Reino Unido enviará blindados para ajudar a resgatar civis na Ucrânia


Primeiro-ministro britânico torna-se o primeiro chefe de Estado a discursar ao Parlamento ucraniano desde a invasão da Rússia

Por Redação
Atualização:

O governo britânico anunciou nesta terça-feira, 3, que doará uma frota de 13 veículos blindados à Ucrânia para apoiar no resgate e retirada de civis de áreas devastadas pela guerra. A frota também deve facilitar o trabalho de funcionários ucranianos e operários-chave na reparação e reconstrução da infraestrutura do país.

Os veículos começarão a chegar ao leste da Ucrânia nos próximos dias, juntamente com uma equipe de logística encarregada de despachá-los o mais rápido possível, informou o Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido, em comunicado.

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A doação de veículos blindados foi anunciada no mesmo dia em que o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, se tornou o primeiro chefe de Estado a discursar ao Parlamento da Ucrânia desde a invasão da Rússia, em 24 de fevereiro. Em sua mensagem nesta terça-feira, ele disse aos legisladores que “a Ucrânia vencerá, a Ucrânia será livre”.

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski (E), e legisladores aplaudem o discurso do premiê britânico, Boris Johnson, ao Parlamento da Ucrânia, em 3 de maio  Foto: Ukrainian Presidential Press Office via AP

O líder britânico também anunciou um pacote de nova ajuda militar no valor de cerca de US$ 375 milhões (cerca de R$ 1,86 bilhão), incluindo drones pesados para transportar suprimentos para as forças ucranianas, equipamentos eletrônicos e milhares de dispositivos de visão noturna.

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Trata-se do mais recente sinal de que o Ocidente está aumentando seu apoio militar à Ucrânia, à frente do que as autoridades dos EUA descreveram como uma batalha terrestre potencialmente decisiva na região de Donbas.

Johnson foi ovacionado no Parlamento da Ucrânia, segundo a deputada ucraniana Lesia Vasylenko, que tuitou que “nunca tinha visto tantas saudações de pé para um único discurso”.

Mas, em casa, os oponentes políticos de Johnson criticaram o anúncio da ajuda como um pouco tarde demais e acusaram o líder britânico de fazer campanha, enquanto os britânicos se preparam para votar nas eleições locais de quinta-feira.

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O Ministério das Relações Exteriores da Rússia anunciou neste sábado, 16, que proibirá a entrada no país do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

Essas eleições são vistas, pelo menos em parte, como um referendo sobre Johnson após vários escândalos domésticos. Pesquisas de opinião sugerem que o Partido Conservador de Johnson deve sofrer pesadas perdas, mas ele pode ter boas notícias agora.

“Essa é a decisão certa, mas no momento errado”, disse Layla Moran, dos Liberais Democratas. “Essas armas adicionais eram desesperadamente necessárias há uma semana, quando o Parlamento ainda estava sentado e poderia ter dado seu total apoio.”

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“É possível que Boris Johnson tenha adiado essa mudança para anunciá-la em uma semana eleitoral difícil?” ela disse. “Se assim for, seria uma coisa profundamente cínica de se fazer.”

Transporte seguro

O Ministério das Relações Exteriores disse em seu comunicado que os 13 veículos blindados que o Reino Unido planeja doar para a Ucrânia valem cerca de US$ 826 mil e vêm da própria frota da pasta. Ele os descreveu como “4x4s altamente especializados que foram atualizados com blindagem para resistir a balas de alta velocidade, minas antipessoal e dispositivos explosivos improvisados”, métodos de ataque que, segundo a organização, “foram usados pelas forças russas para massacrar civis”.

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Os veículos - que são reforçados com chapas de aço, vidro reforçado, suspensão aprimorada e freios atualizados - serão usados para transportar civis em áreas do leste da Ucrânia devastadas pela guerra, de acordo com o comunicado. Eles também serão usados pela polícia e guarda nacional da Ucrânia, bem como por trabalhadores-chave no reparo e reconstrução da infraestrutura crítica do país, como ferrovias.

“Eles também serão usados para transportar funcionários dos ministérios ucranianos para postos de comando temporários criados para o trabalho do governo”, disse o Ministério das Relações Exteriores.

Os veículos começarão a chegar ao leste da Ucrânia em lotes nos próximos dias, “após uma solicitação direta do governo ucraniano de transporte seguro e resistente para civis”, afirma a chancelaria.

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Stanislav Chernishev solda placas na Associação de Voluntários de Zaporizhzhia, onde voluntários ucranianos fabricam equipamentos táticos para soldados. Foto: Lynsey Addario/The New York Times Foto: Lynsey Addario/The New York Times

A secretária das Relações Exteriores britânica, Liz Truss, disse que a doação de veículos blindados ajudará a proteger ucranianos inocentes que tentam fugir dos bombardeios russos e apoiará as autoridades ucranianas que realizam trabalhos vitais, segundo o comunicado. “A segmentação intencional de civis inocentes é um crime de guerra”, acrescentou.

