Rompendo com a UE, Hungria atende Putin e diz estar pronta para pagar gás russo em rublos


País foi um dos poucos membros do bloco que rejeitaram sanções energéticas contra Moscou em resposta à invasão da Ucrânia

Por Redação
Atualização:

A Hungria afirmou nesta quarta-feira, 6, que está disposta a pagar em rublos pelo gás russo, rompendo com a União Europeia, que busca uma frente unida para se opor à exigência de Moscou de pagamento na sua moeda. Segundo o primeiro-ministro Viktor Orbán, ao responder uma pergunta da agência Reuters, seu governo fará os pagamentos dessa forma se a Rússia pedir.

O presidente russo, Vladimir Putin, alertou a Europa sobre o risco que ela corre de ter o fornecimento de gás cortado, a menos que pague em rublos, enquanto busca uma retaliação pelas sanções ocidentais impostas a Moscou pela invasão da Ucrânia.

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Faltando semanas para o vencimento das contas, a Comissão Europeia disse que aqueles com contratos que exigem pagamento em euros ou dólares devem se ater a isso.

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, faz seu discurso anual, em 12 de3 fevereiro de 2022  Foto: Bernadett Szabo/Reuters

O ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, disse anteriormente que as autoridades da UE “não têm papel” a desempenhar em seu acordo de fornecimento de gás com a Rússia, que foi baseado em um contrato bilateral entre unidades da estatal húngara MVM e da russa Gazprom.

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A Comissão Europeia não comenta declarações de autoridades nacionais, disse um porta-voz.

A Hungria foi um dos poucos estados membros da UE que rejeitaram sanções energéticas contra Moscou em resposta à invasão, que a Rússia chama de “operação militar especial”.

Orban, cujo governo mantém relações comerciais estreitas com Moscou há mais de uma década, chegou ao poder pelo quarto mandato consecutivo nas eleições de domingo, em parte com a promessa de preservar a segurança do fornecimento de gás para as famílias húngaras.

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Dependência

Embora a demanda de Putin tenha causado polêmica em muitas capitais da Europa, seus governos - que em média dependem da Rússia para mais de um terço de seu gás - estão discutindo a questão com empresas de energia.

Na segunda-feira, a Eslováquia disse que agirá em uníssono com a UE, enquanto a empresa de gás dominante da Polônia, PGNiG, sustentou que seu contrato original com a Gazprom, que expira no fim deste ano, é vinculativo para ambas as partes.

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A OMV da Áustria e a Gazprom da Rússia tiveram contato inicial sobre o pagamento do gás em rublos, disse um porta-voz da OMV na sexta-feira, embora o governo em Viena tenha dito que não havia base para pagamento em qualquer outra moeda além de euro ou dólar.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia insistiu que é necessário um embargo ao gás e ao petróleo russos, mas a União Europeia até agora não avançou nesse projeto, enquanto se prepara para propor a proibição das importações de carvão e outros produtos.

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Os compradores europeus estão aumentando as importações de carvão de todo o mundo em um cenário de uma proposta de proibição da UE às importações russas e a luta para aliviar o suprimento de gás, segundo dados e fontes de transporte.

A intenção da Comissão Europeia “de que haja algum tipo de resposta comum dos países que importam gás russo” não foi considerada necessária, disse Szijjarto, da Hungria, acrescentando que as nações assinaram contratos bilaterais individualmente.

A Hungria, que depende fortemente das importações russas de gás e petróleo, assinou um novo acordo de fornecimento de gás de longo prazo no ano passado, segundo o qual a Gazprom deve enviar 4,5 bilhões de metros cúbicos de gás anualmente.

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Enquanto isso, Putin discutiu a expansão da cooperação econômica de Moscou com Belgrado, incluindo no setor de energia, com seu colega sérvio Aleksandar Vucic.

O contrato da Sérvia para o gás russo expira em 31 de maio. “As conversas sobre o novo contrato precisam ser lançadas o mais rápido possível”, disse um comunicado do escritório de Vucic.

O maior comerciante de gás da Letônia disse que está considerando se deve pagar em euros ou rublos pelo gás russo, mas um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Letônia disse: “A Letônia não apoia o pagamento em rublos e tem de haver uma abordagem comum da UE.”

