Protestos pró-Palestina e pró-Israel nos EUA se espalham e geram conflitos; veja lista


Os episódios ocorrem em meio a uma onda de manifestações e acampamentos que se espalharam por dezenas de campi nos EUA; polícias prenderam mais de mil estudantes

Por Guilherme Guerra
Atualização:

Protestos entre grupos pró-Palestina e pró-Israel na Universidade de Columbia, em Nova York, e na Universidade da Califórnia, em Los Angeles, nos Estados Unidos, resultaram em brigas e tiveram de ser apartados pela polícia entre a terça-feira 30 e esta quarta-feira, 1.º. Prisões foram realizadas e os espaços foram liberados pelas autoridades.

Os episódios ocorrem em meio a uma onda de manifestações e acampamentos que se espalharam por dezenas de campi nos EUA ao longo desta semana. Os manifestantes protestam contra a ocupação na Palestina, após o início da ofensiva israelense como represália pelo ataque do grupo terrorista Hamas, em 7 de outubro. Em resposta, contramanifestantes a favor de Israel foram aos campi demonstrar apoio, o que levou a conflitos entre os dois grupos.

A polícia tem sido chamada pelas universidades para conter episódios de violência e manter a circulação do espaço. Ao mesmo tempo, enfrentam o dilema de manter a liberdade de expressão dos estudantes. Em alguns casos, houve também relatos de antissemitismo, como na Universidade de Nova York.

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Outros protestos em universidades americanas também acontecem. No City College, em Nova York, a polícia impediu a invasão a um edifíci no câmpus. E a Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill, chamou a polícia para retirar uma bandeira da Palestina erguida em um mastro. Já na Universidade Brown, manifestantes e a reitoria firmaram um acordo para interromper os acampamentos, marcando o primeiro acordo desde o início dos protestos pelo país americano.

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Segundo contagem do jornal americano The New York Times, mais de mil pessoas foram presas desde 18 de abril, quando foi realizada a primeira prisão na Universidade de Columbia, em Nova York.

Manifestantes entram em conflito na Universidade da Califórnia, em Los Angeles Foto: Ethan Swope/AP

Veja lista abaixo dos principais protestos em universidades dos EUA:

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Univesidade de Columbia, em Nova York

Na terça-feira 30, a polícia entrou no câmpus da Universidade de Columbia, em Nova York, para esvaziar o acampamento de manifestantes pró-Palestina, que pedem a libertação do território e o fim da guerra entre Israel e o Hamas.

Vestindo protetores de rosto e escudos antimotim, os policiais entraram no prédio Hamilton Hall por uma janela, esvaziaram o edifício e prenderam de 40 a 50 pessoas, sem feridos, segundo a agência de notícias Associated Press, citando o departamento de polícia local. Os manifestantes ocuparam o prédio por mais de 20 horas, em meio à escalada dos protestos universitários pelo país.

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Em 18 de abril, mais de 100 estudantes foram presos na Universidade de Columbia após protestos pedindo a condenação da ofensiva israelense na Palestina. O episódio alimentou uma onda de manifestações e acampamentos em outras univesidades dos EUA.

Policiais dispersam acampamento de manifestantes no campus da Universidade de Columbia, em Nova York Foto: Marco Postigo Storel/AP

Universidade da Califórnia, em Los Angeles

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Também na terça-feira, grupos pró-Palestina e pró-Israel na Universidade da Califórnia (UCLA), em Los Angeles, entraram em confronto e tiveram de ser apartados pelas autoridades. Horas antes, a reitoria da instituição havia declarado que o acampamento pró-Palestina era ilegal.

Durante a madrugada desta quarta-feira, 1.º, relatos apontam que os grupos se empurraram e se chutaram. Outras pessoas estavam armadas com paus, e uma pessoa deitada no chão foi alvo de chutes de um grupo até ser tirada dali por outros manifestantes, segundo a agência de notícias Associated Press.

Após a intervenção policial, o câmpus da UCLA foi acalmado. O acampamento dos manifestantes pró-Palestina estava quieto, e grupos opositores não foram vistos no local.

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Na manhã desta quarta, a universidade cancelou as aulas.

