Putin diz ter atacado Ucrânia com míssil hipersônico em resposta a armas enviadas pelos EUA a Kiev


Mais cedo, Exército da Ucrânia disse que Moscou lançou míssil balístico intercontinental contra a cidade de Dnipro

Por Redação
Atualização:

MOSCOU - A Rússia lançou nesta quinta-feira, 21, um ataque aéreo contra a Ucrânia com um tipo mais moderno de míssil balístico de médio alcance, em uma retaliação à decisão americana e europeia de mandar armas mais modernas para Kiev.

O Exército da Ucrânia chegou a acusar Moscou de usar um míssil balístico intercontinental no bombardeio contra a cidade de Dnipro, no centro do país. Em resposta à alegação, Putin disse que a arma é um míssil hipersônico de médio alcance novo, que não possuía ogiva nuclear, batizado de Oreshnik.

“Em condições de combate, um dos mais novos sistemas de mísseis de médio alcance russos foi testado, entre outras coisas. Neste caso, com um míssil balístico em um equipamento hipersônico livre de armas nucleares”, declarou o presidente russo.

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Autoridades ocidentais também não confirmaram a informação da Ucrânia. Um oficial de um país do Ocidente afirmou à emissora americana ABC News que o ataque foi feito com um míssil balístico convencional.

Serviços de emergência da Ucrânia tentam conter um incêndio após um ataque russo na cidade de Dnipro, no centro do país  Foto: Serviço de emergência da Ucrânia/AFP

Segundo a Força Aérea da Ucrânia, o míssil balístico teria sido lançado da região russa de Astrakhan, que faz fronteira com o Mar Cáspio, junto com outros oito mísseis. Caso Kiev consiga provar que Moscou de fato lançou o míssil, este feito seria inédito na guerra da Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022 após a invasão do Exército russo.

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Duas pessoas ficaram feridas como resultado do ataque. Uma instalação industrial militar e um centro de reabilitação para pessoas com deficiência foram danificados, segundo autoridades locais.

Oreshnik

Segundo o russo, o Oreshnik é um sistema de míssil balístico de médio alcance que possui ogivas hipersônicas, capazes de atingir velocidades de 2 a 3 quilômetros por segundo. Putin afirmou que a velocidade garante a penetração da arma em qualquer sistema de defesa aérea e defesa antimísseis existentes.

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O fato de possuir ogivas múltiplas indica que os mísseis podem ser direcionados de forma individual para diversos alvos. Parece ter sido isso que aconteceu na Ucrânia, de acordo com os vídeos publicados online.

As imagens de câmeras públicas mostram a chegada de seis projéteis, praticamente verticais. Não houve explosões. A destruição foi causada pela própria energia cinética da ogiva, que chega ao solo em uma velocidade hipersônica, segundo informações da agência de notícias russa Ria Novosti.

A Ria Novosti disse ainda que é possível a utilização de ogivas penetrantes no ataque, com a finalidade de destruir a infraestrutura subterrânea do complexo militar atacado.

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Doutrina nuclear

O uso de mísseis balísticos intercontinentais é bem mais grave do que outros tipos de armamento por conta das ogivas nucleares que estes mísseis transportam. O lançamento destas armas seria um lembrete da capacidade nuclear da Rússia e uma sinalização de uma possível escalada ainda maior na guerra.

Na terça-feira, 19, A Ucrânia disparou seis mísseis ATACMS fabricados nos EUA contra a região russa de Bryansk. O lançamento ocorreu dias depois de o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ter permitido o uso de mísseis de longo alcance fabricados nos EUA em ataques dentro do território russo.

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Também no dia 19 de novembro, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou uma revisão da doutrina nuclear russa que amplia as circunstâncias nas quais Moscou pode lançar um ataque atômico contra a Ucrânia e a Otan. O líder russo declarou que um ataque com armas convencionais à Rússia por qualquer nação que seja apoiada por uma potência nuclear será considerado um ataque conjunto ao seu país.

De acordo com as mudanças, um grande ataque à Rússia com mísseis convencionais, drones ou aeronaves poderia atender aos critérios para uma resposta nuclear, assim como um ataque à Belarus ou qualquer ameaça crítica à soberania da Rússia.

