Quem é Nikki Haley, candidata republicana que luta para rivalizar com Donald Trump nas primárias


Ex-embaixadora dos EUA na ONU, líder conservadora cresce nas pesquisas e está perto de superar Ron DeSantis nas primárias republicanas; Nikki é vista como ‘azarona’

Por Luiz Henrique Gomes
Atualização:

Quando o assunto foi a candidatura do Partido Republicano para as eleições presidenciais dos Estados Unidos, o nome Nikki Haley não foi tão frequente no ano passado quanto Ron DeSantis ou Donald Trump. Em meados de novembro, no entanto, isso começou a mudar. Nikki Haley, ex-embaixadora americana na ONU e ex-governadora da Carolina do Sul, começou a crescer nas pesquisas republicanas e a ter chances reais de rivalizar com Trump na escolha do partido.

As chances ficaram evidentes em dezembro, quando um anúncio de televisão pago por aliados do ex-presidente e candidato mais provável dos republicanos acusou Nikki de ter alterado o imposto sobre gás estadual quando era governadora. No mesmo mês, a candidata foi o foco dos ataques dos pré-candidatos republicanos em um debate das primárias.

Nacionalmente, Nikki aparece em terceiro lugar na disputa republicana, atrás de DeSantis, governador da Flórida que parecia no ano passado o nome mais forte para superar Trump. Mas, diferente de seis meses atrás, ela agora supera o republicano em alguns Estados, como New Hampshire e Carolina do Sul.

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Imagem mostra candidata republicana Nikki Haley durante evento em Iowa, no dia 17 de novembro. Estado vai ser o primeiro desafio da conservadora nas primárias do partido para as eleições deste ano Foto: Charlie Neibergall / AP

O crescimento parece não surpreendê-la. Pelo contrário. Há quase 20 anos, ela superou um republicano de 30 anos em uma vitória que não era esperada pelo partido e em seguida se tornou a primeira mulher a governar o Estado da Carolina do Sul. “Sempre fui a azarona”, disse a republicana de 51 anos em dezembro. “E eu gosto disso.”

A imprensa americana atribui a ascensão nas pesquisas eleitorais ao desempenho dela nos debates republicanos, que convenceram muitos eleitores do partido que não concordam com as ideias de Trump, incluindo nomes de peso em Wall Street, de que ela é o nome mais qualificado a derrotar tanto o ex-presidente quanto o democrata Joe Biden.

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Filha de imigrantes e defensora do ‘American First’

A força política de Nikki Haley se origina no histórico pessoal e político que ela reúne em si.

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Do lado político, ela é ao mesmo tempo uma líder conservadora com experiência em governo executivo e defensora de ideias de Trump. Foi no seu mandato enquanto embaixadora americana na ONU, durante a gestão do republicano, que os Estados Unidos se retiraram do acordo nuclear com o Irã em 2018, em uma das decisões mais importantes da política externa do ex-presidente.

Isso oferece uma vantagem para ela contra seus pares republicanos. Ao contrário de outros candidatos, Nikki tem a habilidade de rivalizar com Trump sem confrontar suas políticas diretamente. “Acredito que Trump foi o presidente certo no momento certo, concordo com muitas de suas políticas”, disse recentemente durante um evento em Iowa.

Outra vantagem é a sua capacidade de abordar questões de gênero e raça de uma maneira mais confiável que seus pares. E é aí que entra a sua história pessoal: Nikki Haley é filha de dois imigrantes indianos que administravam uma loja de roupas na zona rural da Carolina do Sul.

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Para seus apoiadores, o fato de ser filha de dois imigrantes faz Nikki ampliar a influência republicana entre mulheres, suburbanos e independentes, três grupos que se afastaram do partido após a chegada de Donald Trump. “Eu apoio Nikki porque acho que a nação precisa sair da divisão e do medo da extrema esquerda e da direita”, disse o bilionário americano Barry Sternlicht ao New York Times em novembro.

Remoção da bandeira dos confederados na Carolina do Sul

O modo que Nikki age nas questões de gênero e raça ficaram explícitas em 2015, quando ocupava o cargo de governadora na Carolina do Sul. Após assassinatos racistas de nove negros em uma igreja em Charleston, Nikki liderou a remoção da bandeira confederada do Capitólio do Estado, mesmo em desacordo com grande parte dos republicanos. Ao mesmo tempo, a decisão foi seguida por respostas menos enfáticas quando questionada sobre o tema dos confederados.

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Meses depois, por exemplo, ela atribuiu a bandeira a um símbolo de herança do sulistas americanos, e não um símbolo racista. Em dezembro, não mencionou a escravidão ao ser questionada sobre o que causou a Guerra Civil americana.

Mas a despeito das declarações posteriores, a remoção da bandeira dos confederados deu a ela a atenção nacional. Os americanos conheceram então Nikki Haley, que cinco anos antes havia surpreendido o seu Estado ao derrotar o vice-governador, o procurador-geral do Estado e um deputado federal para se tornar a primeira mulher a governar a Carolina do Sul – e a segunda pessoa de ascensão indiana a ganhar um cargo de governo dos EUA.

