Quem é Mohammed Deif, arquiteto do atentado de 7 de outubro que foi morto por Israel


Comandante de braço armado dos terroristas está no topo da lista dos mais procurados por Israel há 20 anos

Por Redação
Atualização:

As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram nesta quinta-feira, 1, a morte de Mohammed Deif, comandante do grupo terrorista Hamas que estava no topo da lista de homens procurados por Israel há décadas. Entre os seguidores do Hamas, ele era celebrado como o homem que defendia a Faixa de Gaza, e é considerado o arquiteto dos atentados perpetrados pelo Hamas no dia 7 de outubro do ano passado, quando terroristas do grupo invadiram o sul de Israel, mataram 1,2 mil pessoas e sequestraram 250.

Deif foi morto por um bombardeio israelense na cidade de Khan Yunis, em julho. Desde então, Tel-Aviv ainda não tinha confirmado a morte do líder terrorista. O Hamas também não confirma a morte de Deif, mas segundo o ministério da Saúde de Gaza, 90 pessoas morreram no bombardeio em julho que tinha o líder palestino como alvo.

O líder do braço armado do Hamas havia conseguido escapar de todas as tentativas de captura e morte. Solto, escondido entre as vielas e túneis da Faixa de Gaza, planejou o ataque sem precedentes. É atribuída a ele a voz que anunciou: “à luz dos crimes contínuos contra o nosso povo, à luz da orgia da ocupação e da sua negação das leis e resoluções internacionais e à luz do apoio americano e ocidental, decidimos colocar um fim a tudo isto”.

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Essa foi a senha para o ataque em larga escala, por ar, terra e mar. Milhares de foguetes desafiavam o sistema de defesa israelenses enquanto os terroristas aterrorizavam os moradores do sul, perto da fronteira com Gaza.

Civis palestinos retiram um corpo dos escombros em Khan Yunis, após um bombardeio israelense  Foto: Jehad Alshrafi/AP

Tática

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Centenas de pessoas morreram, outras foram levadas como reféns — parte da tática de Mohammed Deif. O Hamas conseguiu trocar, em 2011, mais de mil presos palestinos por apenas um soldado israelense. Agora, usa as pessoas sequestradas para ameaçar o outro lado: cada ataque custará uma vida, avisou o Hamas enquanto Israel prepara sua contraofensiva.

A complexidade da invasão é o resultado das estratégias testadas e aplicadas por Mohammed Deif ao longo das últimas décadas, com a construção de uma rede de túneis na Faixa de Gaza e o lançamento em série de foguetes, que testou os limites do Domo de Ferro, o poderoso sistema de defesa aéreo israelense.

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Embora as técnicas sejam conhecidas há muito tempo pela inteligência israelense, o comandante da Brigadas al-Qassam, braço armado do Hamas, era uma figura cercada de mistérios. Há quem diga que ele usa uma carreira de rodas depois de ser atingido nas batalhas, que também teriam lhe custado um olho e parte de um braço. Mohammed Deif não é sequer o seu nome verdadeiro.

Ao que tudo indica, Mohammed al-Masri nasceu em 1965 no sul de Gaza e foi durante a adolescência que ele teve o primeiro contato coma Irmandade Muçulmana — origem do Hamas. Na década de 1990, chegou a ser detido, e foi depois de solto que ajudou a fundar a Brigada al-Qassam. Com a morte do seu mentor Yahya Ayash, em 1996, ele orquestrou uma vingança com ataques em série de homens-bomba.

Mohammed Deif, líder do braço armado do Hamas é homem mais procurado por Israel. Foto: REUTERS
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A partir de então, ascendeu na hierarquia da organização, com participação no desenvolvimento das armas usadas pelo Hamas até que, em 2002, foi apontado como líder da Brigada al-Qassam. Mais visado pelos exército israelense, passou a se esconder para evitar a caçada. Dizem que é daí que vem o apelido Deif (”hóspede” em árabe), uma referência à prática dos terroristas, que a cada noite dormem na casa de um simpatizante diferente, sem endereço fixo, para driblar a inteligência israelense.

