Quem são os principais candidatos nas eleições do Reino Unido?


Pesquisas eleitorais indicam que Keir Starmer, líder do Partido Trabalhista, será o vencedor nas eleições; Sunak tenta continuidade

Por Redação

LONDRES — Milhões de eleitores no Reino Unido vão às urnas nesta quinta-feira, 4, para escolher os novos deputados da Câmara dos Comuns e formar um novo governo, hoje sob o comando do primeiro-ministro Rishi Sunak, do Partido Conservador. Segundo as pesquisas eleitorais, os conservadores devem perder o poder para o principal adversário, o Partido Trabalhista, de centro-esquerda.

Se o resultado se confirmar, significa o retorno dos trabalhistas ao comando do Reino Unido após 14 anos. Durante esse período, os conservadores dominaram a política britânica, com cinco premiês diferentes.

Imagem mostra principais candidatos nas eleições do Reino Unido. Eleitores vão às urnas nesta quinta-feira, 4 Foto: Associated Press
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Os conservadores e os trabalhistas tradicionalmente se alternam na política britânica sob o sistema eleitoral do Reino Unido de votação por maioria simples, que dificulta a vitória de partidos menores no Parlamento. Mas também estão na disputa os Democratas Liberais, Reform UK, o Partido Nacional Escocês e os Verdes, entre outros.

Conheça os partidos, os líderes e o que está na plataforma de campanha:

Conservadores - Líder: Rishi Sunak

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O atual primeiro-ministro britânico Rishi Sunak, de 44 anos, assumiu o poder em outubro de 2022 em um momento de crise na economia do Reino Unido após breve mandato de Liz Truss. Na última eleição, ele e os conservadores tiveram 365 das 650 cadeiras do Parlamento.

Graduado em Oxford e ex-gestor do fundo da Goldman Sachs, Sunak é o primeiro hindu a se tornar premiê. Sunak enfatiza ter estabilizado a situação econômica britânica, mas é criticado por estar distante de eleitores comuns.

Primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, fala a trabalhadores em visita eleitoral em Banbury, na Inglaterra, em imagem desta terça-feira. Sunak foi eleito em 2022 e estabilizou a economia britânica Foto: Phil Noble/AFP
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Na atual campanha, o britânico pretende entregar uma economia mais forte, com corte de impostos em £ 17 bilhões (R$ 122 bilhões, na cotação atual) e aumento do orçamento na saúde pública acima da inflação e de defesa em 2,5% do PIB até 2030. Para viabilizar a proposta, os conservadores afirmam que o financiamento será de economias em evasão fiscal e corte de gastos com bem-estar social.

O partido também pretende limitar a quantidade de imigrantes e deportar solicitantes de asilo para Ruanda.

Trabalhistas - Líder: Keir Starmer

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Keir Starmer, advogado de 61 anos, ex-promotor-chefe da Inglaterra e País de Gales, é o atual favorito para ser o próximo líder do Reino Unido. Centrista e pragmático, Starmer distanciou o partido de políticas mais à esquerda, abertamente defendidas pelo ex-líder Jeremy Corbyn, e acalmou divisões interna.

Starmer é chamado pelos críticos de sem carisma e ambição, mas sob a sua liderança o Partido Trabalhista aumentou a popularidade. Nas últimas eleições, contra Sunak, o partido obteve 202 assentos no Parlamento.

Imagem desta terça-feira, 2, mostra o líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, em uma visita a uma fábrica em Claycross. Starmer é o favorito para vencer as eleições deste ano Foto: Stefan Rousseau/AP
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Entre as propostas políticas, os Trabalhistas sugerem promover a criação de riqueza, incentivar investimentos e melhorar a infraestrutura do Reino Unido, como ferrovias. Também querem criar uma empresa estatal para energia limpa com um imposto sobre grandes empresas de petróleo e gás, na intenção de melhorar a matriz e a segurança energética.

Outras propostas incluem taxar escolas particulares para melhorar o investimento em novos professores em escolas estaduais e reduzir os tempos de espera na saúde pública.

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Democratas liberais - Líder: Ed Davey

Ed Davey, de 58 anos, foi eleito pela primeira vez para o Parlamento em 1997. Ex-pesquisador de economia, foi secretário de energia e mudanças climáticas do governo entre 2012 a 2015, quando funcionou a coalizão Conservadora-Democrata Liberal.

Davey se tornou líder dos democratas liberais de centro-esquerda em 2019 e não era um nome conhecido até a atual eleição, quando fez manchetes com várias manobras excêntricas — incluindo pular de bungee jump para estimular os eleitores a darem “um salto de fé”.

Imagem de 2020 mostra Ed Davey, líder do partido Liberal-democrata. Davey fez parte do governo na década passada em uma coalizão entre o partido e os conservadores Foto: Kirsty Wigglesworth/AP

Nas últimas eleições, o partido obteve 11 assentos.

Entre as propostas do partido, está melhorar os sobrecarregados sistemas de saúde e assistência social da Grã-Bretanha, incluindo a introdução de cuidados de enfermagem gratuitos em casa. Investir em energia renovável e isolamento de casas. Combater as empresas de água que despejam esgoto. Reduzir a idade de votação para 16 anos. Reingressar no mercado único da União Europeia.

Reform UK - Líder: Nigel Farage

Nigel Farage se considera um “disruptor” na política britânica e tem causado problemas para a campanha dos tories, como são conhecidos os membros do Partido Conservador, por dividir votos. Ele adotou uma retórica anti-imigrantes e postura cética em relação à União Europeia, sendo um defensor do Brexit. Os eleitores mais conservadores, desiludidos com a promessa dos tories, têm declarado voto no populista.

