Região separatista da Transnístria, na Moldávia, tem novo ataque e Ucrânia acusa Rússia de ser responsável


Aliada da Rússia e vizinha da Ucrânia, região da Transnístria sofre ataques e temor de desestabilização cresce; Ucrânia acusa russos de quererem encontrar pretexto para atacar Moldávia

Atualização:

Duas novas explosões foram registradas nesta terça-feira, 26, na região separatista da Transnístria, na Moldávia, próximo da fronteira com a Ucrânia. O ataque aconteceu um dia depois que várias explosões atingiram o Ministério da Segurança de Tiraspol, capital da região, e aumenta o temor de uma desestabilização na área que envolva a Moldávia e a Transnístria, aliada da Rússia, na guerra da Ucrânia. Ninguém ficou ferido.

As explosões ocorreram na pequena cidade de Maiac, cerca de 12 quilômetros a oeste da fronteira ucraniana e atingiram duas antenas de rádio que transmitiam programas russos, de acordo com o Ministério do Interior da região. O chefe da região separatista disse que os ataques partiram do território da Ucrânia, segundo informou a agência de notícias Tass. A autoria, no entanto, não é conhecida.

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A Ucrânia acusou a Rússia de atacar a região para tentar desestabilizar e ter uma justificativa de enviar tropas à Moldávia no futuro, como um desdobramento da guerra no território ucraniano. No Twitter, o conselheiro da presidência ucraniana, Mikhailo Podoliak, afirmou que a Moldávia deveria “se preparar para receber ‘convidados’” após os ataques. “Se a Ucrânia cair amanhã, as tropas russas estarão nos portões de Quixinau [capital da Moldávia]”, escreveu Podoliak.

Imagem mostra antenas de rádio destruídas na região da Transnístria após duas explosões registradas nesta terça-feira, 26. Autoria dos ataques não é conhecida Foto: via REUTERS

Os incidentes serão discutidos nesta terça-feira, 26, entre a presidente da Moldávia, Maia Sandu, e o Conselho Supremo de Segurança. Além dos ataques conhecidos, a Transnístria informou que houve um terceiro a uma unidade militar na vila de Parcani, também nesta terça.

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Entretanto, o incidente da unidade militar não foi detalhado pelas autoridades, mas elas declararam “um nível vermelho de ameaça terrorista” e prometeram impor medidas adicionais de segurança na região.

A Transnístria é um território controlado por forças aliadas da Rússia desde 1992, mas ataques russos na região poderiam ser feitos como uma prática de “bandeira falsa”, quando ataques são lançados pelos próprios aliados para acusar outros países como responsáveis e dar pretexto a uma ação militar. Os Estados Unidos alertou que isso poderia acontecer na região.

Independente do autor, o chefe da Transnístria, Vadim Krasnoselski, acredita que os ataques foram lançados com a intenção de levar a região para a guerra. “Suponho que aqueles que organizaram este ataque tem o objetivo de arrastar a Transnístria para o conflito”, disse nesta terça.

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Já a presidente da Moldávia, Maia Sandu, disse que informações preliminares dão conta de que grupos “pró-guerra” são responsáveis pelas explosões. Entretanto, ela não fez acusações se os grupos seriam aliados russos ou ucranianos.

Na sexta-feira, um general russo disse que um dos objetivos atuais de Moscou na Ucrânia é estabelecer “mais um ponto de acesso” à Transnístria, uma afirmação que ecoou temores ucranianos de que a Rússia queira tomar toda a costa ucraniana do Mar Negro, incluindo Odessa, ligando-se à região da Moldávia. Especialistas militares questionaram se os comentários do general refletiam a política do Kremlin e se os militares russos poderiam realizar tal missão.

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Após os ataques, a Rússia apenas informou que está “preocupada” com um aumento de tensão na região, segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov. O Kremlin tem 1,5 mil militares na região garantindo o status separatista da Transnístria desde que a região se separou da Moldávia em 1992.

A Transnístria tem cerca de 500 mil habitantes, dos quais dois terços são russófonos. O território, controlado por um governo repressivo, não é reconhecido como Estado pela comunidade internacional, inclusive pela Rússia, que, no entanto, a considera uma cabeça de ponte próxima às fronteiras da União Europeia.

