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Documentários, filmes e livros abordam ataque terrorista contra atletas israelenses em Munique


SÃO PAULO - O ataque terrorista contra a delegação israelense nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972, é tema de uma série de documentários, filmes e livros. O mais conhecido deles é o longa "Munique", de 2005, dirigido por Steven Spielberg. O filme aborda a operação israelense de caça dos envolvidos no massacre, integrantes do grupo Setembro Negro. Um longa anterior, de 1986, "Espada de Gideon", trata também do plano israelense, embora, na década de 1980 muitos dos detalhes revelados apenas mais tarde ainda fossem desconhecidos.

Por redacaointer

Veja também:Correspondente do 'Estado' em Israel relata dia seguinte

Documentários. "Um dia em setembro", de 1999, dirigido por Kevin Macdonald e narrado pelo ator americano Michael Douglas, relata com detalhes os desdobramentos do episódio. Com duração de 90 minutos, o vídeo tem uma entrevista até então inédita com o único terrorista que participou do incidente e não foi morto por Israel, Jamal al-Gashey, cujo paradeiro é desconhecido. "Um dia em setembro" reúne também depoimentos de personagens diretamente envolvidos nas negociações com os terroristas, como oficiais do Comitê Olímpico, da polícia e do governo da Alemanha.

Funcionários do Mossad e parentes dos atletas mortos, entre eles Ankie Spitzer - cujo marido, Andrey, morreu no ataque - também concederam entrevistas para o documentário. Ao Estado, Ankie, atualmente vivendo em Tel-Aviv, disse ter ficado "bastante satisfeita" com o resultado do filme, "apesar de termos tido problemas com a versão original, que mostrava imagens chocantes dos corpos" dos atletas mortos. "Um dia" mostra ainda a cobertura feita pela imprensa na ocasião.

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O plano de matar os envolvidos no massacre de Munique, apelidado em Israel de "Ira de Deus", é também abordado no vídeo"A vingança de Golda", em referência ao nome da então primeira-ministra israelense, Golda Meir. Foi dela a decisão de não ceder às exigências do grupo que sequestrou os atletas em Munique - de que o governo em Tel-Aviv libertasse cerca de duzentos prisioneiros palestinos. Em uma entrevista na ocasião, ela declarou: "Se nos rendermos, nenhum israelense, em lugar algum no mundo, poderá sentir que está seguro. É o pior tipo de chantagem". O filme, com pouco mais de 45 minutos, tem entrevistas com autoridades israelenses como o atual ministro da Defesa, Ehud Barak, e o presidente Shimon Peres. O rei Hussein, monarca jordaniano pai do rei atual, também dá um depoimento.

Livros. O filme "Munique", de Spielberg, teve como inspiração o livro "Contra-ataque", do jornalista e escritor Aaron J. Klein. Correspondente para assuntos militares e de inteligência da revista americana Time, Klein teve acesso, em fevereiro de 2005 - após diversos pedidos seus serem negados - ao relatório Kopel. O documento de 15 páginas do serviço de inteligência de Israel detalha questões envolvendo a segurança dos atletas em Munique e a operação que o país levou a cabo ao longo de duas décadas para matar os terroristas e mentores do ataque.

O livro, publicado em 2005, apresenta os fatos colhidos pelo autor na pesquisa a partir do relatório. "Um dia em setembro", de Simon Reeve, publicado cinco anos antes, se assemelha bastante ao livro de Klein, no conteúdo e na organização. A obra fornece detalhes sobre a captura dos atletas e a operação frustrada que resultou na morte deles. Aborda também as recriminações ao redor do mundo e o lançamento da operação israelense. O livro foi escrito a partir do documentário homônimo, lançado um ano antes.

