Quanto a Rússia já ocupou da Ucrânia durante a invasão?


Kiev e Moscou apresentam versões distintas sobre o controle de regiões, enquanto batalhas cada vez mais extenuantes são travadas por cada palmo de terra

Por Marc Santora

THE NEW YORK TIMES - A Rússia invadiu a Ucrânia com a intenção de derrubar o governo, tomar Kiev, e trazer a nação de uma vez para a esfera de influência do Kremlin.

Enquanto Moscou falhou nesses objetivos abrangentes, as forças russas tomaram uma ampla faixa do sul da Ucrânia e redistribuíram soldados, veículos e armas pesadas com o objetivo de avançar mais para o leste do país, ocupando uma faixa litorânea e expandindo o território que controlava desde 2014.

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Os exércitos ucraniano e russo estão agora em uma extenuante guerra de atrito, muitas vezes lutando ferozmente por pequenas áreas. Mas se a Rússia puder manter o território que ocupa em terra e manter seu domínio no mar, isso poderá dar ao Kremlin a capacidade de estrangular a economia ucraniana e fornecer alavancagem em qualquer acordo negociado ou um palco para ataques mais amplos em todo o país.

A seguir, saiba quais são as principais áreas da Ucrânia que a Rússia ocupou:

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O sul

A Rússia obteve seus ganhos mais rápidos e expressivos nas primeiras semanas de guerra no sul do país, varrendo o norte da Crimeia – que já havia anexado ilegalmente da Ucrânia em 2014 – e assumindo a cidade de Kherson e grande parte da região ao redor, espalhada por cerca de 16.000 quilômetros quadrados.

Homem com cachorro vasculham escola destruída por bombardeio russo na vila de Zelenyi Hai, entre Kherson e Mikolaiv, em 1° de abril. Foto: Bulent Kilic/ AFP
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A região de Kherson tinha uma população de mais de um milhão de pessoas antes da guerra, embora autoridades ucranianas digam que mais da metade delas fugiu. Localizada na margem oeste do rio Dnieper, abriga um importante porto conectado ao Mar Negro. Moscou tem tomado medidas constantes para destruir sua identidade ucraniana, introduzindo a moeda russa e nomeando e controlando rigidamente os líderes locais.

Mas o controle russo do território não está completo. Os ucranianos vêm realizando contra-ataques, tentando recuperar cidades e vilarejos.

O sudeste

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Depois de tomar Kherson, as forças russas se moveram para tomar território a leste na província de Zaporizka, no sudeste, que abriga a maior usina nuclear da Europa. Estima-se que os russos controlem agora cerca de 70% da província.

Soldados russos guardam a usina nuclear de Zaporizhzhia, na cidade de Enerhodar. Foto: EFE/EPA/SERGEI ILNITSKY

Enquanto o governo ucraniano permanece no controle da cidade de Zaporizhzhia, as forças russas controlam Berdiansk, um porto estratégico ao longo do Mar de Azov; Melitopol, a segunda maior cidade da região; e Enerhodar e sua usina nuclear.

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A província tinha 1,6 milhão de pessoas antes da guerra; é difícil estimar quantos ficaram. O prefeito de Melitopol disse na segunda-feira que cerca de 60% dos moradores da cidade fugiram.

Mariupol

Nos limites da região leste ucraniana de Donetsk, esta outrora próspera cidade portuária está agora destruída. Autoridades ucranianas estimam que 20.000 civis foram mortos no cerco russo de meses, e três quartos da população fugiu.

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Soldados do batalhão de Azov são última linha de defesa ucraniana na siderúrgica de Azovstal, em Mariupol. Foto de 10 de maio. Foto: Dmytro 'Orest' Kozatskyi/Azov Special Forces Regiment of the Ukrainian National Guard Press Office via AP

As Nações Unidas dizem que milhares de civis foram mortos. O que resta da cidade está em grande parte sob controle russo. Os últimos soldados ucranianos estão presos em uma grande siderúrgica perto do porto.

Tomar a cidade permitiu que a Rússia completasse uma cobiçada ligação por terra da Crimeia à região leste de Donetsk, que é controlada por suas forças, e à própria Rússia.

