Reino Unido diz que não vai prolongar negociações pós-Brexit


Período de transição, que vai até o fim do ano, pode ser prorrogado se pedido for feito até 1º de julho, mas governo britânico nega intenção de ampliar prazo

Por Redação

LONDRES - O Reino Unido confirmou formalmente à União Europeia que não vai prolongar o período de transição pós-Brexit, que tem validade até o final deste ano. O anúncio foi feito nesta sexta-feira, 12. 

"Confirmei formalmente que o Reino Unido não estenderá o período de transição a hora de solicitar extensões já passou. Em 1º de janeiro de 2021, nós vamos retomar o controle e restabelecer nossa independência política e econômica", escreveu o ministro Michael Gove no Twitter após uma reunião on-line com o vice-presidente de relações institucionais da Comissão Europeia, Maros Sefcovic.

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"Gove não poderia ter sido mais claro", disse Sefcovic durante uma entrevista coletiva em Bruxelas. O representante da Comissão Europeia relatou que o ministro britânico explicou que não pedir a extensão do prazo era uma promessa feita aos cidadãos britânicos na campanha eleitoral. A afirmação foi tomada "como uma conclusão definitiva para essa discussão", disse.

Após um ano de bloqueios e caos político, o Reino Unido deixou oficialmente a UE em 31 de janeiro, graças à esmagadora maioria obtida pelos conservadores de Boris Johnson nas eleições legislativas de dezembro. O país está atualmente em um período de transição em que poucas mudanças foram feitas, para permitir que Londres e Bruxelas negociem um acordo de livre comércio que deve conduzir suas futuras relações comerciais. 

Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson Foto: Lindsey Parnaby / AP
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Esse período, que expira em 31 de dezembro, pode ser prorrogado por até dois anos, mas, para Londres, deve solicitá-lo antes de 1º de julho. Após quatro rodadas de negociações, conduzidas por videoconferência devido à pandemia do novo coronavírus, as negociações não progrediram em vários pontos-chave.

Conferência com Johnson tenta destravar negociações

Se não houver acordo, as relações comerciais entre os dois ex-parceiros serão regidas pelas regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), que impõe tarifas de importação.

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Para tentar desbloquear as tratativas, está prevista uma cúpula virtual para segunda-feira, 15, entre o primeiro-ministro Boris Johnson e altos funcionários da UE.

A volta da ameaça de um rompimento abrupto no final do ano fez crescer o temor sobre a economia britânica, cujo PIB caiu 20,4% em abril, o primeiro mês completo de confinamento pela pandemia. Nesse contexto, o governo decidiu abrandar seus planos para não agravar as dificuldades das empresas britânicas, segundo informou o jornal econômico Financial Times (FT) e a rádio pública da BBC na sexta-feira.

O Reino Unido planejava introduzir controles rigorosos sobre mercadorias importadas da UE a partir de 2021, após o final do período de transição. Seu objetivo era "manter as fronteiras seguras" e "tratar os países com os quais ele negocia em igualdade de condições", explicou o governo em fevereiro.

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Mas, segundo o Financial Times, Londres agora prevê um regime temporário mais leve para mercadorias importadas da UE em portos de entrada como Dover, independentemente de haver ou não um acordo com Bruxelas.

"Estamos cientes do impacto que o coronavírus teve nas empresas britânicas e, quando recuperarmos o controle de nossas leis e fronteiras no final deste ano, adotaremos uma abordagem pragmática e flexível para ajudar as empresas a se adaptarem às mudanças e oportunidades que vêm com ele". estar fora do mercado único e da união aduaneira ", disse uma fonte do governo à agência de notícias francesa AFP./ AFP

LONDRES - O Reino Unido confirmou formalmente à União Europeia que não vai prolongar o período de transição pós-Brexit, que tem validade até o final deste ano. O anúncio foi feito nesta sexta-feira, 12. 

"Confirmei formalmente que o Reino Unido não estenderá o período de transição a hora de solicitar extensões já passou. Em 1º de janeiro de 2021, nós vamos retomar o controle e restabelecer nossa independência política e econômica", escreveu o ministro Michael Gove no Twitter após uma reunião on-line com o vice-presidente de relações institucionais da Comissão Europeia, Maros Sefcovic.

"Gove não poderia ter sido mais claro", disse Sefcovic durante uma entrevista coletiva em Bruxelas. O representante da Comissão Europeia relatou que o ministro britânico explicou que não pedir a extensão do prazo era uma promessa feita aos cidadãos britânicos na campanha eleitoral. A afirmação foi tomada "como uma conclusão definitiva para essa discussão", disse.

Após um ano de bloqueios e caos político, o Reino Unido deixou oficialmente a UE em 31 de janeiro, graças à esmagadora maioria obtida pelos conservadores de Boris Johnson nas eleições legislativas de dezembro. O país está atualmente em um período de transição em que poucas mudanças foram feitas, para permitir que Londres e Bruxelas negociem um acordo de livre comércio que deve conduzir suas futuras relações comerciais. 

Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson Foto: Lindsey Parnaby / AP

Esse período, que expira em 31 de dezembro, pode ser prorrogado por até dois anos, mas, para Londres, deve solicitá-lo antes de 1º de julho. Após quatro rodadas de negociações, conduzidas por videoconferência devido à pandemia do novo coronavírus, as negociações não progrediram em vários pontos-chave.