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Alguns outros livros tratam, direta ou indiretamente, do ataque em Munique

"The Munich Olympics: Great Disasters, Reforms and Ramifications" ("As Olimpíadas de Munique: grandes desastres, reformas e ramificações"), de Hal Marcovitz

"The 1972 Munich Olympics and the Making of Modern Germany" ("As Olimpíadas de 1972 em Munique e a criação da Alemanha moderna), de Kay Schiller

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"Israeli Defence Forces since 1973" (As Forças de Defesa de Israel desde 1973"), publicado pela Osprey Publishing

"A High Price: The Triumphs and Failures of Israeli Counterterrorism" ("Um alto preço: triunfos e derrotas do contraterrorismo israelense"), de Daniel Byman

"Mark Spitz: The Extraordinary Life of an Olympic Champion" ("Mark Spitz: a vida extraordinária de um campeão olímpico"), de Richard J. Foster, sobre o nadador americano recordista em medalhas que foi retirado dos Jogos em Munique por suspeitas de que poderia se tornar um alvo do Setembro Negro por ser judeu

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Assista abaixo, na íntegra, ao documentário "Um dia em setembro". O filme é exibido no idioma original, inglês, com legendas em português.

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Assista ao trailer de "Munique", dirigido por Spielberg.

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Assista ao documentário "A vingança de Golda" (o vídeo, em inglês, não está legendado e algumas das entrevistas estão no idioma original, como hebraico; os personagens não estão identificados)

Assista ao trailer de "Espada de Gideon".

Veja também:Correspondente do 'Estado' em Israel relata dia seguinte

Documentários. "Um dia em setembro", de 1999, dirigido por Kevin Macdonald e narrado pelo ator americano Michael Douglas, relata com detalhes os desdobramentos do episódio. Com duração de 90 minutos, o vídeo tem uma entrevista até então inédita com o único terrorista que participou do incidente e não foi morto por Israel, Jamal al-Gashey, cujo paradeiro é desconhecido. "Um dia em setembro" reúne também depoimentos de personagens diretamente envolvidos nas negociações com os terroristas, como oficiais do Comitê Olímpico, da polícia e do governo da Alemanha.

Funcionários do Mossad e parentes dos atletas mortos, entre eles Ankie Spitzer - cujo marido, Andrey, morreu no ataque - também concederam entrevistas para o documentário. Ao Estado, Ankie, atualmente vivendo em Tel-Aviv, disse ter ficado "bastante satisfeita" com o resultado do filme, "apesar de termos tido problemas com a versão original, que mostrava imagens chocantes dos corpos" dos atletas mortos. "Um dia" mostra ainda a cobertura feita pela imprensa na ocasião.

O plano de matar os envolvidos no massacre de Munique, apelidado em Israel de "Ira de Deus", é também abordado no vídeo"A vingança de Golda", em referência ao nome da então primeira-ministra israelense, Golda Meir. Foi dela a decisão de não ceder às exigências do grupo que sequestrou os atletas em Munique - de que o governo em Tel-Aviv libertasse cerca de duzentos prisioneiros palestinos. Em uma entrevista na ocasião, ela declarou: "Se nos rendermos, nenhum israelense, em lugar algum no mundo, poderá sentir que está seguro. É o pior tipo de chantagem". O filme, com pouco mais de 45 minutos, tem entrevistas com autoridades israelenses como o atual ministro da Defesa, Ehud Barak, e o presidente Shimon Peres. O rei Hussein, monarca jordaniano pai do rei atual, também dá um depoimento.

Livros. O filme "Munique", de Spielberg, teve como inspiração o livro "Contra-ataque", do jornalista e escritor Aaron J. Klein. Correspondente para assuntos militares e de inteligência da revista americana Time, Klein teve acesso, em fevereiro de 2005 - após diversos pedidos seus serem negados - ao relatório Kopel. O documento de 15 páginas do serviço de inteligência de Israel detalha questões envolvendo a segurança dos atletas em Munique e a operação que o país levou a cabo ao longo de duas décadas para matar os terroristas e mentores do ataque.

