Rishi Sunak consolida liderança e Tom Tugendhat deixa disputa para substituir Boris Johnson


O ex-ministro das Finanças recebeu mais 14 apoiadores, confirmando seu favoritismo ao cargo de líder do partido e premiê; Boris Johnson vence voto de confiança do Partido Conservador

Por Redação
Atualização:

LONDRES - Na terceira rodada de votação para substituir Boris Johnson como líder do Partido Conservador e primeiro-ministro do Reino Unido, o ex-ministro das Finanças Rishi Sunak ampliou a sua vantagem enquanto Tom Tugendhat foi eliminado da corrida. Ao mesmo tempo, a atual ministra das Relações Exteriores, Liz Truss, reduziu sua distância na tentativa de ficar entre os dois finalistas. Agora restam quatro candidatos na disputa que terminará em setembro.

Na votação realizada na tarde desta segunda-feira, 18, Sunak obteve 115 votos, à frente da secretária de Comércio Internacional, Penny Mordaunt, com 82, e Truss com 71 - sete a mais que na segunda rodada. A ex-ministra da Igualdade Kemi Badenoch ficou em quarto lugar, com 58 votos, e o presidente da comissão parlamentar de Relações Exteriores, Tom Tugendhat, foi eliminado com 31 votos.

Desde a última votação, Sunak ganhou 14 apoiadores para a rodada desta segunda, consolidando seu favoritismo. A candidata em segundo lugar perdeu um apoiador, enquanto Truss ganhou sete. Mesmo permanecendo em terceiro lugar, Truss comemorou este resultado, que indica uma possível estagnação da sua adversária Penny Mordaunt.

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O ex-ministro das Finanças e candidato à liderança do Partido Conservador britânico, Rishi Sunak Foto: John Sibley/Reuters

Após a renúncia de Boris Johnson em 7 de julho como líder do Partido Conservador, que o removerá da chefia do governo assim que a formação encontrar um sucessor, começou na semana passada a longa corrida interna para substituí-lo.

Em um primeiro momento, os 358 parlamentares conservadores votam em sucessivas rodadas eliminatórias até designar, em 21 de julho, dois candidatos finalistas. Os cerca de 200.000 filiados do Partido Conservador elegerão então entre eles um vencedor, por meio de votação pelos correios ao longo do verão (Hemisfério Norte). O resultado final será anunciado em 5 de setembro.

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Depois de dois debates televisivos organizados no fim de semana entre os últimos cinco candidatos, Sunak e Truss decidiram não participar do terceiro, marcado para terça-feira à noite pelo canal Sky News, que foi forçado a cancelá-lo. A perspectiva de um terceiro debate fez os conservadores britânicos temerem que muitas divergências entre eles fossem expostas, considerou o canal.

Depois de parecer pouco convincente no primeiro debate na sexta-feira, Truss atacou frontalmente Sunak, um ex-colega no governo que ela acusou de ter arrastado o país para uma “recessão” ao aumentar impostos e encargos sociais.

Os candidatos restantes na corrida pela liderança do Partido Conservador, da esquerda para a direita, Rishi Sunak, Penny Mordaunt, Kemi Badenoch e Liz Truss Foto: Parlamento do Reino Unido via AP
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‘Confiança’ em Johnson

Sunak e Truss estão trocando farpas desde o início da campanha. A atual chanceler procura ganhar terreno, já que nas três primeiras votações foi rebaixada para o terceiro lugar, atrás de Mordaunt e Sunak.

A ministra é a favorita do campo de Johnson, que está convencido de que Sunak esperou o momento certo durante meses antes de anunciar sua renúncia em 4 de julho, o que desencadeou a crise que acabou forçando o primeiro-ministro a renunciar. Esta versão é negada pelos partidários de Sunak.

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Mas, de acordo com o jornal The Times, Johnson estaria instando os candidatos eliminados a dar seu apoio a “qualquer um, exceto Rishi”, a quem ele acusa de traição por ter provocado, com sua renúncia, a saída de outros 60 membros do governo e, finalmente, a queda do líder conservador.

Acabando com sua lendária capacidade de sobreviver a crises políticas, Johnson foi forçado a renunciar ao perder o apoio do partido devido a vários escândalos que o cercavam e prejudicavam as perspectivas eleitorais dos conservadores nas eleições legislativas planejadas para 2024.