Desde que a guerra na Ucrânia eclodiu, os militares da Moldávia e de Kiev estão preocupados se a Transnístria entraria na luta como base para atacar um ataque russo pelo oeste. /AFP, REUTERS E AP

Duas novas explosões foram registradas nesta terça-feira, 26, na região separatista da Transnístria, na Moldávia, próximo da fronteira com a Ucrânia. O ataque aconteceu um dia depois que várias explosões atingiram o Ministério da Segurança de Tiraspol, capital da região, e aumenta o temor de uma desestabilização na área que envolva a Moldávia e a Transnístria, aliada da Rússia, na guerra da Ucrânia. Ninguém ficou ferido.

As explosões ocorreram na pequena cidade de Maiac, cerca de 12 quilômetros a oeste da fronteira ucraniana e atingiram duas antenas de rádio que transmitiam programas russos, de acordo com o Ministério do Interior da região. O chefe da região separatista disse que os ataques partiram do território da Ucrânia, segundo informou a agência de notícias Tass. A autoria, no entanto, não é conhecida.

A Ucrânia acusou a Rússia de atacar a região para tentar desestabilizar e ter uma justificativa de enviar tropas à Moldávia no futuro, como um desdobramento da guerra no território ucraniano. No Twitter, o conselheiro da presidência ucraniana, Mikhailo Podoliak, afirmou que a Moldávia deveria “se preparar para receber ‘convidados’” após os ataques. “Se a Ucrânia cair amanhã, as tropas russas estarão nos portões de Quixinau [capital da Moldávia]”, escreveu Podoliak.

Imagem mostra antenas de rádio destruídas na região da Transnístria após duas explosões registradas nesta terça-feira, 26. Autoria dos ataques não é conhecida Foto: via REUTERS

Os incidentes serão discutidos nesta terça-feira, 26, entre a presidente da Moldávia, Maia Sandu, e o Conselho Supremo de Segurança. Além dos ataques conhecidos, a Transnístria informou que houve um terceiro a uma unidade militar na vila de Parcani, também nesta terça.

Entretanto, o incidente da unidade militar não foi detalhado pelas autoridades, mas elas declararam “um nível vermelho de ameaça terrorista” e prometeram impor medidas adicionais de segurança na região.

A Transnístria é um território controlado por forças aliadas da Rússia desde 1992, mas ataques russos na região poderiam ser feitos como uma prática de “bandeira falsa”, quando ataques são lançados pelos próprios aliados para acusar outros países como responsáveis e dar pretexto a uma ação militar. Os Estados Unidos alertou que isso poderia acontecer na região.

Independente do autor, o chefe da Transnístria, Vadim Krasnoselski, acredita que os ataques foram lançados com a intenção de levar a região para a guerra. “Suponho que aqueles que organizaram este ataque tem o objetivo de arrastar a Transnístria para o conflito”, disse nesta terça.

Já a presidente da Moldávia, Maia Sandu, disse que informações preliminares dão conta de que grupos “pró-guerra” são responsáveis pelas explosões. Entretanto, ela não fez acusações se os grupos seriam aliados russos ou ucranianos.

Na sexta-feira, um general russo disse que um dos objetivos atuais de Moscou na Ucrânia é estabelecer “mais um ponto de acesso” à Transnístria, uma afirmação que ecoou temores ucranianos de que a Rússia queira tomar toda a costa ucraniana do Mar Negro, incluindo Odessa, ligando-se à região da Moldávia. Especialistas militares questionaram se os comentários do general refletiam a política do Kremlin e se os militares russos poderiam realizar tal missão.

Após os ataques, a Rússia apenas informou que está “preocupada” com um aumento de tensão na região, segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov. O Kremlin tem 1,5 mil militares na região garantindo o status separatista da Transnístria desde que a região se separou da Moldávia em 1992.

A Transnístria tem cerca de 500 mil habitantes, dos quais dois terços são russófonos. O território, controlado por um governo repressivo, não é reconhecido como Estado pela comunidade internacional, inclusive pela Rússia, que, no entanto, a considera uma cabeça de ponte próxima às fronteiras da União Europeia.

