje tinham um policial a cada dois manifestantes.

Durante a tarde, um tribunal rejeitou o pedido de habeas corpus preventivo apresentado por ativistas contra o plano de segurança do governo. A decisão afirma que “não existem atualmente limitações, restrições ou ameaças à liberdade” e que os direitos são sujeitos a limitações “razoáveis”. Entre os autores da decisão está o juiz Marcelo Lucini, cotado pelo governo ao cargo de procurador.

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O protocolo apresentado na semana passada visa impedir bloqueios de ruas, vias e pontes em manifestações na cidade de Buenos Aires, epicentro dos grandes protestos na Argentina. O texto afirma que as quatro forças federais mais o serviço penitenciário federal vão intervir contra paralisações, piquetes e bloqueios, sejam parciais ou totais. “Só porque existe uma rota alternativa não significa que a rota principal possa permanecer fechada”, afirma o governo.

Os manifestantes seguiram por algumas quadras até a Praça de Maio, em frente à Casa Rosada, sede da Presidência, apesar das restrições, mas em número menor que o esperado pelos organizadores. Durante o protesto, muitos criticaram o protocolo, que chamaram de antidemocrático. “Vim para defender as liberdades democráticas, a liberdade de se manifestar”, disse o manifestante Ezequiel Pretti, 34, à AFP.

Polícia Federal em Buenos Aires durante primeiro protesto contra o governo Javier Milei.  Foto: LUIS ROBAYO / AFP
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Diante da convocação, a ministra do Capital Humano, Sandra Pettovello, anunciou na segunda-feira, 18, cortes de benefícios sociais a quem fosse flagrado por câmeras de reconhecimento facial fechando vias nas marchas. “Manifestar é um direito, mas circular também é”, disse em mensagem gravada.

Historicamente, movimentos sociais protestam em 20 de dezembro para relembrar o massacre da Praça de Maio de 2001. Na ocasião, 39 pessoas morreram, na marcha que pedia a renúncia do ministro da Economia, Domingo Cavallo em meio a uma efervescência social causada pela crise econômica do corralito. Este ano, os manifestantes criticaram as medidas econômicas do novo presidente e enfrentaram a proibição de fechar ruas.

Na semana passada, o ministro da Economia, Luis Caputo, apresentou o plano econômico que desvalorizou o peso, a moeda argentina e cortou subsídios ao transporte e energia. Ainda hoje, o próprio Javier Milei deve anunciar medidas adicionais em pronunciamento em rede nacional./COM INFORMAÇÕES DE AFP

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Imagem aérea mostra manifestantes reunidos na Praça de Maio em protesto contra plano econômico do governo Javier Milei. Foto: LUIS ROBAYO / AFP

Milhares de pessoas desafiaram nesta quarta-feira, 20, a proibição de fechar ruas na Argentina. Com forte aparato policial, no entanto, a adesão foi menor que a esperada e o primeiro protesto contra o governo Javier Milei começou a se dispersar por volta das 18 horas, após a leitura da declaração dos movimentos sociais contra “o plano motosserra”, em referência ao símbolo da campanha do libertário, que propõe um forte ajuste fiscal contra a crise.

O plano para conter a manifestação foi elaborado pela ministra da Segurança, Patricia Bullrich, candidata da direita tradicional que se juntou a Milei depois de amargar o terceiro lugar na eleição. Ao lado dela, o presidente assistiu a operação na sede da Polícia Federal, em Buenos Aires.

Depois do protesto, Bullrich reforçou que aqueles que bloquearam as ruas serão penalizados com a perda de benefícios sociais, como havia sido anunciado no começo da semana pelo governo. “As pessoas são livres. Se cometessem o delito previsto pelo protocolo que se aplicou hoje, teriam como consequência a perda do plano e se não fizessem não teriam consequências”, disse a ministra. “A maior parte das pessoas decidiu não ir porque a medida que temos para esse tipo de protesto é de, em média, 20 a 50 mil pessoas. Hoje o número foi totalmente reduzido”, acrescentou.