O livro, publicado em 2005, apresenta os fatos colhidos pelo autor na pesquisa a partir do relatório. "Um dia em setembro", de Simon Reeve, publicado cinco anos antes, se assemelha bastante ao livro de Klein, no conteúdo e na organização. A obra fornece detalhes sobre a captura dos atletas e a operação frustrada que resultou na morte deles. Aborda também as recriminações ao redor do mundo e o lançamento da operação israelense. O livro foi escrito a partir do documentário homônimo, lançado um ano antes.

Alguns outros livros tratam, direta ou indiretamente, do ataque em Munique

"The Munich Olympics: Great Disasters, Reforms and Ramifications" ("As Olimpíadas de Munique: grandes desastres, reformas e ramificações"), de Hal Marcovitz

"The 1972 Munich Olympics and the Making of Modern Germany" ("As Olimpíadas de 1972 em Munique e a criação da Alemanha moderna), de Kay Schiller

"Israeli Defence Forces since 1973" (As Forças de Defesa de Israel desde 1973"), publicado pela Osprey Publishing

"A High Price: The Triumphs and Failures of Israeli Counterterrorism" ("Um alto preço: triunfos e derrotas do contraterrorismo israelense"), de Daniel Byman

"Mark Spitz: The Extraordinary Life of an Olympic Champion" ("Mark Spitz: a vida extraordinária de um campeão olímpico"), de Richard J. Foster, sobre o nadador americano recordista em medalhas que foi retirado dos Jogos em Munique por suspeitas de que poderia se tornar um alvo do Setembro Negro por ser judeu

 

Assista abaixo, na íntegra, ao documentário "Um dia em setembro". O filme é exibido no idioma original, inglês, com legendas em português.

Assista ao trailer de "Munique", dirigido por Spielberg.

Assista ao documentário "A vingança de Golda" (o vídeo, em inglês, não está legendado e algumas das entrevistas estão no idioma original, como hebraico; os personagens não estão identificados)

Assista ao trailer de "Espada de Gideon".

Veja também:Correspondente do 'Estado' em Israel relata dia seguinte

Documentários. "Um dia em setembro", de 1999, dirigido por Kevin Macdonald e narrado pelo ator americano Michael Douglas, relata com detalhes os desdobramentos do episódio. Com duração de 90 minutos, o vídeo tem uma entrevista até então inédita com o único terrorista que participou do incidente e não foi morto por Israel, Jamal al-Gashey, cujo paradeiro é desconhecido. "Um dia em setembro" reúne também depoimentos de personagens diretamente envolvidos nas negociações com os terroristas, como oficiais do Comitê Olímpico, da polícia e do governo da Alemanha.

Funcionários do Mossad e parentes dos atletas mortos, entre eles Ankie Spitzer - cujo marido, Andrey, morreu no ataque - também concederam entrevistas para o documentário. Ao Estado, Ankie, atualmente vivendo em Tel-Aviv, disse ter ficado "bastante satisfeita" com o resultado do filme, "apesar de termos tido problemas com a versão original, que mostrava imagens chocantes dos corpos" dos atletas mortos. "Um dia" mostra ainda a cobertura feita pela imprensa na ocasião.

O plano de matar os envolvidos no massacre de Munique, apelidado em Israel de "Ira de Deus", é também abordado no vídeo"A vingança de Golda", em referência ao nome da então primeira-ministra israelense, Golda Meir. Foi dela a decisão de não ceder às exigências do grupo que sequestrou os atletas em Munique - de que o governo em Tel-Aviv libertasse cerca de duzentos prisioneiros palestinos. Em uma entrevista na ocasião, ela declarou: "Se nos rendermos, nenhum israelense, em lugar algum no mundo, poderá sentir que está seguro. É o pior tipo de chantagem". O filme, com pouco mais de 45 minutos, tem entrevistas com autoridades israelenses como o atual ministro da Defesa, Ehud Barak, e o presidente Shimon Peres. O rei Hussein, monarca jordaniano pai do rei atual, também dá um depoimento.

