Quem é o oficial soviético que 'evitou' um conflito nuclear em 1983, no auge da Guerra Fria


Stanislav Petrov poderia ter iniciado guerra entre superpotências após seu radar ter identificado mísseis americanos a caminho da União Soviética

Por Igor Ferraz

Em meio à invasão militar da Rússia contra a Ucrânia e à escalada das tensões com o Ocidente, a ameaça de um conflito nuclear entre superpotências globais voltou a ameaçar o mundo. No último domingo, 27, o presidente russo Vladimir Putin colocou as forças de dissuasão nuclear do país em alerta máximo, o que fez Otan e aliados endurecerem as sanções econômicas.

Porém, há 38 anos, em plena Guerra Fria, um militar soviético evitou o que poderia ter sido o estopim do conflito, quando seus radares identificaram um míssil americano a caminho da União Soviética.

Na manhã de 26 de setembro de 1983, enquanto monitorava o espaço aéreo em um centro de comando perto de Moscou, o oficial Stanislav Petrov viu seus equipamentos dispararem um alerta de mísseis intercontinentais dos EUA a caminho de seu país. Caso Petrov seguisse os protocolos de defesa, o incidente poderia ter escalado rapidamente para uma guerra nuclear de escala mundial, já que a orientação era a de um contra-ataque soviético imediato.

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Stanislav Petrov na casa onde vivia emFryazino, região de Moscou. Ex-militar soviético ganhou fama por ter evitado guerra nuclear após seus radares terem identificado mísseis americanos em 1983. Foto: Pavel Golovkin/AP

Apesar da enorme tensão entre as duas potências globais da Guerra Fria - que havia crescido nos dias anteriores por conta do abatimento de um avião de passageiros sul-coreano pelos soviéticos -, Petrov desconfiou da informação. Com isso, ele revisou os dados mostrados no equipamento, e descobriu que realmente se tratava de um alarme falso. Após seis meses de investigação, concluiu-se que os satélites soviéticos confundiram o reflexo do sol sobre algumas nuvens com um ataque aéreo dos Estados Unidos.

Por não ter seguido os protocolos de defesa durante o episódio, Petrov acabou removido do serviço militar soviético, mas acabou encontrando emprego no mesmo instituto de pesquisa que desenvolveu o sistema de alerta de mísseis.

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Petrov só revelaria a história uma década depois, com o fim da União Soviética, e acabaria sendo reconhecido com diversos prêmios internacionais por ter ‘salvado’ o mundo de uma possível terceira guerra mundial.

Considerado um herói por muitos, Petrov teve uma vida simples e discreta como pensionista na Rússia até sua morte, em maio de 2017. Seu falecimento só foi descoberto pela imprensa internacional em setembro daquele ano.

Em entrevistas, Petrov evitava se definir como herói. “Estava apenas fazendo o meu trabalho”, afirmou o ex-oficial à revista Time em 2015. Nos últimos anos de vida, ele ainda se mostrava preocupado com a possibilidade de um conflito nuclear: “Qualquer movimento em falso pode levar a consequências colossais. Isso não mudou”.

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Ele teve sua história contada no documentário O Homem que Salvou o Mundo, de 2014. A produção não está disponível em serviços de streaming no Brasil.

Em meio à invasão militar da Rússia contra a Ucrânia e à escalada das tensões com o Ocidente, a ameaça de um conflito nuclear entre superpotências globais voltou a ameaçar o mundo. No último domingo, 27, o presidente russo Vladimir Putin colocou as forças de dissuasão nuclear do país em alerta máximo, o que fez Otan e aliados endurecerem as sanções econômicas.

Porém, há 38 anos, em plena Guerra Fria, um militar soviético evitou o que poderia ter sido o estopim do conflito, quando seus radares identificaram um míssil americano a caminho da União Soviética.

