O blog da Internacional do Estadão

Ministro da Defesa venezuelano é considerado um fiel soldado do chavismo


General Vladimir Padrino López se tornou uma espécie de chefe de gabinete depois que o presidente Nicolás Maduro lhe delegou o comando da frente da ‘guerra’ contra a escassez de alimentos e remédios

Por Redação Internacional

CARACAS - O general Vladimir Padrino López diz que não gosta do militarismo e nega ser um pilar do governo, mas surge como a mão direita do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, após se destacar como um fiel soldado do chavismo.

Aos 53 anos, Padrino López é ministro da Defesa e chefe da estrutura militar mais poderosa da Venezuela: o Comando Estratégico Operacional da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB).

Maduro participa de ato político em Caracas ao lado do Ministro da Defesa, Vladimir Padrino López (D) e do vice-presidente executivo, Aristóbulo Istúriz Foto: REUTERS/Miraflores Palace
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A partir desta semana, López também se tornou uma espécie de chefe de gabinete, após Maduro lhe delegar o comando da frente da "guerra" contra a escassez de alimentos e remédios, problema que tem minado a popularidade do presidente. Com a decisão, os ministros ficaram subordinados a Padrino López, um homem de estatura média e fala pausada.

Sua missão pode ser determinante para o governo socialista, pois o desabastecimento e a inflação - a mais alta do planeta - são os maiores problemas para os venezuelanos, acima até da criminalidade, historicamente em primeiro lugar.

Poucos duvidam da grande influência deste oficial do Exército, que como ministro ampliou o poder político e econômico da FANB. "Não nos agrada o militarismo ou o pretorianismo, e nem a intervenção em assuntos que não nos corresponde", afirmou o general em entrevista a uma emissora de televisão. Seu novo papel como superministro é colocar em ordem a rede produtiva.

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Vida na Venezuela acontece em filas

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Foto: AP Photo/Ariana Cubillos
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Chávez. Padrino López, que costuma citar os clássicos gregos e literatos durante suas entrevistas, tomou em 2002 uma decisão que impulsionou sua carreira: o batalhão que comandava em Caracas não aderiu ao golpe de Estado que afastou o presidente Hugo Chávez do poder durante 48 horas. Segundo o general, Chávez lhe disse então por telefone: "aguarda em teu batalhão, não quero derramamento de sangue entre irmãos".

Cumprida a ordem e após o fracasso do golpe, Chávez condecorou o então tenente-coronel, que a partir de então passou a ser promovido. Em 5 de julho de 2012, o presidente o designou chefe do Estado-Maior do Exército. Neste dia, o general definiu a tropa como "bolivariana, socialista, anti-imperialista e revolucionária".

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No dia 24 de outubro de 2014, Padrino López foi designado por Maduro como ministro da Defesa, e entre fevereiro e março do mesmo ano enfrentou a onda de protestos da oposição, que deixou 43 mortos.

Como ministro, defende a participação dos militares no debate político e compartilha a ideia de Maduro sobre a existência de uma "guerra econômica" e de um "golpe de Estado" orquestrado pelos Estados Unidos e pela "direita venezuelana". / AFP

Veja abaixo: Maduro transfere portos ao controle do Exército

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Como parte de um plano para enfrentar a escassez generalizada de recursos, o presidente venezuelano Nicolás Maduro colocou o Exército à frente dos portos nacionais. Sob críticas de diversos setores, Maduro afirma estar vivendo situação de guerra.

CARACAS - O general Vladimir Padrino López diz que não gosta do militarismo e nega ser um pilar do governo, mas surge como a mão direita do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, após se destacar como um fiel soldado do chavismo.

Aos 53 anos, Padrino López é ministro da Defesa e chefe da estrutura militar mais poderosa da Venezuela: o Comando Estratégico Operacional da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB).

Maduro participa de ato político em Caracas ao lado do Ministro da Defesa, Vladimir Padrino López (D) e do vice-presidente executivo, Aristóbulo Istúriz Foto: REUTERS/Miraflores Palace

A partir desta semana, López também se tornou uma espécie de chefe de gabinete, após Maduro lhe delegar o comando da frente da "guerra" contra a escassez de alimentos e remédios, problema que tem minado a popularidade do presidente. Com a decisão, os ministros ficaram subordinados a Padrino López, um homem de estatura média e fala pausada.

Sua missão pode ser determinante para o governo socialista, pois o desabastecimento e a inflação - a mais alta do planeta - são os maiores problemas para os venezuelanos, acima até da criminalidade, historicamente em primeiro lugar.

