Tem início nesta semana o mês sagrado para os muçulmanos, o Ramadã. O 9º mês do calendário islâmico é um período sagrado, em que os muçulmanos fazem orações e jejuam diariamente.
Durante o período, o livro sagrado do Islã recomenda que os fiéis deixem de comer, beber, fumar e ter relações sexuais durante o dia. A prática é um dos cinco pilares básicos que todo muçulmano com condições físicas e financeiras deve cumprir.
O que é o Ramadã?
Muçulmanos em todo o mundo começaram este ano a celebrar a partir desta terça-feira, 13, o mês sagrado do Ramadã, durante o qual se abstêm de comer, beber — mesmo água —, fumar, falar palavras obscenas ou manter relações sexuais do amanhecer ao anoitecer. A jornada de trabalho é reduzida durante esse período em consideração ao estado físico dos que estão jejuando. Neste ano, o Ramadã vai até 23 de abril.
Todos os anos, durante 30 dias, acontece o maior ato de obediência religiosa do mundo, o Ramadã. O evento muçulmano é considerado sagrado e os fiéis devem praticar o jejum, um dos cinco pilares do islamismo.
Por que ele é importante para os muçulmanos?
Segundo a crença, eles fortalecem sua solidariedade e gratidão a Deus ao jejuar em conjunto. O jejum é um dos cinco pilares do Islã, considerado um ato de autopurificação, que leva as pessoas a ter força e paciência e a conhecer a si mesmos.
O Ramadã também é um mês de caridade, quando a maioria dos muçulmanos faz o zakat que é uma espécie de doação para os pobres. Ele também é considerado um período especial de devoção a Alah, principalmente por meio das orações e a leitura do Alcorão, o livro sagrado islâmico.
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Todos os anos, durante 30 dias, acontece o maior ato de obediência religiosa do mundo, o Ramadã. O evento muçulmano é considerado sagrado e os fiéis devem praticar o jejum, um dos cinco pilares do islamismo.
Quando ocorre o mês sagrado?
O começo do Ramadã, que é o nono mês do calendário islâmico lunar, muda todos os anos e é assinalado pelo aparecimento da lua cheia, mas sua duração, que vai de 29 a 30 dias, nunca é alterada.
O Comitê de observação da Lua na Arábia Saudita determina o começo e o final do Ramadã. Frequentemente, os dois principais ramos do Islã, o sunita e o xiita, discordam sobre o momento exato do início do mês, então eles iniciam os ritos em dias diferentes ou com diferença de apenas algumas horas.
De acordo com a Agência de Imprensa Saudita, as previsões indicam que a lua crescente estará visível no ceú de Meca, na Arábia Saudita, na noite desta quarta-feira, 22. Portanto, o primeiro dia de jejum para os muçulmanos daquela parte do mundo deve ser quinta-feira, 23.
Quando termina o Ramadã?
Este ano, na maioria dos países muçulmanos, ele terminará em 23 de abril, quando é realizado o Eid al-Fitr, uma festividade que dura três dias e celebra o fim do mês de jejum. Nessa ocasião, os muçulmanos se reúnem para rezar, comer, trocar presentes e ir ao cemitério lembrar os parentes mortos.
O que significa o Ramadã e quando começou?
A origem do termo Ramadã remete à palavra de origem árabe “ramida”, que significa “ser ardente”, pois o jejum é realizado na época mais quente do ano. Ele começou a ser praticado em 610 d.C., quando se acredita que Alah tenha revelado a Maomé os primeiros versos do Alcorão.
Segundo os ensinamentos islâmicos, Maomé foi para o deserto, perto da cidade sagrada de Meca, na Arábia Saudita, para pensar sobre sua fé. Uma noite, o arcanjo Gabriel apareceu para dizer que ele tinha sido o escolhido para receber a palavra de Deus.
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O jejum é obrigatório?
Sim, para todos os muçulmanos a partir da adolescência, exceto para pessoas idosas, doentes, grávidas ou para os que estejam viajando nesse período. Os que têm condições devem cumpri-lo em outros dias antes que o ano termine.
Como funciona o jejum?
O jejum começa antes do amanhecer, geralmente às 4 horas, depois que as pessoas comem uma refeição reforçada, o suhoor, capaz de oferecer energia para o corpo ao longo de todo o dia longe de alimentos.
Ele termina ao anoitecer, normalmente às 19h30, após a oração da tarde, quando o muçulmano se reúne com amigos, parentes e vizinhos para a refeição de quebra de jejum, chamada de iftar.