Relatório diz que IRA se transformou e apóia a paz


Grupo irlandês decretou fim da luta armada em julho de 2005, quando destruiu seu arsenal militar; Londres e Dublin devem iniciar conversas com partidos escoceses

Por Agencia Estado

O Exército Republicano Irlandês (IRA) modificou radicalmente suas estruturas para apoiar o processo de paz na Irlanda do Norte e se transformar em uma organização democrática, garantiu nesta quarta-feira a Comissão Independente de Controle (IMC, em inglês). A análise - a 20ª apresentada pela Comissão - é a mais positiva elaborada por este organismo desde que o IRA anunciou, em julho de 2005, o fim da luta armada e destruiu, em seguida, todo seu arsenal. "Há três anos, (o IRA) era um dos grupos (paramilitares) mais sofisticados e perigosos, e possuía um arsenal de armas e de outros materiais muito grande. Agora, está firmemente comprometido com a estratégia política, com a eliminação do terrorismo e de outras formas de criminalidade", diz o documento. O relatório garante que o IRA não tem a intenção de retomar o caminho da violência por dois motivos. O primeiro está relacionado com a firme adesão da organização à estratégia de paz de seu braço político, o Sinn Féin, que se comprometeu a conseguir a unificação da Irlanda de forma democrática. O outro motivo está relacionado às mudanças na estrutura interna da organização paramilitar, que tornam quase impossível o desenvolvimento de uma capacidade operacional igual à que ela tinha antes de seu desarmamento. Segundo a IMC, os departamentos encarregados de adquirir armas, preparar bombas, treinar novos recrutas e espionar membros das forças de segurança foram desmantelados. O relatório indica que a direção do IRA também não tem realizado "castigos corporais" contra "elementos anti-sociais" da comunidade católico-nacionalista, apesar de certos setores defenderem que a organização deve manter seu tradicional papel de órgão policial e judicial. Este último avanço poderia sugerir que o IRA e o Sinn Féin estão dispostos a aceitar, no futuro, a autoridade da Polícia norte-irlandesa, uma das condições impostas pelos unionistas para formar um governo com os partidários do IRA. Vigilância Mesmo com o destaque de pontos positivos, a IMC sustenta que o IRA ainda vigia as atividades dos grupos paramilitares protestantes e de dissidentes republicanos, ao mesmo tempo que mantém um serviço interno com o objetivo de descobrir espiões que possam estar infiltrados na organização. Neste sentido, a IMC não conseguiu esclarecer o assassinato de Denis Donaldson, o ex-chefe de administração do Sinn Féin na Assembléia norte-irlandesa que confessou, em dezembro de 2005, ter servido de espião aos serviços secretos britânicos por mais de 20 anos. Donaldson foi expulso do partido e foi morar em uma cabana no condado de Donegal, no noroeste da ilha da Irlanda, onde foi assassinado em abril de 2006. Segundo os observadores, o fato de a IMC não ter tratado deste assunto poderia ser recebido pelos unionistas com ceticismo, pois estes acreditam que Donaldson foi executado por membros do IRA. A poucos dias de Londres e Dublin iniciarem uma rodada de conversas de paz com os partidos da província na Escócia, qualquer implicação dos membros do Ira no caso do ex-espião poderia ter sérias conseqüências para os planos dos dois governos. O objetivo da reunião é aproximar as posições dos grupos norte-irlandeses antes do dia 24 de novembro, data limite imposta pelo Reino Unido e pela República da Irlanda para que os políticos da Irlanda do Norte formem um governo composto por católicos e protestantes. Nesta quarta-feira, o governo britânico pediu aos partidos norte-irlandeses que aproveitem esta oportunidade para alcançar a paz na Irlanda do Norte. Em comunicado, o Reino Unido disse que já não se pode dizer que o IRA não está comprometido com o caminho político. "Achamos que este relatório (do IMC) cria as bases para um acordo final sobre o conflito na Irlanda do Norte", disse o governo britânico em comunicado. "(O relatório) apresenta