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Nesta quinta-feira, Putin voltou a falar sobre a possibilidade de usar armas contra os países que fornecem as armas para a Ucrânia utilizar dentro do território russo. "Consideramos que temos o direito de usar as nossas armas contra alvos militares dos países que permitem o uso das suas armas contra os nossos alvos", disse. “No caso de uma escalada de ações agressivas, responderemos de forma igualmente decisiva e espelhada”, acrescentou. /com AP

MOSCOU - A Rússia lançou nesta quinta-feira, 21, um ataque aéreo contra a Ucrânia com um tipo mais moderno de míssil balístico de médio alcance, em uma retaliação à decisão americana e europeia de mandar armas mais modernas para Kiev.

O Exército da Ucrânia chegou a acusar Moscou de usar um míssil balístico intercontinental no bombardeio contra a cidade de Dnipro, no centro do país. Em resposta à alegação, Putin disse que a arma é um míssil hipersônico de médio alcance novo, que não possuía ogiva nuclear, batizado de Oreshnik.

“Em condições de combate, um dos mais novos sistemas de mísseis de médio alcance russos foi testado, entre outras coisas. Neste caso, com um míssil balístico em um equipamento hipersônico livre de armas nucleares”, declarou o presidente russo.

Autoridades ocidentais também não confirmaram a informação da Ucrânia. Um oficial de um país do Ocidente afirmou à emissora americana ABC News que o ataque foi feito com um míssil balístico convencional.

Serviços de emergência da Ucrânia tentam conter um incêndio após um ataque russo na cidade de Dnipro, no centro do país  Foto: Serviço de emergência da Ucrânia/AFP

Segundo a Força Aérea da Ucrânia, o míssil balístico teria sido lançado da região russa de Astrakhan, que faz fronteira com o Mar Cáspio, junto com outros oito mísseis. Caso Kiev consiga provar que Moscou de fato lançou o míssil, este feito seria inédito na guerra da Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022 após a invasão do Exército russo.

Duas pessoas ficaram feridas como resultado do ataque. Uma instalação industrial militar e um centro de reabilitação para pessoas com deficiência foram danificados, segundo autoridades locais.

Oreshnik

Segundo o russo, o Oreshnik é um sistema de míssil balístico de médio alcance que possui ogivas hipersônicas, capazes de atingir velocidades de 2 a 3 quilômetros por segundo. Putin afirmou que a velocidade garante a penetração da arma em qualquer sistema de defesa aérea e defesa antimísseis existentes.

O fato de possuir ogivas múltiplas indica que os mísseis podem ser direcionados de forma individual para diversos alvos. Parece ter sido isso que aconteceu na Ucrânia, de acordo com os vídeos publicados online.

As imagens de câmeras públicas mostram a chegada de seis projéteis, praticamente verticais. Não houve explosões. A destruição foi causada pela própria energia cinética da ogiva, que chega ao solo em uma velocidade hipersônica, segundo informações da agência de notícias russa Ria Novosti.

A Ria Novosti disse ainda que é possível a utilização de ogivas penetrantes no ataque, com a finalidade de destruir a infraestrutura subterrânea do complexo militar atacado.

Doutrina nuclear

O uso de mísseis balísticos intercontinentais é bem mais grave do que outros tipos de armamento por conta das ogivas nucleares que estes mísseis transportam. O lançamento destas armas seria um lembrete da capacidade nuclear da Rússia e uma sinalização de uma possível escalada ainda maior na guerra.

Na terça-feira, 19, A Ucrânia disparou seis mísseis ATACMS fabricados nos EUA contra a região russa de Bryansk. O lançamento ocorreu dias depois de o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ter permitido o uso de mísseis de longo alcance fabricados nos EUA em ataques dentro do território russo.

Também no dia 19 de novembro, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou uma revisão da doutrina nuclear russa que amplia as circunstâncias nas quais Moscou pode lançar um ataque atômico contra a Ucrânia e a Otan. O líder russo declarou que um ataque com armas convencionais à Rússia por qualquer nação que seja apoiada por uma potência nuclear será considerado um ataque conjunto ao seu país.

De acordo com as mudanças, um grande ataque à Rússia com mísseis convencionais, drones ou aeronaves poderia atender aos critérios para uma resposta nuclear, assim como um ataque à Belarus ou qualquer ameaça crítica à soberania da Rússia.

