Putin diz que Rússia quer criar zona tampão na região de Kharkiv e não deseja tomar a cidade


Líder russo diz querer ‘zona de segurança’ para reduzir chance de ataques das forças da Ucrânia em território russo; Moscou iniciou uma ofensiva no nordeste da Ucrânia e tomou 12 cidades

Por Redação
Atualização:

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira, 17, que a ofensiva do Exército russo no nordeste da Ucrânia não tem como objetivo tomar a cidade de Kharkiv, segunda maior cidade do país. A ideia de Moscou, segundo Putin, é criar uma zona tampão para proteger as cidades russas de serem bombardeadas pelas forças de Kiev.

“Eu disse publicamente que se isto continuasse, seríamos obrigados a criar uma zona de segurança. É o que estamos fazendo”, declarou Putin em uma entrevista coletiva em Harbin, norte da China, durante uma visita oficial ao país asiático.

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“Quanto ao que está acontecendo na frente de Kharkiv, a culpa é deles (dos ucranianos), porque bombardearam e continuam bombardeando bairros residenciais nas zonas de fronteira, incluindo Belgorod”, acrescentou.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, discursa para membros do ministério da Defesa, em Moscou, Rússia  Foto: Sergei Guneyev/AP

A região russa de Belgorod é alvo, há vários meses, de bombardeios e ataques de drones. Kiev afirma que responde desta maneira aos bombardeios russos que atingem com frequência o seu território desde o início da invasão, em fevereiro de 2022.

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A Rússia também acusa Kiev de ataques a infraestrutura do país e assassinatos, como a explosão em outubro de 2022 em uma ponte construída por Moscou que liga o território russo a Crimeia, ocupada pela Rússia desde 2014 , ou a morte de Daria Dugina, filha de Alexander Dugin, um dos aliados mais próximos de Putin, que teve seu carro explodido em uma estrada próxima de Moscou em agosto de 2022.

Ofensiva em Kharkiv

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Ao ser questionado sobre a possibilidade de tomar Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia e capital da região homônima, que é cenário de uma ofensiva russa, Putin respondeu que no momento não é o objetivo.

“Quanto a Kharkiv, não temos este projeto neste momento”, disse o presidente, antes de afirmar que as tropas de Moscou avançam todos os dias na região, “como estava previsto”. A Rússia iniciou uma ofensiva surpresa no norte da Ucrânia no dia 10 de maio, em um momento de dificuldades para as forças ucranianas no sul e no leste da frente de batalha.

Oficiais ucranianos examinam fragmentos de uma bomba russa que atingiu uma casa na cidade de Kharkiv, Ucrânia  Foto: Andrii Marienko/AP
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Moscou conseguiu nesta ofensiva as suas maiores conquistas desde o final de 2022, o que obrigou Kiev a deslocar reforços de outros pontos da frente de batalha. Os russos já avançaram mais de 10 km na região, em um dos avanços mais rápidos desde o inicio da guerra.

A Rússia afirmou nesta sexta-feira que continua com a sua operação no norte da Ucrânia e conquistou 12 cidades da região de Kharkiv. “As unidades do grupo ‘Norte’ libertaram 12 cidades na região de Kharkiv na última semana e continuam a avançando profundamente nas defesas do inimigo”, apontou o ministério da Defesa russo em um comunicado.

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Quadro sombrio

Os militares da Ucrânia se veem diante de uma situação “crítica” no nordeste do país, enfrentando escassez de tropas enquanto tentam repelir a ofensiva da Rússia, segundo Kirilo Budanov, chefe da agência de inteligência militar da Ucrânia, em entrevista ao The New York Times.

“A situação está no limite”, disse o general Kirilo Budanov, chefe da agência de inteligência militar da Ucrânia, em uma videochamada a partir de um bunker em Kharkiv. “A cada hora a situação se torna mais crítica.”

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Tal como a maioria das autoridades e especialistas militares ucranianos, o general Budanov disse acreditar que os ataques russos no nordeste têm como objetivo desgastar as já escassas reservas de soldados da Ucrânia e desviá-los dos combates em outros locais.

É exatamente isso que está acontecendo agora, reconheceu o general. Ele disse que o exército ucraniano estava tentando redirecionar tropas de outras áreas da linha de frente para reforçar suas defesas no nordeste, mas que tinha sido difícil encontrar pessoal.

Moscou está se aproveitando do momento de fragilidade das Forças Armadas da Ucrânia antes da chegada completa do pacote militar que foi aprovado pelo Congresso americano de 60 bilhões de dólares.