No ano seguinte, Trump foi eleito e a colocou no cargo de embaixadora dos EUA na ONU.

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Política externa: apoio à Ucrânia e pioneira ao combate anti-Israel nos EUA

Além da saída do acordo nuclear do Irã, Nikki atuou na ONU em conformidade com a política de Donald Trump em grande parte das vezes, exceto em dois temas: o apoio a Otan e à interferência da Rússia nas eleições americanas, a qual ela condenou. É justamente na política externa que talvez esteja a maior diferença política com o ex-presidente. Ela é uma ferrenha defensora da defesa à Ucrânia, enquanto Trump e parte do Partido Republicano defende menos recursos de defesa.

Quando se trata de Israel, seu posicionamento está mais alinhado com o partido. Ela foi a primeira governadora dos EUA a assinar uma legislação para combater o boicote anti-Israel conhecido como “BDS Movement”. E a sua atuação na ONU é descrita como uma das maiores em defesa do Estado judaico. “Nunca houve ninguém que tenha apoiado tanto o Estado de Israel como quando estava nas Nações Unidas”, diz um dos doadores de campanha, Fred Zeidman, a revista Times este mês.

Na mesma revista, o senador de Iowa, Chuck Grassley, classificou Nikki como “uma das melhores embaixadoras que já tivemos na ONU”. E explicou: “Apenas pela única razão de que ela poderia expressar muito claramente as posições dos EUA e muitas vezes declarar indignação”. Para muitos apoiadores, essa atuação na política externa é central para as suas intenções de disputas à presidência, em um momento que crises eclodem em todo o mundo.

Imagem de 2017 mostra então presidente Donald Trump ao lado de Nikki Haley antes de reunião da ONU. Nikki serviu como embaixadora americana na ONU durante a gestão do republicano Foto: Seth Wenig/AP

Relação dúbia com Trump

Em toda a sua trajetória política, Nikki nunca foi muito próxima de Trump, mas quase sempre foi elogiosa ao ex-presidente. Apesar de ter sido indicada para um cargo importante durante o seu mandato, a imprensa americana atribui isso mais à influência do Partido Republicano do que a simpatia do ex-presidente por ela.

Em seu livro de memórias, Nikki elogia o ex-presidente. Durante a campanha, tem evitado críticas diretas. Mas em 2021, quando o Capitólio foi invadido pelos apoiadores de Trump, criticou a postura do republicano e sugeriu que a carreira política dele havia acabado (meses depois, ela recuou e disse que ele ainda tinha um papel a desempenhar no Partido Republicano).

A crítica fez Trump se virar para ela, ao menos pontualmente. Antes dela entrar na campanha, ele havia a chamado de “extremamente ambiciosa”. Quando entrou, em fevereiro do ano passado, ele a chamou de “cérebro de passarinho”.

Se continuar crescendo nas pesquisas, sem dúvidas mais críticas de Trump serão dirigidas a ela. A conservadora sabe disso, e mais: está ciente de que as críticas também são sinais de que a sua campanha surte um efeito positivo entre os republicanos. Ao anúncio televisivo contra ela em dezembro, Nikki respondeu com ironia. “Alguém está ficando nervoso”, escreveu nas redes sociais.

Quando o assunto foi a candidatura do Partido Republicano para as eleições presidenciais dos Estados Unidos, o nome Nikki Haley não foi tão frequente no ano passado quanto Ron DeSantis ou Donald Trump. Em meados de novembro, no entanto, isso começou a mudar. Nikki Haley, ex-embaixadora americana na ONU e ex-governadora da Carolina do Sul, começou a crescer nas pesquisas republicanas e a ter chances reais de rivalizar com Trump na escolha do partido.

As chances ficaram evidentes em dezembro, quando um anúncio de televisão pago por aliados do ex-presidente e candidato mais provável dos republicanos acusou Nikki de ter alterado o imposto sobre gás estadual quando era governadora. No mesmo mês, a candidata foi o foco dos ataques dos pré-candidatos republicanos em um debate das primárias.

Nacionalmente, Nikki aparece em terceiro lugar na disputa republicana, atrás de DeSantis, governador da Flórida que parecia no ano passado o nome mais forte para superar Trump. Mas, diferente de seis meses atrás, ela agora supera o republicano em alguns Estados, como New Hampshire e Carolina do Sul.

Imagem mostra candidata republicana Nikki Haley durante evento em Iowa, no dia 17 de novembro. Estado vai ser o primeiro desafio da conservadora nas primárias do partido para as eleições deste ano Foto: Charlie Neibergall / AP

O crescimento parece não surpreendê-la. Pelo contrário. Há quase 20 anos, ela superou um republicano de 30 anos em uma vitória que não era esperada pelo partido e em seguida se tornou a primeira mulher a governar o Estado da Carolina do Sul. “Sempre fui a azarona”, disse a republicana de 51 anos em dezembro. “E eu gosto disso.”