Universidade de Tulane, em Nova Orleans

Autoridades policiais dispersaram manifestantes na Universidade de Tulane, em Nova Orleans, no Estado americano de Louisiana. Segundo a reitoria, seis pessoas foram presas e sete estudantes foram suspensos por manifestação ilegal. O câmpus permaneceu fechado após a entrada da polícia.

“Valorizamos a liberdade de expressão e apoiamos inúmeras manifestações legais ao longo deste ano”, disse a universidade em comunicado, segundo a Associated Press. “Mas continuamos a nos opor à invasão de propriedade, ao discurso de ódio, ao antissemitismo e ao preconceito contra grupos religiosos ou étnicos.”

Estudantes pró-Palestina comemoram acordo com a Universidade Brown que encerrou o acampamento no campus Foto: Joseph Prezioso/AFP

Universidade do Arizona, no Arizona

A polícia entrou na Universidade do Arizona e usou spray de pimenta para dispersar as manifestações na madrugada desta quarta-feira, 1.º. As autoridades foram chamadas pela reitoria, que apontou os protestos como ilegais.

Universidade Brown, em Providence

Manifestantes pró-Palestina e a Universidade Brown, em Providence, no estado de Rhode Island, firmaram um acordo na noite de terça-feira 30 para desmontar os acampamentos no câmpus. A decisão é a primeira do tipo em todos os Estados Unidos desde que começaram os protestos pelo país americano.

No acordo negociado, os estudantes concordam em interromper os protestos, enquanto a universidade declarou que vai discutir a possibilidade de desinvestir em companhias conectadas à ofensiva militar isralenese em Gaza. Posteriormente, a administração da instituição deve realizar uma votação para decidir a estratégia.

“Este parece ser um momento real de realização de nosso poder coletivo”, disse Rafi Ash, estudante do segundo ano da Brown que participou dos protestos. “Isso é algo que demonstra que a mobilização do corpo estudantil pode forçar a universidade a ouvir.”

“Aprecio os esforços sinceros de nossos alunos em tomar medidas para evitar uma escalada ainda maior”, disse em comunicado a presidente da Universidade Brown, Christina Paxson.

City College, em Nova York

No City College de Nova York, no Harlem, dúzias de pessoas pró-Palestina acampadas na universidade foram presas na noite de terça-feira, 30. A polícia conseguiu impedir que manifestantes invadissem um dos prédios do câmpus. Depois, retornaram aos seus acampamentos.

A pedido da administração da instituição, uma bandeira da Palestina erguida no mastro foi retirado pelas autoridades. Um policial pegou a bandeira e a jogou no chão, informa a Associated Press.

Estudantes pró-Palestina montam acampamento no campus na Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill Foto: Makiya Seminera/AP

Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill

A tensão escalou na Universidade da Carolina do Norte, na cidade de Chapel Hill, na terça-feira, 30, resultando na prisão de 36 estudantes que manifestavam a favor da Palestina. A polícia foi chamada pela universidade para expulsar os manifestantes que montaram um acampamento no câmpus no último final de semana.

Estudantes jogaram água nas autoridades, após estas tentarem recolocar uma bandeira americana no mastro do câmpus — horas antes, havia sido erguida a bandeira da Palestina. Do outro lado do câmpus, um grupo pró-Israel se reunia e erguia a bandeira do país. / COM ASSOCIATED PRESS E THE NEW YORK TIMES

Protestos entre grupos pró-Palestina e pró-Israel na Universidade de Columbia, em Nova York, e na Universidade da Califórnia, em Los Angeles, nos Estados Unidos, resultaram em brigas e tiveram de ser apartados pela polícia entre a terça-feira 30 e esta quarta-feira, 1.º. Prisões foram realizadas e os espaços foram liberados pelas autoridades.

Os episódios ocorrem em meio a uma onda de manifestações e acampamentos que se espalharam por dezenas de campi nos EUA ao longo desta semana. Os manifestantes protestam contra a ocupação na Palestina, após o início da ofensiva israelense como represália pelo ataque do grupo terrorista Hamas, em 7 de outubro. Em resposta, contramanifestantes a favor de Israel foram aos campi demonstrar apoio, o que levou a conflitos entre os dois grupos.

