Protesto contra reforma da previdência na França bloqueia entrada do Louvre e frustra turistas


Funcionários do Museu estavam entre os manifestantes

Por Redação
Atualização:

Manifestantes iniciaram a manhã desta segunda-feira, 27, em protesto contra a reforma da Previdência na França. A manifestação pacífica acontece em frente ao Museu do Louvre. O protesto bloqueou a entrada de visitantes no Museu, impedindo que dezenas de turistas visitem um dos principais cartões do país.

A entrada dos turistas foi impedida depois que representantes sindicais da Confederação Geral do Trabalho (CGT) e das Unidades Democráticas de Solidariedade (Sud) votaram pelo fechamento do Louvre. A famosa pirâmide de vidro agora está repleta de manifestantes, entre eles, funcionários do Museu, que seguram bandeiras dos sindicatos e cartazes.

Manifestantes protestam em frente ao Museu do Louvre contra a polêmica reforma previdenciária  Foto: CHRISTOPHE ARCHAMBAULT / AFP
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“Aposentar-se aos 60 anos; trabalhar menos para viver mais tempo”, escreveram os manifestantes em um dos cartazes.

O Sud publicou em sua conta oficial no Twitter um vídeo que capta o momento que centenas de manifestantes ocupam a frente do Louvre.

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Por outro lado, a manifestação deixou turistas e demais visitantes frustrados. “Isso é ridículo, viemos de todos os lugares do mundo com nossos filhos para visitar um museu e é ridículo que 20 pessoas bloqueiem a entrada”, disse Samuel, um turista mexicano que não informou seu sobrenome, em entrevista à Reuters.

“Eu realmente entendo a motivação deles, e é justo. Mas todos nós gostaríamos de ver ‘Mona Lisa’”, falou Jane, uma visitante de Londres.

"Trabalhar menos para viver mais" diz o cartaz que os manifestam seguram no protesto em frente ao Louvre Foto: Horaci Garcia / Reuters
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A manifestação ocorre um dia antes de uma nova rodada de greves e de marchas por todo o país, a décima desde que os protestos iniciaram, marcada para esta terça-feira, 28.

Segundo a Euro News, a polícia de Paris disse que estava realizando uma operação para impedir reuniões não autorizadas em frente ao Centro Pompidou, outra atração famosa em Paris que atrai milhares de visitantes.

Polícia francesa acompanha as manifestações no Museu do Louvre, que seguem pacíficas Foto: Marco Trujillo / Reuters
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Primeira-ministra da França receberá sindicatos e partidos para ‘apaziguar o país’

A primeira-ministra da França, Élisabeth Borne, se reunirá, nas próximas três semanas, com grupos parlamentares, partidos políticos, sindicatos e associações com o objetivo de “apaziguar o país”, conforme ela mesma anunciou em entrevista à AFP, enquanto acontecem protestos maciços contra a reforma da Previdência.

A primeira-ministra da França, Élisabeth Borne, quer "apaziguar o país" Foto: LUDOVIC MARIN / AFP
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“Estou à disposição dos agentes sociais. É preciso chegar a um bom caminho: encontros bilaterais? Uma [reunião] intersindical? É preciso acalmar as coisas. E que possamos retomar o trabalho sobre todas essas questões”, como os trabalhos especialmente penosos e as reconversões profissionais, afirmou a primeira-ministra.

Protestos multitudinários, em parte violentos, sacodem o país desde a aprovação, em 16 de março e sem votação no Parlamento, de uma polêmica reforma sobre o aumento da idade de aposentadoria.

Manifestantes e policiais entraram em confronto durante protesto na última semana, no dia 23 de março, em Lyon, centro da França Foto: Laurent Cipriani / AP
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Borne, no entanto, lembrou que a reforma da Previdência foi aprovada e “seguirá seu curso” até que o Conselho Constitucional emita o seu parecer, ao término do qual o presidente Emmanuel Macron “deverá promulgar a lei”, tal como prevê a Constituição.