Na manhã de 26 de setembro de 1983, enquanto monitorava o espaço aéreo em um centro de comando perto de Moscou, o oficial Stanislav Petrov viu seus equipamentos dispararem um alerta de mísseis intercontinentais dos EUA a caminho de seu país. Caso Petrov seguisse os protocolos de defesa, o incidente poderia ter escalado rapidamente para uma guerra nuclear de escala mundial, já que a orientação era a de um contra-ataque soviético imediato.

Stanislav Petrov na casa onde vivia emFryazino, região de Moscou. Ex-militar soviético ganhou fama por ter evitado guerra nuclear após seus radares terem identificado mísseis americanos em 1983. Foto: Pavel Golovkin/AP

Apesar da enorme tensão entre as duas potências globais da Guerra Fria - que havia crescido nos dias anteriores por conta do abatimento de um avião de passageiros sul-coreano pelos soviéticos -, Petrov desconfiou da informação. Com isso, ele revisou os dados mostrados no equipamento, e descobriu que realmente se tratava de um alarme falso. Após seis meses de investigação, concluiu-se que os satélites soviéticos confundiram o reflexo do sol sobre algumas nuvens com um ataque aéreo dos Estados Unidos.

Por não ter seguido os protocolos de defesa durante o episódio, Petrov acabou removido do serviço militar soviético, mas acabou encontrando emprego no mesmo instituto de pesquisa que desenvolveu o sistema de alerta de mísseis.

Petrov só revelaria a história uma década depois, com o fim da União Soviética, e acabaria sendo reconhecido com diversos prêmios internacionais por ter ‘salvado’ o mundo de uma possível terceira guerra mundial.

Considerado um herói por muitos, Petrov teve uma vida simples e discreta como pensionista na Rússia até sua morte, em maio de 2017. Seu falecimento só foi descoberto pela imprensa internacional em setembro daquele ano.

Em entrevistas, Petrov evitava se definir como herói. “Estava apenas fazendo o meu trabalho”, afirmou o ex-oficial à revista Time em 2015. Nos últimos anos de vida, ele ainda se mostrava preocupado com a possibilidade de um conflito nuclear: “Qualquer movimento em falso pode levar a consequências colossais. Isso não mudou”.

Ele teve sua história contada no documentário O Homem que Salvou o Mundo, de 2014. A produção não está disponível em serviços de streaming no Brasil.

Em meio à invasão militar da Rússia contra a Ucrânia e à escalada das tensões com o Ocidente, a ameaça de um conflito nuclear entre superpotências globais voltou a ameaçar o mundo. No último domingo, 27, o presidente russo Vladimir Putin colocou as forças de dissuasão nuclear do país em alerta máximo, o que fez Otan e aliados endurecerem as sanções econômicas.

Porém, há 38 anos, em plena Guerra Fria, um militar soviético evitou o que poderia ter sido o estopim do conflito, quando seus radares identificaram um míssil americano a caminho da União Soviética.

Na manhã de 26 de setembro de 1983, enquanto monitorava o espaço aéreo em um centro de comando perto de Moscou, o oficial Stanislav Petrov viu seus equipamentos dispararem um alerta de mísseis intercontinentais dos EUA a caminho de seu país. Caso Petrov seguisse os protocolos de defesa, o incidente poderia ter escalado rapidamente para uma guerra nuclear de escala mundial, já que a orientação era a de um contra-ataque soviético imediato.

Stanislav Petrov na casa onde vivia emFryazino, região de Moscou. Ex-militar soviético ganhou fama por ter evitado guerra nuclear após seus radares terem identificado mísseis americanos em 1983. Foto: Pavel Golovkin/AP

Apesar da enorme tensão entre as duas potências globais da Guerra Fria - que havia crescido nos dias anteriores por conta do abatimento de um avião de passageiros sul-coreano pelos soviéticos -, Petrov desconfiou da informação. Com isso, ele revisou os dados mostrados no equipamento, e descobriu que realmente se tratava de um alarme falso. Após seis meses de investigação, concluiu-se que os satélites soviéticos confundiram o reflexo do sol sobre algumas nuvens com um ataque aéreo dos Estados Unidos.