Desde que a guerra na Ucrânia eclodiu, os militares da Moldávia e de Kiev estão preocupados se a Transnístria entraria na luta como base para atacar um ataque russo pelo oeste. /AFP, REUTERS E AP

Duas novas explosões foram registradas nesta terça-feira, 26, na região separatista da Transnístria, na Moldávia, próximo da fronteira com a Ucrânia. O ataque aconteceu um dia depois que várias explosões atingiram o Ministério da Segurança de Tiraspol, capital da região, e aumenta o temor de uma desestabilização na área que envolva a Moldávia e a Transnístria, aliada da Rússia, na guerra da Ucrânia. Ninguém ficou ferido.

As explosões ocorreram na pequena cidade de Maiac, cerca de 12 quilômetros a oeste da fronteira ucraniana e atingiram duas antenas de rádio que transmitiam programas russos, de acordo com o Ministério do Interior da região. O chefe da região separatista disse que os ataques partiram do território da Ucrânia, segundo informou a agência de notícias Tass. A autoria, no entanto, não é conhecida.

A Ucrânia acusou a Rússia de atacar a região para tentar desestabilizar e ter uma justificativa de enviar tropas à Moldávia no futuro, como um desdobramento da guerra no território ucraniano. No Twitter, o conselheiro da presidência ucraniana, Mikhailo Podoliak, afirmou que a Moldávia deveria “se preparar para receber ‘convidados’” após os ataques. “Se a Ucrânia cair amanhã, as tropas russas estarão nos portões de Quixinau [capital da Moldávia]”, escreveu Podoliak.

Imagem mostra antenas de rádio destruídas na região da Transnístria após duas explosões registradas nesta terça-feira, 26. Autoria dos ataques não é conhecida Foto: via REUTERS

Os incidentes serão discutidos nesta terça-feira, 26, entre a presidente da Moldávia, Maia Sandu, e o Conselho Supremo de Segurança. Além dos ataques conhecidos, a Transnístria informou que houve um terceiro a uma unidade militar na vila de Parcani, também nesta terça.

Entretanto, o incidente da unidade militar não foi detalhado pelas autoridades, mas elas declararam “um nível vermelho de ameaça terrorista” e prometeram impor medidas adicionais de segurança na região.

A Transnístria é um território controlado por forças aliadas da Rússia desde 1992, mas ataques russos na região poderiam ser feitos como uma prática de “bandeira falsa”, quando ataques são lançados pelos próprios aliados para acusar outros países como responsáveis e dar pretexto a uma ação militar. Os Estados Unidos alertou que isso poderia acontecer na região.

Independente do autor, o chefe da Transnístria, Vadim Krasnoselski, acredita que os ataques foram lançados com a intenção de levar a região para a guerra. “Suponho que aqueles que organizaram este ataque tem o objetivo de arrastar a Transnístria para o conflito”, disse nesta terça.

Já a presidente da Moldávia, Maia Sandu, disse que informações preliminares dão conta de que grupos “pró-guerra” são responsáveis pelas explosões. Entretanto, ela não fez acusações se os grupos seriam aliados russos ou ucranianos.

Na sexta-feira, um general russo disse que um dos objetivos atuais de Moscou na Ucrânia é estabelecer “mais um ponto de acesso” à Transnístria, uma afirmação que ecoou temores ucranianos de que a Rússia queira tomar toda a costa ucraniana do Mar Negro, incluindo Odessa, ligando-se à região da Moldávia. Especialistas militares questionaram se os comentários do general refletiam a política do Kremlin e se os militares russos poderiam realizar tal missão.

Após os ataques, a Rússia apenas informou que está “preocupada” com um aumento de tensão na região, segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov. O Kremlin tem 1,5 mil militares na região garantindo o status separatista da Transnístria desde que a região se separou da Moldávia em 1992.

A Transnístria tem cerca de 500 mil habitantes, dos quais dois terços são russófonos. O território, controlado por um governo repressivo, não é reconhecido como Estado pela comunidade internacional, inclusive pela Rússia, que, no entanto, a considera uma cabeça de ponte próxima às fronteiras da União Europeia.

Desde que a guerra na Ucrânia eclodiu, os militares da Moldávia e de Kiev estão preocupados se a Transnístria entraria na luta como base para atacar um ataque russo pelo oeste. /AFP, REUTERS E AP

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