MOSCOU - Vladimir Putin venceu as eleições presidenciais russas com facilidade neste domingo, 18, e se reelegeu para um quarto mandato que se estenderá até 2024.
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Após a apuração de 99,8% dos votos, o presidente russo, de 65 anos, obteve 76,67% dos votos, bem mais que os 63,6% conquistados em 2012 e que os votos atribuídos a ele em pesquisas de opinião nas últimas semanas, segundo a Comissão Eleitoral.
O chefe de Estado superou o candidato do Partido Comunista Pavel Grudinin, com 11,79% dos votos, o ultranacionalista Vladimir Jirinovski (cerca de 5,66%) e a jornalista vinculada à oposição liberal Ksénia Sobtchak (1,67%).
Putin disse aos seus simpatizantes, reunidos nas imediações do Kremlin, que via na vitória "a confiança e a esperança" do povo russo. "Vamos trabalhar duro, de forma responsável e eficiente", assegurou.
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Além disso, prosseguiu, "vejo o reconhecimento do fato de que muitas coisas foram realizadas em condições muito difíceis". Durante o atual mandato de Putin, os preços do petróleo desabaram, provocando escassez de divisas, o que se somou às sanções do Ocidente pela anexação russa da Crimeia.
Putin é elogiado por ter devolvido a estabilidade ao país, após a caótica década de 1990, embora, segundo seus detratores, tenha sido às custas das liberdades individuais.
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A taxa de participação nestas eleições foi estimda em quase 60%, segundo a Comissão Eleitoral, abaixo do registrado em 2012 (65%), apesar dos esforços feitos pelo Kremlin para mobilizar os eleitores neste pleito.
O principal opositor de Putin, Alexei Navalni, impedido de disputar as eleições por uma condenação judicial, acusou o Kremlin de aumentar artificialmente a mobilização, enchendo as urnas ou organizando o transporte maciço de eleitores às seções eleitorais.
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"Precisam de participação. O resultado é que a vitória de Putin com mais de 70% [dos votos] se decidiu de antemão", disse Navalni à imprensa, assegurando que a participação real foi inferior à de 2012.
A ONG Golos, especializada em vigilância eleitoral, disponibilizou um mapa das fraudes em seu site na internet, no qual denunciou mais de 2.700 irregularidades como o preenchimento de urnas, votos múltiplos ou obstáculos ao trabalho dos observadores.
A presidente da Comissão Eleitoral, Ella Pamfilova, considerou, no entanto, que as irregularidades comprovadas foram "relativamente baixas" e acrescentou que a votação foi transparente. / AFP