Esse ar de mistério contribuiu também para que ele projetasse uma imagem heroica entre os seguidores do Hamas, como um defensor da Faixa de Gaza.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciam a morte de Mohammed Deif  Foto: Forças de Defesa de Israel / AP
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Até julho deste ano, Deif havia conseguido escapar da inteligencia israelense. Segundo Tel-Aviv, a morte dos líderes do grupo terrorista Hamas é uma prioridade./Com W. Post

As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram nesta quinta-feira, 1, a morte de Mohammed Deif, comandante do grupo terrorista Hamas que estava no topo da lista de homens procurados por Israel há décadas. Entre os seguidores do Hamas, ele era celebrado como o homem que defendia a Faixa de Gaza, e é considerado o arquiteto dos atentados perpetrados pelo Hamas no dia 7 de outubro do ano passado, quando terroristas do grupo invadiram o sul de Israel, mataram 1,2 mil pessoas e sequestraram 250.

Deif foi morto por um bombardeio israelense na cidade de Khan Yunis, em julho. Desde então, Tel-Aviv ainda não tinha confirmado a morte do líder terrorista. O Hamas também não confirma a morte de Deif, mas segundo o ministério da Saúde de Gaza, 90 pessoas morreram no bombardeio em julho que tinha o líder palestino como alvo.

O líder do braço armado do Hamas havia conseguido escapar de todas as tentativas de captura e morte. Solto, escondido entre as vielas e túneis da Faixa de Gaza, planejou o ataque sem precedentes. É atribuída a ele a voz que anunciou: “à luz dos crimes contínuos contra o nosso povo, à luz da orgia da ocupação e da sua negação das leis e resoluções internacionais e à luz do apoio americano e ocidental, decidimos colocar um fim a tudo isto”.

Essa foi a senha para o ataque em larga escala, por ar, terra e mar. Milhares de foguetes desafiavam o sistema de defesa israelenses enquanto os terroristas aterrorizavam os moradores do sul, perto da fronteira com Gaza.

Civis palestinos retiram um corpo dos escombros em Khan Yunis, após um bombardeio israelense  Foto: Jehad Alshrafi/AP

Tática

Centenas de pessoas morreram, outras foram levadas como reféns — parte da tática de Mohammed Deif. O Hamas conseguiu trocar, em 2011, mais de mil presos palestinos por apenas um soldado israelense. Agora, usa as pessoas sequestradas para ameaçar o outro lado: cada ataque custará uma vida, avisou o Hamas enquanto Israel prepara sua contraofensiva.

A complexidade da invasão é o resultado das estratégias testadas e aplicadas por Mohammed Deif ao longo das últimas décadas, com a construção de uma rede de túneis na Faixa de Gaza e o lançamento em série de foguetes, que testou os limites do Domo de Ferro, o poderoso sistema de defesa aéreo israelense.

Embora as técnicas sejam conhecidas há muito tempo pela inteligência israelense, o comandante da Brigadas al-Qassam, braço armado do Hamas, era uma figura cercada de mistérios. Há quem diga que ele usa uma carreira de rodas depois de ser atingido nas batalhas, que também teriam lhe custado um olho e parte de um braço. Mohammed Deif não é sequer o seu nome verdadeiro.

Ao que tudo indica, Mohammed al-Masri nasceu em 1965 no sul de Gaza e foi durante a adolescência que ele teve o primeiro contato coma Irmandade Muçulmana — origem do Hamas. Na década de 1990, chegou a ser detido, e foi depois de solto que ajudou a fundar a Brigada al-Qassam. Com a morte do seu mentor Yahya Ayash, em 1996, ele orquestrou uma vingança com ataques em série de homens-bomba.

Mohammed Deif, líder do braço armado do Hamas é homem mais procurado por Israel. Foto: REUTERS

A partir de então, ascendeu na hierarquia da organização, com participação no desenvolvimento das armas usadas pelo Hamas até que, em 2002, foi apontado como líder da Brigada al-Qassam. Mais visado pelos exército israelense, passou a se esconder para evitar a caçada. Dizem que é daí que vem o apelido Deif (”hóspede” em árabe), uma referência à prática dos terroristas, que a cada noite dormem na casa de um simpatizante diferente, sem endereço fixo, para driblar a inteligência israelense.