A polícia tem sido chamada pelas universidades para conter episódios de violência e manter a circulação do espaço. Ao mesmo tempo, enfrentam o dilema de manter a liberdade de expressão dos estudantes. Em alguns casos, houve também relatos de antissemitismo, como na Universidade de Nova York.

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Outros protestos em universidades americanas também acontecem. No City College, em Nova York, a polícia impediu a invasão a um edifíci no câmpus. E a Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill, chamou a polícia para retirar uma bandeira da Palestina erguida em um mastro. Já na Universidade Brown, manifestantes e a reitoria firmaram um acordo para interromper os acampamentos, marcando o primeiro acordo desde o início dos protestos pelo país americano.

Segundo contagem do jornal americano The New York Times, mais de mil pessoas foram presas desde 18 de abril, quando foi realizada a primeira prisão na Universidade de Columbia, em Nova York.

Manifestantes entram em conflito na Universidade da Califórnia, em Los Angeles Foto: Ethan Swope/AP

Veja lista abaixo dos principais protestos em universidades dos EUA:

Univesidade de Columbia, em Nova York

Na terça-feira 30, a polícia entrou no câmpus da Universidade de Columbia, em Nova York, para esvaziar o acampamento de manifestantes pró-Palestina, que pedem a libertação do território e o fim da guerra entre Israel e o Hamas.

Vestindo protetores de rosto e escudos antimotim, os policiais entraram no prédio Hamilton Hall por uma janela, esvaziaram o edifício e prenderam de 40 a 50 pessoas, sem feridos, segundo a agência de notícias Associated Press, citando o departamento de polícia local. Os manifestantes ocuparam o prédio por mais de 20 horas, em meio à escalada dos protestos universitários pelo país.

Em 18 de abril, mais de 100 estudantes foram presos na Universidade de Columbia após protestos pedindo a condenação da ofensiva israelense na Palestina. O episódio alimentou uma onda de manifestações e acampamentos em outras univesidades dos EUA.

Policiais dispersam acampamento de manifestantes no campus da Universidade de Columbia, em Nova York Foto: Marco Postigo Storel/AP

Universidade da Califórnia, em Los Angeles

Também na terça-feira, grupos pró-Palestina e pró-Israel na Universidade da Califórnia (UCLA), em Los Angeles, entraram em confronto e tiveram de ser apartados pelas autoridades. Horas antes, a reitoria da instituição havia declarado que o acampamento pró-Palestina era ilegal.

Durante a madrugada desta quarta-feira, 1.º, relatos apontam que os grupos se empurraram e se chutaram. Outras pessoas estavam armadas com paus, e uma pessoa deitada no chão foi alvo de chutes de um grupo até ser tirada dali por outros manifestantes, segundo a agência de notícias Associated Press.

Após a intervenção policial, o câmpus da UCLA foi acalmado. O acampamento dos manifestantes pró-Palestina estava quieto, e grupos opositores não foram vistos no local.

Na manhã desta quarta, a universidade cancelou as aulas.

Universidade de Tulane, em Nova Orleans

Autoridades policiais dispersaram manifestantes na Universidade de Tulane, em Nova Orleans, no Estado americano de Louisiana. Segundo a reitoria, seis pessoas foram presas e sete estudantes foram suspensos por manifestação ilegal. O câmpus permaneceu fechado após a entrada da polícia.

“Valorizamos a liberdade de expressão e apoiamos inúmeras manifestações legais ao longo deste ano”, disse a universidade em comunicado, segundo a Associated Press. “Mas continuamos a nos opor à invasão de propriedade, ao discurso de ódio, ao antissemitismo e ao preconceito contra grupos religiosos ou étnicos.”

Estudantes pró-Palestina comemoram acordo com a Universidade Brown que encerrou o acampamento no campus Foto: Joseph Prezioso/AFP

Universidade do Arizona, no Arizona

A polícia entrou na Universidade do Arizona e usou spray de pimenta para dispersar as manifestações na madrugada desta quarta-feira, 1.º. As autoridades foram chamadas pela reitoria, que apontou os protestos como ilegais.

