Rússia conquista estratégica cidade de Severodonetsk após semanas de resistência ucraniana


A conquista de Severodonetsk coloca Moscou perto do controle total de Luhansk, na região de Donbas, com a resistência ucraniana agora concentrada apenas na cidade gêmea de Lisichansk

Por Redação
Atualização:

SEVERODONESTSK - A cidade ucraniana de Severodonetsk foi totalmente ocupada pelo exército russo, após semanas de duros combates, anunciou neste sábado, 25, o prefeito dessa importante localidade da bacia do Donbas, Oleksandr Striuk. Mais cedo, o prefeito comunicou a retirada quase completa das tropas ucranianas da cidade, sinalizando a maior reversão para a Ucrânia desde a perda do porto de Mariupol em maio.

Pouco antes, os separatistas pró-Rússia haviam anunciado a tomada do complexo industrial químico de Azot, nessa mesma cidade, e a retirada de 800 civis que estavam refugiados ali. Os separatistas também anunciaram que suas forças e as do exército russo haviam entrado em Lisichansk, onde estavam acontecendo “combates nas ruas”.

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A Rússia agora espera pressionar e conquistar mais terreno na margem oposta, enquanto a Ucrânia espera que o preço que Moscou pagou para capturar as ruínas da pequena cidade deixe as forças russas vulneráveis a um contra-ataque nas próximas semanas.

Fumaça sobe da cidade de Severodonetsk durante combates entre tropas ucranianas e russas na região leste ucraniana de Donbas em 14 de junho de 2022 Foto: ARIS MESSINIS / AFP

A conquista de Severodonetsk coloca Moscou perto do controle total de Luhansk, com tropas ucranianas na província resistindo em grande parte apenas na cidade gêmea, Lisichansk, do outro lado do rio Donets.

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“A cidade está agora sob ocupação total da Rússia. Eles estão tentando estabelecer sua própria ordem, até onde eu sei, eles nomearam algum tipo de comandante”, disse o prefeito Striuk em rede nacional, acrescentando que qualquer pessoa deixada para trás não poderia mais alcançar o território controlado pela Ucrânia, já que a cidade foi efetivamente isolada.

A agência de notícias russa Interfax citou um representante de combatentes da autodeclarada República Popular de Luhansk dizendo que forças russas e pró-russas entraram em Lisichansk e que os combates estavam ocorrendo em áreas urbanas de lá. Isso não pôde ser confirmado imediatamente pelas agências internacionais.

As duas cidades e áreas vizinhas são os últimos grandes bolsões de resistência ucraniana em Luhansk, 95% dos quais estão sob controle separatista russo e local. Os russos e separatistas também controlam cerca de metade de Donetsk, a segunda província do Donbas.

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Ramzan Kadyrov, chefe da região da Chechênia da Rússia, que tem tropas lutando ao lado de unidades regulares do exército russo na Ucrânia, disse nas redes sociais no sábado que a zona industrial e o aeroporto de Severodonetsk foram “totalmente liberados”.

Ofensiva mais lenta

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A captura de Severodonetsk provavelmente será vista pela Rússia como uma justificativa para sua mudança de sua tentativa inicial e fracassada de “guerra relâmpago” para uma ofensiva mais lenta, que depende mais de bombardeios de longo alcance.

Moscou reconheceu Luhansk e Donetsk como territórios independentes e exigiu que a Ucrânia cedesse todo o território das duas províncias a administrações separatistas.

Serhi Gaidai, governador da região de Luhansk, disse que as forças russas atacaram a zona industrial de Severodonetsk na sexta-feira e também tentaram entrar e bloquear Lisichansk.

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As autoridades ucranianas nunca tiveram muita esperança de manter Severodonetsk indefinidamente, mas esperavam cobrar um preço alto o suficiente para esgotar o exército russo e deixar a força invasora vulnerável a um contra-ataque.

O principal general da Ucrânia, Valeri Zaluzhni, escreveu no aplicativo Telegram no sábado que os recém-chegados sistemas avançados de foguetes HIMARS fornecidos pelos Estados Unidos foram implantados e atingiram alvos em partes da Ucrânia ocupadas pelos russos.

Enquanto o maior conflito terrestre da Europa desde a Segunda Guerra Mundial entra em seu quinto mês, uma chuva de mísseis russos caía sobre instalações militares no oeste e norte da Ucrânia e em uma cidade do sul, disseram autoridades ucranianas.