Conferência com Johnson tenta destravar negociações

Se não houver acordo, as relações comerciais entre os dois ex-parceiros serão regidas pelas regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), que impõe tarifas de importação.

Para tentar desbloquear as tratativas, está prevista uma cúpula virtual para segunda-feira, 15, entre o primeiro-ministro Boris Johnson e altos funcionários da UE.

A volta da ameaça de um rompimento abrupto no final do ano fez crescer o temor sobre a economia britânica, cujo PIB caiu 20,4% em abril, o primeiro mês completo de confinamento pela pandemia. Nesse contexto, o governo decidiu abrandar seus planos para não agravar as dificuldades das empresas britânicas, segundo informou o jornal econômico Financial Times (FT) e a rádio pública da BBC na sexta-feira.

O Reino Unido planejava introduzir controles rigorosos sobre mercadorias importadas da UE a partir de 2021, após o final do período de transição. Seu objetivo era "manter as fronteiras seguras" e "tratar os países com os quais ele negocia em igualdade de condições", explicou o governo em fevereiro.

Mas, segundo o Financial Times, Londres agora prevê um regime temporário mais leve para mercadorias importadas da UE em portos de entrada como Dover, independentemente de haver ou não um acordo com Bruxelas.

"Estamos cientes do impacto que o coronavírus teve nas empresas britânicas e, quando recuperarmos o controle de nossas leis e fronteiras no final deste ano, adotaremos uma abordagem pragmática e flexível para ajudar as empresas a se adaptarem às mudanças e oportunidades que vêm com ele". estar fora do mercado único e da união aduaneira ", disse uma fonte do governo à agência de notícias francesa AFP./ AFP

LONDRES - O Reino Unido confirmou formalmente à União Europeia que não vai prolongar o período de transição pós-Brexit, que tem validade até o final deste ano. O anúncio foi feito nesta sexta-feira, 12. 

"Confirmei formalmente que o Reino Unido não estenderá o período de transição a hora de solicitar extensões já passou. Em 1º de janeiro de 2021, nós vamos retomar o controle e restabelecer nossa independência política e econômica", escreveu o ministro Michael Gove no Twitter após uma reunião on-line com o vice-presidente de relações institucionais da Comissão Europeia, Maros Sefcovic.

"Gove não poderia ter sido mais claro", disse Sefcovic durante uma entrevista coletiva em Bruxelas. O representante da Comissão Europeia relatou que o ministro britânico explicou que não pedir a extensão do prazo era uma promessa feita aos cidadãos britânicos na campanha eleitoral. A afirmação foi tomada "como uma conclusão definitiva para essa discussão", disse.

Após um ano de bloqueios e caos político, o Reino Unido deixou oficialmente a UE em 31 de janeiro, graças à esmagadora maioria obtida pelos conservadores de Boris Johnson nas eleições legislativas de dezembro. O país está atualmente em um período de transição em que poucas mudanças foram feitas, para permitir que Londres e Bruxelas negociem um acordo de livre comércio que deve conduzir suas futuras relações comerciais. 

Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson Foto: Lindsey Parnaby / AP

Esse período, que expira em 31 de dezembro, pode ser prorrogado por até dois anos, mas, para Londres, deve solicitá-lo antes de 1º de julho. Após quatro rodadas de negociações, conduzidas por videoconferência devido à pandemia do novo coronavírus, as negociações não progrediram em vários pontos-chave.

Conferência com Johnson tenta destravar negociações

Se não houver acordo, as relações comerciais entre os dois ex-parceiros serão regidas pelas regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), que impõe tarifas de importação.

Para tentar desbloquear as tratativas, está prevista uma cúpula virtual para segunda-feira, 15, entre o primeiro-ministro Boris Johnson e altos funcionários da UE.

A volta da ameaça de um rompimento abrupto no final do ano fez crescer o temor sobre a economia britânica, cujo PIB caiu 20,4% em abril, o primeiro mês completo de confinamento pela pandemia. Nesse contexto, o governo decidiu abrandar seus planos para não agravar as dificuldades das empresas britânicas, segundo informou o jornal econômico Financial Times (FT) e a rádio pública da BBC na sexta-feira.

O Reino Unido planejava introduzir controles rigorosos sobre mercadorias importadas da UE a partir de 2021, após o final do período de transição. Seu objetivo era "manter as fronteiras seguras" e "tratar os países com os quais ele negocia em igualdade de condições", explicou o governo em fevereiro.

Mas, segundo o Financial Times, Londres agora prevê um regime temporário mais leve para mercadorias importadas da UE em portos de entrada como Dover, independentemente de haver ou não um acordo com Bruxelas.

"Estamos cientes do impacto que o coronavírus teve nas empresas britânicas e, quando recuperarmos o controle de nossas leis e fronteiras no final deste ano, adotaremos uma abordagem pragmática e flexível para ajudar as empresas a se adaptarem às mudanças e oportunidades que vêm com ele". estar fora do mercado único e da união aduaneira ", disse uma fonte do governo à agência de notícias francesa AFP./ AFP

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