O Mar Negro

Enquanto a Rússia falhou em seu avanço sobre a cidade portuária de Odessa, no Mar Negro, a Marinha russa controla o Mar Negro e bloqueou efetivamente a Ucrânia, que as Nações Unidas e outros observadores internacionais disseram estar alimentando uma crise alimentar global.

Bombeiros ucranianos tentam controlar incêndio em shopping de Odessa, após bombardeio russo na noite de segunda-feira, 9. Foto: State Emergency Service of Ukraine / AFP

Os ucranianos e russos estão engajados em uma batalha feroz por um pedaço de terra no Mar Negro chamado Ilha da Cobra, a cerca de 130 quilômetros da costa de Odessa. Antes da guerra, o controle ucraniano da ilha era a chave para estender as reivindicações da Ucrânia no mar.

Embora a Rússia nunca tenha sido capaz de estabelecer controle aéreo sobre a Ucrânia, tem uma superioridade quase total no mar.

O leste

O Kremlin disse que quer “libertar” toda a região de Donbas, que combina dois grandes enclaves orientais, Luhansk e Donetsk. As duas províncias fazem fronteira com a Rússia e vão de Mariupol, no sul, até a fronteira norte, perto de Kharkiv.

Fumaça sobe em cidade na região de Luhansk após bombardeio russo em 26 de abril. Foto: REUTERS/Serhii Nuzhnenko

As forças russas tiveram uma vantagem no leste, uma vez que tomaram mais de um terço da área em 2014. Desde então, expandiram seu controle para cobrir cerca de 80% a 90% do território. Na terça-feira, 10, o Ministério da Defesa da Rússia disse que suas forças chegaram à fronteira entre as províncias de Luhansk e Donetsk.

Grande parte deste território foi bombardeado e está em ruínas. Estima-se que apenas 50.000 civis ainda vivam na parte de Luhansk controlada pela Ucrânia. Ainda assim, os ucranianos concentraram uma quantidade grande de suas próprias forças na região para impedir o avanço russo.

O nordeste

Diante da feroz resistência ucraniana, planejamento deficiente, logística ruim e táticas rígidas, a Rússia não conseguiu conquistar os principais centros populacionais do nordeste. Foi expulso de Chernihiv e Sumi e nunca conseguiu controlar Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia.

Soldados ucranianos se deslocam em Izium, na região de Kharkiv, em 23 de abril. Foto: REUTERS/Jorge Silva

Mas a Rússia ainda detém território perto da fronteira que não controlava antes da guerra, em torno da região de Kharkiv. Também reivindica o controle de Izium, embora os combates continuem pela cidade.

Esta parte do país está sendo ferozmente disputada, com os ucranianos lançando uma grande ofensiva em torno de Kharkiv, que fica a apenas 32 quilômetros da fronteira russa. Desde então, os ucranianos empurraram as forças russas de volta para a fronteira nordeste e para longe da cidade.

THE NEW YORK TIMES - A Rússia invadiu a Ucrânia com a intenção de derrubar o governo, tomar Kiev, e trazer a nação de uma vez para a esfera de influência do Kremlin.

Enquanto Moscou falhou nesses objetivos abrangentes, as forças russas tomaram uma ampla faixa do sul da Ucrânia e redistribuíram soldados, veículos e armas pesadas com o objetivo de avançar mais para o leste do país, ocupando uma faixa litorânea e expandindo o território que controlava desde 2014.

Os exércitos ucraniano e russo estão agora em uma extenuante guerra de atrito, muitas vezes lutando ferozmente por pequenas áreas. Mas se a Rússia puder manter o território que ocupa em terra e manter seu domínio no mar, isso poderá dar ao Kremlin a capacidade de estrangular a economia ucraniana e fornecer alavancagem em qualquer acordo negociado ou um palco para ataques mais amplos em todo o país.

A seguir, saiba quais são as principais áreas da Ucrânia que a Rússia ocupou:

O sul

A Rússia obteve seus ganhos mais rápidos e expressivos nas primeiras semanas de guerra no sul do país, varrendo o norte da Crimeia – que já havia anexado ilegalmente da Ucrânia em 2014 – e assumindo a cidade de Kherson e grande parte da região ao redor, espalhada por cerca de 16.000 quilômetros quadrados.

