Quem é André Ventura, líder da direita radical que avança em Portugal e crítico de Lula


Com discurso contra o sistema, Chega! deve se consolidar como a terceira maior força política de Portugal, apontam as pesquisas

Por Redação
Atualização:

LISBOA - André Ventura quer transformar Lisboa em novo centro para a direita na Europa e no mundo. Ele concorre ao cargo de primeiro-ministro pelo partido que criou e lidera, o Chega!, nas eleições legislativas deste domingo, 10, e disse que, se eleito, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não poderá entrar em Portugal.

“Eu garanto que se eu for primeiro-ministro, o senhor Lula da Silva ficará no aeroporto e, se insistir, vai para uma cadeia”, disparou Ventura esta semana. “Ficar preso não será uma grande novidade para Lula”, disse em referência às condenações da Lava Jato, depois anuladas.

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O líder da direita radical tem crescido na política portuguesa com um discurso contra o sistema, contra a corrupção e contra a imigração - um dos temas centrais do seu programa de governo, bem como com o corte de subsídios para associações que promovem a igualdade de gênero. O documento foi intitulado “Limpar Portugal”.

Ventura, de 41 anos, se formou em direito, mas ficou conhecido como comentarista esportivo de uma canal sensacionalista da TV portuguesa. Ele começou na política pelo Partido Social Democrata (PSD) e foi eleito vereador de Loures, na região metropolitana de Lisboa. Se dizendo “traído, apunhalado pelas costas e enganado”, abandonou o partido (e o mandato) para criar o Chega!, há cinco anos.

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No mesmo ano, foi eleito para o Parlamento de Portugal com 1,3% dos votos. Em 2022, a votação do Chega! saltou para 7%, atrás apenas do Partido Socialista (41%) e dos sociais democratas (27%).

A votação deste domingo foi antecipada com a queda do primeiro-ministro António Costa. O veterano da esquerda portuguesa renunciou depois que uma investigação por corrupção e tráfico de influência atingiu pessoas próximas a ele. Costa não foi apontado como suspeito, mas decidiu entregar o cargo mesmo assim.

E as pesquisas apontam que o Chega! deve ter 16% dos votos e, com isso, pode passar de 12 para mais de 30 deputados.

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Portugal's far-right Chega party leader Andre Ventura gestures during a rally on the final day of campaigning ahead of Portugal's general election on Sunday, in Lisbon, Portugal, March 8, 2024. REUTERS/Violeta Santos Moura Foto: REUTERS / REUTERS

Para ampliar sua base de eleitores, André Ventura voltou atrás em algumas ideias. Hoje, se diz a favor de mais investimentos em Saúde e Educação, mas já sugeriu acabar com os ministérios e defendeu papel mínimo do Estado como prestador de serviços. Ele também promete que, se eleito, vai aumentar as pensões dos portugueses.

Apesar dos sinais de moderação, Ventura prece seguir a cartilha de Donald Trump nos EUA e de Jair Bolsonaro no Brasil, ao lançar dúvidas sobre as eleições. Há uma semana, ele disse que estaria em uma curso uma tentativa de “desvirtuar” o resultado, anulando votos do Chega!.

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Os sociais democratas lideram a disputa, contudo, as pesquisas indicam que a margem não será suficiente para formar o governo. Mesmo assim, o líder do PSD, Luís Montenegro, negou que poderia se aliar com Ventura, a quem chamou de “xenófobo, racista e demagógico”.

Crítica a Lula e relação com Bolsonaro

Antes da ameaça de prisão, Ventura já chamou Lula de “bandido” e “ladrão”, entre outras duras críticas às posições do petista em política externa.

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Em 2022, o deputado expressou publicamente o seu apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que terminou derrotado pelo petista na tentativa de reeleição. “Aqui em Portugal, nós não temos dúvidas: Jair Bolsonaro é o presidente que os brasileiros precisam, é a escolha certa”, disse.

Depois da eleição, o Chega! realizou protestos dentro e fora do Parlamento contra Lula, que visitou Portugal em abril. “Lugar de ladrão é na prisão”, dizia a convocação para o ato, compartilhada na época pelo deputado Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente.

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No mês seguinte, Ventura receberia o próprio Jair Bolsonaro em Lisboa na “Cúpula da Direita Mundial” - o que não aconteceu. Com o avanço das investigações da Polícia Federal, que miravam em fraudes no cartão de vacina do ex-presidente, Ventura cancelou o encontrou e denunciou o que chamou de “perseguição” contra conservadores.