Por não ter seguido os protocolos de defesa durante o episódio, Petrov acabou removido do serviço militar soviético, mas acabou encontrando emprego no mesmo instituto de pesquisa que desenvolveu o sistema de alerta de mísseis.

Petrov só revelaria a história uma década depois, com o fim da União Soviética, e acabaria sendo reconhecido com diversos prêmios internacionais por ter ‘salvado’ o mundo de uma possível terceira guerra mundial.

Considerado um herói por muitos, Petrov teve uma vida simples e discreta como pensionista na Rússia até sua morte, em maio de 2017. Seu falecimento só foi descoberto pela imprensa internacional em setembro daquele ano.

Em entrevistas, Petrov evitava se definir como herói. “Estava apenas fazendo o meu trabalho”, afirmou o ex-oficial à revista Time em 2015. Nos últimos anos de vida, ele ainda se mostrava preocupado com a possibilidade de um conflito nuclear: “Qualquer movimento em falso pode levar a consequências colossais. Isso não mudou”.

Ele teve sua história contada no documentário O Homem que Salvou o Mundo, de 2014. A produção não está disponível em serviços de streaming no Brasil.

Em meio à invasão militar da Rússia contra a Ucrânia e à escalada das tensões com o Ocidente, a ameaça de um conflito nuclear entre superpotências globais voltou a ameaçar o mundo. No último domingo, 27, o presidente russo Vladimir Putin colocou as forças de dissuasão nuclear do país em alerta máximo, o que fez Otan e aliados endurecerem as sanções econômicas.

Porém, há 38 anos, em plena Guerra Fria, um militar soviético evitou o que poderia ter sido o estopim do conflito, quando seus radares identificaram um míssil americano a caminho da União Soviética.

Na manhã de 26 de setembro de 1983, enquanto monitorava o espaço aéreo em um centro de comando perto de Moscou, o oficial Stanislav Petrov viu seus equipamentos dispararem um alerta de mísseis intercontinentais dos EUA a caminho de seu país. Caso Petrov seguisse os protocolos de defesa, o incidente poderia ter escalado rapidamente para uma guerra nuclear de escala mundial, já que a orientação era a de um contra-ataque soviético imediato.

Stanislav Petrov na casa onde vivia emFryazino, região de Moscou. Ex-militar soviético ganhou fama por ter evitado guerra nuclear após seus radares terem identificado mísseis americanos em 1983. Foto: Pavel Golovkin/AP

Apesar da enorme tensão entre as duas potências globais da Guerra Fria - que havia crescido nos dias anteriores por conta do abatimento de um avião de passageiros sul-coreano pelos soviéticos -, Petrov desconfiou da informação. Com isso, ele revisou os dados mostrados no equipamento, e descobriu que realmente se tratava de um alarme falso. Após seis meses de investigação, concluiu-se que os satélites soviéticos confundiram o reflexo do sol sobre algumas nuvens com um ataque aéreo dos Estados Unidos.

Por não ter seguido os protocolos de defesa durante o episódio, Petrov acabou removido do serviço militar soviético, mas acabou encontrando emprego no mesmo instituto de pesquisa que desenvolveu o sistema de alerta de mísseis.

Petrov só revelaria a história uma década depois, com o fim da União Soviética, e acabaria sendo reconhecido com diversos prêmios internacionais por ter ‘salvado’ o mundo de uma possível terceira guerra mundial.

Considerado um herói por muitos, Petrov teve uma vida simples e discreta como pensionista na Rússia até sua morte, em maio de 2017. Seu falecimento só foi descoberto pela imprensa internacional em setembro daquele ano.

Em entrevistas, Petrov evitava se definir como herói. “Estava apenas fazendo o meu trabalho”, afirmou o ex-oficial à revista Time em 2015. Nos últimos anos de vida, ele ainda se mostrava preocupado com a possibilidade de um conflito nuclear: “Qualquer movimento em falso pode levar a consequências colossais. Isso não mudou”.

Ele teve sua história contada no documentário O Homem que Salvou o Mundo, de 2014. A produção não está disponível em serviços de streaming no Brasil.

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