Reféns mortos por erro do Exército de Israel seguravam bandeira branca, aponta investigação inicial


Caso desencadeou protestos em Tel-Aviv, que cobram o governo por novo acordo para libertar os cativos

Por Redação
Atualização:

TEL-AVIV - Os três homens que eram mantidos como reféns pelo Hamas na Faixa de Gaza e foram mortos por engano pelo Exército de Israel carregavam uma bandeira branca quando foram alvejados pelos soldados, apontam as investigações preliminares detalhadas neste sábado, 16. O erro desencadeou protestos em Tel-Aviv, que aumentam a pressão sobre o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu por um novo acordo para liberar os cativos.

Um oficial do Exército, sob condição de anonimato, disse que um soldado viu os reféns a metros de distância, pensou que fosse uma armadilha do Hamas, gritou “terroristas” e disparou. Eles estavam sem camisa e tinham uma bandeira branca improvisada. Dois reféns morreram na hora. O terceiro, ferido, tentou se esconder dentro de um prédio e pediu ajuda em hebraico, mas foi atingido de novo, depois que o comandante deu a ordem de cessar-fogo, e também morreu.

As vítimas, identificadas como Yotam Haim, Alon Shamriz e Samar Talalka, estavam em Shejaiya, no norte de Gaza, onde o exército trava intensa batalha corpo a corpo com o Hamas. Ainda de acordo com o oficial do Exército, eles foram abandonados pelos terroristas ou conseguiram escapar.

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O caso chama atenção para o risco enfrentado por mais de 100 pessoas que estão sob controle do Hamas desde 7 de outubro, quando 240 israelenses e estrangeiras foram sequestrados no ataque sem precedentes que deu início à guerra em Gaza. E novos protestos tomaram as ruas de Tel-Aviv entre ontem e hoje. Os manifestantes cobram que o governo feche um novo acordo, como o que permitiu a liberação de outros 100 cativos em troca por um cessar-fogo temporário no final de novembro.

“Apesar do grande desastre, ninguém do gabinete de guerra falou com as famílias, ninguém explicou como vão prevenir o próximo desastre, ninguém”, disse o porta-voz dos familiares Haim Rubinstein ao Times of Israel.

Homem segura cartaz com foto de bebê sequestrado pelo Hamas em protesto em Tel-Aviv.  Foto: AHMAD GHARABLI / AFP
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A morte acidental dos três reféns soma-se à insatisfação dos familiares, que já era crescente nos últimos dias. Isso porque, de acordo com a imprensa israelense, o governo seria resistente ao acordo e teria inclusive barrado uma viagem do chefe o serviço de inteligência, o Mossad, David Barnea, ao Catar no início da semana. Doha tem atuado como mediador entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

Ainda segundo jornais locais, no entanto, Netanyahu teria voltado atrás e Barnea deve discutir a questão dos reféns com o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, neste fim de semana.

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Pressão internacional

Além da cobrança dos familiares dos reféns, o governo israelense enfrenta a pressão internacional, que vem inclusive dos Estados Unidos, seu principal aliado. Neste sábado, o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, viaja ao Oriente Médio para reforçar que a Casa Branca apoia o direito de Israel de se defender mas espera uma redução da morte de civis na Faixa de Gaza.

Na semana, o Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, sugeriu durante viagem a Israel que o país deve reduzir os bombardeios e focar em operações mais direcionadas.

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As divergências ficaram evidentes quando o presidente americano Joe Biden alertou que o governo israelense estava “perdendo apoio”. O aviso foi uma resposta a Netanyahu, que criticou publicamente o plano americano para o futuro de Gaza pós-guerra: a reunificação com a Cisjordânia sob o controle de uma Autoridade Palestina fortalecida.

