Protestos no Peru causam primeira morte em Lima


Congresso deve voltar a discutir antecipação de eleições para este ano, como pedem a presidente Dina Boluarte e setores políticos

Por Redação

LIMA - Um manifestante morreu em Lima após confrontos violentos com a polícia. A morte de Víctor Raúl Santisteban foi a primeira na capital peruana depois de semanas de protestos que exigem a renúncia da presidente, Dina Boluarte.

As manifestações, que se concentram no sul do país, provocaram bloqueios de estradas e uma crise de desabastecimento em várias regiões do país. Em uma tentativa de superar a crise, Boluarte tentou antecipar as eleições para outubro, mas a proposta foi rejeitada pelo Congresso peruano.

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Com a vítima de sábado, o país registra 48 mortes - incluindo um policial - nas manifestações que começaram na segunda semana de dezembro, tiveram uma trégua de fim de ano e foram retomadas em 4 de janeiro em Puno, sul fronteiriço com a Bolívia.

Protestos em Lima ocorrem há mais de uma semana desde que uma marcha saiu de diversas cidades peruanas em direção à capital  Foto: REUTERS/Sebastian Castaneda

“Lamentamos o falecimento de Víctor Santisteban nas manifestações violentas de hoje (sábado)”, anunciou a Defensoria do Povo no Twitter, sem revelar como aconteceu a morte do manifestante durante uma tarde de confrontos que terminaram com feridos e detidos.

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Durante a semana, Boluarte havia declarado à imprensa que os grupos por trás dos protestas violentos “buscavam uma morte em Lima”. “Dizem que uma morte em Lima vale por 100 na província”, disse a presidente na terça-feira passada.

Com chutes e empurrões no gradil que protege o Congresso em Lima, centenas de manifestantes encapuzados e com escudos improvisados enfrentaram a polícia na noite de sábado, em um novo episódio de violência paralelo às marchas pacíficas que pedem a renúncia da presidente e a antecipação das eleições.

O centro da capital peruana voltou a ser palco de uma batalha campal com o ruído incessante de bombas de gás lacrimogêneo ao fundo. O país vive uma convulsão social que, após 52 dias de governo de Boluarte, não dá sinais de apaziguamento.

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Golpe fracassado

A presidente vem enfrentando tanto a insatisfação dos aliados do ex-presidente Pedro Castillo quanto da oposição fujimorista, liderada por Keiko Fujimori. Boluarte descarta renunciar, mas garante que não pretende se aferrar ao poder.

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Ela tomou posse em 7 de dezembro, quando, como vice-presidente, substituiu Castillo, que foi destituído pelo Congresso e preso após uma tentativa de fechar o Parlamento e governar por decreto.

Desde então, diversas partes do país, em especial o sul andino, reduto de comunidades quíchuas e aimarás, historicamente marginalizadas, permanecem em pé de guerra com as forças de segurança, exigindo a renúncia de Boluarte e a realização de novas eleições. / AFP

LIMA - Um manifestante morreu em Lima após confrontos violentos com a polícia. A morte de Víctor Raúl Santisteban foi a primeira na capital peruana depois de semanas de protestos que exigem a renúncia da presidente, Dina Boluarte.

As manifestações, que se concentram no sul do país, provocaram bloqueios de estradas e uma crise de desabastecimento em várias regiões do país. Em uma tentativa de superar a crise, Boluarte tentou antecipar as eleições para outubro, mas a proposta foi rejeitada pelo Congresso peruano.

Com a vítima de sábado, o país registra 48 mortes - incluindo um policial - nas manifestações que começaram na segunda semana de dezembro, tiveram uma trégua de fim de ano e foram retomadas em 4 de janeiro em Puno, sul fronteiriço com a Bolívia.

Protestos em Lima ocorrem há mais de uma semana desde que uma marcha saiu de diversas cidades peruanas em direção à capital  Foto: REUTERS/Sebastian Castaneda

“Lamentamos o falecimento de Víctor Santisteban nas manifestações violentas de hoje (sábado)”, anunciou a Defensoria do Povo no Twitter, sem revelar como aconteceu a morte do manifestante durante uma tarde de confrontos que terminaram com feridos e detidos.