Homem com cachorro vasculham escola destruída por bombardeio russo na vila de Zelenyi Hai, entre Kherson e Mikolaiv, em 1° de abril. Foto: Bulent Kilic/ AFP

A região de Kherson tinha uma população de mais de um milhão de pessoas antes da guerra, embora autoridades ucranianas digam que mais da metade delas fugiu. Localizada na margem oeste do rio Dnieper, abriga um importante porto conectado ao Mar Negro. Moscou tem tomado medidas constantes para destruir sua identidade ucraniana, introduzindo a moeda russa e nomeando e controlando rigidamente os líderes locais.

Mas o controle russo do território não está completo. Os ucranianos vêm realizando contra-ataques, tentando recuperar cidades e vilarejos.

O sudeste

Depois de tomar Kherson, as forças russas se moveram para tomar território a leste na província de Zaporizka, no sudeste, que abriga a maior usina nuclear da Europa. Estima-se que os russos controlem agora cerca de 70% da província.

Soldados russos guardam a usina nuclear de Zaporizhzhia, na cidade de Enerhodar. Foto: EFE/EPA/SERGEI ILNITSKY

Enquanto o governo ucraniano permanece no controle da cidade de Zaporizhzhia, as forças russas controlam Berdiansk, um porto estratégico ao longo do Mar de Azov; Melitopol, a segunda maior cidade da região; e Enerhodar e sua usina nuclear.

A província tinha 1,6 milhão de pessoas antes da guerra; é difícil estimar quantos ficaram. O prefeito de Melitopol disse na segunda-feira que cerca de 60% dos moradores da cidade fugiram.

Mariupol

Nos limites da região leste ucraniana de Donetsk, esta outrora próspera cidade portuária está agora destruída. Autoridades ucranianas estimam que 20.000 civis foram mortos no cerco russo de meses, e três quartos da população fugiu.

Soldados do batalhão de Azov são última linha de defesa ucraniana na siderúrgica de Azovstal, em Mariupol. Foto de 10 de maio. Foto: Dmytro 'Orest' Kozatskyi/Azov Special Forces Regiment of the Ukrainian National Guard Press Office via AP

As Nações Unidas dizem que milhares de civis foram mortos. O que resta da cidade está em grande parte sob controle russo. Os últimos soldados ucranianos estão presos em uma grande siderúrgica perto do porto.

Tomar a cidade permitiu que a Rússia completasse uma cobiçada ligação por terra da Crimeia à região leste de Donetsk, que é controlada por suas forças, e à própria Rússia.

O Mar Negro

Enquanto a Rússia falhou em seu avanço sobre a cidade portuária de Odessa, no Mar Negro, a Marinha russa controla o Mar Negro e bloqueou efetivamente a Ucrânia, que as Nações Unidas e outros observadores internacionais disseram estar alimentando uma crise alimentar global.

Bombeiros ucranianos tentam controlar incêndio em shopping de Odessa, após bombardeio russo na noite de segunda-feira, 9. Foto: State Emergency Service of Ukraine / AFP

Os ucranianos e russos estão engajados em uma batalha feroz por um pedaço de terra no Mar Negro chamado Ilha da Cobra, a cerca de 130 quilômetros da costa de Odessa. Antes da guerra, o controle ucraniano da ilha era a chave para estender as reivindicações da Ucrânia no mar.

Embora a Rússia nunca tenha sido capaz de estabelecer controle aéreo sobre a Ucrânia, tem uma superioridade quase total no mar.

O leste

O Kremlin disse que quer “libertar” toda a região de Donbas, que combina dois grandes enclaves orientais, Luhansk e Donetsk. As duas províncias fazem fronteira com a Rússia e vão de Mariupol, no sul, até a fronteira norte, perto de Kharkiv.