Esse ar de mistério contribuiu também para que ele projetasse uma imagem heroica entre os seguidores do Hamas, como um defensor da Faixa de Gaza.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciam a morte de Mohammed Deif  Foto: Forças de Defesa de Israel / AP

Até julho deste ano, Deif havia conseguido escapar da inteligencia israelense. Segundo Tel-Aviv, a morte dos líderes do grupo terrorista Hamas é uma prioridade./Com W. Post

As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram nesta quinta-feira, 1, a morte de Mohammed Deif, comandante do grupo terrorista Hamas que estava no topo da lista de homens procurados por Israel há décadas. Entre os seguidores do Hamas, ele era celebrado como o homem que defendia a Faixa de Gaza, e é considerado o arquiteto dos atentados perpetrados pelo Hamas no dia 7 de outubro do ano passado, quando terroristas do grupo invadiram o sul de Israel, mataram 1,2 mil pessoas e sequestraram 250.

Deif foi morto por um bombardeio israelense na cidade de Khan Yunis, em julho. Desde então, Tel-Aviv ainda não tinha confirmado a morte do líder terrorista. O Hamas também não confirma a morte de Deif, mas segundo o ministério da Saúde de Gaza, 90 pessoas morreram no bombardeio em julho que tinha o líder palestino como alvo.

O líder do braço armado do Hamas havia conseguido escapar de todas as tentativas de captura e morte. Solto, escondido entre as vielas e túneis da Faixa de Gaza, planejou o ataque sem precedentes. É atribuída a ele a voz que anunciou: “à luz dos crimes contínuos contra o nosso povo, à luz da orgia da ocupação e da sua negação das leis e resoluções internacionais e à luz do apoio americano e ocidental, decidimos colocar um fim a tudo isto”.

Essa foi a senha para o ataque em larga escala, por ar, terra e mar. Milhares de foguetes desafiavam o sistema de defesa israelenses enquanto os terroristas aterrorizavam os moradores do sul, perto da fronteira com Gaza.

Civis palestinos retiram um corpo dos escombros em Khan Yunis, após um bombardeio israelense  Foto: Jehad Alshrafi/AP

Tática

Centenas de pessoas morreram, outras foram levadas como reféns — parte da tática de Mohammed Deif. O Hamas conseguiu trocar, em 2011, mais de mil presos palestinos por apenas um soldado israelense. Agora, usa as pessoas sequestradas para ameaçar o outro lado: cada ataque custará uma vida, avisou o Hamas enquanto Israel prepara sua contraofensiva.

A complexidade da invasão é o resultado das estratégias testadas e aplicadas por Mohammed Deif ao longo das últimas décadas, com a construção de uma rede de túneis na Faixa de Gaza e o lançamento em série de foguetes, que testou os limites do Domo de Ferro, o poderoso sistema de defesa aéreo israelense.

Embora as técnicas sejam conhecidas há muito tempo pela inteligência israelense, o comandante da Brigadas al-Qassam, braço armado do Hamas, era uma figura cercada de mistérios. Há quem diga que ele usa uma carreira de rodas depois de ser atingido nas batalhas, que também teriam lhe custado um olho e parte de um braço. Mohammed Deif não é sequer o seu nome verdadeiro.

Ao que tudo indica, Mohammed al-Masri nasceu em 1965 no sul de Gaza e foi durante a adolescência que ele teve o primeiro contato coma Irmandade Muçulmana — origem do Hamas. Na década de 1990, chegou a ser detido, e foi depois de solto que ajudou a fundar a Brigada al-Qassam. Com a morte do seu mentor Yahya Ayash, em 1996, ele orquestrou uma vingança com ataques em série de homens-bomba.

Mohammed Deif, líder do braço armado do Hamas é homem mais procurado por Israel. Foto: REUTERS

A partir de então, ascendeu na hierarquia da organização, com participação no desenvolvimento das armas usadas pelo Hamas até que, em 2002, foi apontado como líder da Brigada al-Qassam. Mais visado pelos exército israelense, passou a se esconder para evitar a caçada. Dizem que é daí que vem o apelido Deif (”hóspede” em árabe), uma referência à prática dos terroristas, que a cada noite dormem na casa de um simpatizante diferente, sem endereço fixo, para driblar a inteligência israelense.

