Reforma será votada nas 'próximas horas', diz ministro francês


Oposição promete manter protestos; manifestantes continuam bloqueando refinarias

PARIS - O ministro do Trabalho da França, Eric Woerth, disse no início da tarde desta sexta-feira, 22, (no horário local) que a polêmica reforma da Previdência será votada "nas próximas horas" pelo Senado, após o governo ter utilizado na quinta-feira o dispositivo constitucional do "voto único", que permite acelerar as discussões do projeto de lei.

 

Veja também: Galeria de fotos: Protestos na França Entenda: Reforma na previdência motiva greve Gilles Lapouge: A revolta dos jovensEspecial: Veja o histórico de manifestações na França

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O dispositivo permitiu a votação sumária, sem discussão, de cada uma das mais de 400 emendas apresentadas pela oposição. Na manhã desta sexta-feira ainda restavam cerca de 90 emendas para serem votadas. Se passar pelo Senado, o governo terá conseguido, na prática, a aprovação da reforma. Nos próximos dias, uma comissão mista de deputados e senadores se reunirá para debater um texto definitivo. "O voto final ocorrerá na próxima semana, entre terça e quinta-feira", disse Woerth nesta sexta-feira. Protestos O governo espera que a votação da polêmica reforma nesta sexta pelo Senado reduza as greves e bloqueios de estradas, portos e depósitos de combustível, além de ações de violência nas ruas que vêm ocorrendo em todo o país nos últimos dias. Mas, depois de uma reunião na quinta-feira, os sindicatos já convocaram dois novos dias de greves e manifestações em 28 de outubro e 6 de novembro, após o período de férias escolares que começa neste final de semana. Os franceses protestam contra o aumento da idade para aposentadoria de 60 para 62 anos. A reforma prevê ainda a ampliação da idade para ter direito à aposentadoria integral de 65 para 67 anos, no caso dos trabalhadores que não atingiram o tempo de contribuição exigido, que é atualmente de 40,5 anos. Na manhã desta sexta, a tropa de choque da polícia desbloqueou a refinaria de Grandpuits, nos arredores de Paris, uma filial do grupo Total. Houve tumulto e três manifestantes ficaram feridos. O secretário de Segurança Pública da região ordenou por decreto que funcionários em greve na refinaria retornassem ao trabalho. O sindicato CGT denunciou o que chamou de "entrave ao direito constitucional de greve". As doze refinarias da França continuam paralisadas. Na quinta-feira, o governo anunciou que houve "leve melhora" na distribuição de gasolina e diesel no país. Segundo as autoridades, dez depósitos de combustível, de um total de 93 considerados estratégicos, continuavam bloqueados na quinta-feira. Cerca de 20% dos depósitos ainda enfrentam problemas de distribuição de combustível, informou o governo nesta sexta-feira. Isso irá afetar as férias escolares que começam neste final de semana. Muitos franceses desistiram de viajar por esse motivo, embora o governo assegure que não faltará mais combustível no período. Em duas regiões francesas, Eure e Seine-Maritime, as autoridades impuseram na quinta-feira um racionamento de gasolina aos motoristas, limitando o consumo a 20 litros por carro.

 

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Leia mais:Polícia rompre bloqueio da maior refinaria do país

Em Toulouse, no sudoeste da França, 200 manifestantes tentaram bloquear um depósito da Total, mas foram expulsos pela polícia, que utilizou gás lacrimogênio.

 

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As tentativas de bloqueio de estradas e depósitos de combustíveis, reprimidas pela polícia, continuam nesta sexta-feira. Em seguida, eles levantaram barreiras em uma estrada próxima. As empresas do setor de transportes prevêem melhora da circulação nesta sexta-feira.

 

BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

PARIS - O ministro do Trabalho da França, Eric Woerth, disse no início da tarde desta sexta-feira, 22, (no horário local) que a polêmica reforma da Previdência será votada "nas próximas horas" pelo Senado, após o governo ter utilizado na quinta-feira o dispositivo constitucional do "voto único", que permite acelerar as discussões do projeto de lei.

 

