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Dramas esquecidos: A música como mudança em Serra Leoa


Por Robson Morelli
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Em qualquer lugar dos guetos de Freetown, capital de Serra Leoa, um jovem vocalista com dreadlocks nos cabelos ouve as queixas da população. Todos estão cansados de mentiras, roubos e corrupção. O governo precisa mudar, e os cantores Innocent e Emmerson Bockarie, da banda Sugar Medecine, falam pelas pessoas.

A mistura de hip-hop, afro-pop e reggae surgiu com o fim da guerra civil no país, em 2002. Mais de 50 rádios transmitem esse tipo de música, que hoje é mais uma forma de entretenimento. Mas as freqüências servem como veículo para um debate político nacional.  Com a sexta maior taxa de analfabetismo do planeta e o cenário cultural dominado pela elite, artistas como Innocent são um meio independente de os mais de 6 milhões de habitantes saberem o que se passa no país.

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"Essas músicas são apenas um meio que o povo tem de expressar o que quer dizer", diz ao LA Times o produtor e ex-DJEmrys Savage, que usa camisetas estampadas com o rosto de Che Guevara e é conhecido como King Fisher. "Para nós, é um meio de fazer mudanças sociais".

Em 2007, uma das músicas gravadas por Innocent ajudou a motivar a população a votar contra o governo e eleger a oposição, que conseguiu pela primeira vez fazer campanha eleitoral em algumas partes do país. "Disse para as pessoas: se você não gosta desse governo, vote contra ele. E foi o que aconteceu."

A indústria da música de protesto foi silenciada desde a vitória do presidente Ernest Bai Koroma, com promessas de acabar com a corrupção, melhorar o sistema de saúde e levar eletricidade e água potável para toda a população.

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Emmerson confiava que o novo governo traria mudanças. Mas quando voltou de uma turnê nos EUA, não viu o que gostaria. "Dois anos depois, não vemos nenhum sinal ou caminho de mudança sendo construído", afirmou. O cantor gravou Estávamos melhor ontem do que hoje, afirmando que a sociedade pensava que tinha um salvador, mas tem um governo traidor.

Jornais afirmaram que sua mensagem, nesse caso, era absurda. Innocent compôs uma resposta, "Vamos dar-lhes uma chance". Apesar de muito criticado, o cantor afirma que "não quer mentir para as pessoas". Ambos foram acusados de receber suborno para as canções - tanto do governo como da oposição. E ambos negam, afirmando que a disputa não passou de uma diferença filosófica, e não financeira.

Innocent acredita que os músicos têm a responsabilidade de manter abertos os olhos da população. "Estou anotando. Se o presidente não cumprir o que prometeu, certamente voltarei para o estúdio e as pessoas ouvirão."

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Em qualquer lugar dos guetos de Freetown, capital de Serra Leoa, um jovem vocalista com dreadlocks nos cabelos ouve as queixas da população. Todos estão cansados de mentiras, roubos e corrupção. O governo precisa mudar, e os cantores Innocent e Emmerson Bockarie, da banda Sugar Medecine, falam pelas pessoas.

A mistura de hip-hop, afro-pop e reggae surgiu com o fim da guerra civil no país, em 2002. Mais de 50 rádios transmitem esse tipo de música, que hoje é mais uma forma de entretenimento. Mas as freqüências servem como veículo para um debate político nacional.  Com a sexta maior taxa de analfabetismo do planeta e o cenário cultural dominado pela elite, artistas como Innocent são um meio independente de os mais de 6 milhões de habitantes saberem o que se passa no país.

"Essas músicas são apenas um meio que o povo tem de expressar o que quer dizer", diz ao LA Times o produtor e ex-DJEmrys Savage, que usa camisetas estampadas com o rosto de Che Guevara e é conhecido como King Fisher. "Para nós, é um meio de fazer mudanças sociais".

Em 2007, uma das músicas gravadas por Innocent ajudou a motivar a população a votar contra o governo e eleger a oposição, que conseguiu pela primeira vez fazer campanha eleitoral em algumas partes do país. "Disse para as pessoas: se você não gosta desse governo, vote contra ele. E foi o que aconteceu."

A indústria da música de protesto foi silenciada desde a vitória do presidente Ernest Bai Koroma, com promessas de acabar com a corrupção, melhorar o sistema de saúde e levar eletricidade e água potável para toda a população.

Emmerson confiava que o novo governo traria mudanças. Mas quando voltou de uma turnê nos EUA, não viu o que gostaria. "Dois anos depois, não vemos nenhum sinal ou caminho de mudança sendo construído", afirmou. O cantor gravou Estávamos melhor ontem do que hoje, afirmando que a sociedade pensava que tinha um salvador, mas tem um governo traidor.

Jornais afirmaram que sua mensagem, nesse caso, era absurda. Innocent compôs uma resposta, "Vamos dar-lhes uma chance". Apesar de muito criticado, o cantor afirma que "não quer mentir para as pessoas". Ambos foram acusados de receber suborno para as canções - tanto do governo como da oposição. E ambos negam, afirmando que a disputa não passou de uma diferença filosófica, e não financeira.

Innocent acredita que os músicos têm a responsabilidade de manter abertos os olhos da população. "Estou anotando. Se o presidente não cumprir o que prometeu, certamente voltarei para o estúdio e as pessoas ouvirão."