A imprensa americana atribui a ascensão nas pesquisas eleitorais ao desempenho dela nos debates republicanos, que convenceram muitos eleitores do partido que não concordam com as ideias de Trump, incluindo nomes de peso em Wall Street, de que ela é o nome mais qualificado a derrotar tanto o ex-presidente quanto o democrata Joe Biden.

Filha de imigrantes e defensora do ‘American First’

A força política de Nikki Haley se origina no histórico pessoal e político que ela reúne em si.

Do lado político, ela é ao mesmo tempo uma líder conservadora com experiência em governo executivo e defensora de ideias de Trump. Foi no seu mandato enquanto embaixadora americana na ONU, durante a gestão do republicano, que os Estados Unidos se retiraram do acordo nuclear com o Irã em 2018, em uma das decisões mais importantes da política externa do ex-presidente.

Isso oferece uma vantagem para ela contra seus pares republicanos. Ao contrário de outros candidatos, Nikki tem a habilidade de rivalizar com Trump sem confrontar suas políticas diretamente. “Acredito que Trump foi o presidente certo no momento certo, concordo com muitas de suas políticas”, disse recentemente durante um evento em Iowa.

Outra vantagem é a sua capacidade de abordar questões de gênero e raça de uma maneira mais confiável que seus pares. E é aí que entra a sua história pessoal: Nikki Haley é filha de dois imigrantes indianos que administravam uma loja de roupas na zona rural da Carolina do Sul.

Para seus apoiadores, o fato de ser filha de dois imigrantes faz Nikki ampliar a influência republicana entre mulheres, suburbanos e independentes, três grupos que se afastaram do partido após a chegada de Donald Trump. “Eu apoio Nikki porque acho que a nação precisa sair da divisão e do medo da extrema esquerda e da direita”, disse o bilionário americano Barry Sternlicht ao New York Times em novembro.

Remoção da bandeira dos confederados na Carolina do Sul

O modo que Nikki age nas questões de gênero e raça ficaram explícitas em 2015, quando ocupava o cargo de governadora na Carolina do Sul. Após assassinatos racistas de nove negros em uma igreja em Charleston, Nikki liderou a remoção da bandeira confederada do Capitólio do Estado, mesmo em desacordo com grande parte dos republicanos. Ao mesmo tempo, a decisão foi seguida por respostas menos enfáticas quando questionada sobre o tema dos confederados.

Meses depois, por exemplo, ela atribuiu a bandeira a um símbolo de herança do sulistas americanos, e não um símbolo racista. Em dezembro, não mencionou a escravidão ao ser questionada sobre o que causou a Guerra Civil americana.

Mas a despeito das declarações posteriores, a remoção da bandeira dos confederados deu a ela a atenção nacional. Os americanos conheceram então Nikki Haley, que cinco anos antes havia surpreendido o seu Estado ao derrotar o vice-governador, o procurador-geral do Estado e um deputado federal para se tornar a primeira mulher a governar a Carolina do Sul – e a segunda pessoa de ascensão indiana a ganhar um cargo de governo dos EUA.

No ano seguinte, Trump foi eleito e a colocou no cargo de embaixadora dos EUA na ONU.

Política externa: apoio à Ucrânia e pioneira ao combate anti-Israel nos EUA

Além da saída do acordo nuclear do Irã, Nikki atuou na ONU em conformidade com a política de Donald Trump em grande parte das vezes, exceto em dois temas: o apoio a Otan e à interferência da Rússia nas eleições americanas, a qual ela condenou. É justamente na política externa que talvez esteja a maior diferença política com o ex-presidente. Ela é uma ferrenha defensora da defesa à Ucrânia, enquanto Trump e parte do Partido Republicano defende menos recursos de defesa.

Quando se trata de Israel, seu posicionamento está mais alinhado com o partido. Ela foi a primeira governadora dos EUA a assinar uma legislação para combater o boicote anti-Israel conhecido como “BDS Movement”. E a sua atuação na ONU é descrita como uma das maiores em defesa do Estado judaico. “Nunca houve ninguém que tenha apoiado tanto o Estado de Israel como quando estava nas Nações Unidas”, diz um dos doadores de campanha, Fred Zeidman, a revista Times este mês.

Na mesma revista, o senador de Iowa, Chuck Grassley, classificou Nikki como “uma das melhores embaixadoras que já tivemos na ONU”. E explicou: “Apenas pela única razão de que ela poderia expressar muito claramente as posições dos EUA e muitas vezes declarar indignação”. Para muitos apoiadores, essa atuação na política externa é central para as suas intenções de disputas à presidência, em um momento que crises eclodem em todo o mundo.

Imagem de 2017 mostra então presidente Donald Trump ao lado de Nikki Haley antes de reunião da ONU. Nikki serviu como embaixadora americana na ONU durante a gestão do republicano Foto: Seth Wenig/AP

Relação dúbia com Trump

Em toda a sua trajetória política, Nikki nunca foi muito próxima de Trump, mas quase sempre foi elogiosa ao ex-presidente. Apesar de ter sido indicada para um cargo importante durante o seu mandato, a imprensa americana atribui isso mais à influência do Partido Republicano do que a simpatia do ex-presidente por ela.

