Reservista morre em conflito com Hezbollah uma semana depois de viajar dos EUA para lutar em Israel


Morte jovem ocorre em meio à crescente tensão na fronteira entre Israel e o Líbano, que viu nas últimas duas semanas a maior troca de tiros desde 2006

Por Danielle Douglas-Gabriel

Omer Balva, de 22 anos, estava entre os 360 mil reservistas que o governo israelita mobilizou num imenso aumento das suas forças militares antes de uma esperada invasão terrestre de Gaza. Natural de Rockville, Maryland (EUA), ele morava em Israel e estava de férias nos Estados Unidos quando o Hamas invadiu o sul do país. Não demorou para que o exército israelense o recrutasse para ir ao país e lutar na guerra.

Mas antes de retornar, ele queria reunir suprimentos que os soldados de sua unidade poderiam precisar. Então, ele e seu amigo Ethan Missner, que conhece Balva desde os 7 anos de idade, na Escola Judaica Charles E. Smith, em Rockville, foram às compras. Eles compraram joelheiras, cotoveleiras, protetores de ouvido e outros suprimentos para o 9203º Batalhão da Brigada Alexandroni, lembrou Missner. Os dois passaram a última noite de Balva nos Estados Unidos, na casa dos pais de Missner em Potomac, enchendo uma mochila cheia de equipamentos.

Uma semana depois, Balva estava morto. O israelense-americano foi morto na sexta-feira, 20, por um míssil antitanque disparado do Líbano pelo grupo militante Hezbollah enquanto sua unidade servia na fronteira daquele país com Israel, confirmaram as Forças de Defesa Israelense (FDI).

continua após a publicidade

Depois de terminar o ensino médio em 2019, Balva se mudou para Israel com os pais, alistou-se no exército israelense e se matriculou na Universidade Reichman. Ele permaneceu em contato com o amigo Missner depois de ser enviado para a fronteira israelense. “Ele disse que ouvia bombas caindo à noite e que era difícil dormir”, disse Missner.

Omer Balva, à esquerda, e seu amigo Ethan Missner na Charles E. Smith Jewish Day School em Rockville, onde se formaram em 2019.  Foto: Jonathan Missner/Washington Post

Foi na escola judaica que Balva, Missner e um terceiro aluno chamado Jagger Balkin se tornaram um trio inseparável. Todo verão, porém, Balva “desaparecia”, viajando para Israel para ficar com parentes lá. “Acho que é em parte por isso que ele amava tanto Israel”, disse Balkin.

continua após a publicidade

Durante o último ano do ensino médio — como parte do programa escolar — Balva e outros alunos do último ano passaram três meses morando em Israel. No final do programa, enquanto outros colegas se espalhavam por várias faculdades dos EUA, Balva alistou-se nas Forças de Defesa de Israel.

Balva estava orgulhoso de suas raízes israelenses, que ele detalhou em uma apresentação de classe sobre sua família que ainda vive online. Nele, Balva compartilhou que a família de seu pai residia na cidade israelense de Tiberíades desde 1400 e que sua avó havia sobrevivido às muitas guerras que se seguiram em Israel. Balva disse que seu pai imigrou para os Estados Unidos em 1996 para se juntar aos irmãos e abrir seu próprio negócio. Balva disse que planejava criar seus filhos em Israel e tinha “paixão” por proteger a terra.

A morte de Balva ocorre em meio à crescente tensão na fronteira entre Israel e o Líbano, que viu nas últimas duas semanas a maior troca de tiros entre as tropas israelenses e o grupo xiita libanês Hezbollah desde 2006. Desde o dia 8 de outubro, Israel e o Hezbollah têm estado envolvidos em ataques cruzados nas zonas fronteiriças entre ambos os países, onde também ocorreram ações reivindicadas por facções palestinianas presentes em território libanês.

continua após a publicidade
O exército israelita tem posicionado forças militares ao longo da fronteira com o Líbano, a cerca de 185 quilômetros de Gaza, no meio de uma troca de tiros de ambos os lados.  Foto: EFE/EPA/ATEF SAFADI

O exército israelita tem posicionado forças militares ao longo da fronteira com o Líbano, a cerca de 185 quilômetros de Gaza, no meio de uma troca de tiros de ambos os lados. Era lá que a unidade de Balva estava estacionada. Milhares de pessoas compareceram ao seu funeral no domingo em Herzliya – uma cidade ao norte de Tel Aviv, disse Gersh, seu ex-professor, que estava lá.