Livros. O filme "Munique", de Spielberg, teve como inspiração o livro "Contra-ataque", do jornalista e escritor Aaron J. Klein. Correspondente para assuntos militares e de inteligência da revista americana Time, Klein teve acesso, em fevereiro de 2005 - após diversos pedidos seus serem negados - ao relatório Kopel. O documento de 15 páginas do serviço de inteligência de Israel detalha questões envolvendo a segurança dos atletas em Munique e a operação que o país levou a cabo ao longo de duas décadas para matar os terroristas e mentores do ataque.

O livro, publicado em 2005, apresenta os fatos colhidos pelo autor na pesquisa a partir do relatório. "Um dia em setembro", de Simon Reeve, publicado cinco anos antes, se assemelha bastante ao livro de Klein, no conteúdo e na organização. A obra fornece detalhes sobre a captura dos atletas e a operação frustrada que resultou na morte deles. Aborda também as recriminações ao redor do mundo e o lançamento da operação israelense. O livro foi escrito a partir do documentário homônimo, lançado um ano antes.

Alguns outros livros tratam, direta ou indiretamente, do ataque em Munique

"The Munich Olympics: Great Disasters, Reforms and Ramifications" ("As Olimpíadas de Munique: grandes desastres, reformas e ramificações"), de Hal Marcovitz

"The 1972 Munich Olympics and the Making of Modern Germany" ("As Olimpíadas de 1972 em Munique e a criação da Alemanha moderna), de Kay Schiller

"Israeli Defence Forces since 1973" (As Forças de Defesa de Israel desde 1973"), publicado pela Osprey Publishing

"A High Price: The Triumphs and Failures of Israeli Counterterrorism" ("Um alto preço: triunfos e derrotas do contraterrorismo israelense"), de Daniel Byman

"Mark Spitz: The Extraordinary Life of an Olympic Champion" ("Mark Spitz: a vida extraordinária de um campeão olímpico"), de Richard J. Foster, sobre o nadador americano recordista em medalhas que foi retirado dos Jogos em Munique por suspeitas de que poderia se tornar um alvo do Setembro Negro por ser judeu

 

Assista abaixo, na íntegra, ao documentário "Um dia em setembro". O filme é exibido no idioma original, inglês, com legendas em português.

Assista ao trailer de "Munique", dirigido por Spielberg.

Assista ao documentário "A vingança de Golda" (o vídeo, em inglês, não está legendado e algumas das entrevistas estão no idioma original, como hebraico; os personagens não estão identificados)

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Documentários. "Um dia em setembro", de 1999, dirigido por Kevin Macdonald e narrado pelo ator americano Michael Douglas, relata com detalhes os desdobramentos do episódio. Com duração de 90 minutos, o vídeo tem uma entrevista até então inédita com o único terrorista que participou do incidente e não foi morto por Israel, Jamal al-Gashey, cujo paradeiro é desconhecido. "Um dia em setembro" reúne também depoimentos de personagens diretamente envolvidos nas negociações com os terroristas, como oficiais do Comitê Olímpico, da polícia e do governo da Alemanha.

Funcionários do Mossad e parentes dos atletas mortos, entre eles Ankie Spitzer - cujo marido, Andrey, morreu no ataque - também concederam entrevistas para o documentário. Ao Estado, Ankie, atualmente vivendo em Tel-Aviv, disse ter ficado "bastante satisfeita" com o resultado do filme, "apesar de termos tido problemas com a versão original, que mostrava imagens chocantes dos corpos" dos atletas mortos. "Um dia" mostra ainda a cobertura feita pela imprensa na ocasião.