A Rússia também tem apostado em realizar uma série de bombardeios com bombas planadoras, menos sofisticadas, baratas e difíceis de interceptar, mísseis balísticos de curto alcance e drones como estratégia para a destruição de infraestrutura civil e industrial ucraniana. O aparato militar é de curto alcance, fica pouco tempo no ar e passa pelas defesas ucranianas./com AFP e NYT

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira, 17, que a ofensiva do Exército russo no nordeste da Ucrânia não tem como objetivo tomar a cidade de Kharkiv, segunda maior cidade do país. A ideia de Moscou, segundo Putin, é criar uma zona tampão para proteger as cidades russas de serem bombardeadas pelas forças de Kiev.

“Eu disse publicamente que se isto continuasse, seríamos obrigados a criar uma zona de segurança. É o que estamos fazendo”, declarou Putin em uma entrevista coletiva em Harbin, norte da China, durante uma visita oficial ao país asiático.

“Quanto ao que está acontecendo na frente de Kharkiv, a culpa é deles (dos ucranianos), porque bombardearam e continuam bombardeando bairros residenciais nas zonas de fronteira, incluindo Belgorod”, acrescentou.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, discursa para membros do ministério da Defesa, em Moscou, Rússia  Foto: Sergei Guneyev/AP

A região russa de Belgorod é alvo, há vários meses, de bombardeios e ataques de drones. Kiev afirma que responde desta maneira aos bombardeios russos que atingem com frequência o seu território desde o início da invasão, em fevereiro de 2022.

A Rússia também acusa Kiev de ataques a infraestrutura do país e assassinatos, como a explosão em outubro de 2022 em uma ponte construída por Moscou que liga o território russo a Crimeia, ocupada pela Rússia desde 2014 , ou a morte de Daria Dugina, filha de Alexander Dugin, um dos aliados mais próximos de Putin, que teve seu carro explodido em uma estrada próxima de Moscou em agosto de 2022.

Ofensiva em Kharkiv

Ao ser questionado sobre a possibilidade de tomar Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia e capital da região homônima, que é cenário de uma ofensiva russa, Putin respondeu que no momento não é o objetivo.

“Quanto a Kharkiv, não temos este projeto neste momento”, disse o presidente, antes de afirmar que as tropas de Moscou avançam todos os dias na região, “como estava previsto”. A Rússia iniciou uma ofensiva surpresa no norte da Ucrânia no dia 10 de maio, em um momento de dificuldades para as forças ucranianas no sul e no leste da frente de batalha.

Oficiais ucranianos examinam fragmentos de uma bomba russa que atingiu uma casa na cidade de Kharkiv, Ucrânia  Foto: Andrii Marienko/AP

Moscou conseguiu nesta ofensiva as suas maiores conquistas desde o final de 2022, o que obrigou Kiev a deslocar reforços de outros pontos da frente de batalha. Os russos já avançaram mais de 10 km na região, em um dos avanços mais rápidos desde o inicio da guerra.

A Rússia afirmou nesta sexta-feira que continua com a sua operação no norte da Ucrânia e conquistou 12 cidades da região de Kharkiv. “As unidades do grupo ‘Norte’ libertaram 12 cidades na região de Kharkiv na última semana e continuam a avançando profundamente nas defesas do inimigo”, apontou o ministério da Defesa russo em um comunicado.

Quadro sombrio

Os militares da Ucrânia se veem diante de uma situação “crítica” no nordeste do país, enfrentando escassez de tropas enquanto tentam repelir a ofensiva da Rússia, segundo Kirilo Budanov, chefe da agência de inteligência militar da Ucrânia, em entrevista ao The New York Times.

“A situação está no limite”, disse o general Kirilo Budanov, chefe da agência de inteligência militar da Ucrânia, em uma videochamada a partir de um bunker em Kharkiv. “A cada hora a situação se torna mais crítica.”

Tal como a maioria das autoridades e especialistas militares ucranianos, o general Budanov disse acreditar que os ataques russos no nordeste têm como objetivo desgastar as já escassas reservas de soldados da Ucrânia e desviá-los dos combates em outros locais.

É exatamente isso que está acontecendo agora, reconheceu o general. Ele disse que o exército ucraniano estava tentando redirecionar tropas de outras áreas da linha de frente para reforçar suas defesas no nordeste, mas que tinha sido difícil encontrar pessoal.

Moscou está se aproveitando do momento de fragilidade das Forças Armadas da Ucrânia antes da chegada completa do pacote militar que foi aprovado pelo Congresso americano de 60 bilhões de dólares.