Fumaça sobe em cidade na região de Luhansk após bombardeio russo em 26 de abril. Foto: REUTERS/Serhii Nuzhnenko

As forças russas tiveram uma vantagem no leste, uma vez que tomaram mais de um terço da área em 2014. Desde então, expandiram seu controle para cobrir cerca de 80% a 90% do território. Na terça-feira, 10, o Ministério da Defesa da Rússia disse que suas forças chegaram à fronteira entre as províncias de Luhansk e Donetsk.

Grande parte deste território foi bombardeado e está em ruínas. Estima-se que apenas 50.000 civis ainda vivam na parte de Luhansk controlada pela Ucrânia. Ainda assim, os ucranianos concentraram uma quantidade grande de suas próprias forças na região para impedir o avanço russo.

O nordeste

Diante da feroz resistência ucraniana, planejamento deficiente, logística ruim e táticas rígidas, a Rússia não conseguiu conquistar os principais centros populacionais do nordeste. Foi expulso de Chernihiv e Sumi e nunca conseguiu controlar Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia.

Soldados ucranianos se deslocam em Izium, na região de Kharkiv, em 23 de abril. Foto: REUTERS/Jorge Silva

Mas a Rússia ainda detém território perto da fronteira que não controlava antes da guerra, em torno da região de Kharkiv. Também reivindica o controle de Izium, embora os combates continuem pela cidade.

Esta parte do país está sendo ferozmente disputada, com os ucranianos lançando uma grande ofensiva em torno de Kharkiv, que fica a apenas 32 quilômetros da fronteira russa. Desde então, os ucranianos empurraram as forças russas de volta para a fronteira nordeste e para longe da cidade.

THE NEW YORK TIMES - A Rússia invadiu a Ucrânia com a intenção de derrubar o governo, tomar Kiev, e trazer a nação de uma vez para a esfera de influência do Kremlin.

Enquanto Moscou falhou nesses objetivos abrangentes, as forças russas tomaram uma ampla faixa do sul da Ucrânia e redistribuíram soldados, veículos e armas pesadas com o objetivo de avançar mais para o leste do país, ocupando uma faixa litorânea e expandindo o território que controlava desde 2014.

Os exércitos ucraniano e russo estão agora em uma extenuante guerra de atrito, muitas vezes lutando ferozmente por pequenas áreas. Mas se a Rússia puder manter o território que ocupa em terra e manter seu domínio no mar, isso poderá dar ao Kremlin a capacidade de estrangular a economia ucraniana e fornecer alavancagem em qualquer acordo negociado ou um palco para ataques mais amplos em todo o país.

A seguir, saiba quais são as principais áreas da Ucrânia que a Rússia ocupou:

O sul

A Rússia obteve seus ganhos mais rápidos e expressivos nas primeiras semanas de guerra no sul do país, varrendo o norte da Crimeia – que já havia anexado ilegalmente da Ucrânia em 2014 – e assumindo a cidade de Kherson e grande parte da região ao redor, espalhada por cerca de 16.000 quilômetros quadrados.

Homem com cachorro vasculham escola destruída por bombardeio russo na vila de Zelenyi Hai, entre Kherson e Mikolaiv, em 1° de abril. Foto: Bulent Kilic/ AFP

A região de Kherson tinha uma população de mais de um milhão de pessoas antes da guerra, embora autoridades ucranianas digam que mais da metade delas fugiu. Localizada na margem oeste do rio Dnieper, abriga um importante porto conectado ao Mar Negro. Moscou tem tomado medidas constantes para destruir sua identidade ucraniana, introduzindo a moeda russa e nomeando e controlando rigidamente os líderes locais.

Mas o controle russo do território não está completo. Os ucranianos vêm realizando contra-ataques, tentando recuperar cidades e vilarejos.

O sudeste

Depois de tomar Kherson, as forças russas se moveram para tomar território a leste na província de Zaporizka, no sudeste, que abriga a maior usina nuclear da Europa. Estima-se que os russos controlem agora cerca de 70% da província.

Soldados russos guardam a usina nuclear de Zaporizhzhia, na cidade de Enerhodar. Foto: EFE/EPA/SERGEI ILNITSKY

Enquanto o governo ucraniano permanece no controle da cidade de Zaporizhzhia, as forças russas controlam Berdiansk, um porto estratégico ao longo do Mar de Azov; Melitopol, a segunda maior cidade da região; e Enerhodar e sua usina nuclear.