Poucos duvidam da grande influência deste oficial do Exército, que como ministro ampliou o poder político e econômico da FANB. "Não nos agrada o militarismo ou o pretorianismo, e nem a intervenção em assuntos que não nos corresponde", afirmou o general em entrevista a uma emissora de televisão. Seu novo papel como superministro é colocar em ordem a rede produtiva.

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Chávez. Padrino López, que costuma citar os clássicos gregos e literatos durante suas entrevistas, tomou em 2002 uma decisão que impulsionou sua carreira: o batalhão que comandava em Caracas não aderiu ao golpe de Estado que afastou o presidente Hugo Chávez do poder durante 48 horas. Segundo o general, Chávez lhe disse então por telefone: "aguarda em teu batalhão, não quero derramamento de sangue entre irmãos".

Cumprida a ordem e após o fracasso do golpe, Chávez condecorou o então tenente-coronel, que a partir de então passou a ser promovido. Em 5 de julho de 2012, o presidente o designou chefe do Estado-Maior do Exército. Neste dia, o general definiu a tropa como "bolivariana, socialista, anti-imperialista e revolucionária".

No dia 24 de outubro de 2014, Padrino López foi designado por Maduro como ministro da Defesa, e entre fevereiro e março do mesmo ano enfrentou a onda de protestos da oposição, que deixou 43 mortos.

Como ministro, defende a participação dos militares no debate político e compartilha a ideia de Maduro sobre a existência de uma "guerra econômica" e de um "golpe de Estado" orquestrado pelos Estados Unidos e pela "direita venezuelana". / AFP

Veja abaixo: Maduro transfere portos ao controle do Exército

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Como parte de um plano para enfrentar a escassez generalizada de recursos, o presidente venezuelano Nicolás Maduro colocou o Exército à frente dos portos nacionais. Sob críticas de diversos setores, Maduro afirma estar vivendo situação de guerra.

CARACAS - O general Vladimir Padrino López diz que não gosta do militarismo e nega ser um pilar do governo, mas surge como a mão direita do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, após se destacar como um fiel soldado do chavismo.

Aos 53 anos, Padrino López é ministro da Defesa e chefe da estrutura militar mais poderosa da Venezuela: o Comando Estratégico Operacional da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB).

Maduro participa de ato político em Caracas ao lado do Ministro da Defesa, Vladimir Padrino López (D) e do vice-presidente executivo, Aristóbulo Istúriz Foto: REUTERS/Miraflores Palace

A partir desta semana, López também se tornou uma espécie de chefe de gabinete, após Maduro lhe delegar o comando da frente da "guerra" contra a escassez de alimentos e remédios, problema que tem minado a popularidade do presidente. Com a decisão, os ministros ficaram subordinados a Padrino López, um homem de estatura média e fala pausada.

Sua missão pode ser determinante para o governo socialista, pois o desabastecimento e a inflação - a mais alta do planeta - são os maiores problemas para os venezuelanos, acima até da criminalidade, historicamente em primeiro lugar.

Poucos duvidam da grande influência deste oficial do Exército, que como ministro ampliou o poder político e econômico da FANB. "Não nos agrada o militarismo ou o pretorianismo, e nem a intervenção em assuntos que não nos corresponde", afirmou o general em entrevista a uma emissora de televisão. Seu novo papel como superministro é colocar em ordem a rede produtiva.

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Chávez. Padrino López, que costuma citar os clássicos gregos e literatos durante suas entrevistas, tomou em 2002 uma decisão que impulsionou sua carreira: o batalhão que comandava em Caracas não aderiu ao golpe de Estado que afastou o presidente Hugo Chávez do poder durante 48 horas. Segundo o general, Chávez lhe disse então por telefone: "aguarda em teu batalhão, não quero derramamento de sangue entre irmãos".

Cumprida a ordem e após o fracasso do golpe, Chávez condecorou o então tenente-coronel, que a partir de então passou a ser promovido. Em 5 de julho de 2012, o presidente o designou chefe do Estado-Maior do Exército. Neste dia, o general definiu a tropa como "bolivariana, socialista, anti-imperialista e revolucionária".

No dia 24 de outubro de 2014, Padrino López foi designado por Maduro como ministro da Defesa, e entre fevereiro e março do mesmo ano enfrentou a onda de protestos da oposição, que deixou 43 mortos.

Como ministro, defende a participação dos militares no debate político e compartilha a ideia de Maduro sobre a existência de uma "guerra econômica" e de um "golpe de Estado" orquestrado pelos Estados Unidos e pela "direita venezuelana". / AFP

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Como parte de um plano para enfrentar a escassez generalizada de recursos, o presidente venezuelano Nicolás Maduro colocou o Exército à frente dos portos nacionais. Sob críticas de diversos setores, Maduro afirma estar vivendo situação de guerra.

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