Marcado pelo forte aparato policial, primeiro protesto contra o governo Javier Milei foi menor que o esperado. Foto: EFE / Isaac Fontana

Bullrich avaliou como bem sucedida a implementação do protocolo descrito por ela como “forma diferente de lidar com os permanentes protestos e bloqueios que a Argentina tem sofrido há mais de 20 anos e com aqueles violentos que destruíram a cidade de Buenos Aires”. Questionada pela imprensa sobre a liberdade de manifestação, ela respondeu que o direito está “absolutamente garantido” mas que, nas suas palavras, “havia um abuso na Argentina”.

Este vídeo divulgado pelo jornal argentino La Nacion mostra um princípio de confusão entre os manifestantes e as forças de segurança nos arredores da Praça de Maio. Ainda segundo a imprensa argentina, pelo menos duas pessoas foram detidas nesta tarde.

De acordo com o Clarín, foram mobilizados de 5 mil agentes, sendo a maior parte da Polícia Federal e da Polícia Portenha (2 mil cada). Do outro lado, os movimentos sociais conseguiram reunir cerca de 10 mil pessoas, segundo autoridades ouvidas pelo jornal argentino. Ou seja, as ruas de Buenos Aires hoje tinham um policial a cada dois manifestantes.

Durante a tarde, um tribunal rejeitou o pedido de habeas corpus preventivo apresentado por ativistas contra o plano de segurança do governo. A decisão afirma que “não existem atualmente limitações, restrições ou ameaças à liberdade” e que os direitos são sujeitos a limitações “razoáveis”. Entre os autores da decisão está o juiz Marcelo Lucini, cotado pelo governo ao cargo de procurador.

O protocolo apresentado na semana passada visa impedir bloqueios de ruas, vias e pontes em manifestações na cidade de Buenos Aires, epicentro dos grandes protestos na Argentina. O texto afirma que as quatro forças federais mais o serviço penitenciário federal vão intervir contra paralisações, piquetes e bloqueios, sejam parciais ou totais. “Só porque existe uma rota alternativa não significa que a rota principal possa permanecer fechada”, afirma o governo.

Os manifestantes seguiram por algumas quadras até a Praça de Maio, em frente à Casa Rosada, sede da Presidência, apesar das restrições, mas em número menor que o esperado pelos organizadores. Durante o protesto, muitos criticaram o protocolo, que chamaram de antidemocrático. “Vim para defender as liberdades democráticas, a liberdade de se manifestar”, disse o manifestante Ezequiel Pretti, 34, à AFP.

Polícia Federal em Buenos Aires durante primeiro protesto contra o governo Javier Milei.  Foto: LUIS ROBAYO / AFP

Diante da convocação, a ministra do Capital Humano, Sandra Pettovello, anunciou na segunda-feira, 18, cortes de benefícios sociais a quem fosse flagrado por câmeras de reconhecimento facial fechando vias nas marchas. “Manifestar é um direito, mas circular também é”, disse em mensagem gravada.

Historicamente, movimentos sociais protestam em 20 de dezembro para relembrar o massacre da Praça de Maio de 2001. Na ocasião, 39 pessoas morreram, na marcha que pedia a renúncia do ministro da Economia, Domingo Cavallo em meio a uma efervescência social causada pela crise econômica do corralito. Este ano, os manifestantes criticaram as medidas econômicas do novo presidente e enfrentaram a proibição de fechar ruas.

