O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, anunciou nesta sexta-feira, 5, um investimento de R$ 500 milhões no Fundo Amazônia. O premiê afirmou que a contribuição do Reino Unido é um reconhecimento pela liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no combate às mudanças climáticas.
A notícia foi dada em encontro com Lula, que está em Londres para a cerimônia de coroação de Rei Charles III, que ocorre neste sábado.
Segundo o primeiro-ministro, o investimento está alinhado com o lançamento da Parceria dos Líderes Florestais e Climáticos na Conferência do Clima das Nações Unidas 27, que ocorreu em novembro do ano passado. Sunak disse que esse foi outro forte sinal de que o Reino Unido está comprometido com a proteção da Amazônia.
Em publicação no Twitter, o primeiro-ministro britânico escreveu que está feliz em contribuir, com o objetivo de “ajudar a parar o deflorestamento e proteger a biodiversidade”. Lula publicou que os líderes tiveram “uma boa conversa sobre nossas relações comerciais, proteção do meio ambiente e a paz no mundo”.
No início da reunião, que foi aberta à imprensa, Lula ressaltou a importância do cumprimento dos acordos internacionais e reafirmou que o Brasil está engajado com a questão climática e o combate ao desmatamento. “Os países mais pobres precisam efetivamente receber ajuda para manter a floresta em pé e o clima que a sociedade precisa”, disse Lula sobre os acordos.
Além do Fundo Amazônia, os líderes também discutiram outras áreas de relação entre Reino Unido e Brasil, e que há potencial na saúde, pesquisa, desenvolvimento e tecnologia. Lula afirmou que busca restabelecer uma “normalidade” na relação entre os países e que há possibilidade de aumento das trocas comerciais. Ambos concordaram que é preciso enfrentar barreiras comerciais e desbloquear investimentos.
Ucrânia
Em comunicado, o governo do Reino Unido afirmou que os líderes também discutiram sobre a guerra na Ucrânia e “concordaram que a invasão da Rússia é inaceitável, assim como a morte de civis inocentes”.
Segundo a nota, o primeiro-ministro disse que a permanência das forças da Rússia na Ucrânia impede que o país encontre a paz. Ele também reiterou a necessidade de a comunidade internacional continuar a pressionar a Rússia para que retire suas tropas da Ucrânia.