Universidade Brown, em Providence

Manifestantes pró-Palestina e a Universidade Brown, em Providence, no estado de Rhode Island, firmaram um acordo na noite de terça-feira 30 para desmontar os acampamentos no câmpus. A decisão é a primeira do tipo em todos os Estados Unidos desde que começaram os protestos pelo país americano.

No acordo negociado, os estudantes concordam em interromper os protestos, enquanto a universidade declarou que vai discutir a possibilidade de desinvestir em companhias conectadas à ofensiva militar isralenese em Gaza. Posteriormente, a administração da instituição deve realizar uma votação para decidir a estratégia.

“Este parece ser um momento real de realização de nosso poder coletivo”, disse Rafi Ash, estudante do segundo ano da Brown que participou dos protestos. “Isso é algo que demonstra que a mobilização do corpo estudantil pode forçar a universidade a ouvir.”

“Aprecio os esforços sinceros de nossos alunos em tomar medidas para evitar uma escalada ainda maior”, disse em comunicado a presidente da Universidade Brown, Christina Paxson.

City College, em Nova York

No City College de Nova York, no Harlem, dúzias de pessoas pró-Palestina acampadas na universidade foram presas na noite de terça-feira, 30. A polícia conseguiu impedir que manifestantes invadissem um dos prédios do câmpus. Depois, retornaram aos seus acampamentos.

A pedido da administração da instituição, uma bandeira da Palestina erguida no mastro foi retirado pelas autoridades. Um policial pegou a bandeira e a jogou no chão, informa a Associated Press.

Estudantes pró-Palestina montam acampamento no campus na Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill Foto: Makiya Seminera/AP

Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill

A tensão escalou na Universidade da Carolina do Norte, na cidade de Chapel Hill, na terça-feira, 30, resultando na prisão de 36 estudantes que manifestavam a favor da Palestina. A polícia foi chamada pela universidade para expulsar os manifestantes que montaram um acampamento no câmpus no último final de semana.

Estudantes jogaram água nas autoridades, após estas tentarem recolocar uma bandeira americana no mastro do câmpus — horas antes, havia sido erguida a bandeira da Palestina. Do outro lado do câmpus, um grupo pró-Israel se reunia e erguia a bandeira do país. / COM ASSOCIATED PRESS E THE NEW YORK TIMES

Protestos entre grupos pró-Palestina e pró-Israel na Universidade de Columbia, em Nova York, e na Universidade da Califórnia, em Los Angeles, nos Estados Unidos, resultaram em brigas e tiveram de ser apartados pela polícia entre a terça-feira 30 e esta quarta-feira, 1.º. Prisões foram realizadas e os espaços foram liberados pelas autoridades.

Os episódios ocorrem em meio a uma onda de manifestações e acampamentos que se espalharam por dezenas de campi nos EUA ao longo desta semana. Os manifestantes protestam contra a ocupação na Palestina, após o início da ofensiva israelense como represália pelo ataque do grupo terrorista Hamas, em 7 de outubro. Em resposta, contramanifestantes a favor de Israel foram aos campi demonstrar apoio, o que levou a conflitos entre os dois grupos.

A polícia tem sido chamada pelas universidades para conter episódios de violência e manter a circulação do espaço. Ao mesmo tempo, enfrentam o dilema de manter a liberdade de expressão dos estudantes. Em alguns casos, houve também relatos de antissemitismo, como na Universidade de Nova York.

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Outros protestos em universidades americanas também acontecem. No City College, em Nova York, a polícia impediu a invasão a um edifíci no câmpus. E a Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill, chamou a polícia para retirar uma bandeira da Palestina erguida em um mastro. Já na Universidade Brown, manifestantes e a reitoria firmaram um acordo para interromper os acampamentos, marcando o primeiro acordo desde o início dos protestos pelo país americano.

Segundo contagem do jornal americano The New York Times, mais de mil pessoas foram presas desde 18 de abril, quando foi realizada a primeira prisão na Universidade de Columbia, em Nova York.