A escalada levantou receios de que o Líbano se torne uma segunda frente na guerra entre Israel e os terroristas de Gaza, enquanto o governo libanês mantém contatos nacionais e internacionais para tentar contê-la. Os últimos 14 dias de escalada na fronteira deixaram pelo menos 34 mortos: 6 em Israel - 5 soldados e um civil - e pelo menos 28 no Líbano, incluindo 8 civis - entre eles um cinegrafista da agência Reuters -, 15 membros de Hezbollah e 5 membros de grupos palestinos./Washington Post, NYT e EFE.

Omer Balva, de 22 anos, estava entre os 360 mil reservistas que o governo israelita mobilizou num imenso aumento das suas forças militares antes de uma esperada invasão terrestre de Gaza. Natural de Rockville, Maryland (EUA), ele morava em Israel e estava de férias nos Estados Unidos quando o Hamas invadiu o sul do país. Não demorou para que o exército israelense o recrutasse para ir ao país e lutar na guerra.

Mas antes de retornar, ele queria reunir suprimentos que os soldados de sua unidade poderiam precisar. Então, ele e seu amigo Ethan Missner, que conhece Balva desde os 7 anos de idade, na Escola Judaica Charles E. Smith, em Rockville, foram às compras. Eles compraram joelheiras, cotoveleiras, protetores de ouvido e outros suprimentos para o 9203º Batalhão da Brigada Alexandroni, lembrou Missner. Os dois passaram a última noite de Balva nos Estados Unidos, na casa dos pais de Missner em Potomac, enchendo uma mochila cheia de equipamentos.

Uma semana depois, Balva estava morto. O israelense-americano foi morto na sexta-feira, 20, por um míssil antitanque disparado do Líbano pelo grupo militante Hezbollah enquanto sua unidade servia na fronteira daquele país com Israel, confirmaram as Forças de Defesa Israelense (FDI).

Depois de terminar o ensino médio em 2019, Balva se mudou para Israel com os pais, alistou-se no exército israelense e se matriculou na Universidade Reichman. Ele permaneceu em contato com o amigo Missner depois de ser enviado para a fronteira israelense. “Ele disse que ouvia bombas caindo à noite e que era difícil dormir”, disse Missner.

Omer Balva, à esquerda, e seu amigo Ethan Missner na Charles E. Smith Jewish Day School em Rockville, onde se formaram em 2019.  Foto: Jonathan Missner/Washington Post

Foi na escola judaica que Balva, Missner e um terceiro aluno chamado Jagger Balkin se tornaram um trio inseparável. Todo verão, porém, Balva “desaparecia”, viajando para Israel para ficar com parentes lá. “Acho que é em parte por isso que ele amava tanto Israel”, disse Balkin.

Durante o último ano do ensino médio — como parte do programa escolar — Balva e outros alunos do último ano passaram três meses morando em Israel. No final do programa, enquanto outros colegas se espalhavam por várias faculdades dos EUA, Balva alistou-se nas Forças de Defesa de Israel.

Balva estava orgulhoso de suas raízes israelenses, que ele detalhou em uma apresentação de classe sobre sua família que ainda vive online. Nele, Balva compartilhou que a família de seu pai residia na cidade israelense de Tiberíades desde 1400 e que sua avó havia sobrevivido às muitas guerras que se seguiram em Israel. Balva disse que seu pai imigrou para os Estados Unidos em 1996 para se juntar aos irmãos e abrir seu próprio negócio. Balva disse que planejava criar seus filhos em Israel e tinha “paixão” por proteger a terra.

