Quais são os 10 maiores exércitos do mundo?


Ranking foi elaborado por instituto de pesquisa britânico na área de relações internacionais; veja posição do Brasil

Por Clayton Freitas

Com um efetivo de mais de 2 milhões de militares, a China lidera o ranking dos maiores exércitos do mundo, seguida da Índia, com um efetivo de 1,4 milhão. A terceira posição é dos EUA, com 1,3 milhão de integrantes.

Os dados são do Military Balance 2024, ranking elaborado pelo The International Institute for Strategic Studies (IISS), um instituto de pesquisa britânico na área de relações internacionais. O ranking das 10 maiores potências foi tabulado com exclusividade para o Estadão por Fernando Araújo Moreira, professor titular no Instituto Militar de Engenharia (IME), subordinado ao Comando do Exército Brasileiro.

Exército brasileiro é formado por 222.869 militares. Foto: Exército Brasileiro/Reprodução
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Segundo o especialista, o Brasil possui 222.869 militares no Exército, de acordo com dados do Ministério da Defesa, o que faz com que o poder de combate por terra seja o 10º do mundo.

“Entretanto esta posição poderá mudar para uma posição mais realista quando consideradas outras variáveis, como tipos de armamento, tipos de tecnologias disponíveis, tipo e número de unidades especiais, disponibilidade de munição, frequência e qualidade no treinamento, entre outros”, analisa.

Veja abaixo o ranking dos 10 maiores exércitos do mundo pelo número de militares:

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  1. China: 2,035 milhões
  2. Índia: 1,476 milhão
  3. Estados Unidos: 1,326 milhão
  4. Coreia do Norte: 1,280 milhão
  5. Rússia: 1,1 milhão
  6. Paquistão: 660 mil
  7. Coreia do Sul: 500 mil
  8. Turquia: 355 mil
  9. Japão: 247 mil
  10. Brasil: 222 mil
Míssil da família Spike adquirido pelo Exército brasileiro.  Foto: Rafael Advanced Defense Systems/Divulgação

Efetivo

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No Brasil, a lei que determina o total de efetivo no país é a 7.150, de 1º de dezembro de 1983, assinada pelo então presidente João Figueiredo. Segundo o documento, o efetivo autorizado para tempos de paz é de 296.334, um quarto a mais que os atuais 222.869.

No capítulo específico sobre a América Latina, o Military Balance 2024 lembra que, em agosto de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com investimentos de até R$ 1,7 trilhão em todos os setores da economia, incluindo R$ 52,8 bilhões para a defesa. “Espera-se que o dinheiro financie a modernização e melhore a defesa do País”, diz o documento. O relatório cita o anúncio da reforma de 37 obuseiros auto-propulsados (veículos que servem como plataforma de disparos), compra de novos blindados, tais como o Centauro, sistema de foguetes de longo alcance Astros II MK6 e ainda a intenção de modernizar a força brasileira dos tanques.

Segundo o professor do IME, em geral, o poder de combate real de um país diminui por questões orçamentárias. “Entretanto, quando essa diminuição é numérica, pode estar acontecendo um aumento concomitante da qualidade do equipamento associado ao novo poder de combate, por conta da adoção de novas tecnologias, novos materiais, novas doutrinas de combate”, afirma Moreira, que também foi fundador e coordenador geral do extinto Núcleo de Estudos Estratégicos em Defesa e Segurança (Needs), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

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Qual é a finalidade de efetivos tão grandes?

Moreira afirma que o custo financeiro para manter a segurança e a defesa de um país vai muito além de atuar contra agressores e infratores de uma nação. “Estão associados aos múltiplos serviços que esses recursos humanos (por exemplo, enfermeiros, médicos, dentistas, entre outros) prestam às populações carentes em diferentes locais, e recursos bélicos (como helicópteros, embarcações-hospital, etc.)”, diz.

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Ele lembra do emprego de militares e equipamentos do Exército em emergências, tais como a catástrofe do Rio Grande do Sul ou a crise migratória atendida pela Operação Acolhida em Roraima, que prestou diversos serviços a milhares de venezuelanos que deixaram o país liderado por Nicolás Maduro devido à crise econômica e social. “O custo financeiro (da manutenção de efetivos) se traduz em um enorme retorno socioeconômico além da segurança em si”, afirma.