Farage já concorreu ao Parlamento sete vezes, mas nunca venceu. Nas últimas eleições do país, o Reform UK não elegeu nenhum deputado. Entretanto, o partido passou a ter um assento quando o ex-vice-presidente do Partido Conservador, Lee Anderson, foi para o Reform UK.

Imagem mostra Nigel Farage, líder do partido Reform UK, durante a conferência da ação política conservadora, nos Estados Unidos, em fevereiro. Farage é um dos maiores defensores do Brexit e da saída de imigrantes Foto: Alex Brandon/AP

Entre as propostas políticas, estão congelar a “imigração não essencial” e proibir estudantes internacionais de levarem parentes para o Reino Unido. O partido também pretende deixar a Convenção Europeia dos Direitos Humanos para que os solicitantes de asilo possam ser deportados sem intervenções dos tribunais.

O Reform UK também quer abandonar os objetivos de “zero emissões”, focado na transição energética, para reduzir as contas de energia dos britânicos.

Partido Nacional Escocês - Líder: John Swinney

John Swinney, de 60 anos, tornou-se em maio o terceiro líder do Partido Nacional Escocês em pouco mais de um ano. O político buscou levar estabilidade ao partido, que vive uma em crise desde que a premiê escocesa, Nicola Sturgeon, renunciou no ano passado por causa de uma investigação de financiamento de campanha.

Swinney já havia liderado o Partido Nacional Escocês entre 2000 e 2004. Ele se filiou ao partido aos 15 anos. Nas últimas eleições, o partido conquistou 48 assentos.

Líder do Partido Nacional da Escócia, John Swinney, durante discurso para partidários em Edimburgo, em 19 de junho. Swinney defende fim do programa nuclear britânico sediado na Escócia Foto: Jane Barlow/AP

Entre as propostas políticas, o Partido Nacional Escocês quer abrir negociações de independência da Escócia com o governo do Reino Unido e reingressar na União Europeia. O partido também quer orçamento maior para a saúde pública, a eliminação do programa nuclear do Reino Unido baseado na Escócia e um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Partido Verde – Líderes: Carla Denyer e Adrian Ramsay

Carla Denyer, uma engenheira mecânica, trabalhou em energia eólica antes de ingressar nos Verdes em 2011. Aos 38 anos, foi política local na cidade de Bristol durante nove anos. Em 2021, foi eleita co-líder dos Verdes junto com Ramsay, também um político de governo local com experiência com organizações beneficentes ambientais.

Nas últimas eleições, o partido ganhou um assento no Parlamento.

As propostas do partido incluem eliminar a energia nuclear e levar o Reino Unido a emissões zero até 2040. Os Verdes prometeram £ 24 bilhões (R$ 173 bilhões) por ano para isolar casas e £ 40 bilhões (R$ 288 bilhões) por ano investidos em economia verde. O investimento será financiado com o imposto sobre carbono, taxação dos mais ricos e aumento do imposto de renda para milhões de contribuintes de renda mais alta. /ASSOCIATED PRESS

Imagem mostra líderes do partido Verdes, Adrian Ramsay (dir.) e Carla Denyer (esq.) ao lado de apoiadores em Hove, em 12 de junho. Líderes defendem transição energética como prioridade Foto: Kirsty Wigglesworth/AP

LONDRES — Milhões de eleitores no Reino Unido vão às urnas nesta quinta-feira, 4, para escolher os novos deputados da Câmara dos Comuns e formar um novo governo, hoje sob o comando do primeiro-ministro Rishi Sunak, do Partido Conservador. Segundo as pesquisas eleitorais, os conservadores devem perder o poder para o principal adversário, o Partido Trabalhista, de centro-esquerda.

Se o resultado se confirmar, significa o retorno dos trabalhistas ao comando do Reino Unido após 14 anos. Durante esse período, os conservadores dominaram a política britânica, com cinco premiês diferentes.

Imagem mostra principais candidatos nas eleições do Reino Unido. Eleitores vão às urnas nesta quinta-feira, 4 Foto: Associated Press

Os conservadores e os trabalhistas tradicionalmente se alternam na política britânica sob o sistema eleitoral do Reino Unido de votação por maioria simples, que dificulta a vitória de partidos menores no Parlamento. Mas também estão na disputa os Democratas Liberais, Reform UK, o Partido Nacional Escocês e os Verdes, entre outros.

Conheça os partidos, os líderes e o que está na plataforma de campanha:

Conservadores - Líder: Rishi Sunak

O atual primeiro-ministro britânico Rishi Sunak, de 44 anos, assumiu o poder em outubro de 2022 em um momento de crise na economia do Reino Unido após breve mandato de Liz Truss. Na última eleição, ele e os conservadores tiveram 365 das 650 cadeiras do Parlamento.

Graduado em Oxford e ex-gestor do fundo da Goldman Sachs, Sunak é o primeiro hindu a se tornar premiê. Sunak enfatiza ter estabilizado a situação econômica britânica, mas é criticado por estar distante de eleitores comuns.

Primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, fala a trabalhadores em visita eleitoral em Banbury, na Inglaterra, em imagem desta terça-feira. Sunak foi eleito em 2022 e estabilizou a economia britânica Foto: Phil Noble/AFP

Na atual campanha, o britânico pretende entregar uma economia mais forte, com corte de impostos em £ 17 bilhões (R$ 122 bilhões, na cotação atual) e aumento do orçamento na saúde pública acima da inflação e de defesa em 2,5% do PIB até 2030. Para viabilizar a proposta, os conservadores afirmam que o financiamento será de economias em evasão fiscal e corte de gastos com bem-estar social.

O partido também pretende limitar a quantidade de imigrantes e deportar solicitantes de asilo para Ruanda.

Trabalhistas - Líder: Keir Starmer

Keir Starmer, advogado de 61 anos, ex-promotor-chefe da Inglaterra e País de Gales, é o atual favorito para ser o próximo líder do Reino Unido. Centrista e pragmático, Starmer distanciou o partido de políticas mais à esquerda, abertamente defendidas pelo ex-líder Jeremy Corbyn, e acalmou divisões interna.

Starmer é chamado pelos críticos de sem carisma e ambição, mas sob a sua liderança o Partido Trabalhista aumentou a popularidade. Nas últimas eleições, contra Sunak, o partido obteve 202 assentos no Parlamento.

Imagem desta terça-feira, 2, mostra o líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, em uma visita a uma fábrica em Claycross. Starmer é o favorito para vencer as eleições deste ano Foto: Stefan Rousseau/AP

Entre as propostas políticas, os Trabalhistas sugerem promover a criação de riqueza, incentivar investimentos e melhorar a infraestrutura do Reino Unido, como ferrovias. Também querem criar uma empresa estatal para energia limpa com um imposto sobre grandes empresas de petróleo e gás, na intenção de melhorar a matriz e a segurança energética.

Outras propostas incluem taxar escolas particulares para melhorar o investimento em novos professores em escolas estaduais e reduzir os tempos de espera na saúde pública.

Democratas liberais - Líder: Ed Davey

Ed Davey, de 58 anos, foi eleito pela primeira vez para o Parlamento em 1997. Ex-pesquisador de economia, foi secretário de energia e mudanças climáticas do governo entre 2012 a 2015, quando funcionou a coalizão Conservadora-Democrata Liberal.

Davey se tornou líder dos democratas liberais de centro-esquerda em 2019 e não era um nome conhecido até a atual eleição, quando fez manchetes com várias manobras excêntricas — incluindo pular de bungee jump para estimular os eleitores a darem “um salto de fé”.

Imagem de 2020 mostra Ed Davey, líder do partido Liberal-democrata. Davey fez parte do governo na década passada em uma coalizão entre o partido e os conservadores Foto: Kirsty Wigglesworth/AP

Nas últimas eleições, o partido obteve 11 assentos.

Entre as propostas do partido, está melhorar os sobrecarregados sistemas de saúde e assistência social da Grã-Bretanha, incluindo a introdução de cuidados de enfermagem gratuitos em casa. Investir em energia renovável e isolamento de casas. Combater as empresas de água que despejam esgoto. Reduzir a idade de votação para 16 anos. Reingressar no mercado único da União Europeia.

Reform UK - Líder: Nigel Farage

Nigel Farage se considera um “disruptor” na política britânica e tem causado problemas para a campanha dos tories, como são conhecidos os membros do Partido Conservador, por dividir votos. Ele adotou uma retórica anti-imigrantes e postura cética em relação à União Europeia, sendo um defensor do Brexit. Os eleitores mais conservadores, desiludidos com a promessa dos tories, têm declarado voto no populista.

Farage já concorreu ao Parlamento sete vezes, mas nunca venceu. Nas últimas eleições do país, o Reform UK não elegeu nenhum deputado. Entretanto, o partido passou a ter um assento quando o ex-vice-presidente do Partido Conservador, Lee Anderson, foi para o Reform UK.

Imagem mostra Nigel Farage, líder do partido Reform UK, durante a conferência da ação política conservadora, nos Estados Unidos, em fevereiro. Farage é um dos maiores defensores do Brexit e da saída de imigrantes Foto: Alex Brandon/AP

Entre as propostas políticas, estão congelar a “imigração não essencial” e proibir estudantes internacionais de levarem parentes para o Reino Unido. O partido também pretende deixar a Convenção Europeia dos Direitos Humanos para que os solicitantes de asilo possam ser deportados sem intervenções dos tribunais.

O Reform UK também quer abandonar os objetivos de “zero emissões”, focado na transição energética, para reduzir as contas de energia dos britânicos.

Partido Nacional Escocês - Líder: John Swinney

John Swinney, de 60 anos, tornou-se em maio o terceiro líder do Partido Nacional Escocês em pouco mais de um ano. O político buscou levar estabilidade ao partido, que vive uma em crise desde que a premiê escocesa, Nicola Sturgeon, renunciou no ano passado por causa de uma investigação de financiamento de campanha.

Swinney já havia liderado o Partido Nacional Escocês entre 2000 e 2004. Ele se filiou ao partido aos 15 anos. Nas últimas eleições, o partido conquistou 48 assentos.

Líder do Partido Nacional da Escócia, John Swinney, durante discurso para partidários em Edimburgo, em 19 de junho. Swinney defende fim do programa nuclear britânico sediado na Escócia Foto: Jane Barlow/AP

Entre as propostas políticas, o Partido Nacional Escocês quer abrir negociações de independência da Escócia com o governo do Reino Unido e reingressar na União Europeia. O partido também quer orçamento maior para a saúde pública, a eliminação do programa nuclear do Reino Unido baseado na Escócia e um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Partido Verde – Líderes: Carla Denyer e Adrian Ramsay

Carla Denyer, uma engenheira mecânica, trabalhou em energia eólica antes de ingressar nos Verdes em 2011. Aos 38 anos, foi política local na cidade de Bristol durante nove anos. Em 2021, foi eleita co-líder dos Verdes junto com Ramsay, também um político de governo local com experiência com organizações beneficentes ambientais.