Esse ar de mistério contribuiu também para que ele projetasse uma imagem heroica entre os seguidores do Hamas, como um defensor da Faixa de Gaza.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciam a morte de Mohammed Deif  Foto: Forças de Defesa de Israel / AP

Até julho deste ano, Deif havia conseguido escapar da inteligencia israelense. Segundo Tel-Aviv, a morte dos líderes do grupo terrorista Hamas é uma prioridade./Com W. Post

As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram nesta quinta-feira, 1, a morte de Mohammed Deif, comandante do grupo terrorista Hamas que estava no topo da lista de homens procurados por Israel há décadas. Entre os seguidores do Hamas, ele era celebrado como o homem que defendia a Faixa de Gaza, e é considerado o arquiteto dos atentados perpetrados pelo Hamas no dia 7 de outubro do ano passado, quando terroristas do grupo invadiram o sul de Israel, mataram 1,2 mil pessoas e sequestraram 250.

Deif foi morto por um bombardeio israelense na cidade de Khan Yunis, em julho. Desde então, Tel-Aviv ainda não tinha confirmado a morte do líder terrorista. O Hamas também não confirma a morte de Deif, mas segundo o ministério da Saúde de Gaza, 90 pessoas morreram no bombardeio em julho que tinha o líder palestino como alvo.

O líder do braço armado do Hamas havia conseguido escapar de todas as tentativas de captura e morte. Solto, escondido entre as vielas e túneis da Faixa de Gaza, planejou o ataque sem precedentes. É atribuída a ele a voz que anunciou: “à luz dos crimes contínuos contra o nosso povo, à luz da orgia da ocupação e da sua negação das leis e resoluções internacionais e à luz do apoio americano e ocidental, decidimos colocar um fim a tudo isto”.

Essa foi a senha para o ataque em larga escala, por ar, terra e mar. Milhares de foguetes desafiavam o sistema de defesa israelenses enquanto os terroristas aterrorizavam os moradores do sul, perto da fronteira com Gaza.

Civis palestinos retiram um corpo dos escombros em Khan Yunis, após um bombardeio israelense  Foto: Jehad Alshrafi/AP

Tática

Centenas de pessoas morreram, outras foram levadas como reféns — parte da tática de Mohammed Deif. O Hamas conseguiu trocar, em 2011, mais de mil presos palestinos por apenas um soldado israelense. Agora, usa as pessoas sequestradas para ameaçar o outro lado: cada ataque custará uma vida, avisou o Hamas enquanto Israel prepara sua contraofensiva.

A complexidade da invasão é o resultado das estratégias testadas e aplicadas por Mohammed Deif ao longo das últimas décadas, com a construção de uma rede de túneis na Faixa de Gaza e o lançamento em série de foguetes, que testou os limites do Domo de Ferro, o poderoso sistema de defesa aéreo israelense.

Embora as técnicas sejam conhecidas há muito tempo pela inteligência israelense, o comandante da Brigadas al-Qassam, braço armado do Hamas, era uma figura cercada de mistérios. Há quem diga que ele usa uma carreira de rodas depois de ser atingido nas batalhas, que também teriam lhe custado um olho e parte de um braço. Mohammed Deif não é sequer o seu nome verdadeiro.

Ao que tudo indica, Mohammed al-Masri nasceu em 1965 no sul de Gaza e foi durante a adolescência que ele teve o primeiro contato coma Irmandade Muçulmana — origem do Hamas. Na década de 1990, chegou a ser detido, e foi depois de solto que ajudou a fundar a Brigada al-Qassam. Com a morte do seu mentor Yahya Ayash, em 1996, ele orquestrou uma vingança com ataques em série de homens-bomba.

Mohammed Deif, líder do braço armado do Hamas é homem mais procurado por Israel. Foto: REUTERS

A partir de então, ascendeu na hierarquia da organização, com participação no desenvolvimento das armas usadas pelo Hamas até que, em 2002, foi apontado como líder da Brigada al-Qassam. Mais visado pelos exército israelense, passou a se esconder para evitar a caçada. Dizem que é daí que vem o apelido Deif (”hóspede” em árabe), uma referência à prática dos terroristas, que a cada noite dormem na casa de um simpatizante diferente, sem endereço fixo, para driblar a inteligência israelense.