A morte de Balva ocorre em meio à crescente tensão na fronteira entre Israel e o Líbano, que viu nas últimas duas semanas a maior troca de tiros entre as tropas israelenses e o grupo xiita libanês Hezbollah desde 2006. Desde o dia 8 de outubro, Israel e o Hezbollah têm estado envolvidos em ataques cruzados nas zonas fronteiriças entre ambos os países, onde também ocorreram ações reivindicadas por facções palestinianas presentes em território libanês.

O exército israelita tem posicionado forças militares ao longo da fronteira com o Líbano, a cerca de 185 quilômetros de Gaza, no meio de uma troca de tiros de ambos os lados.  Foto: EFE/EPA/ATEF SAFADI

O exército israelita tem posicionado forças militares ao longo da fronteira com o Líbano, a cerca de 185 quilômetros de Gaza, no meio de uma troca de tiros de ambos os lados. Era lá que a unidade de Balva estava estacionada. Milhares de pessoas compareceram ao seu funeral no domingo em Herzliya – uma cidade ao norte de Tel Aviv, disse Gersh, seu ex-professor, que estava lá.

A escalada levantou receios de que o Líbano se torne uma segunda frente na guerra entre Israel e os terroristas de Gaza, enquanto o governo libanês mantém contatos nacionais e internacionais para tentar contê-la. Os últimos 14 dias de escalada na fronteira deixaram pelo menos 34 mortos: 6 em Israel - 5 soldados e um civil - e pelo menos 28 no Líbano, incluindo 8 civis - entre eles um cinegrafista da agência Reuters -, 15 membros de Hezbollah e 5 membros de grupos palestinos./Washington Post, NYT e EFE.

Omer Balva, de 22 anos, estava entre os 360 mil reservistas que o governo israelita mobilizou num imenso aumento das suas forças militares antes de uma esperada invasão terrestre de Gaza. Natural de Rockville, Maryland (EUA), ele morava em Israel e estava de férias nos Estados Unidos quando o Hamas invadiu o sul do país. Não demorou para que o exército israelense o recrutasse para ir ao país e lutar na guerra.

Mas antes de retornar, ele queria reunir suprimentos que os soldados de sua unidade poderiam precisar. Então, ele e seu amigo Ethan Missner, que conhece Balva desde os 7 anos de idade, na Escola Judaica Charles E. Smith, em Rockville, foram às compras. Eles compraram joelheiras, cotoveleiras, protetores de ouvido e outros suprimentos para o 9203º Batalhão da Brigada Alexandroni, lembrou Missner. Os dois passaram a última noite de Balva nos Estados Unidos, na casa dos pais de Missner em Potomac, enchendo uma mochila cheia de equipamentos.

Uma semana depois, Balva estava morto. O israelense-americano foi morto na sexta-feira, 20, por um míssil antitanque disparado do Líbano pelo grupo militante Hezbollah enquanto sua unidade servia na fronteira daquele país com Israel, confirmaram as Forças de Defesa Israelense (FDI).

Depois de terminar o ensino médio em 2019, Balva se mudou para Israel com os pais, alistou-se no exército israelense e se matriculou na Universidade Reichman. Ele permaneceu em contato com o amigo Missner depois de ser enviado para a fronteira israelense. “Ele disse que ouvia bombas caindo à noite e que era difícil dormir”, disse Missner.

Omer Balva, à esquerda, e seu amigo Ethan Missner na Charles E. Smith Jewish Day School em Rockville, onde se formaram em 2019.  Foto: Jonathan Missner/Washington Post

Foi na escola judaica que Balva, Missner e um terceiro aluno chamado Jagger Balkin se tornaram um trio inseparável. Todo verão, porém, Balva “desaparecia”, viajando para Israel para ficar com parentes lá. “Acho que é em parte por isso que ele amava tanto Israel”, disse Balkin.