Nas últimas eleições, o partido ganhou um assento no Parlamento.

As propostas do partido incluem eliminar a energia nuclear e levar o Reino Unido a emissões zero até 2040. Os Verdes prometeram £ 24 bilhões (R$ 173 bilhões) por ano para isolar casas e £ 40 bilhões (R$ 288 bilhões) por ano investidos em economia verde. O investimento será financiado com o imposto sobre carbono, taxação dos mais ricos e aumento do imposto de renda para milhões de contribuintes de renda mais alta. /ASSOCIATED PRESS

Imagem mostra líderes do partido Verdes, Adrian Ramsay (dir.) e Carla Denyer (esq.) ao lado de apoiadores em Hove, em 12 de junho. Líderes defendem transição energética como prioridade Foto: Kirsty Wigglesworth/AP

LONDRES — Milhões de eleitores no Reino Unido vão às urnas nesta quinta-feira, 4, para escolher os novos deputados da Câmara dos Comuns e formar um novo governo, hoje sob o comando do primeiro-ministro Rishi Sunak, do Partido Conservador. Segundo as pesquisas eleitorais, os conservadores devem perder o poder para o principal adversário, o Partido Trabalhista, de centro-esquerda.

Se o resultado se confirmar, significa o retorno dos trabalhistas ao comando do Reino Unido após 14 anos. Durante esse período, os conservadores dominaram a política britânica, com cinco premiês diferentes.

Imagem mostra principais candidatos nas eleições do Reino Unido. Eleitores vão às urnas nesta quinta-feira, 4 Foto: Associated Press

Os conservadores e os trabalhistas tradicionalmente se alternam na política britânica sob o sistema eleitoral do Reino Unido de votação por maioria simples, que dificulta a vitória de partidos menores no Parlamento. Mas também estão na disputa os Democratas Liberais, Reform UK, o Partido Nacional Escocês e os Verdes, entre outros.

Conheça os partidos, os líderes e o que está na plataforma de campanha:

Conservadores - Líder: Rishi Sunak

O atual primeiro-ministro britânico Rishi Sunak, de 44 anos, assumiu o poder em outubro de 2022 em um momento de crise na economia do Reino Unido após breve mandato de Liz Truss. Na última eleição, ele e os conservadores tiveram 365 das 650 cadeiras do Parlamento.

Graduado em Oxford e ex-gestor do fundo da Goldman Sachs, Sunak é o primeiro hindu a se tornar premiê. Sunak enfatiza ter estabilizado a situação econômica britânica, mas é criticado por estar distante de eleitores comuns.

Primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, fala a trabalhadores em visita eleitoral em Banbury, na Inglaterra, em imagem desta terça-feira. Sunak foi eleito em 2022 e estabilizou a economia britânica Foto: Phil Noble/AFP

Na atual campanha, o britânico pretende entregar uma economia mais forte, com corte de impostos em £ 17 bilhões (R$ 122 bilhões, na cotação atual) e aumento do orçamento na saúde pública acima da inflação e de defesa em 2,5% do PIB até 2030. Para viabilizar a proposta, os conservadores afirmam que o financiamento será de economias em evasão fiscal e corte de gastos com bem-estar social.

O partido também pretende limitar a quantidade de imigrantes e deportar solicitantes de asilo para Ruanda.

Trabalhistas - Líder: Keir Starmer

Keir Starmer, advogado de 61 anos, ex-promotor-chefe da Inglaterra e País de Gales, é o atual favorito para ser o próximo líder do Reino Unido. Centrista e pragmático, Starmer distanciou o partido de políticas mais à esquerda, abertamente defendidas pelo ex-líder Jeremy Corbyn, e acalmou divisões interna.

Starmer é chamado pelos críticos de sem carisma e ambição, mas sob a sua liderança o Partido Trabalhista aumentou a popularidade. Nas últimas eleições, contra Sunak, o partido obteve 202 assentos no Parlamento.

Imagem desta terça-feira, 2, mostra o líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, em uma visita a uma fábrica em Claycross. Starmer é o favorito para vencer as eleições deste ano Foto: Stefan Rousseau/AP

Entre as propostas políticas, os Trabalhistas sugerem promover a criação de riqueza, incentivar investimentos e melhorar a infraestrutura do Reino Unido, como ferrovias. Também querem criar uma empresa estatal para energia limpa com um imposto sobre grandes empresas de petróleo e gás, na intenção de melhorar a matriz e a segurança energética.

Outras propostas incluem taxar escolas particulares para melhorar o investimento em novos professores em escolas estaduais e reduzir os tempos de espera na saúde pública.

Democratas liberais - Líder: Ed Davey

Ed Davey, de 58 anos, foi eleito pela primeira vez para o Parlamento em 1997. Ex-pesquisador de economia, foi secretário de energia e mudanças climáticas do governo entre 2012 a 2015, quando funcionou a coalizão Conservadora-Democrata Liberal.