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O dispositivo permitiu a votação sumária, sem discussão, de cada uma das mais de 400 emendas apresentadas pela oposição. Na manhã desta sexta-feira ainda restavam cerca de 90 emendas para serem votadas. Se passar pelo Senado, o governo terá conseguido, na prática, a aprovação da reforma. Nos próximos dias, uma comissão mista de deputados e senadores se reunirá para debater um texto definitivo. "O voto final ocorrerá na próxima semana, entre terça e quinta-feira", disse Woerth nesta sexta-feira. Protestos O governo espera que a votação da polêmica reforma nesta sexta pelo Senado reduza as greves e bloqueios de estradas, portos e depósitos de combustível, além de ações de violência nas ruas que vêm ocorrendo em todo o país nos últimos dias. Mas, depois de uma reunião na quinta-feira, os sindicatos já convocaram dois novos dias de greves e manifestações em 28 de outubro e 6 de novembro, após o período de férias escolares que começa neste final de semana. Os franceses protestam contra o aumento da idade para aposentadoria de 60 para 62 anos. A reforma prevê ainda a ampliação da idade para ter direito à aposentadoria integral de 65 para 67 anos, no caso dos trabalhadores que não atingiram o tempo de contribuição exigido, que é atualmente de 40,5 anos. Na manhã desta sexta, a tropa de choque da polícia desbloqueou a refinaria de Grandpuits, nos arredores de Paris, uma filial do grupo Total. Houve tumulto e três manifestantes ficaram feridos. O secretário de Segurança Pública da região ordenou por decreto que funcionários em greve na refinaria retornassem ao trabalho. O sindicato CGT denunciou o que chamou de "entrave ao direito constitucional de greve". As doze refinarias da França continuam paralisadas. Na quinta-feira, o governo anunciou que houve "leve melhora" na distribuição de gasolina e diesel no país. Segundo as autoridades, dez depósitos de combustível, de um total de 93 considerados estratégicos, continuavam bloqueados na quinta-feira. Cerca de 20% dos depósitos ainda enfrentam problemas de distribuição de combustível, informou o governo nesta sexta-feira. Isso irá afetar as férias escolares que começam neste final de semana. Muitos franceses desistiram de viajar por esse motivo, embora o governo assegure que não faltará mais combustível no período. Em duas regiões francesas, Eure e Seine-Maritime, as autoridades impuseram na quinta-feira um racionamento de gasolina aos motoristas, limitando o consumo a 20 litros por carro.

 

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Em Toulouse, no sudoeste da França, 200 manifestantes tentaram bloquear um depósito da Total, mas foram expulsos pela polícia, que utilizou gás lacrimogênio.

 

As tentativas de bloqueio de estradas e depósitos de combustíveis, reprimidas pela polícia, continuam nesta sexta-feira. Em seguida, eles levantaram barreiras em uma estrada próxima. As empresas do setor de transportes prevêem melhora da circulação nesta sexta-feira.

 

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PARIS - O ministro do Trabalho da França, Eric Woerth, disse no início da tarde desta sexta-feira, 22, (no horário local) que a polêmica reforma da Previdência será votada "nas próximas horas" pelo Senado, após o governo ter utilizado na quinta-feira o dispositivo constitucional do "voto único", que permite acelerar as discussões do projeto de lei.

 

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O dispositivo permitiu a votação sumária, sem discussão, de cada uma das mais de 400 emendas apresentadas pela oposição. Na manhã desta sexta-feira ainda restavam cerca de 90 emendas para serem votadas. Se passar pelo Senado, o governo terá conseguido, na prática, a aprovação da reforma. Nos próximos dias, uma comissão mista de deputados e senadores se reunirá para debater um texto definitivo. "O voto final ocorrerá na próxima semana, entre terça e quinta-feira", disse Woerth nesta sexta-feira. Protestos O governo espera que a votação da polêmica reforma nesta sexta pelo Senado reduza as greves e bloqueios de estradas, portos e depósitos de combustível, além de ações de violência nas ruas que vêm ocorrendo em todo o país nos últimos dias. Mas, depois de uma reunião na quinta-feira, os sindicatos já convocaram dois novos dias de greves e manifestações em 28 de outubro e 6 de novembro, após o período de férias escolares que começa neste final de semana. Os franceses protestam contra o aumento da idade para aposentadoria de 60 para 62 anos. A reforma prevê ainda a ampliação da idade para ter direito à aposentadoria integral de 65 para 67 anos, no caso dos trabalhadores que não atingiram o tempo de contribuição exigido, que é atualmente de 40,5 anos. Na manhã desta sexta, a tropa de choque da polícia desbloqueou a refinaria de Grandpuits, nos arredores de Paris, uma filial do grupo Total. Houve tumulto e três manifestantes ficaram feridos. O secretário de Segurança Pública da região ordenou por decreto que funcionários em greve na refinaria retornassem ao trabalho. O sindicato CGT denunciou o que chamou de "entrave ao direito constitucional de greve". As doze refinarias da França continuam paralisadas. Na quinta-feira, o governo anunciou que houve "leve melhora" na distribuição de gasolina e diesel no país. Segundo as autoridades, dez depósitos de combustível, de um total de 93 considerados estratégicos, continuavam bloqueados na quinta-feira. Cerca de 20% dos depósitos ainda enfrentam problemas de distribuição de combustível, informou o governo nesta sexta-feira. Isso irá afetar as férias escolares que começam neste final de semana. Muitos franceses desistiram de viajar por esse motivo, embora o governo assegure que não faltará mais combustível no período. Em duas regiões francesas, Eure e Seine-Maritime, as autoridades impuseram na quinta-feira um racionamento de gasolina aos motoristas, limitando o consumo a 20 litros por carro.

 

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Em Toulouse, no sudoeste da França, 200 manifestantes tentaram bloquear um depósito da Total, mas foram expulsos pela polícia, que utilizou gás lacrimogênio.

 

As tentativas de bloqueio de estradas e depósitos de combustíveis, reprimidas pela polícia, continuam nesta sexta-feira. Em seguida, eles levantaram barreiras em uma estrada próxima. As empresas do setor de transportes prevêem melhora da circulação nesta sexta-feira.

 

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