Borne assinalou que, “desde o início da legislatura, foram aprovados definitivamente 11 projetos de lei e 12 propostas legislativas” e que “se recorreu ao 49.3 [artigo que permite a aprovação de leis sem votação parlamentar] em apenas três textos”.

Estes são textos orçamentários para 2023 que fazem parte da reforma da Previdência, que modifica a lei sobre financiamento da Seguridade Social, lembrou a chefe de governo.

O artigo 49.3 da Constituição permite legislar por decreto, mas expõe o governo a uma moção de censura. No dia 17 de março, duas moções foram votadas e superadas pelo Executivo, uma delas por apenas nove votos de diferença.

A mando do presidente Emmanuel Macron, Borne deve construir um programa de governo e um programa legislativo para o qual “desenvolverá” um “plano de ação” nas próximas três semanas “que mobilize todos os atores que querem fazer o país avançar”, explicou a primeira-ministra. / AFP e Reuters

Manifestantes iniciaram a manhã desta segunda-feira, 27, em protesto contra a reforma da Previdência na França. A manifestação pacífica acontece em frente ao Museu do Louvre. O protesto bloqueou a entrada de visitantes no Museu, impedindo que dezenas de turistas visitem um dos principais cartões do país.

A entrada dos turistas foi impedida depois que representantes sindicais da Confederação Geral do Trabalho (CGT) e das Unidades Democráticas de Solidariedade (Sud) votaram pelo fechamento do Louvre. A famosa pirâmide de vidro agora está repleta de manifestantes, entre eles, funcionários do Museu, que seguram bandeiras dos sindicatos e cartazes.

Manifestantes protestam em frente ao Museu do Louvre contra a polêmica reforma previdenciária  Foto: CHRISTOPHE ARCHAMBAULT / AFP

“Aposentar-se aos 60 anos; trabalhar menos para viver mais tempo”, escreveram os manifestantes em um dos cartazes.

O Sud publicou em sua conta oficial no Twitter um vídeo que capta o momento que centenas de manifestantes ocupam a frente do Louvre.

Por outro lado, a manifestação deixou turistas e demais visitantes frustrados. “Isso é ridículo, viemos de todos os lugares do mundo com nossos filhos para visitar um museu e é ridículo que 20 pessoas bloqueiem a entrada”, disse Samuel, um turista mexicano que não informou seu sobrenome, em entrevista à Reuters.

“Eu realmente entendo a motivação deles, e é justo. Mas todos nós gostaríamos de ver ‘Mona Lisa’”, falou Jane, uma visitante de Londres.

"Trabalhar menos para viver mais" diz o cartaz que os manifestam seguram no protesto em frente ao Louvre Foto: Horaci Garcia / Reuters

A manifestação ocorre um dia antes de uma nova rodada de greves e de marchas por todo o país, a décima desde que os protestos iniciaram, marcada para esta terça-feira, 28.

Segundo a Euro News, a polícia de Paris disse que estava realizando uma operação para impedir reuniões não autorizadas em frente ao Centro Pompidou, outra atração famosa em Paris que atrai milhares de visitantes.

Polícia francesa acompanha as manifestações no Museu do Louvre, que seguem pacíficas Foto: Marco Trujillo / Reuters

Primeira-ministra da França receberá sindicatos e partidos para ‘apaziguar o país’

A primeira-ministra da França, Élisabeth Borne, se reunirá, nas próximas três semanas, com grupos parlamentares, partidos políticos, sindicatos e associações com o objetivo de “apaziguar o país”, conforme ela mesma anunciou em entrevista à AFP, enquanto acontecem protestos maciços contra a reforma da Previdência.

A primeira-ministra da França, Élisabeth Borne, quer "apaziguar o país" Foto: LUDOVIC MARIN / AFP

“Estou à disposição dos agentes sociais. É preciso chegar a um bom caminho: encontros bilaterais? Uma [reunião] intersindical? É preciso acalmar as coisas. E que possamos retomar o trabalho sobre todas essas questões”, como os trabalhos especialmente penosos e as reconversões profissionais, afirmou a primeira-ministra.