Paradoxalmente, os deputados tiveram que votar no parlamento seu apoio ao governo Johnson, que na segunda-feira apresentou uma moção de confiança em si mesmo em um movimento em comum.

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Uma fotografia divulgada pelo Parlamento do Reino Unido mostra o primeiro-ministro britânico Boris Johnson falando durante um debate antes de um voto de confiança no governo conservador, na Câmara dos Comuns em Londres Foto: Andy Bailey/AFP

Apesar de Johnson ter renunciado ao cargo porque seus ministros declararam não possuir mais confiança no premiê, os conservadores, incluindo os rebeldes, não podiam rejeitar a moção de confiança, para não serem mergulhados em eleições antecipadas potencialmente desastrosas para o partido neste momento.

“Acho que este é um dos governos mais dinâmicos dos tempos modernos, não apenas superando adversidades em uma escala que não vemos há séculos, mas por trabalhar através delas”, disse o primeiro-ministro durante o debate, defendendo sua atuação durante o pandemia.

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O executivo ativou esta moção de confiança por razões técnicas, em resposta a uma tentativa de moção de censura da oposição trabalhista, para quem é “intolerável” que Johnson continue como chefe de governo até setembro./AFP

LONDRES - Na terceira rodada de votação para substituir Boris Johnson como líder do Partido Conservador e primeiro-ministro do Reino Unido, o ex-ministro das Finanças Rishi Sunak ampliou a sua vantagem enquanto Tom Tugendhat foi eliminado da corrida. Ao mesmo tempo, a atual ministra das Relações Exteriores, Liz Truss, reduziu sua distância na tentativa de ficar entre os dois finalistas. Agora restam quatro candidatos na disputa que terminará em setembro.

Na votação realizada na tarde desta segunda-feira, 18, Sunak obteve 115 votos, à frente da secretária de Comércio Internacional, Penny Mordaunt, com 82, e Truss com 71 - sete a mais que na segunda rodada. A ex-ministra da Igualdade Kemi Badenoch ficou em quarto lugar, com 58 votos, e o presidente da comissão parlamentar de Relações Exteriores, Tom Tugendhat, foi eliminado com 31 votos.

Desde a última votação, Sunak ganhou 14 apoiadores para a rodada desta segunda, consolidando seu favoritismo. A candidata em segundo lugar perdeu um apoiador, enquanto Truss ganhou sete. Mesmo permanecendo em terceiro lugar, Truss comemorou este resultado, que indica uma possível estagnação da sua adversária Penny Mordaunt.

O ex-ministro das Finanças e candidato à liderança do Partido Conservador britânico, Rishi Sunak Foto: John Sibley/Reuters

Após a renúncia de Boris Johnson em 7 de julho como líder do Partido Conservador, que o removerá da chefia do governo assim que a formação encontrar um sucessor, começou na semana passada a longa corrida interna para substituí-lo.

Em um primeiro momento, os 358 parlamentares conservadores votam em sucessivas rodadas eliminatórias até designar, em 21 de julho, dois candidatos finalistas. Os cerca de 200.000 filiados do Partido Conservador elegerão então entre eles um vencedor, por meio de votação pelos correios ao longo do verão (Hemisfério Norte). O resultado final será anunciado em 5 de setembro.

Depois de dois debates televisivos organizados no fim de semana entre os últimos cinco candidatos, Sunak e Truss decidiram não participar do terceiro, marcado para terça-feira à noite pelo canal Sky News, que foi forçado a cancelá-lo. A perspectiva de um terceiro debate fez os conservadores britânicos temerem que muitas divergências entre eles fossem expostas, considerou o canal.

Depois de parecer pouco convincente no primeiro debate na sexta-feira, Truss atacou frontalmente Sunak, um ex-colega no governo que ela acusou de ter arrastado o país para uma “recessão” ao aumentar impostos e encargos sociais.

Os candidatos restantes na corrida pela liderança do Partido Conservador, da esquerda para a direita, Rishi Sunak, Penny Mordaunt, Kemi Badenoch e Liz Truss Foto: Parlamento do Reino Unido via AP

‘Confiança’ em Johnson

Sunak e Truss estão trocando farpas desde o início da campanha. A atual chanceler procura ganhar terreno, já que nas três primeiras votações foi rebaixada para o terceiro lugar, atrás de Mordaunt e Sunak.