Nesta quinta-feira, Putin voltou a falar sobre a possibilidade de usar armas contra os países que fornecem as armas para a Ucrânia utilizar dentro do território russo. "Consideramos que temos o direito de usar as nossas armas contra alvos militares dos países que permitem o uso das suas armas contra os nossos alvos", disse. “No caso de uma escalada de ações agressivas, responderemos de forma igualmente decisiva e espelhada”, acrescentou. /com AP

MOSCOU - A Rússia lançou nesta quinta-feira, 21, um ataque aéreo contra a Ucrânia com um tipo mais moderno de míssil balístico de médio alcance, em uma retaliação à decisão americana e europeia de mandar armas mais modernas para Kiev.

O Exército da Ucrânia chegou a acusar Moscou de usar um míssil balístico intercontinental no bombardeio contra a cidade de Dnipro, no centro do país. Em resposta à alegação, Putin disse que a arma é um míssil hipersônico de médio alcance novo, que não possuía ogiva nuclear, batizado de Oreshnik.

“Em condições de combate, um dos mais novos sistemas de mísseis de médio alcance russos foi testado, entre outras coisas. Neste caso, com um míssil balístico em um equipamento hipersônico livre de armas nucleares”, declarou o presidente russo.

Autoridades ocidentais também não confirmaram a informação da Ucrânia. Um oficial de um país do Ocidente afirmou à emissora americana ABC News que o ataque foi feito com um míssil balístico convencional.

Serviços de emergência da Ucrânia tentam conter um incêndio após um ataque russo na cidade de Dnipro, no centro do país  Foto: Serviço de emergência da Ucrânia/AFP

Segundo a Força Aérea da Ucrânia, o míssil balístico teria sido lançado da região russa de Astrakhan, que faz fronteira com o Mar Cáspio, junto com outros oito mísseis. Caso Kiev consiga provar que Moscou de fato lançou o míssil, este feito seria inédito na guerra da Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022 após a invasão do Exército russo.

Duas pessoas ficaram feridas como resultado do ataque. Uma instalação industrial militar e um centro de reabilitação para pessoas com deficiência foram danificados, segundo autoridades locais.

Oreshnik

Segundo o russo, o Oreshnik é um sistema de míssil balístico de médio alcance que possui ogivas hipersônicas, capazes de atingir velocidades de 2 a 3 quilômetros por segundo. Putin afirmou que a velocidade garante a penetração da arma em qualquer sistema de defesa aérea e defesa antimísseis existentes.

O fato de possuir ogivas múltiplas indica que os mísseis podem ser direcionados de forma individual para diversos alvos. Parece ter sido isso que aconteceu na Ucrânia, de acordo com os vídeos publicados online.

As imagens de câmeras públicas mostram a chegada de seis projéteis, praticamente verticais. Não houve explosões. A destruição foi causada pela própria energia cinética da ogiva, que chega ao solo em uma velocidade hipersônica, segundo informações da agência de notícias russa Ria Novosti.

A Ria Novosti disse ainda que é possível a utilização de ogivas penetrantes no ataque, com a finalidade de destruir a infraestrutura subterrânea do complexo militar atacado.

Doutrina nuclear

O uso de mísseis balísticos intercontinentais é bem mais grave do que outros tipos de armamento por conta das ogivas nucleares que estes mísseis transportam. O lançamento destas armas seria um lembrete da capacidade nuclear da Rússia e uma sinalização de uma possível escalada ainda maior na guerra.

Na terça-feira, 19, A Ucrânia disparou seis mísseis ATACMS fabricados nos EUA contra a região russa de Bryansk. O lançamento ocorreu dias depois de o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ter permitido o uso de mísseis de longo alcance fabricados nos EUA em ataques dentro do território russo.

Também no dia 19 de novembro, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou uma revisão da doutrina nuclear russa que amplia as circunstâncias nas quais Moscou pode lançar um ataque atômico contra a Ucrânia e a Otan. O líder russo declarou que um ataque com armas convencionais à Rússia por qualquer nação que seja apoiada por uma potência nuclear será considerado um ataque conjunto ao seu país.

De acordo com as mudanças, um grande ataque à Rússia com mísseis convencionais, drones ou aeronaves poderia atender aos critérios para uma resposta nuclear, assim como um ataque à Belarus ou qualquer ameaça crítica à soberania da Rússia.