Davey se tornou líder dos democratas liberais de centro-esquerda em 2019 e não era um nome conhecido até a atual eleição, quando fez manchetes com várias manobras excêntricas — incluindo pular de bungee jump para estimular os eleitores a darem “um salto de fé”.

Imagem de 2020 mostra Ed Davey, líder do partido Liberal-democrata. Davey fez parte do governo na década passada em uma coalizão entre o partido e os conservadores Foto: Kirsty Wigglesworth/AP

Nas últimas eleições, o partido obteve 11 assentos.

Entre as propostas do partido, está melhorar os sobrecarregados sistemas de saúde e assistência social da Grã-Bretanha, incluindo a introdução de cuidados de enfermagem gratuitos em casa. Investir em energia renovável e isolamento de casas. Combater as empresas de água que despejam esgoto. Reduzir a idade de votação para 16 anos. Reingressar no mercado único da União Europeia.

Reform UK - Líder: Nigel Farage

Nigel Farage se considera um “disruptor” na política britânica e tem causado problemas para a campanha dos tories, como são conhecidos os membros do Partido Conservador, por dividir votos. Ele adotou uma retórica anti-imigrantes e postura cética em relação à União Europeia, sendo um defensor do Brexit. Os eleitores mais conservadores, desiludidos com a promessa dos tories, têm declarado voto no populista.

Farage já concorreu ao Parlamento sete vezes, mas nunca venceu. Nas últimas eleições do país, o Reform UK não elegeu nenhum deputado. Entretanto, o partido passou a ter um assento quando o ex-vice-presidente do Partido Conservador, Lee Anderson, foi para o Reform UK.

Imagem mostra Nigel Farage, líder do partido Reform UK, durante a conferência da ação política conservadora, nos Estados Unidos, em fevereiro. Farage é um dos maiores defensores do Brexit e da saída de imigrantes Foto: Alex Brandon/AP

Entre as propostas políticas, estão congelar a “imigração não essencial” e proibir estudantes internacionais de levarem parentes para o Reino Unido. O partido também pretende deixar a Convenção Europeia dos Direitos Humanos para que os solicitantes de asilo possam ser deportados sem intervenções dos tribunais.

O Reform UK também quer abandonar os objetivos de “zero emissões”, focado na transição energética, para reduzir as contas de energia dos britânicos.

Partido Nacional Escocês - Líder: John Swinney

John Swinney, de 60 anos, tornou-se em maio o terceiro líder do Partido Nacional Escocês em pouco mais de um ano. O político buscou levar estabilidade ao partido, que vive uma em crise desde que a premiê escocesa, Nicola Sturgeon, renunciou no ano passado por causa de uma investigação de financiamento de campanha.

Swinney já havia liderado o Partido Nacional Escocês entre 2000 e 2004. Ele se filiou ao partido aos 15 anos. Nas últimas eleições, o partido conquistou 48 assentos.

Líder do Partido Nacional da Escócia, John Swinney, durante discurso para partidários em Edimburgo, em 19 de junho. Swinney defende fim do programa nuclear britânico sediado na Escócia Foto: Jane Barlow/AP

Entre as propostas políticas, o Partido Nacional Escocês quer abrir negociações de independência da Escócia com o governo do Reino Unido e reingressar na União Europeia. O partido também quer orçamento maior para a saúde pública, a eliminação do programa nuclear do Reino Unido baseado na Escócia e um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Partido Verde – Líderes: Carla Denyer e Adrian Ramsay

Carla Denyer, uma engenheira mecânica, trabalhou em energia eólica antes de ingressar nos Verdes em 2011. Aos 38 anos, foi política local na cidade de Bristol durante nove anos. Em 2021, foi eleita co-líder dos Verdes junto com Ramsay, também um político de governo local com experiência com organizações beneficentes ambientais.

Nas últimas eleições, o partido ganhou um assento no Parlamento.

As propostas do partido incluem eliminar a energia nuclear e levar o Reino Unido a emissões zero até 2040. Os Verdes prometeram £ 24 bilhões (R$ 173 bilhões) por ano para isolar casas e £ 40 bilhões (R$ 288 bilhões) por ano investidos em economia verde. O investimento será financiado com o imposto sobre carbono, taxação dos mais ricos e aumento do imposto de renda para milhões de contribuintes de renda mais alta. /ASSOCIATED PRESS

Imagem mostra líderes do partido Verdes, Adrian Ramsay (dir.) e Carla Denyer (esq.) ao lado de apoiadores em Hove, em 12 de junho. Líderes defendem transição energética como prioridade Foto: Kirsty Wigglesworth/AP

LONDRES — Milhões de eleitores no Reino Unido vão às urnas nesta quinta-feira, 4, para escolher os novos deputados da Câmara dos Comuns e formar um novo governo, hoje sob o comando do primeiro-ministro Rishi Sunak, do Partido Conservador. Segundo as pesquisas eleitorais, os conservadores devem perder o poder para o principal adversário, o Partido Trabalhista, de centro-esquerda.

Se o resultado se confirmar, significa o retorno dos trabalhistas ao comando do Reino Unido após 14 anos. Durante esse período, os conservadores dominaram a política britânica, com cinco premiês diferentes.

Imagem mostra principais candidatos nas eleições do Reino Unido. Eleitores vão às urnas nesta quinta-feira, 4 Foto: Associated Press

Os conservadores e os trabalhistas tradicionalmente se alternam na política britânica sob o sistema eleitoral do Reino Unido de votação por maioria simples, que dificulta a vitória de partidos menores no Parlamento. Mas também estão na disputa os Democratas Liberais, Reform UK, o Partido Nacional Escocês e os Verdes, entre outros.