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Em qualquer lugar dos guetos de Freetown, capital de Serra Leoa, um jovem vocalista com dreadlocks nos cabelos ouve as queixas da população. Todos estão cansados de mentiras, roubos e corrupção. O governo precisa mudar, e os cantores Innocent e Emmerson Bockarie, da banda Sugar Medecine, falam pelas pessoas.

A mistura de hip-hop, afro-pop e reggae surgiu com o fim da guerra civil no país, em 2002. Mais de 50 rádios transmitem esse tipo de música, que hoje é mais uma forma de entretenimento. Mas as freqüências servem como veículo para um debate político nacional.  Com a sexta maior taxa de analfabetismo do planeta e o cenário cultural dominado pela elite, artistas como Innocent são um meio independente de os mais de 6 milhões de habitantes saberem o que se passa no país.

"Essas músicas são apenas um meio que o povo tem de expressar o que quer dizer", diz ao LA Times o produtor e ex-DJEmrys Savage, que usa camisetas estampadas com o rosto de Che Guevara e é conhecido como King Fisher. "Para nós, é um meio de fazer mudanças sociais".

Em 2007, uma das músicas gravadas por Innocent ajudou a motivar a população a votar contra o governo e eleger a oposição, que conseguiu pela primeira vez fazer campanha eleitoral em algumas partes do país. "Disse para as pessoas: se você não gosta desse governo, vote contra ele. E foi o que aconteceu."

A indústria da música de protesto foi silenciada desde a vitória do presidente Ernest Bai Koroma, com promessas de acabar com a corrupção, melhorar o sistema de saúde e levar eletricidade e água potável para toda a população.

Emmerson confiava que o novo governo traria mudanças. Mas quando voltou de uma turnê nos EUA, não viu o que gostaria. "Dois anos depois, não vemos nenhum sinal ou caminho de mudança sendo construído", afirmou. O cantor gravou Estávamos melhor ontem do que hoje, afirmando que a sociedade pensava que tinha um salvador, mas tem um governo traidor.

Jornais afirmaram que sua mensagem, nesse caso, era absurda. Innocent compôs uma resposta, "Vamos dar-lhes uma chance". Apesar de muito criticado, o cantor afirma que "não quer mentir para as pessoas". Ambos foram acusados de receber suborno para as canções - tanto do governo como da oposição. E ambos negam, afirmando que a disputa não passou de uma diferença filosófica, e não financeira.

Innocent acredita que os músicos têm a responsabilidade de manter abertos os olhos da população. "Estou anotando. Se o presidente não cumprir o que prometeu, certamente voltarei para o estúdio e as pessoas ouvirão."

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Em qualquer lugar dos guetos de Freetown, capital de Serra Leoa, um jovem vocalista com dreadlocks nos cabelos ouve as queixas da população. Todos estão cansados de mentiras, roubos e corrupção. O governo precisa mudar, e os cantores Innocent e Emmerson Bockarie, da banda Sugar Medecine, falam pelas pessoas.

A mistura de hip-hop, afro-pop e reggae surgiu com o fim da guerra civil no país, em 2002. Mais de 50 rádios transmitem esse tipo de música, que hoje é mais uma forma de entretenimento. Mas as freqüências servem como veículo para um debate político nacional.  Com a sexta maior taxa de analfabetismo do planeta e o cenário cultural dominado pela elite, artistas como Innocent são um meio independente de os mais de 6 milhões de habitantes saberem o que se passa no país.

"Essas músicas são apenas um meio que o povo tem de expressar o que quer dizer", diz ao LA Times o produtor e ex-DJEmrys Savage, que usa camisetas estampadas com o rosto de Che Guevara e é conhecido como King Fisher. "Para nós, é um meio de fazer mudanças sociais".

Em 2007, uma das músicas gravadas por Innocent ajudou a motivar a população a votar contra o governo e eleger a oposição, que conseguiu pela primeira vez fazer campanha eleitoral em algumas partes do país. "Disse para as pessoas: se você não gosta desse governo, vote contra ele. E foi o que aconteceu."

A indústria da música de protesto foi silenciada desde a vitória do presidente Ernest Bai Koroma, com promessas de acabar com a corrupção, melhorar o sistema de saúde e levar eletricidade e água potável para toda a população.

Emmerson confiava que o novo governo traria mudanças. Mas quando voltou de uma turnê nos EUA, não viu o que gostaria. "Dois anos depois, não vemos nenhum sinal ou caminho de mudança sendo construído", afirmou. O cantor gravou Estávamos melhor ontem do que hoje, afirmando que a sociedade pensava que tinha um salvador, mas tem um governo traidor.

Jornais afirmaram que sua mensagem, nesse caso, era absurda. Innocent compôs uma resposta, "Vamos dar-lhes uma chance". Apesar de muito criticado, o cantor afirma que "não quer mentir para as pessoas". Ambos foram acusados de receber suborno para as canções - tanto do governo como da oposição. E ambos negam, afirmando que a disputa não passou de uma diferença filosófica, e não financeira.

Innocent acredita que os músicos têm a responsabilidade de manter abertos os olhos da população. "Estou anotando. Se o presidente não cumprir o que prometeu, certamente voltarei para o estúdio e as pessoas ouvirão."

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