Durante a semana, Boluarte havia declarado à imprensa que os grupos por trás dos protestas violentos “buscavam uma morte em Lima”. “Dizem que uma morte em Lima vale por 100 na província”, disse a presidente na terça-feira passada.

Com chutes e empurrões no gradil que protege o Congresso em Lima, centenas de manifestantes encapuzados e com escudos improvisados enfrentaram a polícia na noite de sábado, em um novo episódio de violência paralelo às marchas pacíficas que pedem a renúncia da presidente e a antecipação das eleições.

O centro da capital peruana voltou a ser palco de uma batalha campal com o ruído incessante de bombas de gás lacrimogêneo ao fundo. O país vive uma convulsão social que, após 52 dias de governo de Boluarte, não dá sinais de apaziguamento.

Golpe fracassado

A presidente vem enfrentando tanto a insatisfação dos aliados do ex-presidente Pedro Castillo quanto da oposição fujimorista, liderada por Keiko Fujimori. Boluarte descarta renunciar, mas garante que não pretende se aferrar ao poder.

Ela tomou posse em 7 de dezembro, quando, como vice-presidente, substituiu Castillo, que foi destituído pelo Congresso e preso após uma tentativa de fechar o Parlamento e governar por decreto.

Desde então, diversas partes do país, em especial o sul andino, reduto de comunidades quíchuas e aimarás, historicamente marginalizadas, permanecem em pé de guerra com as forças de segurança, exigindo a renúncia de Boluarte e a realização de novas eleições. / AFP

LIMA - Um manifestante morreu em Lima após confrontos violentos com a polícia. A morte de Víctor Raúl Santisteban foi a primeira na capital peruana depois de semanas de protestos que exigem a renúncia da presidente, Dina Boluarte.

As manifestações, que se concentram no sul do país, provocaram bloqueios de estradas e uma crise de desabastecimento em várias regiões do país. Em uma tentativa de superar a crise, Boluarte tentou antecipar as eleições para outubro, mas a proposta foi rejeitada pelo Congresso peruano.

Com a vítima de sábado, o país registra 48 mortes - incluindo um policial - nas manifestações que começaram na segunda semana de dezembro, tiveram uma trégua de fim de ano e foram retomadas em 4 de janeiro em Puno, sul fronteiriço com a Bolívia.

Protestos em Lima ocorrem há mais de uma semana desde que uma marcha saiu de diversas cidades peruanas em direção à capital  Foto: REUTERS/Sebastian Castaneda

“Lamentamos o falecimento de Víctor Santisteban nas manifestações violentas de hoje (sábado)”, anunciou a Defensoria do Povo no Twitter, sem revelar como aconteceu a morte do manifestante durante uma tarde de confrontos que terminaram com feridos e detidos.

Durante a semana, Boluarte havia declarado à imprensa que os grupos por trás dos protestas violentos “buscavam uma morte em Lima”. “Dizem que uma morte em Lima vale por 100 na província”, disse a presidente na terça-feira passada.

Com chutes e empurrões no gradil que protege o Congresso em Lima, centenas de manifestantes encapuzados e com escudos improvisados enfrentaram a polícia na noite de sábado, em um novo episódio de violência paralelo às marchas pacíficas que pedem a renúncia da presidente e a antecipação das eleições.

O centro da capital peruana voltou a ser palco de uma batalha campal com o ruído incessante de bombas de gás lacrimogêneo ao fundo. O país vive uma convulsão social que, após 52 dias de governo de Boluarte, não dá sinais de apaziguamento.

Golpe fracassado

A presidente vem enfrentando tanto a insatisfação dos aliados do ex-presidente Pedro Castillo quanto da oposição fujimorista, liderada por Keiko Fujimori. Boluarte descarta renunciar, mas garante que não pretende se aferrar ao poder.

Ela tomou posse em 7 de dezembro, quando, como vice-presidente, substituiu Castillo, que foi destituído pelo Congresso e preso após uma tentativa de fechar o Parlamento e governar por decreto.

Desde então, diversas partes do país, em especial o sul andino, reduto de comunidades quíchuas e aimarás, historicamente marginalizadas, permanecem em pé de guerra com as forças de segurança, exigindo a renúncia de Boluarte e a realização de novas eleições. / AFP

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