Durante o último ano do ensino médio — como parte do programa escolar — Balva e outros alunos do último ano passaram três meses morando em Israel. No final do programa, enquanto outros colegas se espalhavam por várias faculdades dos EUA, Balva alistou-se nas Forças de Defesa de Israel.

Balva estava orgulhoso de suas raízes israelenses, que ele detalhou em uma apresentação de classe sobre sua família que ainda vive online. Nele, Balva compartilhou que a família de seu pai residia na cidade israelense de Tiberíades desde 1400 e que sua avó havia sobrevivido às muitas guerras que se seguiram em Israel. Balva disse que seu pai imigrou para os Estados Unidos em 1996 para se juntar aos irmãos e abrir seu próprio negócio. Balva disse que planejava criar seus filhos em Israel e tinha “paixão” por proteger a terra.

A morte de Balva ocorre em meio à crescente tensão na fronteira entre Israel e o Líbano, que viu nas últimas duas semanas a maior troca de tiros entre as tropas israelenses e o grupo xiita libanês Hezbollah desde 2006. Desde o dia 8 de outubro, Israel e o Hezbollah têm estado envolvidos em ataques cruzados nas zonas fronteiriças entre ambos os países, onde também ocorreram ações reivindicadas por facções palestinianas presentes em território libanês.

O exército israelita tem posicionado forças militares ao longo da fronteira com o Líbano, a cerca de 185 quilômetros de Gaza, no meio de uma troca de tiros de ambos os lados.  Foto: EFE/EPA/ATEF SAFADI

O exército israelita tem posicionado forças militares ao longo da fronteira com o Líbano, a cerca de 185 quilômetros de Gaza, no meio de uma troca de tiros de ambos os lados. Era lá que a unidade de Balva estava estacionada. Milhares de pessoas compareceram ao seu funeral no domingo em Herzliya – uma cidade ao norte de Tel Aviv, disse Gersh, seu ex-professor, que estava lá.

A escalada levantou receios de que o Líbano se torne uma segunda frente na guerra entre Israel e os terroristas de Gaza, enquanto o governo libanês mantém contatos nacionais e internacionais para tentar contê-la. Os últimos 14 dias de escalada na fronteira deixaram pelo menos 34 mortos: 6 em Israel - 5 soldados e um civil - e pelo menos 28 no Líbano, incluindo 8 civis - entre eles um cinegrafista da agência Reuters -, 15 membros de Hezbollah e 5 membros de grupos palestinos./Washington Post, NYT e EFE.

Omer Balva, de 22 anos, estava entre os 360 mil reservistas que o governo israelita mobilizou num imenso aumento das suas forças militares antes de uma esperada invasão terrestre de Gaza. Natural de Rockville, Maryland (EUA), ele morava em Israel e estava de férias nos Estados Unidos quando o Hamas invadiu o sul do país. Não demorou para que o exército israelense o recrutasse para ir ao país e lutar na guerra.

Mas antes de retornar, ele queria reunir suprimentos que os soldados de sua unidade poderiam precisar. Então, ele e seu amigo Ethan Missner, que conhece Balva desde os 7 anos de idade, na Escola Judaica Charles E. Smith, em Rockville, foram às compras. Eles compraram joelheiras, cotoveleiras, protetores de ouvido e outros suprimentos para o 9203º Batalhão da Brigada Alexandroni, lembrou Missner. Os dois passaram a última noite de Balva nos Estados Unidos, na casa dos pais de Missner em Potomac, enchendo uma mochila cheia de equipamentos.

Uma semana depois, Balva estava morto. O israelense-americano foi morto na sexta-feira, 20, por um míssil antitanque disparado do Líbano pelo grupo militante Hezbollah enquanto sua unidade servia na fronteira daquele país com Israel, confirmaram as Forças de Defesa Israelense (FDI).