Em seu livro de memórias, Nikki elogia o ex-presidente. Durante a campanha, tem evitado críticas diretas. Mas em 2021, quando o Capitólio foi invadido pelos apoiadores de Trump, criticou a postura do republicano e sugeriu que a carreira política dele havia acabado (meses depois, ela recuou e disse que ele ainda tinha um papel a desempenhar no Partido Republicano).

A crítica fez Trump se virar para ela, ao menos pontualmente. Antes dela entrar na campanha, ele havia a chamado de “extremamente ambiciosa”. Quando entrou, em fevereiro do ano passado, ele a chamou de “cérebro de passarinho”.

Se continuar crescendo nas pesquisas, sem dúvidas mais críticas de Trump serão dirigidas a ela. A conservadora sabe disso, e mais: está ciente de que as críticas também são sinais de que a sua campanha surte um efeito positivo entre os republicanos. Ao anúncio televisivo contra ela em dezembro, Nikki respondeu com ironia. “Alguém está ficando nervoso”, escreveu nas redes sociais.

Quando o assunto foi a candidatura do Partido Republicano para as eleições presidenciais dos Estados Unidos, o nome Nikki Haley não foi tão frequente no ano passado quanto Ron DeSantis ou Donald Trump. Em meados de novembro, no entanto, isso começou a mudar. Nikki Haley, ex-embaixadora americana na ONU e ex-governadora da Carolina do Sul, começou a crescer nas pesquisas republicanas e a ter chances reais de rivalizar com Trump na escolha do partido.

As chances ficaram evidentes em dezembro, quando um anúncio de televisão pago por aliados do ex-presidente e candidato mais provável dos republicanos acusou Nikki de ter alterado o imposto sobre gás estadual quando era governadora. No mesmo mês, a candidata foi o foco dos ataques dos pré-candidatos republicanos em um debate das primárias.

Nacionalmente, Nikki aparece em terceiro lugar na disputa republicana, atrás de DeSantis, governador da Flórida que parecia no ano passado o nome mais forte para superar Trump. Mas, diferente de seis meses atrás, ela agora supera o republicano em alguns Estados, como New Hampshire e Carolina do Sul.

Imagem mostra candidata republicana Nikki Haley durante evento em Iowa, no dia 17 de novembro. Estado vai ser o primeiro desafio da conservadora nas primárias do partido para as eleições deste ano Foto: Charlie Neibergall / AP

O crescimento parece não surpreendê-la. Pelo contrário. Há quase 20 anos, ela superou um republicano de 30 anos em uma vitória que não era esperada pelo partido e em seguida se tornou a primeira mulher a governar o Estado da Carolina do Sul. “Sempre fui a azarona”, disse a republicana de 51 anos em dezembro. “E eu gosto disso.”

A imprensa americana atribui a ascensão nas pesquisas eleitorais ao desempenho dela nos debates republicanos, que convenceram muitos eleitores do partido que não concordam com as ideias de Trump, incluindo nomes de peso em Wall Street, de que ela é o nome mais qualificado a derrotar tanto o ex-presidente quanto o democrata Joe Biden.

Filha de imigrantes e defensora do ‘American First’

A força política de Nikki Haley se origina no histórico pessoal e político que ela reúne em si.

Do lado político, ela é ao mesmo tempo uma líder conservadora com experiência em governo executivo e defensora de ideias de Trump. Foi no seu mandato enquanto embaixadora americana na ONU, durante a gestão do republicano, que os Estados Unidos se retiraram do acordo nuclear com o Irã em 2018, em uma das decisões mais importantes da política externa do ex-presidente.

Isso oferece uma vantagem para ela contra seus pares republicanos. Ao contrário de outros candidatos, Nikki tem a habilidade de rivalizar com Trump sem confrontar suas políticas diretamente. “Acredito que Trump foi o presidente certo no momento certo, concordo com muitas de suas políticas”, disse recentemente durante um evento em Iowa.

Outra vantagem é a sua capacidade de abordar questões de gênero e raça de uma maneira mais confiável que seus pares. E é aí que entra a sua história pessoal: Nikki Haley é filha de dois imigrantes indianos que administravam uma loja de roupas na zona rural da Carolina do Sul.

Para seus apoiadores, o fato de ser filha de dois imigrantes faz Nikki ampliar a influência republicana entre mulheres, suburbanos e independentes, três grupos que se afastaram do partido após a chegada de Donald Trump. “Eu apoio Nikki porque acho que a nação precisa sair da divisão e do medo da extrema esquerda e da direita”, disse o bilionário americano Barry Sternlicht ao New York Times em novembro.

