Quem é a voluntária que desafia o preconceito e recebe imigrantes no Texas


Rosa Falcón ficou comovida ao ver famílias dormindo na rua sob temperaturas abaixo de zero

Por Redação

Para Rosa Falcón, foi “desumano” ver centenas de migrantes dormindo nas ruas da cidade americana de El Paso, Texas, em temperaturas abaixo de zero, então uma noite ela decidiu transformar sua casa em um abrigo para uma família. Desde então, não parou.

“Com tudo o que eles viveram, deixá-los assim, à deriva, na rua, me parece ilógico e desumano”, contou Falcón durante uma de suas já habituais rondas noturnas pelo centro da cidade, vizinha da mexicana Ciudad Juárez, que acumula décadas de história e tradição migratória.

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Mais de 53 mil migrantes se entregaram às autoridades fronteiriças neste setor da fronteira somente em outubro, um aumento de 280% em comparação com o mesmo mês de 2021 e o maior aumento de toda a fronteira sul dos Estados Unidos.

Rosa Falcon (vestida de preto, à esq.) conversa com imigrantes próximo a uma estação de ônibus em El Paso, no Texas, em imagem do dia 17 de dezembro Foto: Patrick T. Fallon / AFP

Muitos chegam quase sem roupa, molhados ou sujos, após atravessar a selva de Darien, no Panamá, ou o Rio Grande, que separa o México dos EUA. Em El Paso, enquanto buscam uma forma de comprar passagens para ir a outras cidades, enfrentam temperaturas gélidas. “É de partir o coração, principalmente quando há crianças”, afirma Falcón, professora de uma escola, que construiu uma rede de apoio com outros voluntários e igrejas locais.

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Um pico migratório foi registrado nos últimos dias, o que levou o prefeito Oscar Leeser a decretar estado de emergência para agilizar a obtenção de recursos.

A fronteira sul dos EUA está fechada para imigrantes sem visto há mais de dois anos, sob uma polêmica medida sanitária lançada pelo ex-presidente Donald Trump durante a pandemia.

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O chamado Título 42 impede que os solicitantes de asilo se apresentem nos portões de entrada dos EUA, razão pela qual muitos se entregam às autoridades nas brechas dos mais de 3 mil quilômetros de muros e cercas da fronteira.

Após uma batalha jurídica, essa medida deveria ser revogada no dia 20, mas uma decisão da Suprema Corte no dia 19 bloqueou seu levantamento e ela continua em vigor.

As autoridades de Texas, Arizona, Novo México e Califórnia especulavam que a fronteira e o sistema de imigração dos EUA seriam postos à prova com o fim do Título 42, que os especialistas consideram discriminatório.

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“Aqui estamos todos na luta, o que queremos é trabalhar, é uma oportunidade”, disse um venezuelano que entrou ilegalmente em El Paso, evitando as autoridades.

Com seu carro e auxiliada por sua mãe, sua filha e seu genro, Falcón acomoda entre quatro e cinco migrantes na sala de sua casa todas as noites, além de oferecer comida e, às vezes, roupas.

“Mesmo que eu não os conheça, sinto que fazem parte da minha família”, diz. Falcón sustenta a todos com seus recursos. Em troca, pede apenas orações. “Eles são a minha bênção”, afirma. /AFP

Para Rosa Falcón, foi “desumano” ver centenas de migrantes dormindo nas ruas da cidade americana de El Paso, Texas, em temperaturas abaixo de zero, então uma noite ela decidiu transformar sua casa em um abrigo para uma família. Desde então, não parou.

“Com tudo o que eles viveram, deixá-los assim, à deriva, na rua, me parece ilógico e desumano”, contou Falcón durante uma de suas já habituais rondas noturnas pelo centro da cidade, vizinha da mexicana Ciudad Juárez, que acumula décadas de história e tradição migratória.

Mais de 53 mil migrantes se entregaram às autoridades fronteiriças neste setor da fronteira somente em outubro, um aumento de 280% em comparação com o mesmo mês de 2021 e o maior aumento de toda a fronteira sul dos Estados Unidos.

Rosa Falcon (vestida de preto, à esq.) conversa com imigrantes próximo a uma estação de ônibus em El Paso, no Texas, em imagem do dia 17 de dezembro Foto: Patrick T. Fallon / AFP

Muitos chegam quase sem roupa, molhados ou sujos, após atravessar a selva de Darien, no Panamá, ou o Rio Grande, que separa o México dos EUA. Em El Paso, enquanto buscam uma forma de comprar passagens para ir a outras cidades, enfrentam temperaturas gélidas. “É de partir o coração, principalmente quando há crianças”, afirma Falcón, professora de uma escola, que construiu uma rede de apoio com outros voluntários e igrejas locais.