Bolsonaro retribuiu com um vídeo gravado em janeiro, defendendo o nome de André Ventura o governo de Portugal. “É a direita, é o conservadorismo, as pessoas de bem que estão cada vez mais presentes neste momento”, disse Bolsonaro em mensagem de apoio, compartilhada pelo português nas redes sociais.

LISBOA - André Ventura quer transformar Lisboa em novo centro para a direita na Europa e no mundo. Ele concorre ao cargo de primeiro-ministro pelo partido que criou e lidera, o Chega!, nas eleições legislativas deste domingo, 10, e disse que, se eleito, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não poderá entrar em Portugal.

“Eu garanto que se eu for primeiro-ministro, o senhor Lula da Silva ficará no aeroporto e, se insistir, vai para uma cadeia”, disparou Ventura esta semana. “Ficar preso não será uma grande novidade para Lula”, disse em referência às condenações da Lava Jato, depois anuladas.

O líder da direita radical tem crescido na política portuguesa com um discurso contra o sistema, contra a corrupção e contra a imigração - um dos temas centrais do seu programa de governo, bem como com o corte de subsídios para associações que promovem a igualdade de gênero. O documento foi intitulado “Limpar Portugal”.

Ventura, de 41 anos, se formou em direito, mas ficou conhecido como comentarista esportivo de uma canal sensacionalista da TV portuguesa. Ele começou na política pelo Partido Social Democrata (PSD) e foi eleito vereador de Loures, na região metropolitana de Lisboa. Se dizendo “traído, apunhalado pelas costas e enganado”, abandonou o partido (e o mandato) para criar o Chega!, há cinco anos.

No mesmo ano, foi eleito para o Parlamento de Portugal com 1,3% dos votos. Em 2022, a votação do Chega! saltou para 7%, atrás apenas do Partido Socialista (41%) e dos sociais democratas (27%).

A votação deste domingo foi antecipada com a queda do primeiro-ministro António Costa. O veterano da esquerda portuguesa renunciou depois que uma investigação por corrupção e tráfico de influência atingiu pessoas próximas a ele. Costa não foi apontado como suspeito, mas decidiu entregar o cargo mesmo assim.

E as pesquisas apontam que o Chega! deve ter 16% dos votos e, com isso, pode passar de 12 para mais de 30 deputados.

Portugal's far-right Chega party leader Andre Ventura gestures during a rally on the final day of campaigning ahead of Portugal's general election on Sunday, in Lisbon, Portugal, March 8, 2024. REUTERS/Violeta Santos Moura Foto: REUTERS / REUTERS

Para ampliar sua base de eleitores, André Ventura voltou atrás em algumas ideias. Hoje, se diz a favor de mais investimentos em Saúde e Educação, mas já sugeriu acabar com os ministérios e defendeu papel mínimo do Estado como prestador de serviços. Ele também promete que, se eleito, vai aumentar as pensões dos portugueses.

Apesar dos sinais de moderação, Ventura prece seguir a cartilha de Donald Trump nos EUA e de Jair Bolsonaro no Brasil, ao lançar dúvidas sobre as eleições. Há uma semana, ele disse que estaria em uma curso uma tentativa de “desvirtuar” o resultado, anulando votos do Chega!.

Os sociais democratas lideram a disputa, contudo, as pesquisas indicam que a margem não será suficiente para formar o governo. Mesmo assim, o líder do PSD, Luís Montenegro, negou que poderia se aliar com Ventura, a quem chamou de “xenófobo, racista e demagógico”.

Crítica a Lula e relação com Bolsonaro

Antes da ameaça de prisão, Ventura já chamou Lula de “bandido” e “ladrão”, entre outras duras críticas às posições do petista em política externa.

Em 2022, o deputado expressou publicamente o seu apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que terminou derrotado pelo petista na tentativa de reeleição. “Aqui em Portugal, nós não temos dúvidas: Jair Bolsonaro é o presidente que os brasileiros precisam, é a escolha certa”, disse.

Depois da eleição, o Chega! realizou protestos dentro e fora do Parlamento contra Lula, que visitou Portugal em abril. “Lugar de ladrão é na prisão”, dizia a convocação para o ato, compartilhada na época pelo deputado Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente.

No mês seguinte, Ventura receberia o próprio Jair Bolsonaro em Lisboa na “Cúpula da Direita Mundial” - o que não aconteceu. Com o avanço das investigações da Polícia Federal, que miravam em fraudes no cartão de vacina do ex-presidente, Ventura cancelou o encontrou e denunciou o que chamou de “perseguição” contra conservadores.

Bolsonaro retribuiu com um vídeo gravado em janeiro, defendendo o nome de André Ventura o governo de Portugal. “É a direita, é o conservadorismo, as pessoas de bem que estão cada vez mais presentes neste momento”, disse Bolsonaro em mensagem de apoio, compartilhada pelo português nas redes sociais.