O governo britânico foi criticado por acolher apenas 27 mil refugiados ucranianos - uma fração dos 5,3 milhões que a ONU diz ter deixado a Ucrânia em 27 de abril. Diferentemente de muitos outros países europeus, o Reino Unido não renunciou às restrições de visto para ucranianos que fogem da guerra.

Grupos de direitos humanos disseram que o sistema britânico de acolhimento de refugiados é atormentado por atrasos e má gestão, e Johnson admitiu que o país poderia ter recebido refugiados ucranianos mais rapidamente.

Johnson procurou posicionar o Reino Unido como um ator forte no conflito, visitando pessoalmente Kiev no mês passado e andando pelas ruas da capital com o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski.

‘Resposta proporcional’

Autoridades britânicas expressaram apoio ao direito da Ucrânia de atacar alvos russos com armas doadas pelo Ocidente e sugeriram que apoiariam uma tentativa das forças ucranianas de recuperar o controle da Crimeia, uma península estratégica que a Rússia anexou em 2014.

O Ministério da Defesa russo, citando alguns desses comentários na semana passada, acusou o Reino Unido de encorajar Kiev a atacar a Rússia e ameaçou uma “resposta proporcional”.

Ainda nesta terça-feira, as forças russas lançaram um grande ataque contra a siderúrgica Azovstal, o último reduto da resistência ucraniana na devastada cidade de Mariupol. Os bombardeios foram conduzidos após um breve cessar-fogo que permitiu a retirada de cerca de 150 civis.

Muitos ucranianos ainda continuam presos sob o extenso local apesar da retirada mediada pela ONU. No entanto, dezenas dos que conseguiram escapar sob a proteção da organização e da Cruz Vermelha finalmente alcançaram a relativa segurança da cidade de Zaporizhzhia, controlada pela Ucrânia. A siderúrgica está sob cerco há semanas.

Ucranianos que conseguiram deixar Mariupol são recebidos por parentes em Zaporizhzhia, em 3 de maio. Foto: Lynsey Addario/The New York Times  Foto: Lynsey Addario/The New York Times

Pessoas de aparência cansada, incluindo crianças e aposentados, desceram de ônibus depois de escapar das ruínas de sua cidade natal no sudeste da Ucrânia, onde a Rússia agora reivindica o controle.

Desde que não conseguiu tomar a capital, Kiev, a Rússia voltou seu maior poder de fogo para o leste e o sul da Ucrânia. Mas também vem atingindo alvos muito mais a oeste em uma tentativa de limitar o acesso da Ucrânia ao Mar Negro, vital para suas exportações de grãos e metais, e também para interromper o fornecimento de ajuda militar ocidental às forças de Kiev.

Na terça-feira, o Ministério da Defesa da Rússia disse que seu Exército atacou um aeródromo militar perto do porto de Odessa com mísseis, destruindo drones, mísseis e munições fornecidos à Ucrânia pelos EUA e seus aliados europeus.

Andri Sadovi, prefeito de Lviv, uma cidade ocidental perto da fronteira polonesa, disse na terça-feira que os ataques aéreos danificaram usinas elétricas, cortando a eletricidade em alguns distritos./W.POST, REUTERS e AFP

O governo britânico anunciou nesta terça-feira, 3, que doará uma frota de 13 veículos blindados à Ucrânia para apoiar no resgate e retirada de civis de áreas devastadas pela guerra. A frota também deve facilitar o trabalho de funcionários ucranianos e operários-chave na reparação e reconstrução da infraestrutura do país.

Os veículos começarão a chegar ao leste da Ucrânia nos próximos dias, juntamente com uma equipe de logística encarregada de despachá-los o mais rápido possível, informou o Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido, em comunicado.

A doação de veículos blindados foi anunciada no mesmo dia em que o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, se tornou o primeiro chefe de Estado a discursar ao Parlamento da Ucrânia desde a invasão da Rússia, em 24 de fevereiro. Em sua mensagem nesta terça-feira, ele disse aos legisladores que “a Ucrânia vencerá, a Ucrânia será livre”.

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski (E), e legisladores aplaudem o discurso do premiê britânico, Boris Johnson, ao Parlamento da Ucrânia, em 3 de maio  Foto: Ukrainian Presidential Press Office via AP

O líder britânico também anunciou um pacote de nova ajuda militar no valor de cerca de US$ 375 milhões (cerca de R$ 1,86 bilhão), incluindo drones pesados para transportar suprimentos para as forças ucranianas, equipamentos eletrônicos e milhares de dispositivos de visão noturna.

Trata-se do mais recente sinal de que o Ocidente está aumentando seu apoio militar à Ucrânia, à frente do que as autoridades dos EUA descreveram como uma batalha terrestre potencialmente decisiva na região de Donbas.

Johnson foi ovacionado no Parlamento da Ucrânia, segundo a deputada ucraniana Lesia Vasylenko, que tuitou que “nunca tinha visto tantas saudações de pé para um único discurso”.