Manifestantes entram em conflito na Universidade da Califórnia, em Los Angeles Foto: Ethan Swope/AP

Veja lista abaixo dos principais protestos em universidades dos EUA:

Univesidade de Columbia, em Nova York

Na terça-feira 30, a polícia entrou no câmpus da Universidade de Columbia, em Nova York, para esvaziar o acampamento de manifestantes pró-Palestina, que pedem a libertação do território e o fim da guerra entre Israel e o Hamas.

Vestindo protetores de rosto e escudos antimotim, os policiais entraram no prédio Hamilton Hall por uma janela, esvaziaram o edifício e prenderam de 40 a 50 pessoas, sem feridos, segundo a agência de notícias Associated Press, citando o departamento de polícia local. Os manifestantes ocuparam o prédio por mais de 20 horas, em meio à escalada dos protestos universitários pelo país.

Em 18 de abril, mais de 100 estudantes foram presos na Universidade de Columbia após protestos pedindo a condenação da ofensiva israelense na Palestina. O episódio alimentou uma onda de manifestações e acampamentos em outras univesidades dos EUA.

Policiais dispersam acampamento de manifestantes no campus da Universidade de Columbia, em Nova York Foto: Marco Postigo Storel/AP

Universidade da Califórnia, em Los Angeles

Também na terça-feira, grupos pró-Palestina e pró-Israel na Universidade da Califórnia (UCLA), em Los Angeles, entraram em confronto e tiveram de ser apartados pelas autoridades. Horas antes, a reitoria da instituição havia declarado que o acampamento pró-Palestina era ilegal.

Durante a madrugada desta quarta-feira, 1.º, relatos apontam que os grupos se empurraram e se chutaram. Outras pessoas estavam armadas com paus, e uma pessoa deitada no chão foi alvo de chutes de um grupo até ser tirada dali por outros manifestantes, segundo a agência de notícias Associated Press.

Após a intervenção policial, o câmpus da UCLA foi acalmado. O acampamento dos manifestantes pró-Palestina estava quieto, e grupos opositores não foram vistos no local.

Na manhã desta quarta, a universidade cancelou as aulas.

Universidade de Tulane, em Nova Orleans

Autoridades policiais dispersaram manifestantes na Universidade de Tulane, em Nova Orleans, no Estado americano de Louisiana. Segundo a reitoria, seis pessoas foram presas e sete estudantes foram suspensos por manifestação ilegal. O câmpus permaneceu fechado após a entrada da polícia.

“Valorizamos a liberdade de expressão e apoiamos inúmeras manifestações legais ao longo deste ano”, disse a universidade em comunicado, segundo a Associated Press. “Mas continuamos a nos opor à invasão de propriedade, ao discurso de ódio, ao antissemitismo e ao preconceito contra grupos religiosos ou étnicos.”

Estudantes pró-Palestina comemoram acordo com a Universidade Brown que encerrou o acampamento no campus Foto: Joseph Prezioso/AFP

Universidade do Arizona, no Arizona

A polícia entrou na Universidade do Arizona e usou spray de pimenta para dispersar as manifestações na madrugada desta quarta-feira, 1.º. As autoridades foram chamadas pela reitoria, que apontou os protestos como ilegais.

Universidade Brown, em Providence

Manifestantes pró-Palestina e a Universidade Brown, em Providence, no estado de Rhode Island, firmaram um acordo na noite de terça-feira 30 para desmontar os acampamentos no câmpus. A decisão é a primeira do tipo em todos os Estados Unidos desde que começaram os protestos pelo país americano.

No acordo negociado, os estudantes concordam em interromper os protestos, enquanto a universidade declarou que vai discutir a possibilidade de desinvestir em companhias conectadas à ofensiva militar isralenese em Gaza. Posteriormente, a administração da instituição deve realizar uma votação para decidir a estratégia.

“Este parece ser um momento real de realização de nosso poder coletivo”, disse Rafi Ash, estudante do segundo ano da Brown que participou dos protestos. “Isso é algo que demonstra que a mobilização do corpo estudantil pode forçar a universidade a ouvir.”

“Aprecio os esforços sinceros de nossos alunos em tomar medidas para evitar uma escalada ainda maior”, disse em comunicado a presidente da Universidade Brown, Christina Paxson.