A ministra é a favorita do campo de Johnson, que está convencido de que Sunak esperou o momento certo durante meses antes de anunciar sua renúncia em 4 de julho, o que desencadeou a crise que acabou forçando o primeiro-ministro a renunciar. Esta versão é negada pelos partidários de Sunak.

Mas, de acordo com o jornal The Times, Johnson estaria instando os candidatos eliminados a dar seu apoio a “qualquer um, exceto Rishi”, a quem ele acusa de traição por ter provocado, com sua renúncia, a saída de outros 60 membros do governo e, finalmente, a queda do líder conservador.

Acabando com sua lendária capacidade de sobreviver a crises políticas, Johnson foi forçado a renunciar ao perder o apoio do partido devido a vários escândalos que o cercavam e prejudicavam as perspectivas eleitorais dos conservadores nas eleições legislativas planejadas para 2024.

Paradoxalmente, os deputados tiveram que votar no parlamento seu apoio ao governo Johnson, que na segunda-feira apresentou uma moção de confiança em si mesmo em um movimento em comum.

Uma fotografia divulgada pelo Parlamento do Reino Unido mostra o primeiro-ministro britânico Boris Johnson falando durante um debate antes de um voto de confiança no governo conservador, na Câmara dos Comuns em Londres Foto: Andy Bailey/AFP

Apesar de Johnson ter renunciado ao cargo porque seus ministros declararam não possuir mais confiança no premiê, os conservadores, incluindo os rebeldes, não podiam rejeitar a moção de confiança, para não serem mergulhados em eleições antecipadas potencialmente desastrosas para o partido neste momento.

“Acho que este é um dos governos mais dinâmicos dos tempos modernos, não apenas superando adversidades em uma escala que não vemos há séculos, mas por trabalhar através delas”, disse o primeiro-ministro durante o debate, defendendo sua atuação durante o pandemia.

O executivo ativou esta moção de confiança por razões técnicas, em resposta a uma tentativa de moção de censura da oposição trabalhista, para quem é “intolerável” que Johnson continue como chefe de governo até setembro./AFP

LONDRES - Na terceira rodada de votação para substituir Boris Johnson como líder do Partido Conservador e primeiro-ministro do Reino Unido, o ex-ministro das Finanças Rishi Sunak ampliou a sua vantagem enquanto Tom Tugendhat foi eliminado da corrida. Ao mesmo tempo, a atual ministra das Relações Exteriores, Liz Truss, reduziu sua distância na tentativa de ficar entre os dois finalistas. Agora restam quatro candidatos na disputa que terminará em setembro.

Na votação realizada na tarde desta segunda-feira, 18, Sunak obteve 115 votos, à frente da secretária de Comércio Internacional, Penny Mordaunt, com 82, e Truss com 71 - sete a mais que na segunda rodada. A ex-ministra da Igualdade Kemi Badenoch ficou em quarto lugar, com 58 votos, e o presidente da comissão parlamentar de Relações Exteriores, Tom Tugendhat, foi eliminado com 31 votos.

Desde a última votação, Sunak ganhou 14 apoiadores para a rodada desta segunda, consolidando seu favoritismo. A candidata em segundo lugar perdeu um apoiador, enquanto Truss ganhou sete. Mesmo permanecendo em terceiro lugar, Truss comemorou este resultado, que indica uma possível estagnação da sua adversária Penny Mordaunt.

O ex-ministro das Finanças e candidato à liderança do Partido Conservador britânico, Rishi Sunak Foto: John Sibley/Reuters

Após a renúncia de Boris Johnson em 7 de julho como líder do Partido Conservador, que o removerá da chefia do governo assim que a formação encontrar um sucessor, começou na semana passada a longa corrida interna para substituí-lo.

Em um primeiro momento, os 358 parlamentares conservadores votam em sucessivas rodadas eliminatórias até designar, em 21 de julho, dois candidatos finalistas. Os cerca de 200.000 filiados do Partido Conservador elegerão então entre eles um vencedor, por meio de votação pelos correios ao longo do verão (Hemisfério Norte). O resultado final será anunciado em 5 de setembro.

Depois de dois debates televisivos organizados no fim de semana entre os últimos cinco candidatos, Sunak e Truss decidiram não participar do terceiro, marcado para terça-feira à noite pelo canal Sky News, que foi forçado a cancelá-lo. A perspectiva de um terceiro debate fez os conservadores britânicos temerem que muitas divergências entre eles fossem expostas, considerou o canal.