Com um efetivo de mais de 2 milhões de militares, a China lidera o ranking dos maiores exércitos do mundo, seguida da Índia, com um efetivo de 1,4 milhão. A terceira posição é dos EUA, com 1,3 milhão de integrantes.

Os dados são do Military Balance 2024, ranking elaborado pelo The International Institute for Strategic Studies (IISS), um instituto de pesquisa britânico na área de relações internacionais. O ranking das 10 maiores potências foi tabulado com exclusividade para o Estadão por Fernando Araújo Moreira, professor titular no Instituto Militar de Engenharia (IME), subordinado ao Comando do Exército Brasileiro.

Exército brasileiro é formado por 222.869 militares. Foto: Exército Brasileiro/Reprodução

Segundo o especialista, o Brasil possui 222.869 militares no Exército, de acordo com dados do Ministério da Defesa, o que faz com que o poder de combate por terra seja o 10º do mundo.

“Entretanto esta posição poderá mudar para uma posição mais realista quando consideradas outras variáveis, como tipos de armamento, tipos de tecnologias disponíveis, tipo e número de unidades especiais, disponibilidade de munição, frequência e qualidade no treinamento, entre outros”, analisa.

Veja abaixo o ranking dos 10 maiores exércitos do mundo pelo número de militares:

  1. China: 2,035 milhões
  2. Índia: 1,476 milhão
  3. Estados Unidos: 1,326 milhão
  4. Coreia do Norte: 1,280 milhão
  5. Rússia: 1,1 milhão
  6. Paquistão: 660 mil
  7. Coreia do Sul: 500 mil
  8. Turquia: 355 mil
  9. Japão: 247 mil
  10. Brasil: 222 mil
Míssil da família Spike adquirido pelo Exército brasileiro.  Foto: Rafael Advanced Defense Systems/Divulgação

Efetivo

No Brasil, a lei que determina o total de efetivo no país é a 7.150, de 1º de dezembro de 1983, assinada pelo então presidente João Figueiredo. Segundo o documento, o efetivo autorizado para tempos de paz é de 296.334, um quarto a mais que os atuais 222.869.

No capítulo específico sobre a América Latina, o Military Balance 2024 lembra que, em agosto de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com investimentos de até R$ 1,7 trilhão em todos os setores da economia, incluindo R$ 52,8 bilhões para a defesa. “Espera-se que o dinheiro financie a modernização e melhore a defesa do País”, diz o documento. O relatório cita o anúncio da reforma de 37 obuseiros auto-propulsados (veículos que servem como plataforma de disparos), compra de novos blindados, tais como o Centauro, sistema de foguetes de longo alcance Astros II MK6 e ainda a intenção de modernizar a força brasileira dos tanques.

Segundo o professor do IME, em geral, o poder de combate real de um país diminui por questões orçamentárias. “Entretanto, quando essa diminuição é numérica, pode estar acontecendo um aumento concomitante da qualidade do equipamento associado ao novo poder de combate, por conta da adoção de novas tecnologias, novos materiais, novas doutrinas de combate”, afirma Moreira, que também foi fundador e coordenador geral do extinto Núcleo de Estudos Estratégicos em Defesa e Segurança (Needs), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Qual é a finalidade de efetivos tão grandes?

Moreira afirma que o custo financeiro para manter a segurança e a defesa de um país vai muito além de atuar contra agressores e infratores de uma nação. “Estão associados aos múltiplos serviços que esses recursos humanos (por exemplo, enfermeiros, médicos, dentistas, entre outros) prestam às populações carentes em diferentes locais, e recursos bélicos (como helicópteros, embarcações-hospital, etc.)”, diz.

Ele lembra do emprego de militares e equipamentos do Exército em emergências, tais como a catástrofe do Rio Grande do Sul ou a crise migratória atendida pela Operação Acolhida em Roraima, que prestou diversos serviços a milhares de venezuelanos que deixaram o país liderado por Nicolás Maduro devido à crise econômica e social. “O custo financeiro (da manutenção de efetivos) se traduz em um enorme retorno socioeconômico além da segurança em si”, afirma.

