No Irã, protestos contra o véu se espalham e repressão deixa 50 mortos


Manifestações começaram após morte da jovem Mahsa Amini, de 22 anos, que foi presa por não usar véu

Por Redação
Atualização:

TEERÃ - Os maiores protestos contra o governo no Irã desde 2009 ganharam força neste sábado, 24, se espalhando para até 80 cidades, mesmo com as autoridades intensificando uma repressão que matou pelo menos 50 pessoas e levou à prisão de dezenas de ativistas e jornalistas proeminentes. de acordo com grupos de direitos humanos.

O acesso à Internet – especialmente em aplicativos de celular amplamente usados para comunicação – continuou a ser interrompido ou totalmente bloqueado, afetando a capacidade dos iranianos de se comunicarem entre si e com o mundo exterior.

O número estimado de mortos nos protestos no Irã chegou a 50, informou a mídia estatal. As manifestações eclodiram no país há uma semana, após a morte da jovem Mahsa Amini, de 22 anos, que foi presa por não estar com o cabelo coberto por um hijab, conforme a lei dos véus.

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Protesto no centro de Teerã após a morte da jovem Mahsa Amini. Foto: AP - 21/09/2022 Foto: EFE

As mobilizações dos últimos dias se tornaram símbolo de insatisfação ao governo da República Islâmica. As autoridades têm respondido de forma repressiva em dezenas de cidades. Desde a Revolução Islâmica de 1979, o Irã exige que todas as mulheres acima da puberdade usem véu e roupas largas.

Com a morte de Marsha, o questionamento a esses costumes se intensificou. No entanto, por causa das restrições que as autoridades estão impondo à Internet nos últimos dias, tornou- se difícil acompanhar com precisão o que está acontecendo no país. O acesso à internet e a redes sociais como WhatsApp e Instagram seguem bloqueados em grande parte do país e os relatos sobre mortos, feridos e presos só aumentam.

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Mahsa Amini: Jovem de 22 anos morreu após ser detida pela polícia moral do #Irã por uso ‘inadequado’ da indumentária obrigatória

“A televisão estatal anunciou na noite de sexta-feira que o número de pessoas mortas durante os recentes distúrbios no país ultrapassou 35 pessoas de acordo com estatísticas não oficiais”, disse a Borna News, agência de notícias ligada ao Ministério do Esporte iraniano. O balanço oficial anterior falava em 17 mortes.

Enquanto isso, o Exército iraniano se colocou à disposição para atuar junto à polícia nas manifestações “para defender a segurança nacional”. Os militares descreveram os protestos como “ações desesperadas da estratégia diabólica do inimigo para enfraquecer o regime islâmico”, seguindo a versão do governo de que essas mobilizações seriam incitadas pelo “inimigo estrangeiro” com a intervenção de embaixadas e serviços de inteligência de outros países.

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Apesar das interrupções na Internet e dos avisos das autoridades de que não permitirão o “caos”, muitos iranianos protestaram novamente na noite passada em várias partes do país. “Você não pode matar todos nós”, gritou um manifestante para a polícia na cidade de Rudsar, no norte do país, de acordo com um vídeo compartilhado por ativistas e jornalistas.

Marsha Amini foi presa na terça-feira da semana passada pela chamada Polícia Moral em Teerã, onde estava de visita, e foi levada a uma delegacia para participar de “uma hora de reeducação” por usar o véu de forma errada.

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Ela morreu dias depois em um hospital onde chegou em coma após sofrer um ataque cardíaco, que as autoridades atribuíram a problemas de saúde. Essa versão é questionada pela família. A morte da jovem conseguiu mobilizar milhares de iranianos, ao contrário de outras ocasiões em que as manifestações foram reduzidas a grupos sociais menores. /EFE e AFP

TEERÃ - Os maiores protestos contra o governo no Irã desde 2009 ganharam força neste sábado, 24, se espalhando para até 80 cidades, mesmo com as autoridades intensificando uma repressão que matou pelo menos 50 pessoas e levou à prisão de dezenas de ativistas e jornalistas proeminentes. de acordo com grupos de direitos humanos.

O acesso à Internet – especialmente em aplicativos de celular amplamente usados para comunicação – continuou a ser interrompido ou totalmente bloqueado, afetando a capacidade dos iranianos de se comunicarem entre si e com o mundo exterior.

O número estimado de mortos nos protestos no Irã chegou a 50, informou a mídia estatal. As manifestações eclodiram no país há uma semana, após a morte da jovem Mahsa Amini, de 22 anos, que foi presa por não estar com o cabelo coberto por um hijab, conforme a lei dos véus.

Protesto no centro de Teerã após a morte da jovem Mahsa Amini. Foto: AP - 21/09/2022 Foto: EFE

As mobilizações dos últimos dias se tornaram símbolo de insatisfação ao governo da República Islâmica. As autoridades têm respondido de forma repressiva em dezenas de cidades. Desde a Revolução Islâmica de 1979, o Irã exige que todas as mulheres acima da puberdade usem véu e roupas largas.

Com a morte de Marsha, o questionamento a esses costumes se intensificou. No entanto, por causa das restrições que as autoridades estão impondo à Internet nos últimos dias, tornou- se difícil acompanhar com precisão o que está acontecendo no país. O acesso à internet e a redes sociais como WhatsApp e Instagram seguem bloqueados em grande parte do país e os relatos sobre mortos, feridos e presos só aumentam.