A província tinha 1,6 milhão de pessoas antes da guerra; é difícil estimar quantos ficaram. O prefeito de Melitopol disse na segunda-feira que cerca de 60% dos moradores da cidade fugiram.

Mariupol

Nos limites da região leste ucraniana de Donetsk, esta outrora próspera cidade portuária está agora destruída. Autoridades ucranianas estimam que 20.000 civis foram mortos no cerco russo de meses, e três quartos da população fugiu.

Soldados do batalhão de Azov são última linha de defesa ucraniana na siderúrgica de Azovstal, em Mariupol. Foto de 10 de maio. Foto: Dmytro 'Orest' Kozatskyi/Azov Special Forces Regiment of the Ukrainian National Guard Press Office via AP

As Nações Unidas dizem que milhares de civis foram mortos. O que resta da cidade está em grande parte sob controle russo. Os últimos soldados ucranianos estão presos em uma grande siderúrgica perto do porto.

Tomar a cidade permitiu que a Rússia completasse uma cobiçada ligação por terra da Crimeia à região leste de Donetsk, que é controlada por suas forças, e à própria Rússia.

O Mar Negro

Enquanto a Rússia falhou em seu avanço sobre a cidade portuária de Odessa, no Mar Negro, a Marinha russa controla o Mar Negro e bloqueou efetivamente a Ucrânia, que as Nações Unidas e outros observadores internacionais disseram estar alimentando uma crise alimentar global.

Bombeiros ucranianos tentam controlar incêndio em shopping de Odessa, após bombardeio russo na noite de segunda-feira, 9. Foto: State Emergency Service of Ukraine / AFP

Os ucranianos e russos estão engajados em uma batalha feroz por um pedaço de terra no Mar Negro chamado Ilha da Cobra, a cerca de 130 quilômetros da costa de Odessa. Antes da guerra, o controle ucraniano da ilha era a chave para estender as reivindicações da Ucrânia no mar.

Embora a Rússia nunca tenha sido capaz de estabelecer controle aéreo sobre a Ucrânia, tem uma superioridade quase total no mar.

O leste

O Kremlin disse que quer “libertar” toda a região de Donbas, que combina dois grandes enclaves orientais, Luhansk e Donetsk. As duas províncias fazem fronteira com a Rússia e vão de Mariupol, no sul, até a fronteira norte, perto de Kharkiv.

Fumaça sobe em cidade na região de Luhansk após bombardeio russo em 26 de abril. Foto: REUTERS/Serhii Nuzhnenko

As forças russas tiveram uma vantagem no leste, uma vez que tomaram mais de um terço da área em 2014. Desde então, expandiram seu controle para cobrir cerca de 80% a 90% do território. Na terça-feira, 10, o Ministério da Defesa da Rússia disse que suas forças chegaram à fronteira entre as províncias de Luhansk e Donetsk.

Grande parte deste território foi bombardeado e está em ruínas. Estima-se que apenas 50.000 civis ainda vivam na parte de Luhansk controlada pela Ucrânia. Ainda assim, os ucranianos concentraram uma quantidade grande de suas próprias forças na região para impedir o avanço russo.

O nordeste

Diante da feroz resistência ucraniana, planejamento deficiente, logística ruim e táticas rígidas, a Rússia não conseguiu conquistar os principais centros populacionais do nordeste. Foi expulso de Chernihiv e Sumi e nunca conseguiu controlar Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia.

Soldados ucranianos se deslocam em Izium, na região de Kharkiv, em 23 de abril. Foto: REUTERS/Jorge Silva

Mas a Rússia ainda detém território perto da fronteira que não controlava antes da guerra, em torno da região de Kharkiv. Também reivindica o controle de Izium, embora os combates continuem pela cidade.

Esta parte do país está sendo ferozmente disputada, com os ucranianos lançando uma grande ofensiva em torno de Kharkiv, que fica a apenas 32 quilômetros da fronteira russa. Desde então, os ucranianos empurraram as forças russas de volta para a fronteira nordeste e para longe da cidade.

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