Remoção da bandeira dos confederados na Carolina do Sul

O modo que Nikki age nas questões de gênero e raça ficaram explícitas em 2015, quando ocupava o cargo de governadora na Carolina do Sul. Após assassinatos racistas de nove negros em uma igreja em Charleston, Nikki liderou a remoção da bandeira confederada do Capitólio do Estado, mesmo em desacordo com grande parte dos republicanos. Ao mesmo tempo, a decisão foi seguida por respostas menos enfáticas quando questionada sobre o tema dos confederados.

Meses depois, por exemplo, ela atribuiu a bandeira a um símbolo de herança do sulistas americanos, e não um símbolo racista. Em dezembro, não mencionou a escravidão ao ser questionada sobre o que causou a Guerra Civil americana.

Mas a despeito das declarações posteriores, a remoção da bandeira dos confederados deu a ela a atenção nacional. Os americanos conheceram então Nikki Haley, que cinco anos antes havia surpreendido o seu Estado ao derrotar o vice-governador, o procurador-geral do Estado e um deputado federal para se tornar a primeira mulher a governar a Carolina do Sul – e a segunda pessoa de ascensão indiana a ganhar um cargo de governo dos EUA.

No ano seguinte, Trump foi eleito e a colocou no cargo de embaixadora dos EUA na ONU.

Política externa: apoio à Ucrânia e pioneira ao combate anti-Israel nos EUA

Além da saída do acordo nuclear do Irã, Nikki atuou na ONU em conformidade com a política de Donald Trump em grande parte das vezes, exceto em dois temas: o apoio a Otan e à interferência da Rússia nas eleições americanas, a qual ela condenou. É justamente na política externa que talvez esteja a maior diferença política com o ex-presidente. Ela é uma ferrenha defensora da defesa à Ucrânia, enquanto Trump e parte do Partido Republicano defende menos recursos de defesa.

Quando se trata de Israel, seu posicionamento está mais alinhado com o partido. Ela foi a primeira governadora dos EUA a assinar uma legislação para combater o boicote anti-Israel conhecido como “BDS Movement”. E a sua atuação na ONU é descrita como uma das maiores em defesa do Estado judaico. “Nunca houve ninguém que tenha apoiado tanto o Estado de Israel como quando estava nas Nações Unidas”, diz um dos doadores de campanha, Fred Zeidman, a revista Times este mês.

Na mesma revista, o senador de Iowa, Chuck Grassley, classificou Nikki como “uma das melhores embaixadoras que já tivemos na ONU”. E explicou: “Apenas pela única razão de que ela poderia expressar muito claramente as posições dos EUA e muitas vezes declarar indignação”. Para muitos apoiadores, essa atuação na política externa é central para as suas intenções de disputas à presidência, em um momento que crises eclodem em todo o mundo.

Imagem de 2017 mostra então presidente Donald Trump ao lado de Nikki Haley antes de reunião da ONU. Nikki serviu como embaixadora americana na ONU durante a gestão do republicano Foto: Seth Wenig/AP

Relação dúbia com Trump

Em toda a sua trajetória política, Nikki nunca foi muito próxima de Trump, mas quase sempre foi elogiosa ao ex-presidente. Apesar de ter sido indicada para um cargo importante durante o seu mandato, a imprensa americana atribui isso mais à influência do Partido Republicano do que a simpatia do ex-presidente por ela.

Em seu livro de memórias, Nikki elogia o ex-presidente. Durante a campanha, tem evitado críticas diretas. Mas em 2021, quando o Capitólio foi invadido pelos apoiadores de Trump, criticou a postura do republicano e sugeriu que a carreira política dele havia acabado (meses depois, ela recuou e disse que ele ainda tinha um papel a desempenhar no Partido Republicano).

A crítica fez Trump se virar para ela, ao menos pontualmente. Antes dela entrar na campanha, ele havia a chamado de “extremamente ambiciosa”. Quando entrou, em fevereiro do ano passado, ele a chamou de “cérebro de passarinho”.

Se continuar crescendo nas pesquisas, sem dúvidas mais críticas de Trump serão dirigidas a ela. A conservadora sabe disso, e mais: está ciente de que as críticas também são sinais de que a sua campanha surte um efeito positivo entre os republicanos. Ao anúncio televisivo contra ela em dezembro, Nikki respondeu com ironia. “Alguém está ficando nervoso”, escreveu nas redes sociais.

Quando o assunto foi a candidatura do Partido Republicano para as eleições presidenciais dos Estados Unidos, o nome Nikki Haley não foi tão frequente no ano passado quanto Ron DeSantis ou Donald Trump. Em meados de novembro, no entanto, isso começou a mudar. Nikki Haley, ex-embaixadora americana na ONU e ex-governadora da Carolina do Sul, começou a crescer nas pesquisas republicanas e a ter chances reais de rivalizar com Trump na escolha do partido.

As chances ficaram evidentes em dezembro, quando um anúncio de televisão pago por aliados do ex-presidente e candidato mais provável dos republicanos acusou Nikki de ter alterado o imposto sobre gás estadual quando era governadora. No mesmo mês, a candidata foi o foco dos ataques dos pré-candidatos republicanos em um debate das primárias.