Tel-Aviv mantém uma incursão terrestre em Gaza com o objetivo declarado de “aniquilar” o grupo terrorista depois do ataque que matou 1.200 pessoas. A retaliação já deixou mais de 18 mil mortos do lado palestino, segundo o ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas. E organizações internacionais que atuam no enclave tem alertado para o drama humanitário com o risco de fome generalizada e doenças em meio à guerra./Com informações de AFP, W. Post e NY Times

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Bombardeio em Khan Younis, sul da Faixa de Gaza, 16 de dezembro de 2023.  Foto: SAID KHATIB / AFP

TEL-AVIV - Os três homens que eram mantidos como reféns pelo Hamas na Faixa de Gaza e foram mortos por engano pelo Exército de Israel carregavam uma bandeira branca quando foram alvejados pelos soldados, apontam as investigações preliminares detalhadas neste sábado, 16. O erro desencadeou protestos em Tel-Aviv, que aumentam a pressão sobre o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu por um novo acordo para liberar os cativos.

Um oficial do Exército, sob condição de anonimato, disse que um soldado viu os reféns a metros de distância, pensou que fosse uma armadilha do Hamas, gritou “terroristas” e disparou. Eles estavam sem camisa e tinham uma bandeira branca improvisada. Dois reféns morreram na hora. O terceiro, ferido, tentou se esconder dentro de um prédio e pediu ajuda em hebraico, mas foi atingido de novo, depois que o comandante deu a ordem de cessar-fogo, e também morreu.

As vítimas, identificadas como Yotam Haim, Alon Shamriz e Samar Talalka, estavam em Shejaiya, no norte de Gaza, onde o exército trava intensa batalha corpo a corpo com o Hamas. Ainda de acordo com o oficial do Exército, eles foram abandonados pelos terroristas ou conseguiram escapar.

O caso chama atenção para o risco enfrentado por mais de 100 pessoas que estão sob controle do Hamas desde 7 de outubro, quando 240 israelenses e estrangeiras foram sequestrados no ataque sem precedentes que deu início à guerra em Gaza. E novos protestos tomaram as ruas de Tel-Aviv entre ontem e hoje. Os manifestantes cobram que o governo feche um novo acordo, como o que permitiu a liberação de outros 100 cativos em troca por um cessar-fogo temporário no final de novembro.

“Apesar do grande desastre, ninguém do gabinete de guerra falou com as famílias, ninguém explicou como vão prevenir o próximo desastre, ninguém”, disse o porta-voz dos familiares Haim Rubinstein ao Times of Israel.

Homem segura cartaz com foto de bebê sequestrado pelo Hamas em protesto em Tel-Aviv.  Foto: AHMAD GHARABLI / AFP

A morte acidental dos três reféns soma-se à insatisfação dos familiares, que já era crescente nos últimos dias. Isso porque, de acordo com a imprensa israelense, o governo seria resistente ao acordo e teria inclusive barrado uma viagem do chefe o serviço de inteligência, o Mossad, David Barnea, ao Catar no início da semana. Doha tem atuado como mediador entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

Ainda segundo jornais locais, no entanto, Netanyahu teria voltado atrás e Barnea deve discutir a questão dos reféns com o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, neste fim de semana.

Pressão internacional

Além da cobrança dos familiares dos reféns, o governo israelense enfrenta a pressão internacional, que vem inclusive dos Estados Unidos, seu principal aliado. Neste sábado, o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, viaja ao Oriente Médio para reforçar que a Casa Branca apoia o direito de Israel de se defender mas espera uma redução da morte de civis na Faixa de Gaza.

Na semana, o Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, sugeriu durante viagem a Israel que o país deve reduzir os bombardeios e focar em operações mais direcionadas.

As divergências ficaram evidentes quando o presidente americano Joe Biden alertou que o governo israelense estava “perdendo apoio”. O aviso foi uma resposta a Netanyahu, que criticou publicamente o plano americano para o futuro de Gaza pós-guerra: a reunificação com a Cisjordânia sob o controle de uma Autoridade Palestina fortalecida.