Conheça os partidos, os líderes e o que está na plataforma de campanha:

Conservadores - Líder: Rishi Sunak

O atual primeiro-ministro britânico Rishi Sunak, de 44 anos, assumiu o poder em outubro de 2022 em um momento de crise na economia do Reino Unido após breve mandato de Liz Truss. Na última eleição, ele e os conservadores tiveram 365 das 650 cadeiras do Parlamento.

Graduado em Oxford e ex-gestor do fundo da Goldman Sachs, Sunak é o primeiro hindu a se tornar premiê. Sunak enfatiza ter estabilizado a situação econômica britânica, mas é criticado por estar distante de eleitores comuns.

Primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, fala a trabalhadores em visita eleitoral em Banbury, na Inglaterra, em imagem desta terça-feira. Sunak foi eleito em 2022 e estabilizou a economia britânica Foto: Phil Noble/AFP

Na atual campanha, o britânico pretende entregar uma economia mais forte, com corte de impostos em £ 17 bilhões (R$ 122 bilhões, na cotação atual) e aumento do orçamento na saúde pública acima da inflação e de defesa em 2,5% do PIB até 2030. Para viabilizar a proposta, os conservadores afirmam que o financiamento será de economias em evasão fiscal e corte de gastos com bem-estar social.

O partido também pretende limitar a quantidade de imigrantes e deportar solicitantes de asilo para Ruanda.

Trabalhistas - Líder: Keir Starmer

Keir Starmer, advogado de 61 anos, ex-promotor-chefe da Inglaterra e País de Gales, é o atual favorito para ser o próximo líder do Reino Unido. Centrista e pragmático, Starmer distanciou o partido de políticas mais à esquerda, abertamente defendidas pelo ex-líder Jeremy Corbyn, e acalmou divisões interna.

Starmer é chamado pelos críticos de sem carisma e ambição, mas sob a sua liderança o Partido Trabalhista aumentou a popularidade. Nas últimas eleições, contra Sunak, o partido obteve 202 assentos no Parlamento.

Imagem desta terça-feira, 2, mostra o líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, em uma visita a uma fábrica em Claycross. Starmer é o favorito para vencer as eleições deste ano Foto: Stefan Rousseau/AP

Entre as propostas políticas, os Trabalhistas sugerem promover a criação de riqueza, incentivar investimentos e melhorar a infraestrutura do Reino Unido, como ferrovias. Também querem criar uma empresa estatal para energia limpa com um imposto sobre grandes empresas de petróleo e gás, na intenção de melhorar a matriz e a segurança energética.

Outras propostas incluem taxar escolas particulares para melhorar o investimento em novos professores em escolas estaduais e reduzir os tempos de espera na saúde pública.

Democratas liberais - Líder: Ed Davey

Ed Davey, de 58 anos, foi eleito pela primeira vez para o Parlamento em 1997. Ex-pesquisador de economia, foi secretário de energia e mudanças climáticas do governo entre 2012 a 2015, quando funcionou a coalizão Conservadora-Democrata Liberal.

Davey se tornou líder dos democratas liberais de centro-esquerda em 2019 e não era um nome conhecido até a atual eleição, quando fez manchetes com várias manobras excêntricas — incluindo pular de bungee jump para estimular os eleitores a darem “um salto de fé”.

Imagem de 2020 mostra Ed Davey, líder do partido Liberal-democrata. Davey fez parte do governo na década passada em uma coalizão entre o partido e os conservadores Foto: Kirsty Wigglesworth/AP

Nas últimas eleições, o partido obteve 11 assentos.

Entre as propostas do partido, está melhorar os sobrecarregados sistemas de saúde e assistência social da Grã-Bretanha, incluindo a introdução de cuidados de enfermagem gratuitos em casa. Investir em energia renovável e isolamento de casas. Combater as empresas de água que despejam esgoto. Reduzir a idade de votação para 16 anos. Reingressar no mercado único da União Europeia.

Reform UK - Líder: Nigel Farage

Nigel Farage se considera um “disruptor” na política britânica e tem causado problemas para a campanha dos tories, como são conhecidos os membros do Partido Conservador, por dividir votos. Ele adotou uma retórica anti-imigrantes e postura cética em relação à União Europeia, sendo um defensor do Brexit. Os eleitores mais conservadores, desiludidos com a promessa dos tories, têm declarado voto no populista.

Farage já concorreu ao Parlamento sete vezes, mas nunca venceu. Nas últimas eleições do país, o Reform UK não elegeu nenhum deputado. Entretanto, o partido passou a ter um assento quando o ex-vice-presidente do Partido Conservador, Lee Anderson, foi para o Reform UK.

Imagem mostra Nigel Farage, líder do partido Reform UK, durante a conferência da ação política conservadora, nos Estados Unidos, em fevereiro. Farage é um dos maiores defensores do Brexit e da saída de imigrantes Foto: Alex Brandon/AP

Entre as propostas políticas, estão congelar a “imigração não essencial” e proibir estudantes internacionais de levarem parentes para o Reino Unido. O partido também pretende deixar a Convenção Europeia dos Direitos Humanos para que os solicitantes de asilo possam ser deportados sem intervenções dos tribunais.

O Reform UK também quer abandonar os objetivos de “zero emissões”, focado na transição energética, para reduzir as contas de energia dos britânicos.

