A cidade de Lviv, no oeste da Ucrânia, foi atacada com mísseis pela primeira vez desde o começo da invasão da Ucrânia pela Rússia. Na manhã desta sexta-feira, 18, os russos atingiram locais a cerca de 6,5 quilômetros do centro de Lviv.
Pelo menos três explosões foram ouvidas perto do aeroporto de Lviv, com vídeos nas mídias sociais mostrando grandes explosões e nuvens de fumaça.
Os mísseis atingiram uma oficina mecânica de aviões que fica no complexo do aeroporto da cidade, segundo o prefeito, Andriy Sadovi.
A oficina já não estava funcionando, e não houve mortos nem feridos.
Lviv fica perto da fronteira com a Polônia. Muitos ucranianos foram para lá assim que começou a invasão do país pelos russos.
A Rússia tem usado uma estratégia de bombardear as cidades ucranianas com mísseis lançados de terra, sem usar muitos soldados em solo, mas a ofensiva russa tem encontrado dificuldades em tomar cidades.
Apesar dos reveses no campo de batalha e das sanções do Ocidente, o presidente russo, Vladimir Putin, mostrou poucos sinais de ceder. Seu governo diz que está contando com a China para ajudar a Rússia a resistir aos golpes em sua economia.
Os Estados Unidos, que nesta semana anunciaram US$ 800 milhões em nova ajuda militar a Kiev, estão preocupados que a China esteja “considerando ajudar diretamente a Rússia com equipamentos militares para uso na Ucrânia”, alertou o secretário de Estado Antony Blinken.
O presidente Joe Biden, que descreveu Putin como um “ditador assassino”, deixará claro ao presidente chinês Xi Jinping em uma ligação na sexta-feira, 18, que a China “será responsável por quaisquer ações que tomar para apoiar a agressão da Rússia”, disse Blinken a repórteres. Os dois devem falar às 9h, horário do leste (1300 GMT), informou a Casa Branca.
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A Ucrânia afirmou que a Rússia destruiu um teatro que abrigava mais de mil pessoas na cidade de Mariupol. O número de vítimas ainda é desconhecido.
A China se recusou a condenar a ação da Rússia na Ucrânia ou chamá-la de “invasão”. Ele diz que reconhece a soberania da Ucrânia, mas que a Rússia tem preocupações legítimas de segurança que devem ser abordadas.
Uma autoridade do Ministério das Relações Exteriores da China se reuniu esta semana com o embaixador da Rússia na China para trocar opiniões sobre combate ao terrorismo e cooperação em segurança. /Reuters