Depois de terminar o ensino médio em 2019, Balva se mudou para Israel com os pais, alistou-se no exército israelense e se matriculou na Universidade Reichman. Ele permaneceu em contato com o amigo Missner depois de ser enviado para a fronteira israelense. “Ele disse que ouvia bombas caindo à noite e que era difícil dormir”, disse Missner.

Omer Balva, à esquerda, e seu amigo Ethan Missner na Charles E. Smith Jewish Day School em Rockville, onde se formaram em 2019.  Foto: Jonathan Missner/Washington Post

Foi na escola judaica que Balva, Missner e um terceiro aluno chamado Jagger Balkin se tornaram um trio inseparável. Todo verão, porém, Balva “desaparecia”, viajando para Israel para ficar com parentes lá. “Acho que é em parte por isso que ele amava tanto Israel”, disse Balkin.

Durante o último ano do ensino médio — como parte do programa escolar — Balva e outros alunos do último ano passaram três meses morando em Israel. No final do programa, enquanto outros colegas se espalhavam por várias faculdades dos EUA, Balva alistou-se nas Forças de Defesa de Israel.

Balva estava orgulhoso de suas raízes israelenses, que ele detalhou em uma apresentação de classe sobre sua família que ainda vive online. Nele, Balva compartilhou que a família de seu pai residia na cidade israelense de Tiberíades desde 1400 e que sua avó havia sobrevivido às muitas guerras que se seguiram em Israel. Balva disse que seu pai imigrou para os Estados Unidos em 1996 para se juntar aos irmãos e abrir seu próprio negócio. Balva disse que planejava criar seus filhos em Israel e tinha “paixão” por proteger a terra.

A morte de Balva ocorre em meio à crescente tensão na fronteira entre Israel e o Líbano, que viu nas últimas duas semanas a maior troca de tiros entre as tropas israelenses e o grupo xiita libanês Hezbollah desde 2006. Desde o dia 8 de outubro, Israel e o Hezbollah têm estado envolvidos em ataques cruzados nas zonas fronteiriças entre ambos os países, onde também ocorreram ações reivindicadas por facções palestinianas presentes em território libanês.

O exército israelita tem posicionado forças militares ao longo da fronteira com o Líbano, a cerca de 185 quilômetros de Gaza, no meio de uma troca de tiros de ambos os lados.  Foto: EFE/EPA/ATEF SAFADI

O exército israelita tem posicionado forças militares ao longo da fronteira com o Líbano, a cerca de 185 quilômetros de Gaza, no meio de uma troca de tiros de ambos os lados. Era lá que a unidade de Balva estava estacionada. Milhares de pessoas compareceram ao seu funeral no domingo em Herzliya – uma cidade ao norte de Tel Aviv, disse Gersh, seu ex-professor, que estava lá.

A escalada levantou receios de que o Líbano se torne uma segunda frente na guerra entre Israel e os terroristas de Gaza, enquanto o governo libanês mantém contatos nacionais e internacionais para tentar contê-la. Os últimos 14 dias de escalada na fronteira deixaram pelo menos 34 mortos: 6 em Israel - 5 soldados e um civil - e pelo menos 28 no Líbano, incluindo 8 civis - entre eles um cinegrafista da agência Reuters -, 15 membros de Hezbollah e 5 membros de grupos palestinos./Washington Post, NYT e EFE.

Omer Balva, de 22 anos, estava entre os 360 mil reservistas que o governo israelita mobilizou num imenso aumento das suas forças militares antes de uma esperada invasão terrestre de Gaza. Natural de Rockville, Maryland (EUA), ele morava em Israel e estava de férias nos Estados Unidos quando o Hamas invadiu o sul do país. Não demorou para que o exército israelense o recrutasse para ir ao país e lutar na guerra.