Depois de parecer pouco convincente no primeiro debate na sexta-feira, Truss atacou frontalmente Sunak, um ex-colega no governo que ela acusou de ter arrastado o país para uma “recessão” ao aumentar impostos e encargos sociais.

Os candidatos restantes na corrida pela liderança do Partido Conservador, da esquerda para a direita, Rishi Sunak, Penny Mordaunt, Kemi Badenoch e Liz Truss Foto: Parlamento do Reino Unido via AP

‘Confiança’ em Johnson

Sunak e Truss estão trocando farpas desde o início da campanha. A atual chanceler procura ganhar terreno, já que nas três primeiras votações foi rebaixada para o terceiro lugar, atrás de Mordaunt e Sunak.

A ministra é a favorita do campo de Johnson, que está convencido de que Sunak esperou o momento certo durante meses antes de anunciar sua renúncia em 4 de julho, o que desencadeou a crise que acabou forçando o primeiro-ministro a renunciar. Esta versão é negada pelos partidários de Sunak.

Mas, de acordo com o jornal The Times, Johnson estaria instando os candidatos eliminados a dar seu apoio a “qualquer um, exceto Rishi”, a quem ele acusa de traição por ter provocado, com sua renúncia, a saída de outros 60 membros do governo e, finalmente, a queda do líder conservador.

Acabando com sua lendária capacidade de sobreviver a crises políticas, Johnson foi forçado a renunciar ao perder o apoio do partido devido a vários escândalos que o cercavam e prejudicavam as perspectivas eleitorais dos conservadores nas eleições legislativas planejadas para 2024.

Paradoxalmente, os deputados tiveram que votar no parlamento seu apoio ao governo Johnson, que na segunda-feira apresentou uma moção de confiança em si mesmo em um movimento em comum.

Uma fotografia divulgada pelo Parlamento do Reino Unido mostra o primeiro-ministro britânico Boris Johnson falando durante um debate antes de um voto de confiança no governo conservador, na Câmara dos Comuns em Londres Foto: Andy Bailey/AFP

Apesar de Johnson ter renunciado ao cargo porque seus ministros declararam não possuir mais confiança no premiê, os conservadores, incluindo os rebeldes, não podiam rejeitar a moção de confiança, para não serem mergulhados em eleições antecipadas potencialmente desastrosas para o partido neste momento.

“Acho que este é um dos governos mais dinâmicos dos tempos modernos, não apenas superando adversidades em uma escala que não vemos há séculos, mas por trabalhar através delas”, disse o primeiro-ministro durante o debate, defendendo sua atuação durante o pandemia.

O executivo ativou esta moção de confiança por razões técnicas, em resposta a uma tentativa de moção de censura da oposição trabalhista, para quem é “intolerável” que Johnson continue como chefe de governo até setembro./AFP

LONDRES - Na terceira rodada de votação para substituir Boris Johnson como líder do Partido Conservador e primeiro-ministro do Reino Unido, o ex-ministro das Finanças Rishi Sunak ampliou a sua vantagem enquanto Tom Tugendhat foi eliminado da corrida. Ao mesmo tempo, a atual ministra das Relações Exteriores, Liz Truss, reduziu sua distância na tentativa de ficar entre os dois finalistas. Agora restam quatro candidatos na disputa que terminará em setembro.

Na votação realizada na tarde desta segunda-feira, 18, Sunak obteve 115 votos, à frente da secretária de Comércio Internacional, Penny Mordaunt, com 82, e Truss com 71 - sete a mais que na segunda rodada. A ex-ministra da Igualdade Kemi Badenoch ficou em quarto lugar, com 58 votos, e o presidente da comissão parlamentar de Relações Exteriores, Tom Tugendhat, foi eliminado com 31 votos.

Desde a última votação, Sunak ganhou 14 apoiadores para a rodada desta segunda, consolidando seu favoritismo. A candidata em segundo lugar perdeu um apoiador, enquanto Truss ganhou sete. Mesmo permanecendo em terceiro lugar, Truss comemorou este resultado, que indica uma possível estagnação da sua adversária Penny Mordaunt.

O ex-ministro das Finanças e candidato à liderança do Partido Conservador britânico, Rishi Sunak Foto: John Sibley/Reuters

Após a renúncia de Boris Johnson em 7 de julho como líder do Partido Conservador, que o removerá da chefia do governo assim que a formação encontrar um sucessor, começou na semana passada a longa corrida interna para substituí-lo.