Nesta quinta-feira, Putin voltou a falar sobre a possibilidade de usar armas contra os países que fornecem as armas para a Ucrânia utilizar dentro do território russo. "Consideramos que temos o direito de usar as nossas armas contra alvos militares dos países que permitem o uso das suas armas contra os nossos alvos", disse. “No caso de uma escalada de ações agressivas, responderemos de forma igualmente decisiva e espelhada”, acrescentou. /com AP

MOSCOU - A Rússia lançou nesta quinta-feira, 21, um ataque aéreo contra a Ucrânia com um tipo mais moderno de míssil balístico de médio alcance, em uma retaliação à decisão americana e europeia de mandar armas mais modernas para Kiev.

O Exército da Ucrânia chegou a acusar Moscou de usar um míssil balístico intercontinental no bombardeio contra a cidade de Dnipro, no centro do país. Em resposta à alegação, Putin disse que a arma é um míssil hipersônico de médio alcance novo, que não possuía ogiva nuclear, batizado de Oreshnik.

“Em condições de combate, um dos mais novos sistemas de mísseis de médio alcance russos foi testado, entre outras coisas. Neste caso, com um míssil balístico em um equipamento hipersônico livre de armas nucleares”, declarou o presidente russo.

Autoridades ocidentais também não confirmaram a informação da Ucrânia. Um oficial de um país do Ocidente afirmou à emissora americana ABC News que o ataque foi feito com um míssil balístico convencional.

Serviços de emergência da Ucrânia tentam conter um incêndio após um ataque russo na cidade de Dnipro, no centro do país  Foto: Serviço de emergência da Ucrânia/AFP

Segundo a Força Aérea da Ucrânia, o míssil balístico teria sido lançado da região russa de Astrakhan, que faz fronteira com o Mar Cáspio, junto com outros oito mísseis. Caso Kiev consiga provar que Moscou de fato lançou o míssil, este feito seria inédito na guerra da Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022 após a invasão do Exército russo.

Duas pessoas ficaram feridas como resultado do ataque. Uma instalação industrial militar e um centro de reabilitação para pessoas com deficiência foram danificados, segundo autoridades locais.

Oreshnik

Segundo o russo, o Oreshnik é um sistema de míssil balístico de médio alcance que possui ogivas hipersônicas, capazes de atingir velocidades de 2 a 3 quilômetros por segundo. Putin afirmou que a velocidade garante a penetração da arma em qualquer sistema de defesa aérea e defesa antimísseis existentes.

O fato de possuir ogivas múltiplas indica que os mísseis podem ser direcionados de forma individual para diversos alvos. Parece ter sido isso que aconteceu na Ucrânia, de acordo com os vídeos publicados online.

As imagens de câmeras públicas mostram a chegada de seis projéteis, praticamente verticais. Não houve explosões. A destruição foi causada pela própria energia cinética da ogiva, que chega ao solo em uma velocidade hipersônica, segundo informações da agência de notícias russa Ria Novosti.

A Ria Novosti disse ainda que é possível a utilização de ogivas penetrantes no ataque, com a finalidade de destruir a infraestrutura subterrânea do complexo militar atacado.

Doutrina nuclear

O uso de mísseis balísticos intercontinentais é bem mais grave do que outros tipos de armamento por conta das ogivas nucleares que estes mísseis transportam. O lançamento destas armas seria um lembrete da capacidade nuclear da Rússia e uma sinalização de uma possível escalada ainda maior na guerra.

Na terça-feira, 19, A Ucrânia disparou seis mísseis ATACMS fabricados nos EUA contra a região russa de Bryansk. O lançamento ocorreu dias depois de o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ter permitido o uso de mísseis de longo alcance fabricados nos EUA em ataques dentro do território russo.

Também no dia 19 de novembro, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou uma revisão da doutrina nuclear russa que amplia as circunstâncias nas quais Moscou pode lançar um ataque atômico contra a Ucrânia e a Otan. O líder russo declarou que um ataque com armas convencionais à Rússia por qualquer nação que seja apoiada por uma potência nuclear será considerado um ataque conjunto ao seu país.

De acordo com as mudanças, um grande ataque à Rússia com mísseis convencionais, drones ou aeronaves poderia atender aos critérios para uma resposta nuclear, assim como um ataque à Belarus ou qualquer ameaça crítica à soberania da Rússia.

Nesta quinta-feira, Putin voltou a falar sobre a possibilidade de usar armas contra os países que fornecem as armas para a Ucrânia utilizar dentro do território russo. "Consideramos que temos o direito de usar as nossas armas contra alvos militares dos países que permitem o uso das suas armas contra os nossos alvos", disse. “No caso de uma escalada de ações agressivas, responderemos de forma igualmente decisiva e espelhada”, acrescentou. /com AP

MOSCOU - A Rússia lançou nesta quinta-feira, 21, um ataque aéreo contra a Ucrânia com um tipo mais moderno de míssil balístico de médio alcance, em uma retaliação à decisão americana e europeia de mandar armas mais modernas para Kiev.