City College, em Nova York

No City College de Nova York, no Harlem, dúzias de pessoas pró-Palestina acampadas na universidade foram presas na noite de terça-feira, 30. A polícia conseguiu impedir que manifestantes invadissem um dos prédios do câmpus. Depois, retornaram aos seus acampamentos.

A pedido da administração da instituição, uma bandeira da Palestina erguida no mastro foi retirado pelas autoridades. Um policial pegou a bandeira e a jogou no chão, informa a Associated Press.

Estudantes pró-Palestina montam acampamento no campus na Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill Foto: Makiya Seminera/AP

Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill

A tensão escalou na Universidade da Carolina do Norte, na cidade de Chapel Hill, na terça-feira, 30, resultando na prisão de 36 estudantes que manifestavam a favor da Palestina. A polícia foi chamada pela universidade para expulsar os manifestantes que montaram um acampamento no câmpus no último final de semana.

Estudantes jogaram água nas autoridades, após estas tentarem recolocar uma bandeira americana no mastro do câmpus — horas antes, havia sido erguida a bandeira da Palestina. Do outro lado do câmpus, um grupo pró-Israel se reunia e erguia a bandeira do país. / COM ASSOCIATED PRESS E THE NEW YORK TIMES

Protestos entre grupos pró-Palestina e pró-Israel na Universidade de Columbia, em Nova York, e na Universidade da Califórnia, em Los Angeles, nos Estados Unidos, resultaram em brigas e tiveram de ser apartados pela polícia entre a terça-feira 30 e esta quarta-feira, 1.º. Prisões foram realizadas e os espaços foram liberados pelas autoridades.

Os episódios ocorrem em meio a uma onda de manifestações e acampamentos que se espalharam por dezenas de campi nos EUA ao longo desta semana. Os manifestantes protestam contra a ocupação na Palestina, após o início da ofensiva israelense como represália pelo ataque do grupo terrorista Hamas, em 7 de outubro. Em resposta, contramanifestantes a favor de Israel foram aos campi demonstrar apoio, o que levou a conflitos entre os dois grupos.

A polícia tem sido chamada pelas universidades para conter episódios de violência e manter a circulação do espaço. Ao mesmo tempo, enfrentam o dilema de manter a liberdade de expressão dos estudantes. Em alguns casos, houve também relatos de antissemitismo, como na Universidade de Nova York.

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Outros protestos em universidades americanas também acontecem. No City College, em Nova York, a polícia impediu a invasão a um edifíci no câmpus. E a Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill, chamou a polícia para retirar uma bandeira da Palestina erguida em um mastro. Já na Universidade Brown, manifestantes e a reitoria firmaram um acordo para interromper os acampamentos, marcando o primeiro acordo desde o início dos protestos pelo país americano.

Segundo contagem do jornal americano The New York Times, mais de mil pessoas foram presas desde 18 de abril, quando foi realizada a primeira prisão na Universidade de Columbia, em Nova York.

Manifestantes entram em conflito na Universidade da Califórnia, em Los Angeles Foto: Ethan Swope/AP

Veja lista abaixo dos principais protestos em universidades dos EUA:

Univesidade de Columbia, em Nova York

Na terça-feira 30, a polícia entrou no câmpus da Universidade de Columbia, em Nova York, para esvaziar o acampamento de manifestantes pró-Palestina, que pedem a libertação do território e o fim da guerra entre Israel e o Hamas.

Vestindo protetores de rosto e escudos antimotim, os policiais entraram no prédio Hamilton Hall por uma janela, esvaziaram o edifício e prenderam de 40 a 50 pessoas, sem feridos, segundo a agência de notícias Associated Press, citando o departamento de polícia local. Os manifestantes ocuparam o prédio por mais de 20 horas, em meio à escalada dos protestos universitários pelo país.

Em 18 de abril, mais de 100 estudantes foram presos na Universidade de Columbia após protestos pedindo a condenação da ofensiva israelense na Palestina. O episódio alimentou uma onda de manifestações e acampamentos em outras univesidades dos EUA.

Policiais dispersam acampamento de manifestantes no campus da Universidade de Columbia, em Nova York Foto: Marco Postigo Storel/AP

Universidade da Califórnia, em Los Angeles

Também na terça-feira, grupos pró-Palestina e pró-Israel na Universidade da Califórnia (UCLA), em Los Angeles, entraram em confronto e tiveram de ser apartados pelas autoridades. Horas antes, a reitoria da instituição havia declarado que o acampamento pró-Palestina era ilegal.