uma oportunidade única para que esta geração alcance uma solução final, uma oportunidade que o Governo espera que os partidos possam usar", acrescenta a nota. Situação política Por sua vez, o primeiro-ministro irlandês, Bertie Ahern, concordou com a opinião do governo britânico de que a situação política atual na Irlanda do Norte reúne todas as condições para fazer um pacto de governabilidade que restaure a autonomia da província, suspensa desde outubro de 2002. "As conclusões são positivas e claras, são importantíssimas e têm grande relevância. Demonstram que o panorama de segurança na Irlanda do Norte mudou radicalmente", disse o primeiro-ministro irlandês, que acrescentou que "o IRA não tem nem a intenção, nem o interesse em retomar sua campanha paramilitar". A suposta atividade paramilitar e ilegal do IRA tinha sido, até agora, o principal argumento usado pelo majoritário Partido Democrático Unionista (DUP), do reverendo Ian Paisley, para atrasar a formação de um Executivo autônomo com o Sinn Féin, segunda força da Iralanda do Norte. No entanto, toda vez que os organismos de controle correspondentes estão mais perto de outorgar ao IRA um certificado definitivo de "boa conduta", a postura do DUP se torna insustentável, principalmente aos olhos dos governos britânico e irlandês. Nesta quarta-feira, após saber do resultado do relatório, Paisley pediu um encontro urgente com a IMC para confirmar que o compromisso do IRA com o processo de paz é irreversível.

O Exército Republicano Irlandês (IRA) modificou radicalmente suas estruturas para apoiar o processo de paz na Irlanda do Norte e se transformar em uma organização democrática, garantiu nesta quarta-feira a Comissão Independente de Controle (IMC, em inglês). A análise - a 20ª apresentada pela Comissão - é a mais positiva elaborada por este organismo desde que o IRA anunciou, em julho de 2005, o fim da luta armada e destruiu, em seguida, todo seu arsenal. "Há três anos, (o IRA) era um dos grupos (paramilitares) mais sofisticados e perigosos, e possuía um arsenal de armas e de outros materiais muito grande. Agora, está firmemente comprometido com a estratégia política, com a eliminação do terrorismo e de outras formas de criminalidade", diz o documento. O relatório garante que o IRA não tem a intenção de retomar o caminho da violência por dois motivos. O primeiro está relacionado com a firme adesão da organização à estratégia de paz de seu braço político, o Sinn Féin, que se comprometeu a conseguir a unificação da Irlanda de forma democrática. O outro motivo está relacionado às mudanças na estrutura interna da organização paramilitar, que tornam quase impossível o desenvolvimento de uma capacidade operacional igual à que ela tinha antes de seu desarmamento. Segundo a IMC, os departamentos encarregados de adquirir armas, preparar bombas, treinar novos recrutas e espionar membros das forças de segurança foram desmantelados. O relatório indica que a direção do IRA também não tem realizado "castigos corporais" contra "elementos anti-sociais" da comunidade católico-nacionalista, apesar de certos setores defenderem que a organização deve manter seu tradicional papel de órgão policial e judicial. Este último avanço poderia sugerir que o IRA e o Sinn Féin estão dispostos a aceitar, no futuro, a autoridade da Polícia norte-irlandesa, uma das condições impostas pelos unionistas para formar um governo com os partidários do IRA. Vigilância Mesmo com o destaque de pontos positivos, a IMC sustenta que o IRA ainda vigia as atividades dos grupos paramilitares protestantes e de dissidentes republicanos, ao mesmo tempo que mantém um serviço interno com o objetivo de descobrir espiões que possam estar infiltrados na organização. Neste sentido, a IMC não conseguiu esclarecer o assassinato de Denis Donaldson, o ex-chefe de administração do Sinn Féin na Assembléia norte-irlandesa que confessou, em dezembro de 2005, ter servido de espião aos serviços secretos britânicos por mais de 20 anos. Donaldson foi expulso do partido e foi morar