‘Repressão na Venezuela é brutal’ e ditadura cometeu assassinatos, diz Human Rights Watch


O relatório vincula a Guarda Nacional e a polícia venezuelana a alguns dos 24 assassinatos ocorridos durante os protestos

Por Redação
Atualização:

As autoridades venezuelanas estão cometendo “violações generalizadas dos direitos humanos” contra manifestantes, transeuntes, opositores e críticos após a questionada reeleição do ditador Nicolás Maduro, denunciou a ONG Human Rights Watch (HRW) em um relatório publicado nesta quarta-feira, 4.

“A repressão que estamos vendo na Venezuela é brutal”, afirma Juanita Goebertus, diretora para as Américas da HRW, citada no relatório sobre as eleições presidenciais de 28 de julho, que a oposição denuncia como uma fraude, e a crise desencadeada desde então.

A HRW “documentou que as autoridades venezuelanas e os grupos armados pró-governo, conhecidos como ‘coletivos’, cometeram abusos generalizados, incluindo assassinatos, detenções e processos criminais arbitrários e perseguição a críticos do governo”, afirma o documento.

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Manifestantes enfrentam a polícia venezuelana em protestos contra a reeleição do ditador Nicolas Maduro, em Caracas, Venezuela  Foto: Matias Delacroix/AP

Após o anúncio da reeleição de Maduro para um terceiro mandato, manifestações espontâneas foram registradas em todo o país, com um balanço de 27 mortos - incluindo dois militares - e 192 feridos, além de 2.400 pessoas detidas, segundo fontes oficiais.

“Evidências críveis compiladas pela Human Rights Watch implicam forças de segurança, incluindo a GNB (Guarda Nacional Bolivariana) e a Polícia Nacional Bolivariana (PNB), em vários assassinatos. Em outros casos, os responsáveis parecem ser grupos de ‘coletivos’”, acrescenta o relatório.

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Para a ONG, os grupos armados pró-governo “intimidam e perseguem os críticos há vários anos e informam o governo sobre estas pessoas, especialmente nas áreas populares”.

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, participa de uma reunião em Brasília, Brasil  Foto: Wilton Junior/Estadão

“A comunidade internacional deve adotar medidas urgentes para garantir que os venezuelanos possam protestar pacificamente e que o seu voto seja respeitado”, completa Goebertus.

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Sanções

A HRW também fez um apelo para que os governos de todo o mundo imponham “sanções individuais aos membros das forças de segurança, ‘coletivos’, juízes e promotores responsáveis por graves violações dos direitos humanos”.

A organização, que defende a verificação detalhada dos resultados eleitorais, também pediu a “ampliação do acesso ao refúgio e a outras formas de proteção internacional para os venezuelanos que são forçados a abandonar o país”.

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Maduro, que teve a reeleição validada pelo Tribunal Supremo em 22 de agosto, foi declarado vencedor com 52% dos votos pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que não divulgou as atas eleitorais, como a lei obriga, alegando ter sido vítima de um ataque de hackers.

A oposição, liderada por María Corina Machado, publicou o que define como cópias das atas de votação e afirma que seu candidato, Edmundo González Urrutia, recebeu mais de 60% dos votos.

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Grande parte da comunidade internacional, liderada pelos Estados Unidos, não reconhece a reeleição de Maduro e rejeita um mandado de prisão emitido na segunda-feira contra o candidato da oposição./AFP

As autoridades venezuelanas estão cometendo “violações generalizadas dos direitos humanos” contra manifestantes, transeuntes, opositores e críticos após a questionada reeleição do ditador Nicolás Maduro, denunciou a ONG Human Rights Watch (HRW) em um relatório publicado nesta quarta-feira, 4.

“A repressão que estamos vendo na Venezuela é brutal”, afirma Juanita Goebertus, diretora para as Américas da HRW, citada no relatório sobre as eleições presidenciais de 28 de julho, que a oposição denuncia como uma fraude, e a crise desencadeada desde então.

A HRW “documentou que as autoridades venezuelanas e os grupos armados pró-governo, conhecidos como ‘coletivos’, cometeram abusos generalizados, incluindo assassinatos, detenções e processos criminais arbitrários e perseguição a críticos do governo”, afirma o documento.

Manifestantes enfrentam a polícia venezuelana em protestos contra a reeleição do ditador Nicolas Maduro, em Caracas, Venezuela  Foto: Matias Delacroix/AP

Após o anúncio da reeleição de Maduro para um terceiro mandato, manifestações espontâneas foram registradas em todo o país, com um balanço de 27 mortos - incluindo dois militares - e 192 feridos, além de 2.400 pessoas detidas, segundo fontes oficiais.