A Lituânia disse que não importará mais gás russo para atender às suas necessidades domésticas, tornando-se o primeiro país da Europa a garantir sua independência dos suprimentos russos./REUTERS

A Hungria afirmou nesta quarta-feira, 6, que está disposta a pagar em rublos pelo gás russo, rompendo com a União Europeia, que busca uma frente unida para se opor à exigência de Moscou de pagamento na sua moeda. Segundo o primeiro-ministro Viktor Orbán, ao responder uma pergunta da agência Reuters, seu governo fará os pagamentos dessa forma se a Rússia pedir.

O presidente russo, Vladimir Putin, alertou a Europa sobre o risco que ela corre de ter o fornecimento de gás cortado, a menos que pague em rublos, enquanto busca uma retaliação pelas sanções ocidentais impostas a Moscou pela invasão da Ucrânia.

Faltando semanas para o vencimento das contas, a Comissão Europeia disse que aqueles com contratos que exigem pagamento em euros ou dólares devem se ater a isso.

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, faz seu discurso anual, em 12 de3 fevereiro de 2022  Foto: Bernadett Szabo/Reuters

O ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, disse anteriormente que as autoridades da UE “não têm papel” a desempenhar em seu acordo de fornecimento de gás com a Rússia, que foi baseado em um contrato bilateral entre unidades da estatal húngara MVM e da russa Gazprom.

A Comissão Europeia não comenta declarações de autoridades nacionais, disse um porta-voz.

A Hungria foi um dos poucos estados membros da UE que rejeitaram sanções energéticas contra Moscou em resposta à invasão, que a Rússia chama de “operação militar especial”.

Orban, cujo governo mantém relações comerciais estreitas com Moscou há mais de uma década, chegou ao poder pelo quarto mandato consecutivo nas eleições de domingo, em parte com a promessa de preservar a segurança do fornecimento de gás para as famílias húngaras.

Dependência

Embora a demanda de Putin tenha causado polêmica em muitas capitais da Europa, seus governos - que em média dependem da Rússia para mais de um terço de seu gás - estão discutindo a questão com empresas de energia.

Na segunda-feira, a Eslováquia disse que agirá em uníssono com a UE, enquanto a empresa de gás dominante da Polônia, PGNiG, sustentou que seu contrato original com a Gazprom, que expira no fim deste ano, é vinculativo para ambas as partes.

A OMV da Áustria e a Gazprom da Rússia tiveram contato inicial sobre o pagamento do gás em rublos, disse um porta-voz da OMV na sexta-feira, embora o governo em Viena tenha dito que não havia base para pagamento em qualquer outra moeda além de euro ou dólar.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia insistiu que é necessário um embargo ao gás e ao petróleo russos, mas a União Europeia até agora não avançou nesse projeto, enquanto se prepara para propor a proibição das importações de carvão e outros produtos.

Os compradores europeus estão aumentando as importações de carvão de todo o mundo em um cenário de uma proposta de proibição da UE às importações russas e a luta para aliviar o suprimento de gás, segundo dados e fontes de transporte.

A intenção da Comissão Europeia “de que haja algum tipo de resposta comum dos países que importam gás russo” não foi considerada necessária, disse Szijjarto, da Hungria, acrescentando que as nações assinaram contratos bilaterais individualmente.

A Hungria, que depende fortemente das importações russas de gás e petróleo, assinou um novo acordo de fornecimento de gás de longo prazo no ano passado, segundo o qual a Gazprom deve enviar 4,5 bilhões de metros cúbicos de gás anualmente.

Enquanto isso, Putin discutiu a expansão da cooperação econômica de Moscou com Belgrado, incluindo no setor de energia, com seu colega sérvio Aleksandar Vucic.

O contrato da Sérvia para o gás russo expira em 31 de maio. “As conversas sobre o novo contrato precisam ser lançadas o mais rápido possível”, disse um comunicado do escritório de Vucic.

O maior comerciante de gás da Letônia disse que está considerando se deve pagar em euros ou rublos pelo gás russo, mas um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Letônia disse: “A Letônia não apoia o pagamento em rublos e tem de haver uma abordagem comum da UE.”