Na semana passada, o ministro da Economia, Luis Caputo, apresentou o plano econômico que desvalorizou o peso, a moeda argentina e cortou subsídios ao transporte e energia. Ainda hoje, o próprio Javier Milei deve anunciar medidas adicionais em pronunciamento em rede nacional./COM INFORMAÇÕES DE AFP

Imagem aérea mostra manifestantes reunidos na Praça de Maio em protesto contra plano econômico do governo Javier Milei. Foto: LUIS ROBAYO / AFP

Milhares de pessoas desafiaram nesta quarta-feira, 20, a proibição de fechar ruas na Argentina. Com forte aparato policial, no entanto, a adesão foi menor que a esperada e o primeiro protesto contra o governo Javier Milei começou a se dispersar por volta das 18 horas, após a leitura da declaração dos movimentos sociais contra “o plano motosserra”, em referência ao símbolo da campanha do libertário, que propõe um forte ajuste fiscal contra a crise.

O plano para conter a manifestação foi elaborado pela ministra da Segurança, Patricia Bullrich, candidata da direita tradicional que se juntou a Milei depois de amargar o terceiro lugar na eleição. Ao lado dela, o presidente assistiu a operação na sede da Polícia Federal, em Buenos Aires.

Depois do protesto, Bullrich reforçou que aqueles que bloquearam as ruas serão penalizados com a perda de benefícios sociais, como havia sido anunciado no começo da semana pelo governo. “As pessoas são livres. Se cometessem o delito previsto pelo protocolo que se aplicou hoje, teriam como consequência a perda do plano e se não fizessem não teriam consequências”, disse a ministra. “A maior parte das pessoas decidiu não ir porque a medida que temos para esse tipo de protesto é de, em média, 20 a 50 mil pessoas. Hoje o número foi totalmente reduzido”, acrescentou.

Marcado pelo forte aparato policial, primeiro protesto contra o governo Javier Milei foi menor que o esperado. Foto: EFE / Isaac Fontana

Bullrich avaliou como bem sucedida a implementação do protocolo descrito por ela como “forma diferente de lidar com os permanentes protestos e bloqueios que a Argentina tem sofrido há mais de 20 anos e com aqueles violentos que destruíram a cidade de Buenos Aires”. Questionada pela imprensa sobre a liberdade de manifestação, ela respondeu que o direito está “absolutamente garantido” mas que, nas suas palavras, “havia um abuso na Argentina”.

Este vídeo divulgado pelo jornal argentino La Nacion mostra um princípio de confusão entre os manifestantes e as forças de segurança nos arredores da Praça de Maio. Ainda segundo a imprensa argentina, pelo menos duas pessoas foram detidas nesta tarde.

De acordo com o Clarín, foram mobilizados de 5 mil agentes, sendo a maior parte da Polícia Federal e da Polícia Portenha (2 mil cada). Do outro lado, os movimentos sociais conseguiram reunir cerca de 10 mil pessoas, segundo autoridades ouvidas pelo jornal argentino. Ou seja, as ruas de Buenos Aires hoje tinham um policial a cada dois manifestantes.

Durante a tarde, um tribunal rejeitou o pedido de habeas corpus preventivo apresentado por ativistas contra o plano de segurança do governo. A decisão afirma que “não existem atualmente limitações, restrições ou ameaças à liberdade” e que os direitos são sujeitos a limitações “razoáveis”. Entre os autores da decisão está o juiz Marcelo Lucini, cotado pelo governo ao cargo de procurador.

O protocolo apresentado na semana passada visa impedir bloqueios de ruas, vias e pontes em manifestações na cidade de Buenos Aires, epicentro dos grandes protestos na Argentina. O texto afirma que as quatro forças federais mais o serviço penitenciário federal vão intervir contra paralisações, piquetes e bloqueios, sejam parciais ou totais. “Só porque existe uma rota alternativa não significa que a rota principal possa permanecer fechada”, afirma o governo.

Os manifestantes seguiram por algumas quadras até a Praça de Maio, em frente à Casa Rosada, sede da Presidência, apesar das restrições, mas em número menor que o esperado pelos organizadores. Durante o protesto, muitos criticaram o protocolo, que chamaram de antidemocrático. “Vim para defender as liberdades democráticas, a liberdade de se manifestar”, disse o manifestante Ezequiel Pretti, 34, à AFP.