A Rússia também tem apostado em realizar uma série de bombardeios com bombas planadoras, menos sofisticadas, baratas e difíceis de interceptar, mísseis balísticos de curto alcance e drones como estratégia para a destruição de infraestrutura civil e industrial ucraniana. O aparato militar é de curto alcance, fica pouco tempo no ar e passa pelas defesas ucranianas./com AFP e NYT

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira, 17, que a ofensiva do Exército russo no nordeste da Ucrânia não tem como objetivo tomar a cidade de Kharkiv, segunda maior cidade do país. A ideia de Moscou, segundo Putin, é criar uma zona tampão para proteger as cidades russas de serem bombardeadas pelas forças de Kiev.

“Eu disse publicamente que se isto continuasse, seríamos obrigados a criar uma zona de segurança. É o que estamos fazendo”, declarou Putin em uma entrevista coletiva em Harbin, norte da China, durante uma visita oficial ao país asiático.

“Quanto ao que está acontecendo na frente de Kharkiv, a culpa é deles (dos ucranianos), porque bombardearam e continuam bombardeando bairros residenciais nas zonas de fronteira, incluindo Belgorod”, acrescentou.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, discursa para membros do ministério da Defesa, em Moscou, Rússia  Foto: Sergei Guneyev/AP

A região russa de Belgorod é alvo, há vários meses, de bombardeios e ataques de drones. Kiev afirma que responde desta maneira aos bombardeios russos que atingem com frequência o seu território desde o início da invasão, em fevereiro de 2022.

A Rússia também acusa Kiev de ataques a infraestrutura do país e assassinatos, como a explosão em outubro de 2022 em uma ponte construída por Moscou que liga o território russo a Crimeia, ocupada pela Rússia desde 2014 , ou a morte de Daria Dugina, filha de Alexander Dugin, um dos aliados mais próximos de Putin, que teve seu carro explodido em uma estrada próxima de Moscou em agosto de 2022.

Ofensiva em Kharkiv

Ao ser questionado sobre a possibilidade de tomar Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia e capital da região homônima, que é cenário de uma ofensiva russa, Putin respondeu que no momento não é o objetivo.

“Quanto a Kharkiv, não temos este projeto neste momento”, disse o presidente, antes de afirmar que as tropas de Moscou avançam todos os dias na região, “como estava previsto”. A Rússia iniciou uma ofensiva surpresa no norte da Ucrânia no dia 10 de maio, em um momento de dificuldades para as forças ucranianas no sul e no leste da frente de batalha.

Oficiais ucranianos examinam fragmentos de uma bomba russa que atingiu uma casa na cidade de Kharkiv, Ucrânia  Foto: Andrii Marienko/AP

Moscou conseguiu nesta ofensiva as suas maiores conquistas desde o final de 2022, o que obrigou Kiev a deslocar reforços de outros pontos da frente de batalha. Os russos já avançaram mais de 10 km na região, em um dos avanços mais rápidos desde o inicio da guerra.

A Rússia afirmou nesta sexta-feira que continua com a sua operação no norte da Ucrânia e conquistou 12 cidades da região de Kharkiv. “As unidades do grupo ‘Norte’ libertaram 12 cidades na região de Kharkiv na última semana e continuam a avançando profundamente nas defesas do inimigo”, apontou o ministério da Defesa russo em um comunicado.

Quadro sombrio

Os militares da Ucrânia se veem diante de uma situação “crítica” no nordeste do país, enfrentando escassez de tropas enquanto tentam repelir a ofensiva da Rússia, segundo Kirilo Budanov, chefe da agência de inteligência militar da Ucrânia, em entrevista ao The New York Times.

“A situação está no limite”, disse o general Kirilo Budanov, chefe da agência de inteligência militar da Ucrânia, em uma videochamada a partir de um bunker em Kharkiv. “A cada hora a situação se torna mais crítica.”

Tal como a maioria das autoridades e especialistas militares ucranianos, o general Budanov disse acreditar que os ataques russos no nordeste têm como objetivo desgastar as já escassas reservas de soldados da Ucrânia e desviá-los dos combates em outros locais.

É exatamente isso que está acontecendo agora, reconheceu o general. Ele disse que o exército ucraniano estava tentando redirecionar tropas de outras áreas da linha de frente para reforçar suas defesas no nordeste, mas que tinha sido difícil encontrar pessoal.

Moscou está se aproveitando do momento de fragilidade das Forças Armadas da Ucrânia antes da chegada completa do pacote militar que foi aprovado pelo Congresso americano de 60 bilhões de dólares.