Nacionalmente, Nikki aparece em terceiro lugar na disputa republicana, atrás de DeSantis, governador da Flórida que parecia no ano passado o nome mais forte para superar Trump. Mas, diferente de seis meses atrás, ela agora supera o republicano em alguns Estados, como New Hampshire e Carolina do Sul.

Imagem mostra candidata republicana Nikki Haley durante evento em Iowa, no dia 17 de novembro. Estado vai ser o primeiro desafio da conservadora nas primárias do partido para as eleições deste ano Foto: Charlie Neibergall / AP

O crescimento parece não surpreendê-la. Pelo contrário. Há quase 20 anos, ela superou um republicano de 30 anos em uma vitória que não era esperada pelo partido e em seguida se tornou a primeira mulher a governar o Estado da Carolina do Sul. “Sempre fui a azarona”, disse a republicana de 51 anos em dezembro. “E eu gosto disso.”

A imprensa americana atribui a ascensão nas pesquisas eleitorais ao desempenho dela nos debates republicanos, que convenceram muitos eleitores do partido que não concordam com as ideias de Trump, incluindo nomes de peso em Wall Street, de que ela é o nome mais qualificado a derrotar tanto o ex-presidente quanto o democrata Joe Biden.

Filha de imigrantes e defensora do ‘American First’

A força política de Nikki Haley se origina no histórico pessoal e político que ela reúne em si.

Do lado político, ela é ao mesmo tempo uma líder conservadora com experiência em governo executivo e defensora de ideias de Trump. Foi no seu mandato enquanto embaixadora americana na ONU, durante a gestão do republicano, que os Estados Unidos se retiraram do acordo nuclear com o Irã em 2018, em uma das decisões mais importantes da política externa do ex-presidente.

Isso oferece uma vantagem para ela contra seus pares republicanos. Ao contrário de outros candidatos, Nikki tem a habilidade de rivalizar com Trump sem confrontar suas políticas diretamente. “Acredito que Trump foi o presidente certo no momento certo, concordo com muitas de suas políticas”, disse recentemente durante um evento em Iowa.

Outra vantagem é a sua capacidade de abordar questões de gênero e raça de uma maneira mais confiável que seus pares. E é aí que entra a sua história pessoal: Nikki Haley é filha de dois imigrantes indianos que administravam uma loja de roupas na zona rural da Carolina do Sul.

Para seus apoiadores, o fato de ser filha de dois imigrantes faz Nikki ampliar a influência republicana entre mulheres, suburbanos e independentes, três grupos que se afastaram do partido após a chegada de Donald Trump. “Eu apoio Nikki porque acho que a nação precisa sair da divisão e do medo da extrema esquerda e da direita”, disse o bilionário americano Barry Sternlicht ao New York Times em novembro.

Remoção da bandeira dos confederados na Carolina do Sul

O modo que Nikki age nas questões de gênero e raça ficaram explícitas em 2015, quando ocupava o cargo de governadora na Carolina do Sul. Após assassinatos racistas de nove negros em uma igreja em Charleston, Nikki liderou a remoção da bandeira confederada do Capitólio do Estado, mesmo em desacordo com grande parte dos republicanos. Ao mesmo tempo, a decisão foi seguida por respostas menos enfáticas quando questionada sobre o tema dos confederados.

Meses depois, por exemplo, ela atribuiu a bandeira a um símbolo de herança do sulistas americanos, e não um símbolo racista. Em dezembro, não mencionou a escravidão ao ser questionada sobre o que causou a Guerra Civil americana.

Mas a despeito das declarações posteriores, a remoção da bandeira dos confederados deu a ela a atenção nacional. Os americanos conheceram então Nikki Haley, que cinco anos antes havia surpreendido o seu Estado ao derrotar o vice-governador, o procurador-geral do Estado e um deputado federal para se tornar a primeira mulher a governar a Carolina do Sul – e a segunda pessoa de ascensão indiana a ganhar um cargo de governo dos EUA.

No ano seguinte, Trump foi eleito e a colocou no cargo de embaixadora dos EUA na ONU.

Política externa: apoio à Ucrânia e pioneira ao combate anti-Israel nos EUA

Além da saída do acordo nuclear do Irã, Nikki atuou na ONU em conformidade com a política de Donald Trump em grande parte das vezes, exceto em dois temas: o apoio a Otan e à interferência da Rússia nas eleições americanas, a qual ela condenou. É justamente na política externa que talvez esteja a maior diferença política com o ex-presidente. Ela é uma ferrenha defensora da defesa à Ucrânia, enquanto Trump e parte do Partido Republicano defende menos recursos de defesa.

Quando se trata de Israel, seu posicionamento está mais alinhado com o partido. Ela foi a primeira governadora dos EUA a assinar uma legislação para combater o boicote anti-Israel conhecido como “BDS Movement”. E a sua atuação na ONU é descrita como uma das maiores em defesa do Estado judaico. “Nunca houve ninguém que tenha apoiado tanto o Estado de Israel como quando estava nas Nações Unidas”, diz um dos doadores de campanha, Fred Zeidman, a revista Times este mês.