“Evidências críveis compiladas pela Human Rights Watch implicam forças de segurança, incluindo a GNB (Guarda Nacional Bolivariana) e a Polícia Nacional Bolivariana (PNB), em vários assassinatos. Em outros casos, os responsáveis parecem ser grupos de ‘coletivos’”, acrescenta o relatório.

Para a ONG, os grupos armados pró-governo “intimidam e perseguem os críticos há vários anos e informam o governo sobre estas pessoas, especialmente nas áreas populares”.

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, participa de uma reunião em Brasília, Brasil  Foto: Wilton Junior/Estadão

“A comunidade internacional deve adotar medidas urgentes para garantir que os venezuelanos possam protestar pacificamente e que o seu voto seja respeitado”, completa Goebertus.

Sanções

A HRW também fez um apelo para que os governos de todo o mundo imponham “sanções individuais aos membros das forças de segurança, ‘coletivos’, juízes e promotores responsáveis por graves violações dos direitos humanos”.

A organização, que defende a verificação detalhada dos resultados eleitorais, também pediu a “ampliação do acesso ao refúgio e a outras formas de proteção internacional para os venezuelanos que são forçados a abandonar o país”.

Maduro, que teve a reeleição validada pelo Tribunal Supremo em 22 de agosto, foi declarado vencedor com 52% dos votos pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que não divulgou as atas eleitorais, como a lei obriga, alegando ter sido vítima de um ataque de hackers.

A oposição, liderada por María Corina Machado, publicou o que define como cópias das atas de votação e afirma que seu candidato, Edmundo González Urrutia, recebeu mais de 60% dos votos.

Grande parte da comunidade internacional, liderada pelos Estados Unidos, não reconhece a reeleição de Maduro e rejeita um mandado de prisão emitido na segunda-feira contra o candidato da oposição./AFP

As autoridades venezuelanas estão cometendo “violações generalizadas dos direitos humanos” contra manifestantes, transeuntes, opositores e críticos após a questionada reeleição do ditador Nicolás Maduro, denunciou a ONG Human Rights Watch (HRW) em um relatório publicado nesta quarta-feira, 4.

“A repressão que estamos vendo na Venezuela é brutal”, afirma Juanita Goebertus, diretora para as Américas da HRW, citada no relatório sobre as eleições presidenciais de 28 de julho, que a oposição denuncia como uma fraude, e a crise desencadeada desde então.

A HRW “documentou que as autoridades venezuelanas e os grupos armados pró-governo, conhecidos como ‘coletivos’, cometeram abusos generalizados, incluindo assassinatos, detenções e processos criminais arbitrários e perseguição a críticos do governo”, afirma o documento.

Manifestantes enfrentam a polícia venezuelana em protestos contra a reeleição do ditador Nicolas Maduro, em Caracas, Venezuela  Foto: Matias Delacroix/AP

Após o anúncio da reeleição de Maduro para um terceiro mandato, manifestações espontâneas foram registradas em todo o país, com um balanço de 27 mortos - incluindo dois militares - e 192 feridos, além de 2.400 pessoas detidas, segundo fontes oficiais.

“Evidências críveis compiladas pela Human Rights Watch implicam forças de segurança, incluindo a GNB (Guarda Nacional Bolivariana) e a Polícia Nacional Bolivariana (PNB), em vários assassinatos. Em outros casos, os responsáveis parecem ser grupos de ‘coletivos’”, acrescenta o relatório.

Para a ONG, os grupos armados pró-governo “intimidam e perseguem os críticos há vários anos e informam o governo sobre estas pessoas, especialmente nas áreas populares”.

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, participa de uma reunião em Brasília, Brasil  Foto: Wilton Junior/Estadão

“A comunidade internacional deve adotar medidas urgentes para garantir que os venezuelanos possam protestar pacificamente e que o seu voto seja respeitado”, completa Goebertus.

Sanções

A HRW também fez um apelo para que os governos de todo o mundo imponham “sanções individuais aos membros das forças de segurança, ‘coletivos’, juízes e promotores responsáveis por graves violações dos direitos humanos”.

A organização, que defende a verificação detalhada dos resultados eleitorais, também pediu a “ampliação do acesso ao refúgio e a outras formas de proteção internacional para os venezuelanos que são forçados a abandonar o país”.

Maduro, que teve a reeleição validada pelo Tribunal Supremo em 22 de agosto, foi declarado vencedor com 52% dos votos pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que não divulgou as atas eleitorais, como a lei obriga, alegando ter sido vítima de um ataque de hackers.

A oposição, liderada por María Corina Machado, publicou o que define como cópias das atas de votação e afirma que seu candidato, Edmundo González Urrutia, recebeu mais de 60% dos votos.

Grande parte da comunidade internacional, liderada pelos Estados Unidos, não reconhece a reeleição de Maduro e rejeita um mandado de prisão emitido na segunda-feira contra o candidato da oposição./AFP

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