Mas, em casa, os oponentes políticos de Johnson criticaram o anúncio da ajuda como um pouco tarde demais e acusaram o líder britânico de fazer campanha, enquanto os britânicos se preparam para votar nas eleições locais de quinta-feira.

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O Ministério das Relações Exteriores da Rússia anunciou neste sábado, 16, que proibirá a entrada no país do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

Essas eleições são vistas, pelo menos em parte, como um referendo sobre Johnson após vários escândalos domésticos. Pesquisas de opinião sugerem que o Partido Conservador de Johnson deve sofrer pesadas perdas, mas ele pode ter boas notícias agora.

“Essa é a decisão certa, mas no momento errado”, disse Layla Moran, dos Liberais Democratas. “Essas armas adicionais eram desesperadamente necessárias há uma semana, quando o Parlamento ainda estava sentado e poderia ter dado seu total apoio.”

“É possível que Boris Johnson tenha adiado essa mudança para anunciá-la em uma semana eleitoral difícil?” ela disse. “Se assim for, seria uma coisa profundamente cínica de se fazer.”

Transporte seguro

O Ministério das Relações Exteriores disse em seu comunicado que os 13 veículos blindados que o Reino Unido planeja doar para a Ucrânia valem cerca de US$ 826 mil e vêm da própria frota da pasta. Ele os descreveu como “4x4s altamente especializados que foram atualizados com blindagem para resistir a balas de alta velocidade, minas antipessoal e dispositivos explosivos improvisados”, métodos de ataque que, segundo a organização, “foram usados pelas forças russas para massacrar civis”.

Os veículos - que são reforçados com chapas de aço, vidro reforçado, suspensão aprimorada e freios atualizados - serão usados para transportar civis em áreas do leste da Ucrânia devastadas pela guerra, de acordo com o comunicado. Eles também serão usados pela polícia e guarda nacional da Ucrânia, bem como por trabalhadores-chave no reparo e reconstrução da infraestrutura crítica do país, como ferrovias.

“Eles também serão usados para transportar funcionários dos ministérios ucranianos para postos de comando temporários criados para o trabalho do governo”, disse o Ministério das Relações Exteriores.

Os veículos começarão a chegar ao leste da Ucrânia em lotes nos próximos dias, “após uma solicitação direta do governo ucraniano de transporte seguro e resistente para civis”, afirma a chancelaria.

Stanislav Chernishev solda placas na Associação de Voluntários de Zaporizhzhia, onde voluntários ucranianos fabricam equipamentos táticos para soldados. Foto: Lynsey Addario/The New York Times Foto: Lynsey Addario/The New York Times

A secretária das Relações Exteriores britânica, Liz Truss, disse que a doação de veículos blindados ajudará a proteger ucranianos inocentes que tentam fugir dos bombardeios russos e apoiará as autoridades ucranianas que realizam trabalhos vitais, segundo o comunicado. “A segmentação intencional de civis inocentes é um crime de guerra”, acrescentou.

O governo britânico foi criticado por acolher apenas 27 mil refugiados ucranianos - uma fração dos 5,3 milhões que a ONU diz ter deixado a Ucrânia em 27 de abril. Diferentemente de muitos outros países europeus, o Reino Unido não renunciou às restrições de visto para ucranianos que fogem da guerra.

Grupos de direitos humanos disseram que o sistema britânico de acolhimento de refugiados é atormentado por atrasos e má gestão, e Johnson admitiu que o país poderia ter recebido refugiados ucranianos mais rapidamente.

Johnson procurou posicionar o Reino Unido como um ator forte no conflito, visitando pessoalmente Kiev no mês passado e andando pelas ruas da capital com o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski.

‘Resposta proporcional’

Autoridades britânicas expressaram apoio ao direito da Ucrânia de atacar alvos russos com armas doadas pelo Ocidente e sugeriram que apoiariam uma tentativa das forças ucranianas de recuperar o controle da Crimeia, uma península estratégica que a Rússia anexou em 2014.

O Ministério da Defesa russo, citando alguns desses comentários na semana passada, acusou o Reino Unido de encorajar Kiev a atacar a Rússia e ameaçou uma “resposta proporcional”.

Ainda nesta terça-feira, as forças russas lançaram um grande ataque contra a siderúrgica Azovstal, o último reduto da resistência ucraniana na devastada cidade de Mariupol. Os bombardeios foram conduzidos após um breve cessar-fogo que permitiu a retirada de cerca de 150 civis.

Muitos ucranianos ainda continuam presos sob o extenso local apesar da retirada mediada pela ONU. No entanto, dezenas dos que conseguiram escapar sob a proteção da organização e da Cruz Vermelha finalmente alcançaram a relativa segurança da cidade de Zaporizhzhia, controlada pela Ucrânia. A siderúrgica está sob cerco há semanas.