Partido Nacional Escocês - Líder: John Swinney

John Swinney, de 60 anos, tornou-se em maio o terceiro líder do Partido Nacional Escocês em pouco mais de um ano. O político buscou levar estabilidade ao partido, que vive uma em crise desde que a premiê escocesa, Nicola Sturgeon, renunciou no ano passado por causa de uma investigação de financiamento de campanha.

Swinney já havia liderado o Partido Nacional Escocês entre 2000 e 2004. Ele se filiou ao partido aos 15 anos. Nas últimas eleições, o partido conquistou 48 assentos.

Líder do Partido Nacional da Escócia, John Swinney, durante discurso para partidários em Edimburgo, em 19 de junho. Swinney defende fim do programa nuclear britânico sediado na Escócia Foto: Jane Barlow/AP

Entre as propostas políticas, o Partido Nacional Escocês quer abrir negociações de independência da Escócia com o governo do Reino Unido e reingressar na União Europeia. O partido também quer orçamento maior para a saúde pública, a eliminação do programa nuclear do Reino Unido baseado na Escócia e um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Partido Verde – Líderes: Carla Denyer e Adrian Ramsay

Carla Denyer, uma engenheira mecânica, trabalhou em energia eólica antes de ingressar nos Verdes em 2011. Aos 38 anos, foi política local na cidade de Bristol durante nove anos. Em 2021, foi eleita co-líder dos Verdes junto com Ramsay, também um político de governo local com experiência com organizações beneficentes ambientais.

Nas últimas eleições, o partido ganhou um assento no Parlamento.

As propostas do partido incluem eliminar a energia nuclear e levar o Reino Unido a emissões zero até 2040. Os Verdes prometeram £ 24 bilhões (R$ 173 bilhões) por ano para isolar casas e £ 40 bilhões (R$ 288 bilhões) por ano investidos em economia verde. O investimento será financiado com o imposto sobre carbono, taxação dos mais ricos e aumento do imposto de renda para milhões de contribuintes de renda mais alta. /ASSOCIATED PRESS

Imagem mostra líderes do partido Verdes, Adrian Ramsay (dir.) e Carla Denyer (esq.) ao lado de apoiadores em Hove, em 12 de junho. Líderes defendem transição energética como prioridade Foto: Kirsty Wigglesworth/AP

LONDRES — Milhões de eleitores no Reino Unido vão às urnas nesta quinta-feira, 4, para escolher os novos deputados da Câmara dos Comuns e formar um novo governo, hoje sob o comando do primeiro-ministro Rishi Sunak, do Partido Conservador. Segundo as pesquisas eleitorais, os conservadores devem perder o poder para o principal adversário, o Partido Trabalhista, de centro-esquerda.

Se o resultado se confirmar, significa o retorno dos trabalhistas ao comando do Reino Unido após 14 anos. Durante esse período, os conservadores dominaram a política britânica, com cinco premiês diferentes.

Imagem mostra principais candidatos nas eleições do Reino Unido. Eleitores vão às urnas nesta quinta-feira, 4 Foto: Associated Press

Os conservadores e os trabalhistas tradicionalmente se alternam na política britânica sob o sistema eleitoral do Reino Unido de votação por maioria simples, que dificulta a vitória de partidos menores no Parlamento. Mas também estão na disputa os Democratas Liberais, Reform UK, o Partido Nacional Escocês e os Verdes, entre outros.

Conheça os partidos, os líderes e o que está na plataforma de campanha:

Conservadores - Líder: Rishi Sunak

O atual primeiro-ministro britânico Rishi Sunak, de 44 anos, assumiu o poder em outubro de 2022 em um momento de crise na economia do Reino Unido após breve mandato de Liz Truss. Na última eleição, ele e os conservadores tiveram 365 das 650 cadeiras do Parlamento.

Graduado em Oxford e ex-gestor do fundo da Goldman Sachs, Sunak é o primeiro hindu a se tornar premiê. Sunak enfatiza ter estabilizado a situação econômica britânica, mas é criticado por estar distante de eleitores comuns.

Primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, fala a trabalhadores em visita eleitoral em Banbury, na Inglaterra, em imagem desta terça-feira. Sunak foi eleito em 2022 e estabilizou a economia britânica Foto: Phil Noble/AFP

Na atual campanha, o britânico pretende entregar uma economia mais forte, com corte de impostos em £ 17 bilhões (R$ 122 bilhões, na cotação atual) e aumento do orçamento na saúde pública acima da inflação e de defesa em 2,5% do PIB até 2030. Para viabilizar a proposta, os conservadores afirmam que o financiamento será de economias em evasão fiscal e corte de gastos com bem-estar social.

O partido também pretende limitar a quantidade de imigrantes e deportar solicitantes de asilo para Ruanda.

Trabalhistas - Líder: Keir Starmer

Keir Starmer, advogado de 61 anos, ex-promotor-chefe da Inglaterra e País de Gales, é o atual favorito para ser o próximo líder do Reino Unido. Centrista e pragmático, Starmer distanciou o partido de políticas mais à esquerda, abertamente defendidas pelo ex-líder Jeremy Corbyn, e acalmou divisões interna.

Starmer é chamado pelos críticos de sem carisma e ambição, mas sob a sua liderança o Partido Trabalhista aumentou a popularidade. Nas últimas eleições, contra Sunak, o partido obteve 202 assentos no Parlamento.