A Lituânia disse que não importará mais gás russo para atender às suas necessidades domésticas, tornando-se o primeiro país da Europa a garantir sua independência dos suprimentos russos./REUTERS

A Hungria afirmou nesta quarta-feira, 6, que está disposta a pagar em rublos pelo gás russo, rompendo com a União Europeia, que busca uma frente unida para se opor à exigência de Moscou de pagamento na sua moeda. Segundo o primeiro-ministro Viktor Orbán, ao responder uma pergunta da agência Reuters, seu governo fará os pagamentos dessa forma se a Rússia pedir.

O presidente russo, Vladimir Putin, alertou a Europa sobre o risco que ela corre de ter o fornecimento de gás cortado, a menos que pague em rublos, enquanto busca uma retaliação pelas sanções ocidentais impostas a Moscou pela invasão da Ucrânia.

Faltando semanas para o vencimento das contas, a Comissão Europeia disse que aqueles com contratos que exigem pagamento em euros ou dólares devem se ater a isso.

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, faz seu discurso anual, em 12 de3 fevereiro de 2022  Foto: Bernadett Szabo/Reuters

O ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, disse anteriormente que as autoridades da UE “não têm papel” a desempenhar em seu acordo de fornecimento de gás com a Rússia, que foi baseado em um contrato bilateral entre unidades da estatal húngara MVM e da russa Gazprom.

A Comissão Europeia não comenta declarações de autoridades nacionais, disse um porta-voz.

A Hungria foi um dos poucos estados membros da UE que rejeitaram sanções energéticas contra Moscou em resposta à invasão, que a Rússia chama de “operação militar especial”.

Orban, cujo governo mantém relações comerciais estreitas com Moscou há mais de uma década, chegou ao poder pelo quarto mandato consecutivo nas eleições de domingo, em parte com a promessa de preservar a segurança do fornecimento de gás para as famílias húngaras.

Dependência

Embora a demanda de Putin tenha causado polêmica em muitas capitais da Europa, seus governos - que em média dependem da Rússia para mais de um terço de seu gás - estão discutindo a questão com empresas de energia.

Na segunda-feira, a Eslováquia disse que agirá em uníssono com a UE, enquanto a empresa de gás dominante da Polônia, PGNiG, sustentou que seu contrato original com a Gazprom, que expira no fim deste ano, é vinculativo para ambas as partes.

A OMV da Áustria e a Gazprom da Rússia tiveram contato inicial sobre o pagamento do gás em rublos, disse um porta-voz da OMV na sexta-feira, embora o governo em Viena tenha dito que não havia base para pagamento em qualquer outra moeda além de euro ou dólar.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia insistiu que é necessário um embargo ao gás e ao petróleo russos, mas a União Europeia até agora não avançou nesse projeto, enquanto se prepara para propor a proibição das importações de carvão e outros produtos.

Os compradores europeus estão aumentando as importações de carvão de todo o mundo em um cenário de uma proposta de proibição da UE às importações russas e a luta para aliviar o suprimento de gás, segundo dados e fontes de transporte.

A intenção da Comissão Europeia “de que haja algum tipo de resposta comum dos países que importam gás russo” não foi considerada necessária, disse Szijjarto, da Hungria, acrescentando que as nações assinaram contratos bilaterais individualmente.

A Hungria, que depende fortemente das importações russas de gás e petróleo, assinou um novo acordo de fornecimento de gás de longo prazo no ano passado, segundo o qual a Gazprom deve enviar 4,5 bilhões de metros cúbicos de gás anualmente.

Enquanto isso, Putin discutiu a expansão da cooperação econômica de Moscou com Belgrado, incluindo no setor de energia, com seu colega sérvio Aleksandar Vucic.

O contrato da Sérvia para o gás russo expira em 31 de maio. “As conversas sobre o novo contrato precisam ser lançadas o mais rápido possível”, disse um comunicado do escritório de Vucic.

O maior comerciante de gás da Letônia disse que está considerando se deve pagar em euros ou rublos pelo gás russo, mas um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Letônia disse: “A Letônia não apoia o pagamento em rublos e tem de haver uma abordagem comum da UE.”

A Lituânia disse que não importará mais gás russo para atender às suas necessidades domésticas, tornando-se o primeiro país da Europa a garantir sua independência dos suprimentos russos./REUTERS

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