Em um primeiro momento, os 358 parlamentares conservadores votam em sucessivas rodadas eliminatórias até designar, em 21 de julho, dois candidatos finalistas. Os cerca de 200.000 filiados do Partido Conservador elegerão então entre eles um vencedor, por meio de votação pelos correios ao longo do verão (Hemisfério Norte). O resultado final será anunciado em 5 de setembro.

Depois de dois debates televisivos organizados no fim de semana entre os últimos cinco candidatos, Sunak e Truss decidiram não participar do terceiro, marcado para terça-feira à noite pelo canal Sky News, que foi forçado a cancelá-lo. A perspectiva de um terceiro debate fez os conservadores britânicos temerem que muitas divergências entre eles fossem expostas, considerou o canal.

Depois de parecer pouco convincente no primeiro debate na sexta-feira, Truss atacou frontalmente Sunak, um ex-colega no governo que ela acusou de ter arrastado o país para uma “recessão” ao aumentar impostos e encargos sociais.

Os candidatos restantes na corrida pela liderança do Partido Conservador, da esquerda para a direita, Rishi Sunak, Penny Mordaunt, Kemi Badenoch e Liz Truss Foto: Parlamento do Reino Unido via AP

‘Confiança’ em Johnson

Sunak e Truss estão trocando farpas desde o início da campanha. A atual chanceler procura ganhar terreno, já que nas três primeiras votações foi rebaixada para o terceiro lugar, atrás de Mordaunt e Sunak.

A ministra é a favorita do campo de Johnson, que está convencido de que Sunak esperou o momento certo durante meses antes de anunciar sua renúncia em 4 de julho, o que desencadeou a crise que acabou forçando o primeiro-ministro a renunciar. Esta versão é negada pelos partidários de Sunak.

Mas, de acordo com o jornal The Times, Johnson estaria instando os candidatos eliminados a dar seu apoio a “qualquer um, exceto Rishi”, a quem ele acusa de traição por ter provocado, com sua renúncia, a saída de outros 60 membros do governo e, finalmente, a queda do líder conservador.

Acabando com sua lendária capacidade de sobreviver a crises políticas, Johnson foi forçado a renunciar ao perder o apoio do partido devido a vários escândalos que o cercavam e prejudicavam as perspectivas eleitorais dos conservadores nas eleições legislativas planejadas para 2024.

Paradoxalmente, os deputados tiveram que votar no parlamento seu apoio ao governo Johnson, que na segunda-feira apresentou uma moção de confiança em si mesmo em um movimento em comum.

Uma fotografia divulgada pelo Parlamento do Reino Unido mostra o primeiro-ministro britânico Boris Johnson falando durante um debate antes de um voto de confiança no governo conservador, na Câmara dos Comuns em Londres Foto: Andy Bailey/AFP

Apesar de Johnson ter renunciado ao cargo porque seus ministros declararam não possuir mais confiança no premiê, os conservadores, incluindo os rebeldes, não podiam rejeitar a moção de confiança, para não serem mergulhados em eleições antecipadas potencialmente desastrosas para o partido neste momento.

“Acho que este é um dos governos mais dinâmicos dos tempos modernos, não apenas superando adversidades em uma escala que não vemos há séculos, mas por trabalhar através delas”, disse o primeiro-ministro durante o debate, defendendo sua atuação durante o pandemia.

O executivo ativou esta moção de confiança por razões técnicas, em resposta a uma tentativa de moção de censura da oposição trabalhista, para quem é “intolerável” que Johnson continue como chefe de governo até setembro./AFP

LONDRES - Na terceira rodada de votação para substituir Boris Johnson como líder do Partido Conservador e primeiro-ministro do Reino Unido, o ex-ministro das Finanças Rishi Sunak ampliou a sua vantagem enquanto Tom Tugendhat foi eliminado da corrida. Ao mesmo tempo, a atual ministra das Relações Exteriores, Liz Truss, reduziu sua distância na tentativa de ficar entre os dois finalistas. Agora restam quatro candidatos na disputa que terminará em setembro.

Na votação realizada na tarde desta segunda-feira, 18, Sunak obteve 115 votos, à frente da secretária de Comércio Internacional, Penny Mordaunt, com 82, e Truss com 71 - sete a mais que na segunda rodada. A ex-ministra da Igualdade Kemi Badenoch ficou em quarto lugar, com 58 votos, e o presidente da comissão parlamentar de Relações Exteriores, Tom Tugendhat, foi eliminado com 31 votos.