A Rússia também tem apostado em realizar uma série de bombardeios com bombas planadoras, menos sofisticadas, baratas e difíceis de interceptar, mísseis balísticos de curto alcance e drones como estratégia para a destruição de infraestrutura civil e industrial ucraniana. O aparato militar é de curto alcance, fica pouco tempo no ar e passa pelas defesas ucranianas./com AFP e NYT

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira, 17, que a ofensiva do Exército russo no nordeste da Ucrânia não tem como objetivo tomar a cidade de Kharkiv, segunda maior cidade do país. A ideia de Moscou, segundo Putin, é criar uma zona tampão para proteger as cidades russas de serem bombardeadas pelas forças de Kiev.

“Eu disse publicamente que se isto continuasse, seríamos obrigados a criar uma zona de segurança. É o que estamos fazendo”, declarou Putin em uma entrevista coletiva em Harbin, norte da China, durante uma visita oficial ao país asiático.

“Quanto ao que está acontecendo na frente de Kharkiv, a culpa é deles (dos ucranianos), porque bombardearam e continuam bombardeando bairros residenciais nas zonas de fronteira, incluindo Belgorod”, acrescentou.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, discursa para membros do ministério da Defesa, em Moscou, Rússia  Foto: Sergei Guneyev/AP

A região russa de Belgorod é alvo, há vários meses, de bombardeios e ataques de drones. Kiev afirma que responde desta maneira aos bombardeios russos que atingem com frequência o seu território desde o início da invasão, em fevereiro de 2022.

A Rússia também acusa Kiev de ataques a infraestrutura do país e assassinatos, como a explosão em outubro de 2022 em uma ponte construída por Moscou que liga o território russo a Crimeia, ocupada pela Rússia desde 2014 , ou a morte de Daria Dugina, filha de Alexander Dugin, um dos aliados mais próximos de Putin, que teve seu carro explodido em uma estrada próxima de Moscou em agosto de 2022.

Ofensiva em Kharkiv

Ao ser questionado sobre a possibilidade de tomar Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia e capital da região homônima, que é cenário de uma ofensiva russa, Putin respondeu que no momento não é o objetivo.

“Quanto a Kharkiv, não temos este projeto neste momento”, disse o presidente, antes de afirmar que as tropas de Moscou avançam todos os dias na região, “como estava previsto”. A Rússia iniciou uma ofensiva surpresa no norte da Ucrânia no dia 10 de maio, em um momento de dificuldades para as forças ucranianas no sul e no leste da frente de batalha.

Oficiais ucranianos examinam fragmentos de uma bomba russa que atingiu uma casa na cidade de Kharkiv, Ucrânia  Foto: Andrii Marienko/AP

Moscou conseguiu nesta ofensiva as suas maiores conquistas desde o final de 2022, o que obrigou Kiev a deslocar reforços de outros pontos da frente de batalha. Os russos já avançaram mais de 10 km na região, em um dos avanços mais rápidos desde o inicio da guerra.

A Rússia afirmou nesta sexta-feira que continua com a sua operação no norte da Ucrânia e conquistou 12 cidades da região de Kharkiv. “As unidades do grupo ‘Norte’ libertaram 12 cidades na região de Kharkiv na última semana e continuam a avançando profundamente nas defesas do inimigo”, apontou o ministério da Defesa russo em um comunicado.

Quadro sombrio

Os militares da Ucrânia se veem diante de uma situação “crítica” no nordeste do país, enfrentando escassez de tropas enquanto tentam repelir a ofensiva da Rússia, segundo Kirilo Budanov, chefe da agência de inteligência militar da Ucrânia, em entrevista ao The New York Times.

“A situação está no limite”, disse o general Kirilo Budanov, chefe da agência de inteligência militar da Ucrânia, em uma videochamada a partir de um bunker em Kharkiv. “A cada hora a situação se torna mais crítica.”

Tal como a maioria das autoridades e especialistas militares ucranianos, o general Budanov disse acreditar que os ataques russos no nordeste têm como objetivo desgastar as já escassas reservas de soldados da Ucrânia e desviá-los dos combates em outros locais.

É exatamente isso que está acontecendo agora, reconheceu o general. Ele disse que o exército ucraniano estava tentando redirecionar tropas de outras áreas da linha de frente para reforçar suas defesas no nordeste, mas que tinha sido difícil encontrar pessoal.

Moscou está se aproveitando do momento de fragilidade das Forças Armadas da Ucrânia antes da chegada completa do pacote militar que foi aprovado pelo Congresso americano de 60 bilhões de dólares.