Mas antes de retornar, ele queria reunir suprimentos que os soldados de sua unidade poderiam precisar. Então, ele e seu amigo Ethan Missner, que conhece Balva desde os 7 anos de idade, na Escola Judaica Charles E. Smith, em Rockville, foram às compras. Eles compraram joelheiras, cotoveleiras, protetores de ouvido e outros suprimentos para o 9203º Batalhão da Brigada Alexandroni, lembrou Missner. Os dois passaram a última noite de Balva nos Estados Unidos, na casa dos pais de Missner em Potomac, enchendo uma mochila cheia de equipamentos.

Uma semana depois, Balva estava morto. O israelense-americano foi morto na sexta-feira, 20, por um míssil antitanque disparado do Líbano pelo grupo militante Hezbollah enquanto sua unidade servia na fronteira daquele país com Israel, confirmaram as Forças de Defesa Israelense (FDI).

Depois de terminar o ensino médio em 2019, Balva se mudou para Israel com os pais, alistou-se no exército israelense e se matriculou na Universidade Reichman. Ele permaneceu em contato com o amigo Missner depois de ser enviado para a fronteira israelense. “Ele disse que ouvia bombas caindo à noite e que era difícil dormir”, disse Missner.

Omer Balva, à esquerda, e seu amigo Ethan Missner na Charles E. Smith Jewish Day School em Rockville, onde se formaram em 2019.  Foto: Jonathan Missner/Washington Post

Foi na escola judaica que Balva, Missner e um terceiro aluno chamado Jagger Balkin se tornaram um trio inseparável. Todo verão, porém, Balva “desaparecia”, viajando para Israel para ficar com parentes lá. “Acho que é em parte por isso que ele amava tanto Israel”, disse Balkin.

Durante o último ano do ensino médio — como parte do programa escolar — Balva e outros alunos do último ano passaram três meses morando em Israel. No final do programa, enquanto outros colegas se espalhavam por várias faculdades dos EUA, Balva alistou-se nas Forças de Defesa de Israel.

Balva estava orgulhoso de suas raízes israelenses, que ele detalhou em uma apresentação de classe sobre sua família que ainda vive online. Nele, Balva compartilhou que a família de seu pai residia na cidade israelense de Tiberíades desde 1400 e que sua avó havia sobrevivido às muitas guerras que se seguiram em Israel. Balva disse que seu pai imigrou para os Estados Unidos em 1996 para se juntar aos irmãos e abrir seu próprio negócio. Balva disse que planejava criar seus filhos em Israel e tinha “paixão” por proteger a terra.

A morte de Balva ocorre em meio à crescente tensão na fronteira entre Israel e o Líbano, que viu nas últimas duas semanas a maior troca de tiros entre as tropas israelenses e o grupo xiita libanês Hezbollah desde 2006. Desde o dia 8 de outubro, Israel e o Hezbollah têm estado envolvidos em ataques cruzados nas zonas fronteiriças entre ambos os países, onde também ocorreram ações reivindicadas por facções palestinianas presentes em território libanês.

O exército israelita tem posicionado forças militares ao longo da fronteira com o Líbano, a cerca de 185 quilômetros de Gaza, no meio de uma troca de tiros de ambos os lados.  Foto: EFE/EPA/ATEF SAFADI

O exército israelita tem posicionado forças militares ao longo da fronteira com o Líbano, a cerca de 185 quilômetros de Gaza, no meio de uma troca de tiros de ambos os lados. Era lá que a unidade de Balva estava estacionada. Milhares de pessoas compareceram ao seu funeral no domingo em Herzliya – uma cidade ao norte de Tel Aviv, disse Gersh, seu ex-professor, que estava lá.

A escalada levantou receios de que o Líbano se torne uma segunda frente na guerra entre Israel e os terroristas de Gaza, enquanto o governo libanês mantém contatos nacionais e internacionais para tentar contê-la. Os últimos 14 dias de escalada na fronteira deixaram pelo menos 34 mortos: 6 em Israel - 5 soldados e um civil - e pelo menos 28 no Líbano, incluindo 8 civis - entre eles um cinegrafista da agência Reuters -, 15 membros de Hezbollah e 5 membros de grupos palestinos./Washington Post, NYT e EFE.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.