Desde a última votação, Sunak ganhou 14 apoiadores para a rodada desta segunda, consolidando seu favoritismo. A candidata em segundo lugar perdeu um apoiador, enquanto Truss ganhou sete. Mesmo permanecendo em terceiro lugar, Truss comemorou este resultado, que indica uma possível estagnação da sua adversária Penny Mordaunt.

O ex-ministro das Finanças e candidato à liderança do Partido Conservador britânico, Rishi Sunak Foto: John Sibley/Reuters

Após a renúncia de Boris Johnson em 7 de julho como líder do Partido Conservador, que o removerá da chefia do governo assim que a formação encontrar um sucessor, começou na semana passada a longa corrida interna para substituí-lo.

Em um primeiro momento, os 358 parlamentares conservadores votam em sucessivas rodadas eliminatórias até designar, em 21 de julho, dois candidatos finalistas. Os cerca de 200.000 filiados do Partido Conservador elegerão então entre eles um vencedor, por meio de votação pelos correios ao longo do verão (Hemisfério Norte). O resultado final será anunciado em 5 de setembro.

Depois de dois debates televisivos organizados no fim de semana entre os últimos cinco candidatos, Sunak e Truss decidiram não participar do terceiro, marcado para terça-feira à noite pelo canal Sky News, que foi forçado a cancelá-lo. A perspectiva de um terceiro debate fez os conservadores britânicos temerem que muitas divergências entre eles fossem expostas, considerou o canal.

Depois de parecer pouco convincente no primeiro debate na sexta-feira, Truss atacou frontalmente Sunak, um ex-colega no governo que ela acusou de ter arrastado o país para uma “recessão” ao aumentar impostos e encargos sociais.

Os candidatos restantes na corrida pela liderança do Partido Conservador, da esquerda para a direita, Rishi Sunak, Penny Mordaunt, Kemi Badenoch e Liz Truss Foto: Parlamento do Reino Unido via AP

‘Confiança’ em Johnson

Sunak e Truss estão trocando farpas desde o início da campanha. A atual chanceler procura ganhar terreno, já que nas três primeiras votações foi rebaixada para o terceiro lugar, atrás de Mordaunt e Sunak.

A ministra é a favorita do campo de Johnson, que está convencido de que Sunak esperou o momento certo durante meses antes de anunciar sua renúncia em 4 de julho, o que desencadeou a crise que acabou forçando o primeiro-ministro a renunciar. Esta versão é negada pelos partidários de Sunak.

Mas, de acordo com o jornal The Times, Johnson estaria instando os candidatos eliminados a dar seu apoio a “qualquer um, exceto Rishi”, a quem ele acusa de traição por ter provocado, com sua renúncia, a saída de outros 60 membros do governo e, finalmente, a queda do líder conservador.

Acabando com sua lendária capacidade de sobreviver a crises políticas, Johnson foi forçado a renunciar ao perder o apoio do partido devido a vários escândalos que o cercavam e prejudicavam as perspectivas eleitorais dos conservadores nas eleições legislativas planejadas para 2024.

Paradoxalmente, os deputados tiveram que votar no parlamento seu apoio ao governo Johnson, que na segunda-feira apresentou uma moção de confiança em si mesmo em um movimento em comum.

Uma fotografia divulgada pelo Parlamento do Reino Unido mostra o primeiro-ministro britânico Boris Johnson falando durante um debate antes de um voto de confiança no governo conservador, na Câmara dos Comuns em Londres Foto: Andy Bailey/AFP

Apesar de Johnson ter renunciado ao cargo porque seus ministros declararam não possuir mais confiança no premiê, os conservadores, incluindo os rebeldes, não podiam rejeitar a moção de confiança, para não serem mergulhados em eleições antecipadas potencialmente desastrosas para o partido neste momento.

“Acho que este é um dos governos mais dinâmicos dos tempos modernos, não apenas superando adversidades em uma escala que não vemos há séculos, mas por trabalhar através delas”, disse o primeiro-ministro durante o debate, defendendo sua atuação durante o pandemia.

O executivo ativou esta moção de confiança por razões técnicas, em resposta a uma tentativa de moção de censura da oposição trabalhista, para quem é “intolerável” que Johnson continue como chefe de governo até setembro./AFP

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