Tel-Aviv mantém uma incursão terrestre em Gaza com o objetivo declarado de “aniquilar” o grupo terrorista depois do ataque que matou 1.200 pessoas. A retaliação já deixou mais de 18 mil mortos do lado palestino, segundo o ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas. E organizações internacionais que atuam no enclave tem alertado para o drama humanitário com o risco de fome generalizada e doenças em meio à guerra./Com informações de AFP, W. Post e NY Times

Bombardeio em Khan Younis, sul da Faixa de Gaza, 16 de dezembro de 2023.  Foto: SAID KHATIB / AFP

TEL-AVIV - Os três homens que eram mantidos como reféns pelo Hamas na Faixa de Gaza e foram mortos por engano pelo Exército de Israel carregavam uma bandeira branca quando foram alvejados pelos soldados, apontam as investigações preliminares detalhadas neste sábado, 16. O erro desencadeou protestos em Tel-Aviv, que aumentam a pressão sobre o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu por um novo acordo para liberar os cativos.

Um oficial do Exército, sob condição de anonimato, disse que um soldado viu os reféns a metros de distância, pensou que fosse uma armadilha do Hamas, gritou “terroristas” e disparou. Eles estavam sem camisa e tinham uma bandeira branca improvisada. Dois reféns morreram na hora. O terceiro, ferido, tentou se esconder dentro de um prédio e pediu ajuda em hebraico, mas foi atingido de novo, depois que o comandante deu a ordem de cessar-fogo, e também morreu.

As vítimas, identificadas como Yotam Haim, Alon Shamriz e Samar Talalka, estavam em Shejaiya, no norte de Gaza, onde o exército trava intensa batalha corpo a corpo com o Hamas. Ainda de acordo com o oficial do Exército, eles foram abandonados pelos terroristas ou conseguiram escapar.

O caso chama atenção para o risco enfrentado por mais de 100 pessoas que estão sob controle do Hamas desde 7 de outubro, quando 240 israelenses e estrangeiras foram sequestrados no ataque sem precedentes que deu início à guerra em Gaza. E novos protestos tomaram as ruas de Tel-Aviv entre ontem e hoje. Os manifestantes cobram que o governo feche um novo acordo, como o que permitiu a liberação de outros 100 cativos em troca por um cessar-fogo temporário no final de novembro.

“Apesar do grande desastre, ninguém do gabinete de guerra falou com as famílias, ninguém explicou como vão prevenir o próximo desastre, ninguém”, disse o porta-voz dos familiares Haim Rubinstein ao Times of Israel.

Homem segura cartaz com foto de bebê sequestrado pelo Hamas em protesto em Tel-Aviv.  Foto: AHMAD GHARABLI / AFP

A morte acidental dos três reféns soma-se à insatisfação dos familiares, que já era crescente nos últimos dias. Isso porque, de acordo com a imprensa israelense, o governo seria resistente ao acordo e teria inclusive barrado uma viagem do chefe o serviço de inteligência, o Mossad, David Barnea, ao Catar no início da semana. Doha tem atuado como mediador entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

Ainda segundo jornais locais, no entanto, Netanyahu teria voltado atrás e Barnea deve discutir a questão dos reféns com o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, neste fim de semana.

Pressão internacional

Além da cobrança dos familiares dos reféns, o governo israelense enfrenta a pressão internacional, que vem inclusive dos Estados Unidos, seu principal aliado. Neste sábado, o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, viaja ao Oriente Médio para reforçar que a Casa Branca apoia o direito de Israel de se defender mas espera uma redução da morte de civis na Faixa de Gaza.

Na semana, o Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, sugeriu durante viagem a Israel que o país deve reduzir os bombardeios e focar em operações mais direcionadas.

As divergências ficaram evidentes quando o presidente americano Joe Biden alertou que o governo israelense estava “perdendo apoio”. O aviso foi uma resposta a Netanyahu, que criticou publicamente o plano americano para o futuro de Gaza pós-guerra: a reunificação com a Cisjordânia sob o controle de uma Autoridade Palestina fortalecida.