Na mesma revista, o senador de Iowa, Chuck Grassley, classificou Nikki como “uma das melhores embaixadoras que já tivemos na ONU”. E explicou: “Apenas pela única razão de que ela poderia expressar muito claramente as posições dos EUA e muitas vezes declarar indignação”. Para muitos apoiadores, essa atuação na política externa é central para as suas intenções de disputas à presidência, em um momento que crises eclodem em todo o mundo.

Imagem de 2017 mostra então presidente Donald Trump ao lado de Nikki Haley antes de reunião da ONU. Nikki serviu como embaixadora americana na ONU durante a gestão do republicano Foto: Seth Wenig/AP

Relação dúbia com Trump

Em toda a sua trajetória política, Nikki nunca foi muito próxima de Trump, mas quase sempre foi elogiosa ao ex-presidente. Apesar de ter sido indicada para um cargo importante durante o seu mandato, a imprensa americana atribui isso mais à influência do Partido Republicano do que a simpatia do ex-presidente por ela.

Em seu livro de memórias, Nikki elogia o ex-presidente. Durante a campanha, tem evitado críticas diretas. Mas em 2021, quando o Capitólio foi invadido pelos apoiadores de Trump, criticou a postura do republicano e sugeriu que a carreira política dele havia acabado (meses depois, ela recuou e disse que ele ainda tinha um papel a desempenhar no Partido Republicano).

A crítica fez Trump se virar para ela, ao menos pontualmente. Antes dela entrar na campanha, ele havia a chamado de “extremamente ambiciosa”. Quando entrou, em fevereiro do ano passado, ele a chamou de “cérebro de passarinho”.

Se continuar crescendo nas pesquisas, sem dúvidas mais críticas de Trump serão dirigidas a ela. A conservadora sabe disso, e mais: está ciente de que as críticas também são sinais de que a sua campanha surte um efeito positivo entre os republicanos. Ao anúncio televisivo contra ela em dezembro, Nikki respondeu com ironia. “Alguém está ficando nervoso”, escreveu nas redes sociais.

Quando o assunto foi a candidatura do Partido Republicano para as eleições presidenciais dos Estados Unidos, o nome Nikki Haley não foi tão frequente no ano passado quanto Ron DeSantis ou Donald Trump. Em meados de novembro, no entanto, isso começou a mudar. Nikki Haley, ex-embaixadora americana na ONU e ex-governadora da Carolina do Sul, começou a crescer nas pesquisas republicanas e a ter chances reais de rivalizar com Trump na escolha do partido.

As chances ficaram evidentes em dezembro, quando um anúncio de televisão pago por aliados do ex-presidente e candidato mais provável dos republicanos acusou Nikki de ter alterado o imposto sobre gás estadual quando era governadora. No mesmo mês, a candidata foi o foco dos ataques dos pré-candidatos republicanos em um debate das primárias.

Nacionalmente, Nikki aparece em terceiro lugar na disputa republicana, atrás de DeSantis, governador da Flórida que parecia no ano passado o nome mais forte para superar Trump. Mas, diferente de seis meses atrás, ela agora supera o republicano em alguns Estados, como New Hampshire e Carolina do Sul.

Imagem mostra candidata republicana Nikki Haley durante evento em Iowa, no dia 17 de novembro. Estado vai ser o primeiro desafio da conservadora nas primárias do partido para as eleições deste ano Foto: Charlie Neibergall / AP

O crescimento parece não surpreendê-la. Pelo contrário. Há quase 20 anos, ela superou um republicano de 30 anos em uma vitória que não era esperada pelo partido e em seguida se tornou a primeira mulher a governar o Estado da Carolina do Sul. “Sempre fui a azarona”, disse a republicana de 51 anos em dezembro. “E eu gosto disso.”

A imprensa americana atribui a ascensão nas pesquisas eleitorais ao desempenho dela nos debates republicanos, que convenceram muitos eleitores do partido que não concordam com as ideias de Trump, incluindo nomes de peso em Wall Street, de que ela é o nome mais qualificado a derrotar tanto o ex-presidente quanto o democrata Joe Biden.

Filha de imigrantes e defensora do ‘American First’

A força política de Nikki Haley se origina no histórico pessoal e político que ela reúne em si.

Do lado político, ela é ao mesmo tempo uma líder conservadora com experiência em governo executivo e defensora de ideias de Trump. Foi no seu mandato enquanto embaixadora americana na ONU, durante a gestão do republicano, que os Estados Unidos se retiraram do acordo nuclear com o Irã em 2018, em uma das decisões mais importantes da política externa do ex-presidente.

Isso oferece uma vantagem para ela contra seus pares republicanos. Ao contrário de outros candidatos, Nikki tem a habilidade de rivalizar com Trump sem confrontar suas políticas diretamente. “Acredito que Trump foi o presidente certo no momento certo, concordo com muitas de suas políticas”, disse recentemente durante um evento em Iowa.

