A posse de Donald Trump, os desastres naturais, o drama dos rohingyas e os lançamentos de mísseis norte-coreanos figuram entre os principais acontecimentos do ano prestes a terminar.
Confira abaixo a seleção dos principais fatos de 2017:
o Posse de Trump Em 20 de janeiro, o magnata republicano Donald Trump, de 70 anos, assumiu como presidente dos Estados Unidos depois de vencer as eleições com o slogan "America Primeiro". As acusações de conluio com a Rússia ofuscaram o início de seu mandato e continuam causando dores de cabeça.
Disparando mensagens pelo Twitter a toda hora, Trump se esforçou na tarefa de desfazer a obra de seu antecessor, Barack Obama, abandonando (ou ameaçando abandonar) vários acordos internacionais (livre-comércio, clima, imigração, saúde, Unesco).
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Em cerimônia nas escadarias em frente ao Capitólio, sede do Congresso Americano, Donald John Trump prestou juramento nesta sexta-feira como o 45º presidente dos Estados Unidos.
Em 6 de dezembro, voltou a confirmar sua política de ruptura, ao reconhecer Jerusalém como capital de Israel. A decisão gerou uma onda de críticas e de protestos em todo mundo. Em 20 de dezembro, obteve sua primeira grande vitória política, com a aprovação de uma grande reforma tributária.
o Início do Brexit Em 29 de março, Londres lançou o processo de saída da União Europeia, nove meses depois do referendo que dividiu o país.
Em 9 de junho, a primeira-ministra conservadora Theresa May, que esperava reforçar sua posição no Parlamento, convocou legislativas antecipadas. Acabou com sua maioria enfraquecida.
O dia do Brexit no Reino Unido
Depois de meses de discussões, em 8 de dezembro, Bruxelas e Londres acertaram as modalidades de seu divórcio, abrindo caminho para discussões comerciais.
o Terremoto político na França Em 7 de maio, o centrista e pró-europeu Emmanuel Macron, de 39 anos, ganhou com ampla margem as eleições presidenciais na França.
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A eleição de Emannuel Macron como novo presidente da França repercutiu entre líderes de todo o mundo. Para muitos o triunfo do centrista representa uma vitória para a Europa.
À frente de um movimento criado um ano antes, o "Em Movimento!", Macron deixou pela primeira vez fora do Palácio do Eliseu os dois grandes partidos que dominaram a política francesa por 60 anos: o Partido Socialista e o partido Os Republicanos.
o Tensões no Oriente Médio Em 5 de junho, Riad e seus aliados romperam relações com o Catar, acusando o país de apoiar grupos islamitas radicais e de estar muito perto de seu inimigo regional, o Irã.
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Em novembro, a renúncia do primeiro-ministro libanês, Saad Hariri, aumentou as tensões entre Arábia Saudita e Irã. Em sua passagem por Riad, Hariri chegou a acusar Teerã de ingerência na política doméstica de seu país. O reino saudita também acusa os iranianos de apoiarem as milícias xiitas no Iêmen, o que a República Islâmica nega.
o Naufrágio da Venezuela Em 30 de julho, depois de mais de quatro meses de violentas manifestações que deixaram mais de 120 mortos, a Venezuela elegeu uma Assembleia Constituinte dotada de poderes ilimitados, que foi rejeitada pela oposição e por boa parte da comunidade internacional.
O novo órgão afastou a procuradora-geral Luisa Ortega Díaz do cargo, que deixou clandestinamente do país. A Constituinte assumiu para si os poderes da Assembleia Nacional.
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Mais de oito milhões de venezuelanos votaram no domingo para definir os integrantes da Assembleia Constituinte convocada pelo presidente Nicolás Maduro. O dia foi marcado pela violência e dez pessoas morreram.
Com a economia em frangalhos pela queda dos preços do petróleo, a Venezuela e sua estatal de petróleo PDVSA foram declarada em default parcial por várias agências de classificação de risco.
o Escalada com Pyongyang Na esteira de vários testes de mísseis, a Coreia do Norte realizou, em 3 de dezembro, um novo teste nuclear - o mais potente até a presente o momento.
No final de novembro, o presidente Kim Jong-un declarou que seu país alcançou a meta de se converter em uma potência nuclear depois de ter testado com sucesso um novo tipo de míssil capaz de atingir qualquer lugar dos Estados Unidos.
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Donald Trump ameaçou destruir totalmente o país, em caso de ataque. Em 22 de dezembro, a ONU endureceu as sanções contra Pyongyang.
o 'Limpeza étnica' dos rohingyas Depois dos ataques do final de agosto contra delegacias de Polícia, o Exército birmanês lançou uma operação de repressão contra aldeias rohingyas.
Isso marcou o início de um imenso êxodo de mais de 640.000 pessoas desta minoria muçulmana para o país vizinho Bangladesh. A ONU denunciou uma limpeza étnica e o Alto Comissariado para os Direitos Humanos falou de genocídio.
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A governante de fato de Mianmar, Aung San Suu Kyi, cancelou nesta quarta-feira sua participação na Assembleia Geral das Nações Unidas no fim de setembro, depois que a ONU afirmou que a minoria muçulmana rohingya é vítima de "limpeza étnica".
o Catalunha sob tutela Em 1º de outubro, apesar da proibição da Justiça espanhola, foi realizado na Catalunha um referendo sobre sua independência. A consulta foi ofuscada pela violência policial.
No dia 27, o Parlamento catalão proclamou unilateralmente sua independência. O governo espanhol de Mariano Rajoy destituiu imediatamente o Executivo regional, suspendeu a autonomia catalã e convocou eleições antecipadas na região para 21 de dezembro.
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O governador catalão destituído, Carles Puigdemont, refugiou-se em Bruxelas para evitar ser preso. Em 21 de dezembro, os partidos separatistas conseguiram maioria absoluta de cadeiras no Parlamento catalão, apesar da vitória do Ciudadanos, contrário à secessão, em porcentual de votos.
o Mugabe cai Em 21 de novembro, Robert Mugabe, de 93, renunciou após 37 anos no poder, depois de ser abandonado pelos militares e por seu próprio partido. Foi substituído por seu antigo braço direito e vice-presidente, Emmerson Mnangagwa.
o Derrota sem erradicação do EI No Iraque, em 9 de dezembro, o governo anunciou a vitória sobre o grupo Estado Islâmico (EI), mas, segundo os militares, a organização continua sendo uma ameaça para o país.
Na Síria, apesar de o grupo também ter perdido a maior parte do território, voltou à província de Idlib (noroeste) no início de dezembro.
Vários países, entre eles Egito e Reino Unido, sofreram este ano atentados reivindicados pelo EI.
o Sinais alarmantes do clima Dois anos depois da assinatura do Acordo de Paris para lutar contra as mudanças globais, 2017 foi marcado por um anúncio e por vários desastres.
Em 1º de junho, o presidente americano, Donald Trump, anunciou que se retirava do pacto, em um momento em que o planeta sofreu uma série de catástrofes, entre furacões, incêndios e inundações.
O ano se encaminhou para ser um dos três mais quentes já registrados. / AFP