O Exército da Ucrânia chegou a acusar Moscou de usar um míssil balístico intercontinental no bombardeio contra a cidade de Dnipro, no centro do país. Em resposta à alegação, Putin disse que a arma é um míssil hipersônico de médio alcance novo, que não possuía ogiva nuclear, batizado de Oreshnik.

“Em condições de combate, um dos mais novos sistemas de mísseis de médio alcance russos foi testado, entre outras coisas. Neste caso, com um míssil balístico em um equipamento hipersônico livre de armas nucleares”, declarou o presidente russo.

Autoridades ocidentais também não confirmaram a informação da Ucrânia. Um oficial de um país do Ocidente afirmou à emissora americana ABC News que o ataque foi feito com um míssil balístico convencional.

Serviços de emergência da Ucrânia tentam conter um incêndio após um ataque russo na cidade de Dnipro, no centro do país  Foto: Serviço de emergência da Ucrânia/AFP

Segundo a Força Aérea da Ucrânia, o míssil balístico teria sido lançado da região russa de Astrakhan, que faz fronteira com o Mar Cáspio, junto com outros oito mísseis. Caso Kiev consiga provar que Moscou de fato lançou o míssil, este feito seria inédito na guerra da Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022 após a invasão do Exército russo.

Duas pessoas ficaram feridas como resultado do ataque. Uma instalação industrial militar e um centro de reabilitação para pessoas com deficiência foram danificados, segundo autoridades locais.

Oreshnik

Segundo o russo, o Oreshnik é um sistema de míssil balístico de médio alcance que possui ogivas hipersônicas, capazes de atingir velocidades de 2 a 3 quilômetros por segundo. Putin afirmou que a velocidade garante a penetração da arma em qualquer sistema de defesa aérea e defesa antimísseis existentes.

O fato de possuir ogivas múltiplas indica que os mísseis podem ser direcionados de forma individual para diversos alvos. Parece ter sido isso que aconteceu na Ucrânia, de acordo com os vídeos publicados online.

As imagens de câmeras públicas mostram a chegada de seis projéteis, praticamente verticais. Não houve explosões. A destruição foi causada pela própria energia cinética da ogiva, que chega ao solo em uma velocidade hipersônica, segundo informações da agência de notícias russa Ria Novosti.

A Ria Novosti disse ainda que é possível a utilização de ogivas penetrantes no ataque, com a finalidade de destruir a infraestrutura subterrânea do complexo militar atacado.

Doutrina nuclear

O uso de mísseis balísticos intercontinentais é bem mais grave do que outros tipos de armamento por conta das ogivas nucleares que estes mísseis transportam. O lançamento destas armas seria um lembrete da capacidade nuclear da Rússia e uma sinalização de uma possível escalada ainda maior na guerra.

Na terça-feira, 19, A Ucrânia disparou seis mísseis ATACMS fabricados nos EUA contra a região russa de Bryansk. O lançamento ocorreu dias depois de o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ter permitido o uso de mísseis de longo alcance fabricados nos EUA em ataques dentro do território russo.

Também no dia 19 de novembro, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou uma revisão da doutrina nuclear russa que amplia as circunstâncias nas quais Moscou pode lançar um ataque atômico contra a Ucrânia e a Otan. O líder russo declarou que um ataque com armas convencionais à Rússia por qualquer nação que seja apoiada por uma potência nuclear será considerado um ataque conjunto ao seu país.

De acordo com as mudanças, um grande ataque à Rússia com mísseis convencionais, drones ou aeronaves poderia atender aos critérios para uma resposta nuclear, assim como um ataque à Belarus ou qualquer ameaça crítica à soberania da Rússia.

Nesta quinta-feira, Putin voltou a falar sobre a possibilidade de usar armas contra os países que fornecem as armas para a Ucrânia utilizar dentro do território russo. "Consideramos que temos o direito de usar as nossas armas contra alvos militares dos países que permitem o uso das suas armas contra os nossos alvos", disse. “No caso de uma escalada de ações agressivas, responderemos de forma igualmente decisiva e espelhada”, acrescentou. /com AP

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