Outra vantagem é a sua capacidade de abordar questões de gênero e raça de uma maneira mais confiável que seus pares. E é aí que entra a sua história pessoal: Nikki Haley é filha de dois imigrantes indianos que administravam uma loja de roupas na zona rural da Carolina do Sul.

Para seus apoiadores, o fato de ser filha de dois imigrantes faz Nikki ampliar a influência republicana entre mulheres, suburbanos e independentes, três grupos que se afastaram do partido após a chegada de Donald Trump. “Eu apoio Nikki porque acho que a nação precisa sair da divisão e do medo da extrema esquerda e da direita”, disse o bilionário americano Barry Sternlicht ao New York Times em novembro.

Remoção da bandeira dos confederados na Carolina do Sul

O modo que Nikki age nas questões de gênero e raça ficaram explícitas em 2015, quando ocupava o cargo de governadora na Carolina do Sul. Após assassinatos racistas de nove negros em uma igreja em Charleston, Nikki liderou a remoção da bandeira confederada do Capitólio do Estado, mesmo em desacordo com grande parte dos republicanos. Ao mesmo tempo, a decisão foi seguida por respostas menos enfáticas quando questionada sobre o tema dos confederados.

Meses depois, por exemplo, ela atribuiu a bandeira a um símbolo de herança do sulistas americanos, e não um símbolo racista. Em dezembro, não mencionou a escravidão ao ser questionada sobre o que causou a Guerra Civil americana.

Mas a despeito das declarações posteriores, a remoção da bandeira dos confederados deu a ela a atenção nacional. Os americanos conheceram então Nikki Haley, que cinco anos antes havia surpreendido o seu Estado ao derrotar o vice-governador, o procurador-geral do Estado e um deputado federal para se tornar a primeira mulher a governar a Carolina do Sul – e a segunda pessoa de ascensão indiana a ganhar um cargo de governo dos EUA.

No ano seguinte, Trump foi eleito e a colocou no cargo de embaixadora dos EUA na ONU.

Política externa: apoio à Ucrânia e pioneira ao combate anti-Israel nos EUA

Além da saída do acordo nuclear do Irã, Nikki atuou na ONU em conformidade com a política de Donald Trump em grande parte das vezes, exceto em dois temas: o apoio a Otan e à interferência da Rússia nas eleições americanas, a qual ela condenou. É justamente na política externa que talvez esteja a maior diferença política com o ex-presidente. Ela é uma ferrenha defensora da defesa à Ucrânia, enquanto Trump e parte do Partido Republicano defende menos recursos de defesa.

Quando se trata de Israel, seu posicionamento está mais alinhado com o partido. Ela foi a primeira governadora dos EUA a assinar uma legislação para combater o boicote anti-Israel conhecido como “BDS Movement”. E a sua atuação na ONU é descrita como uma das maiores em defesa do Estado judaico. “Nunca houve ninguém que tenha apoiado tanto o Estado de Israel como quando estava nas Nações Unidas”, diz um dos doadores de campanha, Fred Zeidman, a revista Times este mês.

Na mesma revista, o senador de Iowa, Chuck Grassley, classificou Nikki como “uma das melhores embaixadoras que já tivemos na ONU”. E explicou: “Apenas pela única razão de que ela poderia expressar muito claramente as posições dos EUA e muitas vezes declarar indignação”. Para muitos apoiadores, essa atuação na política externa é central para as suas intenções de disputas à presidência, em um momento que crises eclodem em todo o mundo.

Imagem de 2017 mostra então presidente Donald Trump ao lado de Nikki Haley antes de reunião da ONU. Nikki serviu como embaixadora americana na ONU durante a gestão do republicano Foto: Seth Wenig/AP

Relação dúbia com Trump

Em toda a sua trajetória política, Nikki nunca foi muito próxima de Trump, mas quase sempre foi elogiosa ao ex-presidente. Apesar de ter sido indicada para um cargo importante durante o seu mandato, a imprensa americana atribui isso mais à influência do Partido Republicano do que a simpatia do ex-presidente por ela.

Em seu livro de memórias, Nikki elogia o ex-presidente. Durante a campanha, tem evitado críticas diretas. Mas em 2021, quando o Capitólio foi invadido pelos apoiadores de Trump, criticou a postura do republicano e sugeriu que a carreira política dele havia acabado (meses depois, ela recuou e disse que ele ainda tinha um papel a desempenhar no Partido Republicano).

A crítica fez Trump se virar para ela, ao menos pontualmente. Antes dela entrar na campanha, ele havia a chamado de “extremamente ambiciosa”. Quando entrou, em fevereiro do ano passado, ele a chamou de “cérebro de passarinho”.

Se continuar crescendo nas pesquisas, sem dúvidas mais críticas de Trump serão dirigidas a ela. A conservadora sabe disso, e mais: está ciente de que as críticas também são sinais de que a sua campanha surte um efeito positivo entre os republicanos. Ao anúncio televisivo contra ela em dezembro, Nikki respondeu com ironia. “Alguém está ficando nervoso”, escreveu nas redes sociais.

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