Polícia Federal em Buenos Aires durante primeiro protesto contra o governo Javier Milei.  Foto: LUIS ROBAYO / AFP

Diante da convocação, a ministra do Capital Humano, Sandra Pettovello, anunciou na segunda-feira, 18, cortes de benefícios sociais a quem fosse flagrado por câmeras de reconhecimento facial fechando vias nas marchas. “Manifestar é um direito, mas circular também é”, disse em mensagem gravada.

Historicamente, movimentos sociais protestam em 20 de dezembro para relembrar o massacre da Praça de Maio de 2001. Na ocasião, 39 pessoas morreram, na marcha que pedia a renúncia do ministro da Economia, Domingo Cavallo em meio a uma efervescência social causada pela crise econômica do corralito. Este ano, os manifestantes criticaram as medidas econômicas do novo presidente e enfrentaram a proibição de fechar ruas.

Na semana passada, o ministro da Economia, Luis Caputo, apresentou o plano econômico que desvalorizou o peso, a moeda argentina e cortou subsídios ao transporte e energia. Ainda hoje, o próprio Javier Milei deve anunciar medidas adicionais em pronunciamento em rede nacional./COM INFORMAÇÕES DE AFP

Imagem aérea mostra manifestantes reunidos na Praça de Maio em protesto contra plano econômico do governo Javier Milei. Foto: LUIS ROBAYO / AFP

Milhares de pessoas desafiaram nesta quarta-feira, 20, a proibição de fechar ruas na Argentina. Com forte aparato policial, no entanto, a adesão foi menor que a esperada e o primeiro protesto contra o governo Javier Milei começou a se dispersar por volta das 18 horas, após a leitura da declaração dos movimentos sociais contra “o plano motosserra”, em referência ao símbolo da campanha do libertário, que propõe um forte ajuste fiscal contra a crise.

O plano para conter a manifestação foi elaborado pela ministra da Segurança, Patricia Bullrich, candidata da direita tradicional que se juntou a Milei depois de amargar o terceiro lugar na eleição. Ao lado dela, o presidente assistiu a operação na sede da Polícia Federal, em Buenos Aires.

Depois do protesto, Bullrich reforçou que aqueles que bloquearam as ruas serão penalizados com a perda de benefícios sociais, como havia sido anunciado no começo da semana pelo governo. “As pessoas são livres. Se cometessem o delito previsto pelo protocolo que se aplicou hoje, teriam como consequência a perda do plano e se não fizessem não teriam consequências”, disse a ministra. “A maior parte das pessoas decidiu não ir porque a medida que temos para esse tipo de protesto é de, em média, 20 a 50 mil pessoas. Hoje o número foi totalmente reduzido”, acrescentou.

Marcado pelo forte aparato policial, primeiro protesto contra o governo Javier Milei foi menor que o esperado. Foto: EFE / Isaac Fontana

Bullrich avaliou como bem sucedida a implementação do protocolo descrito por ela como “forma diferente de lidar com os permanentes protestos e bloqueios que a Argentina tem sofrido há mais de 20 anos e com aqueles violentos que destruíram a cidade de Buenos Aires”. Questionada pela imprensa sobre a liberdade de manifestação, ela respondeu que o direito está “absolutamente garantido” mas que, nas suas palavras, “havia um abuso na Argentina”.

Este vídeo divulgado pelo jornal argentino La Nacion mostra um princípio de confusão entre os manifestantes e as forças de segurança nos arredores da Praça de Maio. Ainda segundo a imprensa argentina, pelo menos duas pessoas foram detidas nesta tarde.

De acordo com o Clarín, foram mobilizados de 5 mil agentes, sendo a maior parte da Polícia Federal e da Polícia Portenha (2 mil cada). Do outro lado, os movimentos sociais conseguiram reunir cerca de 10 mil pessoas, segundo autoridades ouvidas pelo jornal argentino. Ou seja, as ruas de Buenos Aires hoje tinham um policial a cada dois manifestantes.