Protestos multitudinários, em parte violentos, sacodem o país desde a aprovação, em 16 de março e sem votação no Parlamento, de uma polêmica reforma sobre o aumento da idade de aposentadoria.

Manifestantes e policiais entraram em confronto durante protesto na última semana, no dia 23 de março, em Lyon, centro da França Foto: Laurent Cipriani / AP

Borne, no entanto, lembrou que a reforma da Previdência foi aprovada e “seguirá seu curso” até que o Conselho Constitucional emita o seu parecer, ao término do qual o presidente Emmanuel Macron “deverá promulgar a lei”, tal como prevê a Constituição.

Borne assinalou que, “desde o início da legislatura, foram aprovados definitivamente 11 projetos de lei e 12 propostas legislativas” e que “se recorreu ao 49.3 [artigo que permite a aprovação de leis sem votação parlamentar] em apenas três textos”.

Estes são textos orçamentários para 2023 que fazem parte da reforma da Previdência, que modifica a lei sobre financiamento da Seguridade Social, lembrou a chefe de governo.

O artigo 49.3 da Constituição permite legislar por decreto, mas expõe o governo a uma moção de censura. No dia 17 de março, duas moções foram votadas e superadas pelo Executivo, uma delas por apenas nove votos de diferença.

A mando do presidente Emmanuel Macron, Borne deve construir um programa de governo e um programa legislativo para o qual “desenvolverá” um “plano de ação” nas próximas três semanas “que mobilize todos os atores que querem fazer o país avançar”, explicou a primeira-ministra. / AFP e Reuters

Manifestantes iniciaram a manhã desta segunda-feira, 27, em protesto contra a reforma da Previdência na França. A manifestação pacífica acontece em frente ao Museu do Louvre. O protesto bloqueou a entrada de visitantes no Museu, impedindo que dezenas de turistas visitem um dos principais cartões do país.

A entrada dos turistas foi impedida depois que representantes sindicais da Confederação Geral do Trabalho (CGT) e das Unidades Democráticas de Solidariedade (Sud) votaram pelo fechamento do Louvre. A famosa pirâmide de vidro agora está repleta de manifestantes, entre eles, funcionários do Museu, que seguram bandeiras dos sindicatos e cartazes.

Manifestantes protestam em frente ao Museu do Louvre contra a polêmica reforma previdenciária  Foto: CHRISTOPHE ARCHAMBAULT / AFP

“Aposentar-se aos 60 anos; trabalhar menos para viver mais tempo”, escreveram os manifestantes em um dos cartazes.

O Sud publicou em sua conta oficial no Twitter um vídeo que capta o momento que centenas de manifestantes ocupam a frente do Louvre.

Por outro lado, a manifestação deixou turistas e demais visitantes frustrados. “Isso é ridículo, viemos de todos os lugares do mundo com nossos filhos para visitar um museu e é ridículo que 20 pessoas bloqueiem a entrada”, disse Samuel, um turista mexicano que não informou seu sobrenome, em entrevista à Reuters.

“Eu realmente entendo a motivação deles, e é justo. Mas todos nós gostaríamos de ver ‘Mona Lisa’”, falou Jane, uma visitante de Londres.

"Trabalhar menos para viver mais" diz o cartaz que os manifestam seguram no protesto em frente ao Louvre Foto: Horaci Garcia / Reuters

A manifestação ocorre um dia antes de uma nova rodada de greves e de marchas por todo o país, a décima desde que os protestos iniciaram, marcada para esta terça-feira, 28.

Segundo a Euro News, a polícia de Paris disse que estava realizando uma operação para impedir reuniões não autorizadas em frente ao Centro Pompidou, outra atração famosa em Paris que atrai milhares de visitantes.