Ucranianos que conseguiram deixar Mariupol são recebidos por parentes em Zaporizhzhia, em 3 de maio. Foto: Lynsey Addario/The New York Times  Foto: Lynsey Addario/The New York Times

Pessoas de aparência cansada, incluindo crianças e aposentados, desceram de ônibus depois de escapar das ruínas de sua cidade natal no sudeste da Ucrânia, onde a Rússia agora reivindica o controle.

Desde que não conseguiu tomar a capital, Kiev, a Rússia voltou seu maior poder de fogo para o leste e o sul da Ucrânia. Mas também vem atingindo alvos muito mais a oeste em uma tentativa de limitar o acesso da Ucrânia ao Mar Negro, vital para suas exportações de grãos e metais, e também para interromper o fornecimento de ajuda militar ocidental às forças de Kiev.

Na terça-feira, o Ministério da Defesa da Rússia disse que seu Exército atacou um aeródromo militar perto do porto de Odessa com mísseis, destruindo drones, mísseis e munições fornecidos à Ucrânia pelos EUA e seus aliados europeus.

Andri Sadovi, prefeito de Lviv, uma cidade ocidental perto da fronteira polonesa, disse na terça-feira que os ataques aéreos danificaram usinas elétricas, cortando a eletricidade em alguns distritos./W.POST, REUTERS e AFP

O governo britânico anunciou nesta terça-feira, 3, que doará uma frota de 13 veículos blindados à Ucrânia para apoiar no resgate e retirada de civis de áreas devastadas pela guerra. A frota também deve facilitar o trabalho de funcionários ucranianos e operários-chave na reparação e reconstrução da infraestrutura do país.

Os veículos começarão a chegar ao leste da Ucrânia nos próximos dias, juntamente com uma equipe de logística encarregada de despachá-los o mais rápido possível, informou o Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido, em comunicado.

A doação de veículos blindados foi anunciada no mesmo dia em que o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, se tornou o primeiro chefe de Estado a discursar ao Parlamento da Ucrânia desde a invasão da Rússia, em 24 de fevereiro. Em sua mensagem nesta terça-feira, ele disse aos legisladores que “a Ucrânia vencerá, a Ucrânia será livre”.

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski (E), e legisladores aplaudem o discurso do premiê britânico, Boris Johnson, ao Parlamento da Ucrânia, em 3 de maio  Foto: Ukrainian Presidential Press Office via AP

O líder britânico também anunciou um pacote de nova ajuda militar no valor de cerca de US$ 375 milhões (cerca de R$ 1,86 bilhão), incluindo drones pesados para transportar suprimentos para as forças ucranianas, equipamentos eletrônicos e milhares de dispositivos de visão noturna.

Trata-se do mais recente sinal de que o Ocidente está aumentando seu apoio militar à Ucrânia, à frente do que as autoridades dos EUA descreveram como uma batalha terrestre potencialmente decisiva na região de Donbas.

Johnson foi ovacionado no Parlamento da Ucrânia, segundo a deputada ucraniana Lesia Vasylenko, que tuitou que “nunca tinha visto tantas saudações de pé para um único discurso”.

Mas, em casa, os oponentes políticos de Johnson criticaram o anúncio da ajuda como um pouco tarde demais e acusaram o líder britânico de fazer campanha, enquanto os britânicos se preparam para votar nas eleições locais de quinta-feira.

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O Ministério das Relações Exteriores da Rússia anunciou neste sábado, 16, que proibirá a entrada no país do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

Essas eleições são vistas, pelo menos em parte, como um referendo sobre Johnson após vários escândalos domésticos. Pesquisas de opinião sugerem que o Partido Conservador de Johnson deve sofrer pesadas perdas, mas ele pode ter boas notícias agora.

“Essa é a decisão certa, mas no momento errado”, disse Layla Moran, dos Liberais Democratas. “Essas armas adicionais eram desesperadamente necessárias há uma semana, quando o Parlamento ainda estava sentado e poderia ter dado seu total apoio.”

“É possível que Boris Johnson tenha adiado essa mudança para anunciá-la em uma semana eleitoral difícil?” ela disse. “Se assim for, seria uma coisa profundamente cínica de se fazer.”

Transporte seguro

O Ministério das Relações Exteriores disse em seu comunicado que os 13 veículos blindados que o Reino Unido planeja doar para a Ucrânia valem cerca de US$ 826 mil e vêm da própria frota da pasta. Ele os descreveu como “4x4s altamente especializados que foram atualizados com blindagem para resistir a balas de alta velocidade, minas antipessoal e dispositivos explosivos improvisados”, métodos de ataque que, segundo a organização, “foram usados pelas forças russas para massacrar civis”.

Os veículos - que são reforçados com chapas de aço, vidro reforçado, suspensão aprimorada e freios atualizados - serão usados para transportar civis em áreas do leste da Ucrânia devastadas pela guerra, de acordo com o comunicado. Eles também serão usados pela polícia e guarda nacional da Ucrânia, bem como por trabalhadores-chave no reparo e reconstrução da infraestrutura crítica do país, como ferrovias.