Durante a tarde, um tribunal rejeitou o pedido de habeas corpus preventivo apresentado por ativistas contra o plano de segurança do governo. A decisão afirma que “não existem atualmente limitações, restrições ou ameaças à liberdade” e que os direitos são sujeitos a limitações “razoáveis”. Entre os autores da decisão está o juiz Marcelo Lucini, cotado pelo governo ao cargo de procurador.

O protocolo apresentado na semana passada visa impedir bloqueios de ruas, vias e pontes em manifestações na cidade de Buenos Aires, epicentro dos grandes protestos na Argentina. O texto afirma que as quatro forças federais mais o serviço penitenciário federal vão intervir contra paralisações, piquetes e bloqueios, sejam parciais ou totais. “Só porque existe uma rota alternativa não significa que a rota principal possa permanecer fechada”, afirma o governo.

Os manifestantes seguiram por algumas quadras até a Praça de Maio, em frente à Casa Rosada, sede da Presidência, apesar das restrições, mas em número menor que o esperado pelos organizadores. Durante o protesto, muitos criticaram o protocolo, que chamaram de antidemocrático. “Vim para defender as liberdades democráticas, a liberdade de se manifestar”, disse o manifestante Ezequiel Pretti, 34, à AFP.

Polícia Federal em Buenos Aires durante primeiro protesto contra o governo Javier Milei.  Foto: LUIS ROBAYO / AFP

Diante da convocação, a ministra do Capital Humano, Sandra Pettovello, anunciou na segunda-feira, 18, cortes de benefícios sociais a quem fosse flagrado por câmeras de reconhecimento facial fechando vias nas marchas. “Manifestar é um direito, mas circular também é”, disse em mensagem gravada.

Historicamente, movimentos sociais protestam em 20 de dezembro para relembrar o massacre da Praça de Maio de 2001. Na ocasião, 39 pessoas morreram, na marcha que pedia a renúncia do ministro da Economia, Domingo Cavallo em meio a uma efervescência social causada pela crise econômica do corralito. Este ano, os manifestantes criticaram as medidas econômicas do novo presidente e enfrentaram a proibição de fechar ruas.

Na semana passada, o ministro da Economia, Luis Caputo, apresentou o plano econômico que desvalorizou o peso, a moeda argentina e cortou subsídios ao transporte e energia. Ainda hoje, o próprio Javier Milei deve anunciar medidas adicionais em pronunciamento em rede nacional./COM INFORMAÇÕES DE AFP

Imagem aérea mostra manifestantes reunidos na Praça de Maio em protesto contra plano econômico do governo Javier Milei. Foto: LUIS ROBAYO / AFP

Milhares de pessoas desafiaram nesta quarta-feira, 20, a proibição de fechar ruas na Argentina. Com forte aparato policial, no entanto, a adesão foi menor que a esperada e o primeiro protesto contra o governo Javier Milei começou a se dispersar por volta das 18 horas, após a leitura da declaração dos movimentos sociais contra “o plano motosserra”, em referência ao símbolo da campanha do libertário, que propõe um forte ajuste fiscal contra a crise.

O plano para conter a manifestação foi elaborado pela ministra da Segurança, Patricia Bullrich, candidata da direita tradicional que se juntou a Milei depois de amargar o terceiro lugar na eleição. Ao lado dela, o presidente assistiu a operação na sede da Polícia Federal, em Buenos Aires.

Depois do protesto, Bullrich reforçou que aqueles que bloquearam as ruas serão penalizados com a perda de benefícios sociais, como havia sido anunciado no começo da semana pelo governo. “As pessoas são livres. Se cometessem o delito previsto pelo protocolo que se aplicou hoje, teriam como consequência a perda do plano e se não fizessem não teriam consequências”, disse a ministra. “A maior parte das pessoas decidiu não ir porque a medida que temos para esse tipo de protesto é de, em média, 20 a 50 mil pessoas. Hoje o número foi totalmente reduzido”, acrescentou.