O plano de matar os envolvidos no massacre de Munique, apelidado em Israel de "Ira de Deus", é também abordado no vídeo"A vingança de Golda", em referência ao nome da então primeira-ministra israelense, Golda Meir. Foi dela a decisão de não ceder às exigências do grupo que sequestrou os atletas em Munique - de que o governo em Tel-Aviv libertasse cerca de duzentos prisioneiros palestinos. Em uma entrevista na ocasião, ela declarou: "Se nos rendermos, nenhum israelense, em lugar algum no mundo, poderá sentir que está seguro. É o pior tipo de chantagem". O filme, com pouco mais de 45 minutos, tem entrevistas com autoridades israelenses como o atual ministro da Defesa, Ehud Barak, e o presidente Shimon Peres. O rei Hussein, monarca jordaniano pai do rei atual, também dá um depoimento.

Livros. O filme "Munique", de Spielberg, teve como inspiração o livro "Contra-ataque", do jornalista e escritor Aaron J. Klein. Correspondente para assuntos militares e de inteligência da revista americana Time, Klein teve acesso, em fevereiro de 2005 - após diversos pedidos seus serem negados - ao relatório Kopel. O documento de 15 páginas do serviço de inteligência de Israel detalha questões envolvendo a segurança dos atletas em Munique e a operação que o país levou a cabo ao longo de duas décadas para matar os terroristas e mentores do ataque.

O livro, publicado em 2005, apresenta os fatos colhidos pelo autor na pesquisa a partir do relatório. "Um dia em setembro", de Simon Reeve, publicado cinco anos antes, se assemelha bastante ao livro de Klein, no conteúdo e na organização. A obra fornece detalhes sobre a captura dos atletas e a operação frustrada que resultou na morte deles. Aborda também as recriminações ao redor do mundo e o lançamento da operação israelense. O livro foi escrito a partir do documentário homônimo, lançado um ano antes.

Alguns outros livros tratam, direta ou indiretamente, do ataque em Munique

"The Munich Olympics: Great Disasters, Reforms and Ramifications" ("As Olimpíadas de Munique: grandes desastres, reformas e ramificações"), de Hal Marcovitz

"The 1972 Munich Olympics and the Making of Modern Germany" ("As Olimpíadas de 1972 em Munique e a criação da Alemanha moderna), de Kay Schiller

"Israeli Defence Forces since 1973" (As Forças de Defesa de Israel desde 1973"), publicado pela Osprey Publishing

"A High Price: The Triumphs and Failures of Israeli Counterterrorism" ("Um alto preço: triunfos e derrotas do contraterrorismo israelense"), de Daniel Byman

"Mark Spitz: The Extraordinary Life of an Olympic Champion" ("Mark Spitz: a vida extraordinária de um campeão olímpico"), de Richard J. Foster, sobre o nadador americano recordista em medalhas que foi retirado dos Jogos em Munique por suspeitas de que poderia se tornar um alvo do Setembro Negro por ser judeu

 

Assista abaixo, na íntegra, ao documentário "Um dia em setembro". O filme é exibido no idioma original, inglês, com legendas em português.

Assista ao trailer de "Munique", dirigido por Spielberg.

Assista ao documentário "A vingança de Golda" (o vídeo, em inglês, não está legendado e algumas das entrevistas estão no idioma original, como hebraico; os personagens não estão identificados)

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Veja também:Correspondente do 'Estado' em Israel relata dia seguinte

Documentários. "Um dia em setembro", de 1999, dirigido por Kevin Macdonald e narrado pelo ator americano Michael Douglas, relata com detalhes os desdobramentos do episódio. Com duração de 90 minutos, o vídeo tem uma entrevista até então inédita com o único terrorista que participou do incidente e não foi morto por Israel, Jamal al-Gashey, cujo paradeiro é desconhecido. "Um dia em setembro" reúne também depoimentos de personagens diretamente envolvidos nas negociações com os terroristas, como oficiais do Comitê Olímpico, da polícia e do governo da Alemanha.