Tel-Aviv mantém uma incursão terrestre em Gaza com o objetivo declarado de “aniquilar” o grupo terrorista depois do ataque que matou 1.200 pessoas. A retaliação já deixou mais de 18 mil mortos do lado palestino, segundo o ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas. E organizações internacionais que atuam no enclave tem alertado para o drama humanitário com o risco de fome generalizada e doenças em meio à guerra./Com informações de AFP, W. Post e NY Times

Bombardeio em Khan Younis, sul da Faixa de Gaza, 16 de dezembro de 2023.  Foto: SAID KHATIB / AFP

TEL-AVIV - Os três homens que eram mantidos como reféns pelo Hamas na Faixa de Gaza e foram mortos por engano pelo Exército de Israel carregavam uma bandeira branca quando foram alvejados pelos soldados, apontam as investigações preliminares detalhadas neste sábado, 16. O erro desencadeou protestos em Tel-Aviv, que aumentam a pressão sobre o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu por um novo acordo para liberar os cativos.

Um oficial do Exército, sob condição de anonimato, disse que um soldado viu os reféns a metros de distância, pensou que fosse uma armadilha do Hamas, gritou “terroristas” e disparou. Eles estavam sem camisa e tinham uma bandeira branca improvisada. Dois reféns morreram na hora. O terceiro, ferido, tentou se esconder dentro de um prédio e pediu ajuda em hebraico, mas foi atingido de novo, depois que o comandante deu a ordem de cessar-fogo, e também morreu.

As vítimas, identificadas como Yotam Haim, Alon Shamriz e Samar Talalka, estavam em Shejaiya, no norte de Gaza, onde o exército trava intensa batalha corpo a corpo com o Hamas. Ainda de acordo com o oficial do Exército, eles foram abandonados pelos terroristas ou conseguiram escapar.

O caso chama atenção para o risco enfrentado por mais de 100 pessoas que estão sob controle do Hamas desde 7 de outubro, quando 240 israelenses e estrangeiras foram sequestrados no ataque sem precedentes que deu início à guerra em Gaza. E novos protestos tomaram as ruas de Tel-Aviv entre ontem e hoje. Os manifestantes cobram que o governo feche um novo acordo, como o que permitiu a liberação de outros 100 cativos em troca por um cessar-fogo temporário no final de novembro.

“Apesar do grande desastre, ninguém do gabinete de guerra falou com as famílias, ninguém explicou como vão prevenir o próximo desastre, ninguém”, disse o porta-voz dos familiares Haim Rubinstein ao Times of Israel.

Homem segura cartaz com foto de bebê sequestrado pelo Hamas em protesto em Tel-Aviv.  Foto: AHMAD GHARABLI / AFP

A morte acidental dos três reféns soma-se à insatisfação dos familiares, que já era crescente nos últimos dias. Isso porque, de acordo com a imprensa israelense, o governo seria resistente ao acordo e teria inclusive barrado uma viagem do chefe o serviço de inteligência, o Mossad, David Barnea, ao Catar no início da semana. Doha tem atuado como mediador entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

Ainda segundo jornais locais, no entanto, Netanyahu teria voltado atrás e Barnea deve discutir a questão dos reféns com o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, neste fim de semana.

Pressão internacional

Além da cobrança dos familiares dos reféns, o governo israelense enfrenta a pressão internacional, que vem inclusive dos Estados Unidos, seu principal aliado. Neste sábado, o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, viaja ao Oriente Médio para reforçar que a Casa Branca apoia o direito de Israel de se defender mas espera uma redução da morte de civis na Faixa de Gaza.

Na semana, o Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, sugeriu durante viagem a Israel que o país deve reduzir os bombardeios e focar em operações mais direcionadas.

As divergências ficaram evidentes quando o presidente americano Joe Biden alertou que o governo israelense estava “perdendo apoio”. O aviso foi uma resposta a Netanyahu, que criticou publicamente o plano americano para o futuro de Gaza pós-guerra: a reunificação com a Cisjordânia sob o controle de uma Autoridade Palestina fortalecida.

Tel-Aviv mantém uma incursão terrestre em Gaza com o objetivo declarado de “aniquilar” o grupo terrorista depois do ataque que matou 1.200 pessoas. A retaliação já deixou mais de 18 mil mortos do lado palestino, segundo o ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas. E organizações internacionais que atuam no enclave tem alertado para o drama humanitário com o risco de fome generalizada e doenças em meio à guerra./Com informações de AFP, W. Post e NY Times

Bombardeio em Khan Younis, sul da Faixa de Gaza, 16 de dezembro de 2023.  Foto: SAID KHATIB / AFP

TEL-AVIV - Os três homens que eram mantidos como reféns pelo Hamas na Faixa de Gaza e foram mortos por engano pelo Exército de Israel carregavam uma bandeira branca quando foram alvejados pelos soldados, apontam as investigações preliminares detalhadas neste sábado, 16. O erro desencadeou protestos em Tel-Aviv, que aumentam a pressão sobre o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu por um novo acordo para liberar os cativos.