Marcado pelo forte aparato policial, primeiro protesto contra o governo Javier Milei foi menor que o esperado. Foto: EFE / Isaac Fontana

Bullrich avaliou como bem sucedida a implementação do protocolo descrito por ela como “forma diferente de lidar com os permanentes protestos e bloqueios que a Argentina tem sofrido há mais de 20 anos e com aqueles violentos que destruíram a cidade de Buenos Aires”. Questionada pela imprensa sobre a liberdade de manifestação, ela respondeu que o direito está “absolutamente garantido” mas que, nas suas palavras, “havia um abuso na Argentina”.

Este vídeo divulgado pelo jornal argentino La Nacion mostra um princípio de confusão entre os manifestantes e as forças de segurança nos arredores da Praça de Maio. Ainda segundo a imprensa argentina, pelo menos duas pessoas foram detidas nesta tarde.

De acordo com o Clarín, foram mobilizados de 5 mil agentes, sendo a maior parte da Polícia Federal e da Polícia Portenha (2 mil cada). Do outro lado, os movimentos sociais conseguiram reunir cerca de 10 mil pessoas, segundo autoridades ouvidas pelo jornal argentino. Ou seja, as ruas de Buenos Aires hoje tinham um policial a cada dois manifestantes.

Durante a tarde, um tribunal rejeitou o pedido de habeas corpus preventivo apresentado por ativistas contra o plano de segurança do governo. A decisão afirma que “não existem atualmente limitações, restrições ou ameaças à liberdade” e que os direitos são sujeitos a limitações “razoáveis”. Entre os autores da decisão está o juiz Marcelo Lucini, cotado pelo governo ao cargo de procurador.

O protocolo apresentado na semana passada visa impedir bloqueios de ruas, vias e pontes em manifestações na cidade de Buenos Aires, epicentro dos grandes protestos na Argentina. O texto afirma que as quatro forças federais mais o serviço penitenciário federal vão intervir contra paralisações, piquetes e bloqueios, sejam parciais ou totais. “Só porque existe uma rota alternativa não significa que a rota principal possa permanecer fechada”, afirma o governo.

Os manifestantes seguiram por algumas quadras até a Praça de Maio, em frente à Casa Rosada, sede da Presidência, apesar das restrições, mas em número menor que o esperado pelos organizadores. Durante o protesto, muitos criticaram o protocolo, que chamaram de antidemocrático. “Vim para defender as liberdades democráticas, a liberdade de se manifestar”, disse o manifestante Ezequiel Pretti, 34, à AFP.

Polícia Federal em Buenos Aires durante primeiro protesto contra o governo Javier Milei.  Foto: LUIS ROBAYO / AFP

Diante da convocação, a ministra do Capital Humano, Sandra Pettovello, anunciou na segunda-feira, 18, cortes de benefícios sociais a quem fosse flagrado por câmeras de reconhecimento facial fechando vias nas marchas. “Manifestar é um direito, mas circular também é”, disse em mensagem gravada.

Historicamente, movimentos sociais protestam em 20 de dezembro para relembrar o massacre da Praça de Maio de 2001. Na ocasião, 39 pessoas morreram, na marcha que pedia a renúncia do ministro da Economia, Domingo Cavallo em meio a uma efervescência social causada pela crise econômica do corralito. Este ano, os manifestantes criticaram as medidas econômicas do novo presidente e enfrentaram a proibição de fechar ruas.

Na semana passada, o ministro da Economia, Luis Caputo, apresentou o plano econômico que desvalorizou o peso, a moeda argentina e cortou subsídios ao transporte e energia. Ainda hoje, o próprio Javier Milei deve anunciar medidas adicionais em pronunciamento em rede nacional./COM INFORMAÇÕES DE AFP

Imagem aérea mostra manifestantes reunidos na Praça de Maio em protesto contra plano econômico do governo Javier Milei. Foto: LUIS ROBAYO / AFP

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