Com um efetivo de mais de 2 milhões de militares, a China lidera o ranking dos maiores exércitos do mundo, seguida da Índia, com um efetivo de 1,4 milhão. A terceira posição é dos EUA, com 1,3 milhão de integrantes.

Os dados são do Military Balance 2024, ranking elaborado pelo The International Institute for Strategic Studies (IISS), um instituto de pesquisa britânico na área de relações internacionais. O ranking das 10 maiores potências foi tabulado com exclusividade para o Estadão por Fernando Araújo Moreira, professor titular no Instituto Militar de Engenharia (IME), subordinado ao Comando do Exército Brasileiro.

Exército brasileiro é formado por 222.869 militares. Foto: Exército Brasileiro/Reprodução

Segundo o especialista, o Brasil possui 222.869 militares no Exército, de acordo com dados do Ministério da Defesa, o que faz com que o poder de combate por terra seja o 10º do mundo.

“Entretanto esta posição poderá mudar para uma posição mais realista quando consideradas outras variáveis, como tipos de armamento, tipos de tecnologias disponíveis, tipo e número de unidades especiais, disponibilidade de munição, frequência e qualidade no treinamento, entre outros”, analisa.

Veja abaixo o ranking dos 10 maiores exércitos do mundo pelo número de militares:

  1. China: 2,035 milhões
  2. Índia: 1,476 milhão
  3. Estados Unidos: 1,326 milhão
  4. Coreia do Norte: 1,280 milhão
  5. Rússia: 1,1 milhão
  6. Paquistão: 660 mil
  7. Coreia do Sul: 500 mil
  8. Turquia: 355 mil
  9. Japão: 247 mil
  10. Brasil: 222 mil
Míssil da família Spike adquirido pelo Exército brasileiro.  Foto: Rafael Advanced Defense Systems/Divulgação

Efetivo

No Brasil, a lei que determina o total de efetivo no país é a 7.150, de 1º de dezembro de 1983, assinada pelo então presidente João Figueiredo. Segundo o documento, o efetivo autorizado para tempos de paz é de 296.334, um quarto a mais que os atuais 222.869.

No capítulo específico sobre a América Latina, o Military Balance 2024 lembra que, em agosto de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com investimentos de até R$ 1,7 trilhão em todos os setores da economia, incluindo R$ 52,8 bilhões para a defesa. “Espera-se que o dinheiro financie a modernização e melhore a defesa do País”, diz o documento. O relatório cita o anúncio da reforma de 37 obuseiros auto-propulsados (veículos que servem como plataforma de disparos), compra de novos blindados, tais como o Centauro, sistema de foguetes de longo alcance Astros II MK6 e ainda a intenção de modernizar a força brasileira dos tanques.

Segundo o professor do IME, em geral, o poder de combate real de um país diminui por questões orçamentárias. “Entretanto, quando essa diminuição é numérica, pode estar acontecendo um aumento concomitante da qualidade do equipamento associado ao novo poder de combate, por conta da adoção de novas tecnologias, novos materiais, novas doutrinas de combate”, afirma Moreira, que também foi fundador e coordenador geral do extinto Núcleo de Estudos Estratégicos em Defesa e Segurança (Needs), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Qual é a finalidade de efetivos tão grandes?

Moreira afirma que o custo financeiro para manter a segurança e a defesa de um país vai muito além de atuar contra agressores e infratores de uma nação. “Estão associados aos múltiplos serviços que esses recursos humanos (por exemplo, enfermeiros, médicos, dentistas, entre outros) prestam às populações carentes em diferentes locais, e recursos bélicos (como helicópteros, embarcações-hospital, etc.)”, diz.

Ele lembra do emprego de militares e equipamentos do Exército em emergências, tais como a catástrofe do Rio Grande do Sul ou a crise migratória atendida pela Operação Acolhida em Roraima, que prestou diversos serviços a milhares de venezuelanos que deixaram o país liderado por Nicolás Maduro devido à crise econômica e social. “O custo financeiro (da manutenção de efetivos) se traduz em um enorme retorno socioeconômico além da segurança em si”, afirma.

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