Funcionários do Mossad e parentes dos atletas mortos, entre eles Ankie Spitzer - cujo marido, Andrey, morreu no ataque - também concederam entrevistas para o documentário. Ao Estado, Ankie, atualmente vivendo em Tel-Aviv, disse ter ficado "bastante satisfeita" com o resultado do filme, "apesar de termos tido problemas com a versão original, que mostrava imagens chocantes dos corpos" dos atletas mortos. "Um dia" mostra ainda a cobertura feita pela imprensa na ocasião.

O plano de matar os envolvidos no massacre de Munique, apelidado em Israel de "Ira de Deus", é também abordado no vídeo"A vingança de Golda", em referência ao nome da então primeira-ministra israelense, Golda Meir. Foi dela a decisão de não ceder às exigências do grupo que sequestrou os atletas em Munique - de que o governo em Tel-Aviv libertasse cerca de duzentos prisioneiros palestinos. Em uma entrevista na ocasião, ela declarou: "Se nos rendermos, nenhum israelense, em lugar algum no mundo, poderá sentir que está seguro. É o pior tipo de chantagem". O filme, com pouco mais de 45 minutos, tem entrevistas com autoridades israelenses como o atual ministro da Defesa, Ehud Barak, e o presidente Shimon Peres. O rei Hussein, monarca jordaniano pai do rei atual, também dá um depoimento.

Livros. O filme "Munique", de Spielberg, teve como inspiração o livro "Contra-ataque", do jornalista e escritor Aaron J. Klein. Correspondente para assuntos militares e de inteligência da revista americana Time, Klein teve acesso, em fevereiro de 2005 - após diversos pedidos seus serem negados - ao relatório Kopel. O documento de 15 páginas do serviço de inteligência de Israel detalha questões envolvendo a segurança dos atletas em Munique e a operação que o país levou a cabo ao longo de duas décadas para matar os terroristas e mentores do ataque.

O livro, publicado em 2005, apresenta os fatos colhidos pelo autor na pesquisa a partir do relatório. "Um dia em setembro", de Simon Reeve, publicado cinco anos antes, se assemelha bastante ao livro de Klein, no conteúdo e na organização. A obra fornece detalhes sobre a captura dos atletas e a operação frustrada que resultou na morte deles. Aborda também as recriminações ao redor do mundo e o lançamento da operação israelense. O livro foi escrito a partir do documentário homônimo, lançado um ano antes.

Alguns outros livros tratam, direta ou indiretamente, do ataque em Munique

"The Munich Olympics: Great Disasters, Reforms and Ramifications" ("As Olimpíadas de Munique: grandes desastres, reformas e ramificações"), de Hal Marcovitz

"The 1972 Munich Olympics and the Making of Modern Germany" ("As Olimpíadas de 1972 em Munique e a criação da Alemanha moderna), de Kay Schiller

"Israeli Defence Forces since 1973" (As Forças de Defesa de Israel desde 1973"), publicado pela Osprey Publishing

"A High Price: The Triumphs and Failures of Israeli Counterterrorism" ("Um alto preço: triunfos e derrotas do contraterrorismo israelense"), de Daniel Byman

"Mark Spitz: The Extraordinary Life of an Olympic Champion" ("Mark Spitz: a vida extraordinária de um campeão olímpico"), de Richard J. Foster, sobre o nadador americano recordista em medalhas que foi retirado dos Jogos em Munique por suspeitas de que poderia se tornar um alvo do Setembro Negro por ser judeu

 

Assista abaixo, na íntegra, ao documentário "Um dia em setembro". O filme é exibido no idioma original, inglês, com legendas em português.

Assista ao trailer de "Munique", dirigido por Spielberg.

Assista ao documentário "A vingança de Golda" (o vídeo, em inglês, não está legendado e algumas das entrevistas estão no idioma original, como hebraico; os personagens não estão identificados)

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