A Rússia também tem apostado em realizar uma série de bombardeios com bombas planadoras, menos sofisticadas, baratas e difíceis de interceptar, mísseis balísticos de curto alcance e drones como estratégia para a destruição de infraestrutura civil e industrial ucraniana. O aparato militar é de curto alcance, fica pouco tempo no ar e passa pelas defesas ucranianas./com AFP e NYT

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira, 17, que a ofensiva do Exército russo no nordeste da Ucrânia não tem como objetivo tomar a cidade de Kharkiv, segunda maior cidade do país. A ideia de Moscou, segundo Putin, é criar uma zona tampão para proteger as cidades russas de serem bombardeadas pelas forças de Kiev.

“Eu disse publicamente que se isto continuasse, seríamos obrigados a criar uma zona de segurança. É o que estamos fazendo”, declarou Putin em uma entrevista coletiva em Harbin, norte da China, durante uma visita oficial ao país asiático.

“Quanto ao que está acontecendo na frente de Kharkiv, a culpa é deles (dos ucranianos), porque bombardearam e continuam bombardeando bairros residenciais nas zonas de fronteira, incluindo Belgorod”, acrescentou.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, discursa para membros do ministério da Defesa, em Moscou, Rússia  Foto: Sergei Guneyev/AP

A região russa de Belgorod é alvo, há vários meses, de bombardeios e ataques de drones. Kiev afirma que responde desta maneira aos bombardeios russos que atingem com frequência o seu território desde o início da invasão, em fevereiro de 2022.

A Rússia também acusa Kiev de ataques a infraestrutura do país e assassinatos, como a explosão em outubro de 2022 em uma ponte construída por Moscou que liga o território russo a Crimeia, ocupada pela Rússia desde 2014 , ou a morte de Daria Dugina, filha de Alexander Dugin, um dos aliados mais próximos de Putin, que teve seu carro explodido em uma estrada próxima de Moscou em agosto de 2022.

Ofensiva em Kharkiv

Ao ser questionado sobre a possibilidade de tomar Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia e capital da região homônima, que é cenário de uma ofensiva russa, Putin respondeu que no momento não é o objetivo.

“Quanto a Kharkiv, não temos este projeto neste momento”, disse o presidente, antes de afirmar que as tropas de Moscou avançam todos os dias na região, “como estava previsto”. A Rússia iniciou uma ofensiva surpresa no norte da Ucrânia no dia 10 de maio, em um momento de dificuldades para as forças ucranianas no sul e no leste da frente de batalha.

Oficiais ucranianos examinam fragmentos de uma bomba russa que atingiu uma casa na cidade de Kharkiv, Ucrânia  Foto: Andrii Marienko/AP

Moscou conseguiu nesta ofensiva as suas maiores conquistas desde o final de 2022, o que obrigou Kiev a deslocar reforços de outros pontos da frente de batalha. Os russos já avançaram mais de 10 km na região, em um dos avanços mais rápidos desde o inicio da guerra.

A Rússia afirmou nesta sexta-feira que continua com a sua operação no norte da Ucrânia e conquistou 12 cidades da região de Kharkiv. “As unidades do grupo ‘Norte’ libertaram 12 cidades na região de Kharkiv na última semana e continuam a avançando profundamente nas defesas do inimigo”, apontou o ministério da Defesa russo em um comunicado.

Quadro sombrio

Os militares da Ucrânia se veem diante de uma situação “crítica” no nordeste do país, enfrentando escassez de tropas enquanto tentam repelir a ofensiva da Rússia, segundo Kirilo Budanov, chefe da agência de inteligência militar da Ucrânia, em entrevista ao The New York Times.

“A situação está no limite”, disse o general Kirilo Budanov, chefe da agência de inteligência militar da Ucrânia, em uma videochamada a partir de um bunker em Kharkiv. “A cada hora a situação se torna mais crítica.”

Tal como a maioria das autoridades e especialistas militares ucranianos, o general Budanov disse acreditar que os ataques russos no nordeste têm como objetivo desgastar as já escassas reservas de soldados da Ucrânia e desviá-los dos combates em outros locais.

É exatamente isso que está acontecendo agora, reconheceu o general. Ele disse que o exército ucraniano estava tentando redirecionar tropas de outras áreas da linha de frente para reforçar suas defesas no nordeste, mas que tinha sido difícil encontrar pessoal.

Moscou está se aproveitando do momento de fragilidade das Forças Armadas da Ucrânia antes da chegada completa do pacote militar que foi aprovado pelo Congresso americano de 60 bilhões de dólares.

A Rússia também tem apostado em realizar uma série de bombardeios com bombas planadoras, menos sofisticadas, baratas e difíceis de interceptar, mísseis balísticos de curto alcance e drones como estratégia para a destruição de infraestrutura civil e industrial ucraniana. O aparato militar é de curto alcance, fica pouco tempo no ar e passa pelas defesas ucranianas./com AFP e NYT

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