“Eles também serão usados para transportar funcionários dos ministérios ucranianos para postos de comando temporários criados para o trabalho do governo”, disse o Ministério das Relações Exteriores.

Os veículos começarão a chegar ao leste da Ucrânia em lotes nos próximos dias, “após uma solicitação direta do governo ucraniano de transporte seguro e resistente para civis”, afirma a chancelaria.

Stanislav Chernishev solda placas na Associação de Voluntários de Zaporizhzhia, onde voluntários ucranianos fabricam equipamentos táticos para soldados. Foto: Lynsey Addario/The New York Times Foto: Lynsey Addario/The New York Times

A secretária das Relações Exteriores britânica, Liz Truss, disse que a doação de veículos blindados ajudará a proteger ucranianos inocentes que tentam fugir dos bombardeios russos e apoiará as autoridades ucranianas que realizam trabalhos vitais, segundo o comunicado. “A segmentação intencional de civis inocentes é um crime de guerra”, acrescentou.

O governo britânico foi criticado por acolher apenas 27 mil refugiados ucranianos - uma fração dos 5,3 milhões que a ONU diz ter deixado a Ucrânia em 27 de abril. Diferentemente de muitos outros países europeus, o Reino Unido não renunciou às restrições de visto para ucranianos que fogem da guerra.

Grupos de direitos humanos disseram que o sistema britânico de acolhimento de refugiados é atormentado por atrasos e má gestão, e Johnson admitiu que o país poderia ter recebido refugiados ucranianos mais rapidamente.

Johnson procurou posicionar o Reino Unido como um ator forte no conflito, visitando pessoalmente Kiev no mês passado e andando pelas ruas da capital com o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski.

‘Resposta proporcional’

Autoridades britânicas expressaram apoio ao direito da Ucrânia de atacar alvos russos com armas doadas pelo Ocidente e sugeriram que apoiariam uma tentativa das forças ucranianas de recuperar o controle da Crimeia, uma península estratégica que a Rússia anexou em 2014.

O Ministério da Defesa russo, citando alguns desses comentários na semana passada, acusou o Reino Unido de encorajar Kiev a atacar a Rússia e ameaçou uma “resposta proporcional”.

Ainda nesta terça-feira, as forças russas lançaram um grande ataque contra a siderúrgica Azovstal, o último reduto da resistência ucraniana na devastada cidade de Mariupol. Os bombardeios foram conduzidos após um breve cessar-fogo que permitiu a retirada de cerca de 150 civis.

Muitos ucranianos ainda continuam presos sob o extenso local apesar da retirada mediada pela ONU. No entanto, dezenas dos que conseguiram escapar sob a proteção da organização e da Cruz Vermelha finalmente alcançaram a relativa segurança da cidade de Zaporizhzhia, controlada pela Ucrânia. A siderúrgica está sob cerco há semanas.

Ucranianos que conseguiram deixar Mariupol são recebidos por parentes em Zaporizhzhia, em 3 de maio. Foto: Lynsey Addario/The New York Times  Foto: Lynsey Addario/The New York Times

Pessoas de aparência cansada, incluindo crianças e aposentados, desceram de ônibus depois de escapar das ruínas de sua cidade natal no sudeste da Ucrânia, onde a Rússia agora reivindica o controle.

Desde que não conseguiu tomar a capital, Kiev, a Rússia voltou seu maior poder de fogo para o leste e o sul da Ucrânia. Mas também vem atingindo alvos muito mais a oeste em uma tentativa de limitar o acesso da Ucrânia ao Mar Negro, vital para suas exportações de grãos e metais, e também para interromper o fornecimento de ajuda militar ocidental às forças de Kiev.

Na terça-feira, o Ministério da Defesa da Rússia disse que seu Exército atacou um aeródromo militar perto do porto de Odessa com mísseis, destruindo drones, mísseis e munições fornecidos à Ucrânia pelos EUA e seus aliados europeus.

Andri Sadovi, prefeito de Lviv, uma cidade ocidental perto da fronteira polonesa, disse na terça-feira que os ataques aéreos danificaram usinas elétricas, cortando a eletricidade em alguns distritos./W.POST, REUTERS e AFP

O governo britânico anunciou nesta terça-feira, 3, que doará uma frota de 13 veículos blindados à Ucrânia para apoiar no resgate e retirada de civis de áreas devastadas pela guerra. A frota também deve facilitar o trabalho de funcionários ucranianos e operários-chave na reparação e reconstrução da infraestrutura do país.

Os veículos começarão a chegar ao leste da Ucrânia nos próximos dias, juntamente com uma equipe de logística encarregada de despachá-los o mais rápido possível, informou o Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido, em comunicado.

A doação de veículos blindados foi anunciada no mesmo dia em que o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, se tornou o primeiro chefe de Estado a discursar ao Parlamento da Ucrânia desde a invasão da Rússia, em 24 de fevereiro. Em sua mensagem nesta terça-feira, ele disse aos legisladores que “a Ucrânia vencerá, a Ucrânia será livre”.