em uma cabana no condado de Donegal, no noroeste da ilha da Irlanda, onde foi assassinado em abril de 2006. Segundo os observadores, o fato de a IMC não ter tratado deste assunto poderia ser recebido pelos unionistas com ceticismo, pois estes acreditam que Donaldson foi executado por membros do IRA. A poucos dias de Londres e Dublin iniciarem uma rodada de conversas de paz com os partidos da província na Escócia, qualquer implicação dos membros do Ira no caso do ex-espião poderia ter sérias conseqüências para os planos dos dois governos. O objetivo da reunião é aproximar as posições dos grupos norte-irlandeses antes do dia 24 de novembro, data limite imposta pelo Reino Unido e pela República da Irlanda para que os políticos da Irlanda do Norte formem um governo composto por católicos e protestantes. Nesta quarta-feira, o governo britânico pediu aos partidos norte-irlandeses que aproveitem esta oportunidade para alcançar a paz na Irlanda do Norte. Em comunicado, o Reino Unido disse que já não se pode dizer que o IRA não está comprometido com o caminho político. "Achamos que este relatório (do IMC) cria as bases para um acordo final sobre o conflito na Irlanda do Norte", disse o governo britânico em comunicado. "(O relatório) apresenta uma oportunidade única para que esta geração alcance uma solução final, uma oportunidade que o Governo espera que os partidos possam usar", acrescenta a nota. Situação política Por sua vez, o primeiro-ministro irlandês, Bertie Ahern, concordou com a opinião do governo britânico de que a situação política atual na Irlanda do Norte reúne todas as condições para fazer um pacto de governabilidade que restaure a autonomia da província, suspensa desde outubro de 2002. "As conclusões são positivas e claras, são importantíssimas e têm grande relevância. Demonstram que o panorama de segurança na Irlanda do Norte mudou radicalmente", disse o primeiro-ministro irlandês, que acrescentou que "o IRA não tem nem a intenção, nem o interesse em retomar sua campanha paramilitar". A suposta atividade paramilitar e ilegal do IRA tinha sido, até agora, o principal argumento usado pelo majoritário Partido Democrático Unionista (DUP), do reverendo Ian Paisley, para atrasar a formação de um Executivo autônomo com o Sinn Féin, segunda força da Iralanda do Norte. No entanto, toda vez que os organismos de controle correspondentes estão mais perto de outorgar ao IRA um certificado definitivo de "boa conduta", a postura do DUP se torna insustentável, principalmente aos olhos dos governos britânico e irlandês. Nesta quarta-feira, após saber do resultado do relatório, Paisley pediu um encontro urgente com a IMC para confirmar que o compromisso do IRA com o processo de paz é irreversível.

O Exército Republicano Irlandês (IRA) modificou radicalmente suas estruturas para apoiar o processo de paz na Irlanda do Norte e se transformar em uma organização democrática, garantiu nesta quarta-feira a Comissão Independente de Controle (IMC, em inglês). A análise - a 20ª apresentada pela Comissão - é a mais positiva elaborada por este organismo desde que o IRA anunciou, em julho de 2005, o fim da luta armada e destruiu, em seguida, todo seu arsenal. "Há três anos, (o IRA) era um dos grupos (paramilitares) mais sofisticados e perigosos, e possuía um arsenal de armas e de outros materiais muito grande. Agora, está firmemente comprometido com a estratégia política, com a eliminação do terrorismo e de outras formas de criminalidade", diz o documento. O relatório garante que o IRA não tem a intenção de retomar o caminho da violência por dois motivos. O primeiro está relacionado com a firme adesão da organização à estratégia de paz de seu braço político, o Sinn Féin, que se comprometeu a conseguir a unificação da Irlanda de forma democrática. O outro motivo está relacionado às mudanças na estrutura interna da organização paramilitar, que tornam quase impossível o desenvolvimento de uma capacidade operacional igual à que ela tinha antes de seu desarmamento. Segundo a IMC, os departamentos