Polícia francesa acompanha as manifestações no Museu do Louvre, que seguem pacíficas Foto: Marco Trujillo / Reuters

Primeira-ministra da França receberá sindicatos e partidos para ‘apaziguar o país’

A primeira-ministra da França, Élisabeth Borne, se reunirá, nas próximas três semanas, com grupos parlamentares, partidos políticos, sindicatos e associações com o objetivo de “apaziguar o país”, conforme ela mesma anunciou em entrevista à AFP, enquanto acontecem protestos maciços contra a reforma da Previdência.

A primeira-ministra da França, Élisabeth Borne, quer "apaziguar o país" Foto: LUDOVIC MARIN / AFP

“Estou à disposição dos agentes sociais. É preciso chegar a um bom caminho: encontros bilaterais? Uma [reunião] intersindical? É preciso acalmar as coisas. E que possamos retomar o trabalho sobre todas essas questões”, como os trabalhos especialmente penosos e as reconversões profissionais, afirmou a primeira-ministra.

Protestos multitudinários, em parte violentos, sacodem o país desde a aprovação, em 16 de março e sem votação no Parlamento, de uma polêmica reforma sobre o aumento da idade de aposentadoria.

Manifestantes e policiais entraram em confronto durante protesto na última semana, no dia 23 de março, em Lyon, centro da França Foto: Laurent Cipriani / AP

Borne, no entanto, lembrou que a reforma da Previdência foi aprovada e “seguirá seu curso” até que o Conselho Constitucional emita o seu parecer, ao término do qual o presidente Emmanuel Macron “deverá promulgar a lei”, tal como prevê a Constituição.

Borne assinalou que, “desde o início da legislatura, foram aprovados definitivamente 11 projetos de lei e 12 propostas legislativas” e que “se recorreu ao 49.3 [artigo que permite a aprovação de leis sem votação parlamentar] em apenas três textos”.

Estes são textos orçamentários para 2023 que fazem parte da reforma da Previdência, que modifica a lei sobre financiamento da Seguridade Social, lembrou a chefe de governo.

O artigo 49.3 da Constituição permite legislar por decreto, mas expõe o governo a uma moção de censura. No dia 17 de março, duas moções foram votadas e superadas pelo Executivo, uma delas por apenas nove votos de diferença.

A mando do presidente Emmanuel Macron, Borne deve construir um programa de governo e um programa legislativo para o qual “desenvolverá” um “plano de ação” nas próximas três semanas “que mobilize todos os atores que querem fazer o país avançar”, explicou a primeira-ministra. / AFP e Reuters

Manifestantes iniciaram a manhã desta segunda-feira, 27, em protesto contra a reforma da Previdência na França. A manifestação pacífica acontece em frente ao Museu do Louvre. O protesto bloqueou a entrada de visitantes no Museu, impedindo que dezenas de turistas visitem um dos principais cartões do país.

A entrada dos turistas foi impedida depois que representantes sindicais da Confederação Geral do Trabalho (CGT) e das Unidades Democráticas de Solidariedade (Sud) votaram pelo fechamento do Louvre. A famosa pirâmide de vidro agora está repleta de manifestantes, entre eles, funcionários do Museu, que seguram bandeiras dos sindicatos e cartazes.

Manifestantes protestam em frente ao Museu do Louvre contra a polêmica reforma previdenciária  Foto: CHRISTOPHE ARCHAMBAULT / AFP

“Aposentar-se aos 60 anos; trabalhar menos para viver mais tempo”, escreveram os manifestantes em um dos cartazes.

O Sud publicou em sua conta oficial no Twitter um vídeo que capta o momento que centenas de manifestantes ocupam a frente do Louvre.

Por outro lado, a manifestação deixou turistas e demais visitantes frustrados. “Isso é ridículo, viemos de todos os lugares do mundo com nossos filhos para visitar um museu e é ridículo que 20 pessoas bloqueiem a entrada”, disse Samuel, um turista mexicano que não informou seu sobrenome, em entrevista à Reuters.