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski (E), e legisladores aplaudem o discurso do premiê britânico, Boris Johnson, ao Parlamento da Ucrânia, em 3 de maio  Foto: Ukrainian Presidential Press Office via AP

O líder britânico também anunciou um pacote de nova ajuda militar no valor de cerca de US$ 375 milhões (cerca de R$ 1,86 bilhão), incluindo drones pesados para transportar suprimentos para as forças ucranianas, equipamentos eletrônicos e milhares de dispositivos de visão noturna.

Trata-se do mais recente sinal de que o Ocidente está aumentando seu apoio militar à Ucrânia, à frente do que as autoridades dos EUA descreveram como uma batalha terrestre potencialmente decisiva na região de Donbas.

Johnson foi ovacionado no Parlamento da Ucrânia, segundo a deputada ucraniana Lesia Vasylenko, que tuitou que “nunca tinha visto tantas saudações de pé para um único discurso”.

Mas, em casa, os oponentes políticos de Johnson criticaram o anúncio da ajuda como um pouco tarde demais e acusaram o líder britânico de fazer campanha, enquanto os britânicos se preparam para votar nas eleições locais de quinta-feira.

Seu navegador não suporta esse video.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia anunciou neste sábado, 16, que proibirá a entrada no país do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

Essas eleições são vistas, pelo menos em parte, como um referendo sobre Johnson após vários escândalos domésticos. Pesquisas de opinião sugerem que o Partido Conservador de Johnson deve sofrer pesadas perdas, mas ele pode ter boas notícias agora.

“Essa é a decisão certa, mas no momento errado”, disse Layla Moran, dos Liberais Democratas. “Essas armas adicionais eram desesperadamente necessárias há uma semana, quando o Parlamento ainda estava sentado e poderia ter dado seu total apoio.”

“É possível que Boris Johnson tenha adiado essa mudança para anunciá-la em uma semana eleitoral difícil?” ela disse. “Se assim for, seria uma coisa profundamente cínica de se fazer.”

Transporte seguro

O Ministério das Relações Exteriores disse em seu comunicado que os 13 veículos blindados que o Reino Unido planeja doar para a Ucrânia valem cerca de US$ 826 mil e vêm da própria frota da pasta. Ele os descreveu como “4x4s altamente especializados que foram atualizados com blindagem para resistir a balas de alta velocidade, minas antipessoal e dispositivos explosivos improvisados”, métodos de ataque que, segundo a organização, “foram usados pelas forças russas para massacrar civis”.

Os veículos - que são reforçados com chapas de aço, vidro reforçado, suspensão aprimorada e freios atualizados - serão usados para transportar civis em áreas do leste da Ucrânia devastadas pela guerra, de acordo com o comunicado. Eles também serão usados pela polícia e guarda nacional da Ucrânia, bem como por trabalhadores-chave no reparo e reconstrução da infraestrutura crítica do país, como ferrovias.

“Eles também serão usados para transportar funcionários dos ministérios ucranianos para postos de comando temporários criados para o trabalho do governo”, disse o Ministério das Relações Exteriores.

Os veículos começarão a chegar ao leste da Ucrânia em lotes nos próximos dias, “após uma solicitação direta do governo ucraniano de transporte seguro e resistente para civis”, afirma a chancelaria.

Stanislav Chernishev solda placas na Associação de Voluntários de Zaporizhzhia, onde voluntários ucranianos fabricam equipamentos táticos para soldados. Foto: Lynsey Addario/The New York Times Foto: Lynsey Addario/The New York Times

A secretária das Relações Exteriores britânica, Liz Truss, disse que a doação de veículos blindados ajudará a proteger ucranianos inocentes que tentam fugir dos bombardeios russos e apoiará as autoridades ucranianas que realizam trabalhos vitais, segundo o comunicado. “A segmentação intencional de civis inocentes é um crime de guerra”, acrescentou.

O governo britânico foi criticado por acolher apenas 27 mil refugiados ucranianos - uma fração dos 5,3 milhões que a ONU diz ter deixado a Ucrânia em 27 de abril. Diferentemente de muitos outros países europeus, o Reino Unido não renunciou às restrições de visto para ucranianos que fogem da guerra.

Grupos de direitos humanos disseram que o sistema britânico de acolhimento de refugiados é atormentado por atrasos e má gestão, e Johnson admitiu que o país poderia ter recebido refugiados ucranianos mais rapidamente.

Johnson procurou posicionar o Reino Unido como um ator forte no conflito, visitando pessoalmente Kiev no mês passado e andando pelas ruas da capital com o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski.

‘Resposta proporcional’

Autoridades britânicas expressaram apoio ao direito da Ucrânia de atacar alvos russos com armas doadas pelo Ocidente e sugeriram que apoiariam uma tentativa das forças ucranianas de recuperar o controle da Crimeia, uma península estratégica que a Rússia anexou em 2014.

O Ministério da Defesa russo, citando alguns desses comentários na semana passada, acusou o Reino Unido de encorajar Kiev a atacar a Rússia e ameaçou uma “resposta proporcional”.