Um oficial do Exército, sob condição de anonimato, disse que um soldado viu os reféns a metros de distância, pensou que fosse uma armadilha do Hamas, gritou “terroristas” e disparou. Eles estavam sem camisa e tinham uma bandeira branca improvisada. Dois reféns morreram na hora. O terceiro, ferido, tentou se esconder dentro de um prédio e pediu ajuda em hebraico, mas foi atingido de novo, depois que o comandante deu a ordem de cessar-fogo, e também morreu.

As vítimas, identificadas como Yotam Haim, Alon Shamriz e Samar Talalka, estavam em Shejaiya, no norte de Gaza, onde o exército trava intensa batalha corpo a corpo com o Hamas. Ainda de acordo com o oficial do Exército, eles foram abandonados pelos terroristas ou conseguiram escapar.

O caso chama atenção para o risco enfrentado por mais de 100 pessoas que estão sob controle do Hamas desde 7 de outubro, quando 240 israelenses e estrangeiras foram sequestrados no ataque sem precedentes que deu início à guerra em Gaza. E novos protestos tomaram as ruas de Tel-Aviv entre ontem e hoje. Os manifestantes cobram que o governo feche um novo acordo, como o que permitiu a liberação de outros 100 cativos em troca por um cessar-fogo temporário no final de novembro.

“Apesar do grande desastre, ninguém do gabinete de guerra falou com as famílias, ninguém explicou como vão prevenir o próximo desastre, ninguém”, disse o porta-voz dos familiares Haim Rubinstein ao Times of Israel.

Homem segura cartaz com foto de bebê sequestrado pelo Hamas em protesto em Tel-Aviv.  Foto: AHMAD GHARABLI / AFP

A morte acidental dos três reféns soma-se à insatisfação dos familiares, que já era crescente nos últimos dias. Isso porque, de acordo com a imprensa israelense, o governo seria resistente ao acordo e teria inclusive barrado uma viagem do chefe o serviço de inteligência, o Mossad, David Barnea, ao Catar no início da semana. Doha tem atuado como mediador entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

Ainda segundo jornais locais, no entanto, Netanyahu teria voltado atrás e Barnea deve discutir a questão dos reféns com o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, neste fim de semana.

Pressão internacional

Além da cobrança dos familiares dos reféns, o governo israelense enfrenta a pressão internacional, que vem inclusive dos Estados Unidos, seu principal aliado. Neste sábado, o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, viaja ao Oriente Médio para reforçar que a Casa Branca apoia o direito de Israel de se defender mas espera uma redução da morte de civis na Faixa de Gaza.

Na semana, o Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, sugeriu durante viagem a Israel que o país deve reduzir os bombardeios e focar em operações mais direcionadas.

As divergências ficaram evidentes quando o presidente americano Joe Biden alertou que o governo israelense estava “perdendo apoio”. O aviso foi uma resposta a Netanyahu, que criticou publicamente o plano americano para o futuro de Gaza pós-guerra: a reunificação com a Cisjordânia sob o controle de uma Autoridade Palestina fortalecida.

Tel-Aviv mantém uma incursão terrestre em Gaza com o objetivo declarado de “aniquilar” o grupo terrorista depois do ataque que matou 1.200 pessoas. A retaliação já deixou mais de 18 mil mortos do lado palestino, segundo o ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas. E organizações internacionais que atuam no enclave tem alertado para o drama humanitário com o risco de fome generalizada e doenças em meio à guerra./Com informações de AFP, W. Post e NY Times

Bombardeio em Khan Younis, sul da Faixa de Gaza, 16 de dezembro de 2023.  Foto: SAID KHATIB / AFP

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