“Eu realmente entendo a motivação deles, e é justo. Mas todos nós gostaríamos de ver ‘Mona Lisa’”, falou Jane, uma visitante de Londres.

"Trabalhar menos para viver mais" diz o cartaz que os manifestam seguram no protesto em frente ao Louvre Foto: Horaci Garcia / Reuters

A manifestação ocorre um dia antes de uma nova rodada de greves e de marchas por todo o país, a décima desde que os protestos iniciaram, marcada para esta terça-feira, 28.

Segundo a Euro News, a polícia de Paris disse que estava realizando uma operação para impedir reuniões não autorizadas em frente ao Centro Pompidou, outra atração famosa em Paris que atrai milhares de visitantes.

Polícia francesa acompanha as manifestações no Museu do Louvre, que seguem pacíficas Foto: Marco Trujillo / Reuters

Primeira-ministra da França receberá sindicatos e partidos para ‘apaziguar o país’

A primeira-ministra da França, Élisabeth Borne, se reunirá, nas próximas três semanas, com grupos parlamentares, partidos políticos, sindicatos e associações com o objetivo de “apaziguar o país”, conforme ela mesma anunciou em entrevista à AFP, enquanto acontecem protestos maciços contra a reforma da Previdência.

A primeira-ministra da França, Élisabeth Borne, quer "apaziguar o país" Foto: LUDOVIC MARIN / AFP

“Estou à disposição dos agentes sociais. É preciso chegar a um bom caminho: encontros bilaterais? Uma [reunião] intersindical? É preciso acalmar as coisas. E que possamos retomar o trabalho sobre todas essas questões”, como os trabalhos especialmente penosos e as reconversões profissionais, afirmou a primeira-ministra.

Protestos multitudinários, em parte violentos, sacodem o país desde a aprovação, em 16 de março e sem votação no Parlamento, de uma polêmica reforma sobre o aumento da idade de aposentadoria.

Manifestantes e policiais entraram em confronto durante protesto na última semana, no dia 23 de março, em Lyon, centro da França Foto: Laurent Cipriani / AP

Borne, no entanto, lembrou que a reforma da Previdência foi aprovada e “seguirá seu curso” até que o Conselho Constitucional emita o seu parecer, ao término do qual o presidente Emmanuel Macron “deverá promulgar a lei”, tal como prevê a Constituição.

Borne assinalou que, “desde o início da legislatura, foram aprovados definitivamente 11 projetos de lei e 12 propostas legislativas” e que “se recorreu ao 49.3 [artigo que permite a aprovação de leis sem votação parlamentar] em apenas três textos”.

Estes são textos orçamentários para 2023 que fazem parte da reforma da Previdência, que modifica a lei sobre financiamento da Seguridade Social, lembrou a chefe de governo.

O artigo 49.3 da Constituição permite legislar por decreto, mas expõe o governo a uma moção de censura. No dia 17 de março, duas moções foram votadas e superadas pelo Executivo, uma delas por apenas nove votos de diferença.

A mando do presidente Emmanuel Macron, Borne deve construir um programa de governo e um programa legislativo para o qual “desenvolverá” um “plano de ação” nas próximas três semanas “que mobilize todos os atores que querem fazer o país avançar”, explicou a primeira-ministra. / AFP e Reuters

Manifestantes iniciaram a manhã desta segunda-feira, 27, em protesto contra a reforma da Previdência na França. A manifestação pacífica acontece em frente ao Museu do Louvre. O protesto bloqueou a entrada de visitantes no Museu, impedindo que dezenas de turistas visitem um dos principais cartões do país.

A entrada dos turistas foi impedida depois que representantes sindicais da Confederação Geral do Trabalho (CGT) e das Unidades Democráticas de Solidariedade (Sud) votaram pelo fechamento do Louvre. A famosa pirâmide de vidro agora está repleta de manifestantes, entre eles, funcionários do Museu, que seguram bandeiras dos sindicatos e cartazes.