Ainda nesta terça-feira, as forças russas lançaram um grande ataque contra a siderúrgica Azovstal, o último reduto da resistência ucraniana na devastada cidade de Mariupol. Os bombardeios foram conduzidos após um breve cessar-fogo que permitiu a retirada de cerca de 150 civis.

Muitos ucranianos ainda continuam presos sob o extenso local apesar da retirada mediada pela ONU. No entanto, dezenas dos que conseguiram escapar sob a proteção da organização e da Cruz Vermelha finalmente alcançaram a relativa segurança da cidade de Zaporizhzhia, controlada pela Ucrânia. A siderúrgica está sob cerco há semanas.

Ucranianos que conseguiram deixar Mariupol são recebidos por parentes em Zaporizhzhia, em 3 de maio. Foto: Lynsey Addario/The New York Times  Foto: Lynsey Addario/The New York Times

Pessoas de aparência cansada, incluindo crianças e aposentados, desceram de ônibus depois de escapar das ruínas de sua cidade natal no sudeste da Ucrânia, onde a Rússia agora reivindica o controle.

Desde que não conseguiu tomar a capital, Kiev, a Rússia voltou seu maior poder de fogo para o leste e o sul da Ucrânia. Mas também vem atingindo alvos muito mais a oeste em uma tentativa de limitar o acesso da Ucrânia ao Mar Negro, vital para suas exportações de grãos e metais, e também para interromper o fornecimento de ajuda militar ocidental às forças de Kiev.

Na terça-feira, o Ministério da Defesa da Rússia disse que seu Exército atacou um aeródromo militar perto do porto de Odessa com mísseis, destruindo drones, mísseis e munições fornecidos à Ucrânia pelos EUA e seus aliados europeus.

Andri Sadovi, prefeito de Lviv, uma cidade ocidental perto da fronteira polonesa, disse na terça-feira que os ataques aéreos danificaram usinas elétricas, cortando a eletricidade em alguns distritos./W.POST, REUTERS e AFP

O governo britânico anunciou nesta terça-feira, 3, que doará uma frota de 13 veículos blindados à Ucrânia para apoiar no resgate e retirada de civis de áreas devastadas pela guerra. A frota também deve facilitar o trabalho de funcionários ucranianos e operários-chave na reparação e reconstrução da infraestrutura do país.

Os veículos começarão a chegar ao leste da Ucrânia nos próximos dias, juntamente com uma equipe de logística encarregada de despachá-los o mais rápido possível, informou o Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido, em comunicado.

A doação de veículos blindados foi anunciada no mesmo dia em que o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, se tornou o primeiro chefe de Estado a discursar ao Parlamento da Ucrânia desde a invasão da Rússia, em 24 de fevereiro. Em sua mensagem nesta terça-feira, ele disse aos legisladores que “a Ucrânia vencerá, a Ucrânia será livre”.

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski (E), e legisladores aplaudem o discurso do premiê britânico, Boris Johnson, ao Parlamento da Ucrânia, em 3 de maio  Foto: Ukrainian Presidential Press Office via AP

O líder britânico também anunciou um pacote de nova ajuda militar no valor de cerca de US$ 375 milhões (cerca de R$ 1,86 bilhão), incluindo drones pesados para transportar suprimentos para as forças ucranianas, equipamentos eletrônicos e milhares de dispositivos de visão noturna.

Trata-se do mais recente sinal de que o Ocidente está aumentando seu apoio militar à Ucrânia, à frente do que as autoridades dos EUA descreveram como uma batalha terrestre potencialmente decisiva na região de Donbas.

Johnson foi ovacionado no Parlamento da Ucrânia, segundo a deputada ucraniana Lesia Vasylenko, que tuitou que “nunca tinha visto tantas saudações de pé para um único discurso”.

Mas, em casa, os oponentes políticos de Johnson criticaram o anúncio da ajuda como um pouco tarde demais e acusaram o líder britânico de fazer campanha, enquanto os britânicos se preparam para votar nas eleições locais de quinta-feira.

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O Ministério das Relações Exteriores da Rússia anunciou neste sábado, 16, que proibirá a entrada no país do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

Essas eleições são vistas, pelo menos em parte, como um referendo sobre Johnson após vários escândalos domésticos. Pesquisas de opinião sugerem que o Partido Conservador de Johnson deve sofrer pesadas perdas, mas ele pode ter boas notícias agora.

“Essa é a decisão certa, mas no momento errado”, disse Layla Moran, dos Liberais Democratas. “Essas armas adicionais eram desesperadamente necessárias há uma semana, quando o Parlamento ainda estava sentado e poderia ter dado seu total apoio.”

“É possível que Boris Johnson tenha adiado essa mudança para anunciá-la em uma semana eleitoral difícil?” ela disse. “Se assim for, seria uma coisa profundamente cínica de se fazer.”