Durante a madrugada desta quarta-feira, 1.º, relatos apontam que os grupos se empurraram e se chutaram. Outras pessoas estavam armadas com paus, e uma pessoa deitada no chão foi alvo de chutes de um grupo até ser tirada dali por outros manifestantes, segundo a agência de notícias Associated Press.

Após a intervenção policial, o câmpus da UCLA foi acalmado. O acampamento dos manifestantes pró-Palestina estava quieto, e grupos opositores não foram vistos no local.

Na manhã desta quarta, a universidade cancelou as aulas.

Universidade de Tulane, em Nova Orleans

Autoridades policiais dispersaram manifestantes na Universidade de Tulane, em Nova Orleans, no Estado americano de Louisiana. Segundo a reitoria, seis pessoas foram presas e sete estudantes foram suspensos por manifestação ilegal. O câmpus permaneceu fechado após a entrada da polícia.

“Valorizamos a liberdade de expressão e apoiamos inúmeras manifestações legais ao longo deste ano”, disse a universidade em comunicado, segundo a Associated Press. “Mas continuamos a nos opor à invasão de propriedade, ao discurso de ódio, ao antissemitismo e ao preconceito contra grupos religiosos ou étnicos.”

Estudantes pró-Palestina comemoram acordo com a Universidade Brown que encerrou o acampamento no campus Foto: Joseph Prezioso/AFP

Universidade do Arizona, no Arizona

A polícia entrou na Universidade do Arizona e usou spray de pimenta para dispersar as manifestações na madrugada desta quarta-feira, 1.º. As autoridades foram chamadas pela reitoria, que apontou os protestos como ilegais.

Universidade Brown, em Providence

Manifestantes pró-Palestina e a Universidade Brown, em Providence, no estado de Rhode Island, firmaram um acordo na noite de terça-feira 30 para desmontar os acampamentos no câmpus. A decisão é a primeira do tipo em todos os Estados Unidos desde que começaram os protestos pelo país americano.

No acordo negociado, os estudantes concordam em interromper os protestos, enquanto a universidade declarou que vai discutir a possibilidade de desinvestir em companhias conectadas à ofensiva militar isralenese em Gaza. Posteriormente, a administração da instituição deve realizar uma votação para decidir a estratégia.

“Este parece ser um momento real de realização de nosso poder coletivo”, disse Rafi Ash, estudante do segundo ano da Brown que participou dos protestos. “Isso é algo que demonstra que a mobilização do corpo estudantil pode forçar a universidade a ouvir.”

“Aprecio os esforços sinceros de nossos alunos em tomar medidas para evitar uma escalada ainda maior”, disse em comunicado a presidente da Universidade Brown, Christina Paxson.

City College, em Nova York

No City College de Nova York, no Harlem, dúzias de pessoas pró-Palestina acampadas na universidade foram presas na noite de terça-feira, 30. A polícia conseguiu impedir que manifestantes invadissem um dos prédios do câmpus. Depois, retornaram aos seus acampamentos.

A pedido da administração da instituição, uma bandeira da Palestina erguida no mastro foi retirado pelas autoridades. Um policial pegou a bandeira e a jogou no chão, informa a Associated Press.

Estudantes pró-Palestina montam acampamento no campus na Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill Foto: Makiya Seminera/AP

Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill

A tensão escalou na Universidade da Carolina do Norte, na cidade de Chapel Hill, na terça-feira, 30, resultando na prisão de 36 estudantes que manifestavam a favor da Palestina. A polícia foi chamada pela universidade para expulsar os manifestantes que montaram um acampamento no câmpus no último final de semana.

Estudantes jogaram água nas autoridades, após estas tentarem recolocar uma bandeira americana no mastro do câmpus — horas antes, havia sido erguida a bandeira da Palestina. Do outro lado do câmpus, um grupo pró-Israel se reunia e erguia a bandeira do país. / COM ASSOCIATED PRESS E THE NEW YORK TIMES

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