encarregados de adquirir armas, preparar bombas, treinar novos recrutas e espionar membros das forças de segurança foram desmantelados. O relatório indica que a direção do IRA também não tem realizado "castigos corporais" contra "elementos anti-sociais" da comunidade católico-nacionalista, apesar de certos setores defenderem que a organização deve manter seu tradicional papel de órgão policial e judicial. Este último avanço poderia sugerir que o IRA e o Sinn Féin estão dispostos a aceitar, no futuro, a autoridade da Polícia norte-irlandesa, uma das condições impostas pelos unionistas para formar um governo com os partidários do IRA. Vigilância Mesmo com o destaque de pontos positivos, a IMC sustenta que o IRA ainda vigia as atividades dos grupos paramilitares protestantes e de dissidentes republicanos, ao mesmo tempo que mantém um serviço interno com o objetivo de descobrir espiões que possam estar infiltrados na organização. Neste sentido, a IMC não conseguiu esclarecer o assassinato de Denis Donaldson, o ex-chefe de administração do Sinn Féin na Assembléia norte-irlandesa que confessou, em dezembro de 2005, ter servido de espião aos serviços secretos britânicos por mais de 20 anos. Donaldson foi expulso do partido e foi morar em uma cabana no condado de Donegal, no noroeste da ilha da Irlanda, onde foi assassinado em abril de 2006. Segundo os observadores, o fato de a IMC não ter tratado deste assunto poderia ser recebido pelos unionistas com ceticismo, pois estes acreditam que Donaldson foi executado por membros do IRA. A poucos dias de Londres e Dublin iniciarem uma rodada de conversas de paz com os partidos da província na Escócia, qualquer implicação dos membros do Ira no caso do ex-espião poderia ter sérias conseqüências para os planos dos dois governos. O objetivo da reunião é aproximar as posições dos grupos norte-irlandeses antes do dia 24 de novembro, data limite imposta pelo Reino Unido e pela República da Irlanda para que os políticos da Irlanda do Norte formem um governo composto por católicos e protestantes. Nesta quarta-feira, o governo britânico pediu aos partidos norte-irlandeses que aproveitem esta oportunidade para alcançar a paz na Irlanda do Norte. Em comunicado, o Reino Unido disse que já não se pode dizer que o IRA não está comprometido com o caminho político. "Achamos que este relatório (do IMC) cria as bases para um acordo final sobre o conflito na Irlanda do Norte", disse o governo britânico em comunicado. "(O relatório) apresenta uma oportunidade única para que esta geração alcance uma solução final, uma oportunidade que o Governo espera que os partidos possam usar", acrescenta a nota. Situação política Por sua vez, o primeiro-ministro irlandês, Bertie Ahern, concordou com a opinião do governo britânico de que a situação política atual na Irlanda do Norte reúne todas as condições para fazer um pacto de governabilidade que restaure a autonomia da província, suspensa desde outubro de 2002. "As conclusões são positivas e claras, são importantíssimas e têm grande relevância. Demonstram que o panorama de segurança na Irlanda do Norte mudou radicalmente", disse o primeiro-ministro irlandês, que acrescentou que "o IRA não tem nem a intenção, nem o interesse em retomar sua campanha paramilitar". A suposta atividade paramilitar e ilegal do IRA tinha sido, até agora, o principal argumento usado pelo majoritário Partido Democrático Unionista (DUP), do reverendo Ian Paisley, para atrasar a formação de um Executivo autônomo com o Sinn Féin, segunda força da Iralanda do Norte. No entanto, toda vez que os organismos de controle correspondentes estão mais perto de outorgar ao IRA um certificado definitivo de "boa conduta", a postura do DUP se torna insustentável, principalmente aos olhos dos governos britânico e irlandês. Nesta quarta-feira, após saber do resultado do relatório, Paisley pediu um encontro urgente com a IMC para confirmar que o compromisso do IRA com o processo de paz é irreversível.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.