Um pico migratório foi registrado nos últimos dias, o que levou o prefeito Oscar Leeser a decretar estado de emergência para agilizar a obtenção de recursos.

A fronteira sul dos EUA está fechada para imigrantes sem visto há mais de dois anos, sob uma polêmica medida sanitária lançada pelo ex-presidente Donald Trump durante a pandemia.

O chamado Título 42 impede que os solicitantes de asilo se apresentem nos portões de entrada dos EUA, razão pela qual muitos se entregam às autoridades nas brechas dos mais de 3 mil quilômetros de muros e cercas da fronteira.

Após uma batalha jurídica, essa medida deveria ser revogada no dia 20, mas uma decisão da Suprema Corte no dia 19 bloqueou seu levantamento e ela continua em vigor.

As autoridades de Texas, Arizona, Novo México e Califórnia especulavam que a fronteira e o sistema de imigração dos EUA seriam postos à prova com o fim do Título 42, que os especialistas consideram discriminatório.

“Aqui estamos todos na luta, o que queremos é trabalhar, é uma oportunidade”, disse um venezuelano que entrou ilegalmente em El Paso, evitando as autoridades.

Com seu carro e auxiliada por sua mãe, sua filha e seu genro, Falcón acomoda entre quatro e cinco migrantes na sala de sua casa todas as noites, além de oferecer comida e, às vezes, roupas.

“Mesmo que eu não os conheça, sinto que fazem parte da minha família”, diz. Falcón sustenta a todos com seus recursos. Em troca, pede apenas orações. “Eles são a minha bênção”, afirma. /AFP

Para Rosa Falcón, foi “desumano” ver centenas de migrantes dormindo nas ruas da cidade americana de El Paso, Texas, em temperaturas abaixo de zero, então uma noite ela decidiu transformar sua casa em um abrigo para uma família. Desde então, não parou.

“Com tudo o que eles viveram, deixá-los assim, à deriva, na rua, me parece ilógico e desumano”, contou Falcón durante uma de suas já habituais rondas noturnas pelo centro da cidade, vizinha da mexicana Ciudad Juárez, que acumula décadas de história e tradição migratória.

Mais de 53 mil migrantes se entregaram às autoridades fronteiriças neste setor da fronteira somente em outubro, um aumento de 280% em comparação com o mesmo mês de 2021 e o maior aumento de toda a fronteira sul dos Estados Unidos.

Rosa Falcon (vestida de preto, à esq.) conversa com imigrantes próximo a uma estação de ônibus em El Paso, no Texas, em imagem do dia 17 de dezembro Foto: Patrick T. Fallon / AFP

Muitos chegam quase sem roupa, molhados ou sujos, após atravessar a selva de Darien, no Panamá, ou o Rio Grande, que separa o México dos EUA. Em El Paso, enquanto buscam uma forma de comprar passagens para ir a outras cidades, enfrentam temperaturas gélidas. “É de partir o coração, principalmente quando há crianças”, afirma Falcón, professora de uma escola, que construiu uma rede de apoio com outros voluntários e igrejas locais.

Um pico migratório foi registrado nos últimos dias, o que levou o prefeito Oscar Leeser a decretar estado de emergência para agilizar a obtenção de recursos.

A fronteira sul dos EUA está fechada para imigrantes sem visto há mais de dois anos, sob uma polêmica medida sanitária lançada pelo ex-presidente Donald Trump durante a pandemia.

O chamado Título 42 impede que os solicitantes de asilo se apresentem nos portões de entrada dos EUA, razão pela qual muitos se entregam às autoridades nas brechas dos mais de 3 mil quilômetros de muros e cercas da fronteira.

Após uma batalha jurídica, essa medida deveria ser revogada no dia 20, mas uma decisão da Suprema Corte no dia 19 bloqueou seu levantamento e ela continua em vigor.

As autoridades de Texas, Arizona, Novo México e Califórnia especulavam que a fronteira e o sistema de imigração dos EUA seriam postos à prova com o fim do Título 42, que os especialistas consideram discriminatório.

“Aqui estamos todos na luta, o que queremos é trabalhar, é uma oportunidade”, disse um venezuelano que entrou ilegalmente em El Paso, evitando as autoridades.

Com seu carro e auxiliada por sua mãe, sua filha e seu genro, Falcón acomoda entre quatro e cinco migrantes na sala de sua casa todas as noites, além de oferecer comida e, às vezes, roupas.

“Mesmo que eu não os conheça, sinto que fazem parte da minha família”, diz. Falcón sustenta a todos com seus recursos. Em troca, pede apenas orações. “Eles são a minha bênção”, afirma. /AFP

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