Esse ar de mistério contribuiu também para que ele projetasse uma imagem heroica entre os seguidores do Hamas, como um defensor da Faixa de Gaza.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciam a morte de Mohammed Deif  Foto: Forças de Defesa de Israel / AP

Até julho deste ano, Deif havia conseguido escapar da inteligencia israelense. Segundo Tel-Aviv, a morte dos líderes do grupo terrorista Hamas é uma prioridade./Com W. Post

As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram nesta quinta-feira, 1, a morte de Mohammed Deif, comandante do grupo terrorista Hamas que estava no topo da lista de homens procurados por Israel há décadas. Entre os seguidores do Hamas, ele era celebrado como o homem que defendia a Faixa de Gaza, e é considerado o arquiteto dos atentados perpetrados pelo Hamas no dia 7 de outubro do ano passado, quando terroristas do grupo invadiram o sul de Israel, mataram 1,2 mil pessoas e sequestraram 250.

Deif foi morto por um bombardeio israelense na cidade de Khan Yunis, em julho. Desde então, Tel-Aviv ainda não tinha confirmado a morte do líder terrorista. O Hamas também não confirma a morte de Deif, mas segundo o ministério da Saúde de Gaza, 90 pessoas morreram no bombardeio em julho que tinha o líder palestino como alvo.

O líder do braço armado do Hamas havia conseguido escapar de todas as tentativas de captura e morte. Solto, escondido entre as vielas e túneis da Faixa de Gaza, planejou o ataque sem precedentes. É atribuída a ele a voz que anunciou: “à luz dos crimes contínuos contra o nosso povo, à luz da orgia da ocupação e da sua negação das leis e resoluções internacionais e à luz do apoio americano e ocidental, decidimos colocar um fim a tudo isto”.

Essa foi a senha para o ataque em larga escala, por ar, terra e mar. Milhares de foguetes desafiavam o sistema de defesa israelenses enquanto os terroristas aterrorizavam os moradores do sul, perto da fronteira com Gaza.

Civis palestinos retiram um corpo dos escombros em Khan Yunis, após um bombardeio israelense  Foto: Jehad Alshrafi/AP

Tática

Centenas de pessoas morreram, outras foram levadas como reféns — parte da tática de Mohammed Deif. O Hamas conseguiu trocar, em 2011, mais de mil presos palestinos por apenas um soldado israelense. Agora, usa as pessoas sequestradas para ameaçar o outro lado: cada ataque custará uma vida, avisou o Hamas enquanto Israel prepara sua contraofensiva.

A complexidade da invasão é o resultado das estratégias testadas e aplicadas por Mohammed Deif ao longo das últimas décadas, com a construção de uma rede de túneis na Faixa de Gaza e o lançamento em série de foguetes, que testou os limites do Domo de Ferro, o poderoso sistema de defesa aéreo israelense.

Embora as técnicas sejam conhecidas há muito tempo pela inteligência israelense, o comandante da Brigadas al-Qassam, braço armado do Hamas, era uma figura cercada de mistérios. Há quem diga que ele usa uma carreira de rodas depois de ser atingido nas batalhas, que também teriam lhe custado um olho e parte de um braço. Mohammed Deif não é sequer o seu nome verdadeiro.

Ao que tudo indica, Mohammed al-Masri nasceu em 1965 no sul de Gaza e foi durante a adolescência que ele teve o primeiro contato coma Irmandade Muçulmana — origem do Hamas. Na década de 1990, chegou a ser detido, e foi depois de solto que ajudou a fundar a Brigada al-Qassam. Com a morte do seu mentor Yahya Ayash, em 1996, ele orquestrou uma vingança com ataques em série de homens-bomba.

Mohammed Deif, líder do braço armado do Hamas é homem mais procurado por Israel. Foto: REUTERS

A partir de então, ascendeu na hierarquia da organização, com participação no desenvolvimento das armas usadas pelo Hamas até que, em 2002, foi apontado como líder da Brigada al-Qassam. Mais visado pelos exército israelense, passou a se esconder para evitar a caçada. Dizem que é daí que vem o apelido Deif (”hóspede” em árabe), uma referência à prática dos terroristas, que a cada noite dormem na casa de um simpatizante diferente, sem endereço fixo, para driblar a inteligência israelense.

Esse ar de mistério contribuiu também para que ele projetasse uma imagem heroica entre os seguidores do Hamas, como um defensor da Faixa de Gaza.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciam a morte de Mohammed Deif  Foto: Forças de Defesa de Israel / AP

Até julho deste ano, Deif havia conseguido escapar da inteligencia israelense. Segundo Tel-Aviv, a morte dos líderes do grupo terrorista Hamas é uma prioridade./Com W. Post

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