Imagem desta terça-feira, 2, mostra o líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, em uma visita a uma fábrica em Claycross. Starmer é o favorito para vencer as eleições deste ano Foto: Stefan Rousseau/AP

Entre as propostas políticas, os Trabalhistas sugerem promover a criação de riqueza, incentivar investimentos e melhorar a infraestrutura do Reino Unido, como ferrovias. Também querem criar uma empresa estatal para energia limpa com um imposto sobre grandes empresas de petróleo e gás, na intenção de melhorar a matriz e a segurança energética.

Outras propostas incluem taxar escolas particulares para melhorar o investimento em novos professores em escolas estaduais e reduzir os tempos de espera na saúde pública.

Democratas liberais - Líder: Ed Davey

Ed Davey, de 58 anos, foi eleito pela primeira vez para o Parlamento em 1997. Ex-pesquisador de economia, foi secretário de energia e mudanças climáticas do governo entre 2012 a 2015, quando funcionou a coalizão Conservadora-Democrata Liberal.

Davey se tornou líder dos democratas liberais de centro-esquerda em 2019 e não era um nome conhecido até a atual eleição, quando fez manchetes com várias manobras excêntricas — incluindo pular de bungee jump para estimular os eleitores a darem “um salto de fé”.

Imagem de 2020 mostra Ed Davey, líder do partido Liberal-democrata. Davey fez parte do governo na década passada em uma coalizão entre o partido e os conservadores Foto: Kirsty Wigglesworth/AP

Nas últimas eleições, o partido obteve 11 assentos.

Entre as propostas do partido, está melhorar os sobrecarregados sistemas de saúde e assistência social da Grã-Bretanha, incluindo a introdução de cuidados de enfermagem gratuitos em casa. Investir em energia renovável e isolamento de casas. Combater as empresas de água que despejam esgoto. Reduzir a idade de votação para 16 anos. Reingressar no mercado único da União Europeia.

Reform UK - Líder: Nigel Farage

Nigel Farage se considera um “disruptor” na política britânica e tem causado problemas para a campanha dos tories, como são conhecidos os membros do Partido Conservador, por dividir votos. Ele adotou uma retórica anti-imigrantes e postura cética em relação à União Europeia, sendo um defensor do Brexit. Os eleitores mais conservadores, desiludidos com a promessa dos tories, têm declarado voto no populista.

Farage já concorreu ao Parlamento sete vezes, mas nunca venceu. Nas últimas eleições do país, o Reform UK não elegeu nenhum deputado. Entretanto, o partido passou a ter um assento quando o ex-vice-presidente do Partido Conservador, Lee Anderson, foi para o Reform UK.

Imagem mostra Nigel Farage, líder do partido Reform UK, durante a conferência da ação política conservadora, nos Estados Unidos, em fevereiro. Farage é um dos maiores defensores do Brexit e da saída de imigrantes Foto: Alex Brandon/AP

Entre as propostas políticas, estão congelar a “imigração não essencial” e proibir estudantes internacionais de levarem parentes para o Reino Unido. O partido também pretende deixar a Convenção Europeia dos Direitos Humanos para que os solicitantes de asilo possam ser deportados sem intervenções dos tribunais.

O Reform UK também quer abandonar os objetivos de “zero emissões”, focado na transição energética, para reduzir as contas de energia dos britânicos.

Partido Nacional Escocês - Líder: John Swinney

John Swinney, de 60 anos, tornou-se em maio o terceiro líder do Partido Nacional Escocês em pouco mais de um ano. O político buscou levar estabilidade ao partido, que vive uma em crise desde que a premiê escocesa, Nicola Sturgeon, renunciou no ano passado por causa de uma investigação de financiamento de campanha.

Swinney já havia liderado o Partido Nacional Escocês entre 2000 e 2004. Ele se filiou ao partido aos 15 anos. Nas últimas eleições, o partido conquistou 48 assentos.

Líder do Partido Nacional da Escócia, John Swinney, durante discurso para partidários em Edimburgo, em 19 de junho. Swinney defende fim do programa nuclear britânico sediado na Escócia Foto: Jane Barlow/AP

Entre as propostas políticas, o Partido Nacional Escocês quer abrir negociações de independência da Escócia com o governo do Reino Unido e reingressar na União Europeia. O partido também quer orçamento maior para a saúde pública, a eliminação do programa nuclear do Reino Unido baseado na Escócia e um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Partido Verde – Líderes: Carla Denyer e Adrian Ramsay

Carla Denyer, uma engenheira mecânica, trabalhou em energia eólica antes de ingressar nos Verdes em 2011. Aos 38 anos, foi política local na cidade de Bristol durante nove anos. Em 2021, foi eleita co-líder dos Verdes junto com Ramsay, também um político de governo local com experiência com organizações beneficentes ambientais.

Nas últimas eleições, o partido ganhou um assento no Parlamento.

As propostas do partido incluem eliminar a energia nuclear e levar o Reino Unido a emissões zero até 2040. Os Verdes prometeram £ 24 bilhões (R$ 173 bilhões) por ano para isolar casas e £ 40 bilhões (R$ 288 bilhões) por ano investidos em economia verde. O investimento será financiado com o imposto sobre carbono, taxação dos mais ricos e aumento do imposto de renda para milhões de contribuintes de renda mais alta. /ASSOCIATED PRESS

Imagem mostra líderes do partido Verdes, Adrian Ramsay (dir.) e Carla Denyer (esq.) ao lado de apoiadores em Hove, em 12 de junho. Líderes defendem transição energética como prioridade Foto: Kirsty Wigglesworth/AP

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