Manifestantes protestam em frente ao Museu do Louvre contra a polêmica reforma previdenciária  Foto: CHRISTOPHE ARCHAMBAULT / AFP

“Aposentar-se aos 60 anos; trabalhar menos para viver mais tempo”, escreveram os manifestantes em um dos cartazes.

O Sud publicou em sua conta oficial no Twitter um vídeo que capta o momento que centenas de manifestantes ocupam a frente do Louvre.

Por outro lado, a manifestação deixou turistas e demais visitantes frustrados. “Isso é ridículo, viemos de todos os lugares do mundo com nossos filhos para visitar um museu e é ridículo que 20 pessoas bloqueiem a entrada”, disse Samuel, um turista mexicano que não informou seu sobrenome, em entrevista à Reuters.

“Eu realmente entendo a motivação deles, e é justo. Mas todos nós gostaríamos de ver ‘Mona Lisa’”, falou Jane, uma visitante de Londres.

"Trabalhar menos para viver mais" diz o cartaz que os manifestam seguram no protesto em frente ao Louvre Foto: Horaci Garcia / Reuters

A manifestação ocorre um dia antes de uma nova rodada de greves e de marchas por todo o país, a décima desde que os protestos iniciaram, marcada para esta terça-feira, 28.

Segundo a Euro News, a polícia de Paris disse que estava realizando uma operação para impedir reuniões não autorizadas em frente ao Centro Pompidou, outra atração famosa em Paris que atrai milhares de visitantes.

Polícia francesa acompanha as manifestações no Museu do Louvre, que seguem pacíficas Foto: Marco Trujillo / Reuters

Primeira-ministra da França receberá sindicatos e partidos para ‘apaziguar o país’

A primeira-ministra da França, Élisabeth Borne, se reunirá, nas próximas três semanas, com grupos parlamentares, partidos políticos, sindicatos e associações com o objetivo de “apaziguar o país”, conforme ela mesma anunciou em entrevista à AFP, enquanto acontecem protestos maciços contra a reforma da Previdência.

A primeira-ministra da França, Élisabeth Borne, quer "apaziguar o país" Foto: LUDOVIC MARIN / AFP

“Estou à disposição dos agentes sociais. É preciso chegar a um bom caminho: encontros bilaterais? Uma [reunião] intersindical? É preciso acalmar as coisas. E que possamos retomar o trabalho sobre todas essas questões”, como os trabalhos especialmente penosos e as reconversões profissionais, afirmou a primeira-ministra.

Protestos multitudinários, em parte violentos, sacodem o país desde a aprovação, em 16 de março e sem votação no Parlamento, de uma polêmica reforma sobre o aumento da idade de aposentadoria.

Manifestantes e policiais entraram em confronto durante protesto na última semana, no dia 23 de março, em Lyon, centro da França Foto: Laurent Cipriani / AP

Borne, no entanto, lembrou que a reforma da Previdência foi aprovada e “seguirá seu curso” até que o Conselho Constitucional emita o seu parecer, ao término do qual o presidente Emmanuel Macron “deverá promulgar a lei”, tal como prevê a Constituição.

Borne assinalou que, “desde o início da legislatura, foram aprovados definitivamente 11 projetos de lei e 12 propostas legislativas” e que “se recorreu ao 49.3 [artigo que permite a aprovação de leis sem votação parlamentar] em apenas três textos”.

Estes são textos orçamentários para 2023 que fazem parte da reforma da Previdência, que modifica a lei sobre financiamento da Seguridade Social, lembrou a chefe de governo.

O artigo 49.3 da Constituição permite legislar por decreto, mas expõe o governo a uma moção de censura. No dia 17 de março, duas moções foram votadas e superadas pelo Executivo, uma delas por apenas nove votos de diferença.

A mando do presidente Emmanuel Macron, Borne deve construir um programa de governo e um programa legislativo para o qual “desenvolverá” um “plano de ação” nas próximas três semanas “que mobilize todos os atores que querem fazer o país avançar”, explicou a primeira-ministra. / AFP e Reuters

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