LISBOA - André Ventura quer transformar Lisboa em novo centro para a direita na Europa e no mundo. Ele concorre ao cargo de primeiro-ministro pelo partido que criou e lidera, o Chega!, nas eleições legislativas deste domingo, 10, e disse que, se eleito, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não poderá entrar em Portugal.

“Eu garanto que se eu for primeiro-ministro, o senhor Lula da Silva ficará no aeroporto e, se insistir, vai para uma cadeia”, disparou Ventura esta semana. “Ficar preso não será uma grande novidade para Lula”, disse em referência às condenações da Lava Jato, depois anuladas.

O líder da direita radical tem crescido na política portuguesa com um discurso contra o sistema, contra a corrupção e contra a imigração - um dos temas centrais do seu programa de governo, bem como com o corte de subsídios para associações que promovem a igualdade de gênero. O documento foi intitulado “Limpar Portugal”.

Ventura, de 41 anos, se formou em direito, mas ficou conhecido como comentarista esportivo de uma canal sensacionalista da TV portuguesa. Ele começou na política pelo Partido Social Democrata (PSD) e foi eleito vereador de Loures, na região metropolitana de Lisboa. Se dizendo “traído, apunhalado pelas costas e enganado”, abandonou o partido (e o mandato) para criar o Chega!, há cinco anos.

No mesmo ano, foi eleito para o Parlamento de Portugal com 1,3% dos votos. Em 2022, a votação do Chega! saltou para 7%, atrás apenas do Partido Socialista (41%) e dos sociais democratas (27%).

A votação deste domingo foi antecipada com a queda do primeiro-ministro António Costa. O veterano da esquerda portuguesa renunciou depois que uma investigação por corrupção e tráfico de influência atingiu pessoas próximas a ele. Costa não foi apontado como suspeito, mas decidiu entregar o cargo mesmo assim.

E as pesquisas apontam que o Chega! deve ter 16% dos votos e, com isso, pode passar de 12 para mais de 30 deputados.

Portugal's far-right Chega party leader Andre Ventura gestures during a rally on the final day of campaigning ahead of Portugal's general election on Sunday, in Lisbon, Portugal, March 8, 2024. REUTERS/Violeta Santos Moura Foto: REUTERS / REUTERS

Para ampliar sua base de eleitores, André Ventura voltou atrás em algumas ideias. Hoje, se diz a favor de mais investimentos em Saúde e Educação, mas já sugeriu acabar com os ministérios e defendeu papel mínimo do Estado como prestador de serviços. Ele também promete que, se eleito, vai aumentar as pensões dos portugueses.

Apesar dos sinais de moderação, Ventura prece seguir a cartilha de Donald Trump nos EUA e de Jair Bolsonaro no Brasil, ao lançar dúvidas sobre as eleições. Há uma semana, ele disse que estaria em uma curso uma tentativa de “desvirtuar” o resultado, anulando votos do Chega!.

Os sociais democratas lideram a disputa, contudo, as pesquisas indicam que a margem não será suficiente para formar o governo. Mesmo assim, o líder do PSD, Luís Montenegro, negou que poderia se aliar com Ventura, a quem chamou de “xenófobo, racista e demagógico”.

Crítica a Lula e relação com Bolsonaro

Antes da ameaça de prisão, Ventura já chamou Lula de “bandido” e “ladrão”, entre outras duras críticas às posições do petista em política externa.

Em 2022, o deputado expressou publicamente o seu apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que terminou derrotado pelo petista na tentativa de reeleição. “Aqui em Portugal, nós não temos dúvidas: Jair Bolsonaro é o presidente que os brasileiros precisam, é a escolha certa”, disse.

Depois da eleição, o Chega! realizou protestos dentro e fora do Parlamento contra Lula, que visitou Portugal em abril. “Lugar de ladrão é na prisão”, dizia a convocação para o ato, compartilhada na época pelo deputado Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente.

No mês seguinte, Ventura receberia o próprio Jair Bolsonaro em Lisboa na “Cúpula da Direita Mundial” - o que não aconteceu. Com o avanço das investigações da Polícia Federal, que miravam em fraudes no cartão de vacina do ex-presidente, Ventura cancelou o encontrou e denunciou o que chamou de “perseguição” contra conservadores.

Bolsonaro retribuiu com um vídeo gravado em janeiro, defendendo o nome de André Ventura o governo de Portugal. “É a direita, é o conservadorismo, as pessoas de bem que estão cada vez mais presentes neste momento”, disse Bolsonaro em mensagem de apoio, compartilhada pelo português nas redes sociais.

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