Transporte seguro

O Ministério das Relações Exteriores disse em seu comunicado que os 13 veículos blindados que o Reino Unido planeja doar para a Ucrânia valem cerca de US$ 826 mil e vêm da própria frota da pasta. Ele os descreveu como “4x4s altamente especializados que foram atualizados com blindagem para resistir a balas de alta velocidade, minas antipessoal e dispositivos explosivos improvisados”, métodos de ataque que, segundo a organização, “foram usados pelas forças russas para massacrar civis”.

Os veículos - que são reforçados com chapas de aço, vidro reforçado, suspensão aprimorada e freios atualizados - serão usados para transportar civis em áreas do leste da Ucrânia devastadas pela guerra, de acordo com o comunicado. Eles também serão usados pela polícia e guarda nacional da Ucrânia, bem como por trabalhadores-chave no reparo e reconstrução da infraestrutura crítica do país, como ferrovias.

“Eles também serão usados para transportar funcionários dos ministérios ucranianos para postos de comando temporários criados para o trabalho do governo”, disse o Ministério das Relações Exteriores.

Os veículos começarão a chegar ao leste da Ucrânia em lotes nos próximos dias, “após uma solicitação direta do governo ucraniano de transporte seguro e resistente para civis”, afirma a chancelaria.

Stanislav Chernishev solda placas na Associação de Voluntários de Zaporizhzhia, onde voluntários ucranianos fabricam equipamentos táticos para soldados. Foto: Lynsey Addario/The New York Times Foto: Lynsey Addario/The New York Times

A secretária das Relações Exteriores britânica, Liz Truss, disse que a doação de veículos blindados ajudará a proteger ucranianos inocentes que tentam fugir dos bombardeios russos e apoiará as autoridades ucranianas que realizam trabalhos vitais, segundo o comunicado. “A segmentação intencional de civis inocentes é um crime de guerra”, acrescentou.

O governo britânico foi criticado por acolher apenas 27 mil refugiados ucranianos - uma fração dos 5,3 milhões que a ONU diz ter deixado a Ucrânia em 27 de abril. Diferentemente de muitos outros países europeus, o Reino Unido não renunciou às restrições de visto para ucranianos que fogem da guerra.

Grupos de direitos humanos disseram que o sistema britânico de acolhimento de refugiados é atormentado por atrasos e má gestão, e Johnson admitiu que o país poderia ter recebido refugiados ucranianos mais rapidamente.

Johnson procurou posicionar o Reino Unido como um ator forte no conflito, visitando pessoalmente Kiev no mês passado e andando pelas ruas da capital com o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski.

‘Resposta proporcional’

Autoridades britânicas expressaram apoio ao direito da Ucrânia de atacar alvos russos com armas doadas pelo Ocidente e sugeriram que apoiariam uma tentativa das forças ucranianas de recuperar o controle da Crimeia, uma península estratégica que a Rússia anexou em 2014.

O Ministério da Defesa russo, citando alguns desses comentários na semana passada, acusou o Reino Unido de encorajar Kiev a atacar a Rússia e ameaçou uma “resposta proporcional”.

Ainda nesta terça-feira, as forças russas lançaram um grande ataque contra a siderúrgica Azovstal, o último reduto da resistência ucraniana na devastada cidade de Mariupol. Os bombardeios foram conduzidos após um breve cessar-fogo que permitiu a retirada de cerca de 150 civis.

Muitos ucranianos ainda continuam presos sob o extenso local apesar da retirada mediada pela ONU. No entanto, dezenas dos que conseguiram escapar sob a proteção da organização e da Cruz Vermelha finalmente alcançaram a relativa segurança da cidade de Zaporizhzhia, controlada pela Ucrânia. A siderúrgica está sob cerco há semanas.

Ucranianos que conseguiram deixar Mariupol são recebidos por parentes em Zaporizhzhia, em 3 de maio. Foto: Lynsey Addario/The New York Times  Foto: Lynsey Addario/The New York Times

Pessoas de aparência cansada, incluindo crianças e aposentados, desceram de ônibus depois de escapar das ruínas de sua cidade natal no sudeste da Ucrânia, onde a Rússia agora reivindica o controle.

Desde que não conseguiu tomar a capital, Kiev, a Rússia voltou seu maior poder de fogo para o leste e o sul da Ucrânia. Mas também vem atingindo alvos muito mais a oeste em uma tentativa de limitar o acesso da Ucrânia ao Mar Negro, vital para suas exportações de grãos e metais, e também para interromper o fornecimento de ajuda militar ocidental às forças de Kiev.

Na terça-feira, o Ministério da Defesa da Rússia disse que seu Exército atacou um aeródromo militar perto do porto de Odessa com mísseis, destruindo drones, mísseis e munições fornecidos à Ucrânia pelos EUA e seus aliados europeus.

Andri Sadovi, prefeito de Lviv, uma cidade ocidental perto da fronteira polonesa, disse na terça-feira que os ataques aéreos danificaram usinas elétricas, cortando a eletricidade em alguns distritos./W.POST, REUTERS e AFP

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