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“A televisão estatal anunciou na noite de sexta-feira que o número de pessoas mortas durante os recentes distúrbios no país ultrapassou 35 pessoas de acordo com estatísticas não oficiais”, disse a Borna News, agência de notícias ligada ao Ministério do Esporte iraniano. O balanço oficial anterior falava em 17 mortes.

Enquanto isso, o Exército iraniano se colocou à disposição para atuar junto à polícia nas manifestações “para defender a segurança nacional”. Os militares descreveram os protestos como “ações desesperadas da estratégia diabólica do inimigo para enfraquecer o regime islâmico”, seguindo a versão do governo de que essas mobilizações seriam incitadas pelo “inimigo estrangeiro” com a intervenção de embaixadas e serviços de inteligência de outros países.

Apesar das interrupções na Internet e dos avisos das autoridades de que não permitirão o “caos”, muitos iranianos protestaram novamente na noite passada em várias partes do país. “Você não pode matar todos nós”, gritou um manifestante para a polícia na cidade de Rudsar, no norte do país, de acordo com um vídeo compartilhado por ativistas e jornalistas.

Marsha Amini foi presa na terça-feira da semana passada pela chamada Polícia Moral em Teerã, onde estava de visita, e foi levada a uma delegacia para participar de “uma hora de reeducação” por usar o véu de forma errada.

Ela morreu dias depois em um hospital onde chegou em coma após sofrer um ataque cardíaco, que as autoridades atribuíram a problemas de saúde. Essa versão é questionada pela família. A morte da jovem conseguiu mobilizar milhares de iranianos, ao contrário de outras ocasiões em que as manifestações foram reduzidas a grupos sociais menores. /EFE e AFP

TEERÃ - Os maiores protestos contra o governo no Irã desde 2009 ganharam força neste sábado, 24, se espalhando para até 80 cidades, mesmo com as autoridades intensificando uma repressão que matou pelo menos 50 pessoas e levou à prisão de dezenas de ativistas e jornalistas proeminentes. de acordo com grupos de direitos humanos.

O acesso à Internet – especialmente em aplicativos de celular amplamente usados para comunicação – continuou a ser interrompido ou totalmente bloqueado, afetando a capacidade dos iranianos de se comunicarem entre si e com o mundo exterior.

O número estimado de mortos nos protestos no Irã chegou a 50, informou a mídia estatal. As manifestações eclodiram no país há uma semana, após a morte da jovem Mahsa Amini, de 22 anos, que foi presa por não estar com o cabelo coberto por um hijab, conforme a lei dos véus.

Protesto no centro de Teerã após a morte da jovem Mahsa Amini. Foto: AP - 21/09/2022 Foto: EFE

As mobilizações dos últimos dias se tornaram símbolo de insatisfação ao governo da República Islâmica. As autoridades têm respondido de forma repressiva em dezenas de cidades. Desde a Revolução Islâmica de 1979, o Irã exige que todas as mulheres acima da puberdade usem véu e roupas largas.

Com a morte de Marsha, o questionamento a esses costumes se intensificou. No entanto, por causa das restrições que as autoridades estão impondo à Internet nos últimos dias, tornou- se difícil acompanhar com precisão o que está acontecendo no país. O acesso à internet e a redes sociais como WhatsApp e Instagram seguem bloqueados em grande parte do país e os relatos sobre mortos, feridos e presos só aumentam.

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“A televisão estatal anunciou na noite de sexta-feira que o número de pessoas mortas durante os recentes distúrbios no país ultrapassou 35 pessoas de acordo com estatísticas não oficiais”, disse a Borna News, agência de notícias ligada ao Ministério do Esporte iraniano. O balanço oficial anterior falava em 17 mortes.

Enquanto isso, o Exército iraniano se colocou à disposição para atuar junto à polícia nas manifestações “para defender a segurança nacional”. Os militares descreveram os protestos como “ações desesperadas da estratégia diabólica do inimigo para enfraquecer o regime islâmico”, seguindo a versão do governo de que essas mobilizações seriam incitadas pelo “inimigo estrangeiro” com a intervenção de embaixadas e serviços de inteligência de outros países.

Apesar das interrupções na Internet e dos avisos das autoridades de que não permitirão o “caos”, muitos iranianos protestaram novamente na noite passada em várias partes do país. “Você não pode matar todos nós”, gritou um manifestante para a polícia na cidade de Rudsar, no norte do país, de acordo com um vídeo compartilhado por ativistas e jornalistas.

Marsha Amini foi presa na terça-feira da semana passada pela chamada Polícia Moral em Teerã, onde estava de visita, e foi levada a uma delegacia para participar de “uma hora de reeducação” por usar o véu de forma errada.

Ela morreu dias depois em um hospital onde chegou em coma após sofrer um ataque cardíaco, que as autoridades atribuíram a problemas de saúde. Essa versão é questionada pela família. A morte da jovem conseguiu mobilizar milhares de iranianos, ao contrário de outras ocasiões em que as manifestações foram reduzidas a grupos sociais menores. /EFE e AFP

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