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Imagens gravadas com uma GoPro mostram o momento em que um grupo de jornalistas é atacado e ferido por bombardeios russos enquanto cobriam o conflito em Luhansk

Em outros lugares da Ucrânia, governadores das regiões oeste e norte relataram vários ataques com mísseis, indicando que a Rússia não estava limitando seu ataque aos territórios orientais.

“48 mísseis de cruzeiro. À noite. Por toda a Ucrânia”, disse o conselheiro presidencial ucraniano Mikhailo Podoliak no Twitter. “A Rússia ainda está tentando intimidar a Ucrânia, causar pânico e fazer as pessoas terem medo.”

O governador da região de Lviv, no oeste da Ucrânia, Maxim Kozitski, disse em um vídeo publicado online que seis mísseis foram disparados do Mar Negro na base de Yavoriv, perto da fronteira com a Polônia. Quatro atingiram o alvo, mas dois foram destruídos.

Desde que abandonou um avanço inicial sobre a capital Kiev no que chamou de “operação militar especial”, a Rússia e seus representantes mudaram seu foco principal para Donbas, um território oriental composto pelas províncias de Luhansk e Donetsk.

Armas nucleares em Belarus

Ao mesmo tempo, o presidente russo, Vladimir Putin, propôs neste sábado ao seu colega de Belarus, Alexander Lukashenko, ajudá-lo a modernizar seus aviões de combate para torná-los capazes de transportar armas nucleares.

O presidente russo Vladimir Putin cumprimenta o presidente de Belarus Alexander Lukashenko durante sua reunião no Palácio Konstantinovski em São Petersburgo, Rússia, 25 de junho de 2022 Foto: MIKHAIL METZEL/KREMLIN/EPA/EFE

“Muitos Su-25 (aeronaves) estão em serviço com a força aérea de Belarus. Eles podem ser atualizados de maneira apropriada. Essa modernização deve ser realizada em fábricas de aeronaves na Rússia e o treinamento de pessoal deve começar de acordo”, declarou Putin, depois que Lukashenko lhe pediu para “adaptar” seus aviões capazes de transportar armas nucleares, durante uma entrevista transmitida pela televisão.

Além disso, a Rússia entregará ao país “nos próximos meses” mísseis capazes de transportar ogivas nucleares, anunciou Putin. “Nos próximos meses vamos transferir para Belarus sistemas de mísseis táticos Iskander-M, que podem usar mísseis balísticos ou de cruzeiro, em suas versões convencionais e nucleares”, disse Putin no início de sua entrevista com Lukashenko em São Petersburgo à televisão russa./AP, AFP e REUTERS

SEVERODONESTSK - A cidade ucraniana de Severodonetsk foi totalmente ocupada pelo exército russo, após semanas de duros combates, anunciou neste sábado, 25, o prefeito dessa importante localidade da bacia do Donbas, Oleksandr Striuk. Mais cedo, o prefeito comunicou a retirada quase completa das tropas ucranianas da cidade, sinalizando a maior reversão para a Ucrânia desde a perda do porto de Mariupol em maio.

Pouco antes, os separatistas pró-Rússia haviam anunciado a tomada do complexo industrial químico de Azot, nessa mesma cidade, e a retirada de 800 civis que estavam refugiados ali. Os separatistas também anunciaram que suas forças e as do exército russo haviam entrado em Lisichansk, onde estavam acontecendo “combates nas ruas”.

A Rússia agora espera pressionar e conquistar mais terreno na margem oposta, enquanto a Ucrânia espera que o preço que Moscou pagou para capturar as ruínas da pequena cidade deixe as forças russas vulneráveis a um contra-ataque nas próximas semanas.

Fumaça sobe da cidade de Severodonetsk durante combates entre tropas ucranianas e russas na região leste ucraniana de Donbas em 14 de junho de 2022 Foto: ARIS MESSINIS / AFP

A conquista de Severodonetsk coloca Moscou perto do controle total de Luhansk, com tropas ucranianas na província resistindo em grande parte apenas na cidade gêmea, Lisichansk, do outro lado do rio Donets.

“A cidade está agora sob ocupação total da Rússia. Eles estão tentando estabelecer sua própria ordem, até onde eu sei, eles nomearam algum tipo de comandante”, disse o prefeito Striuk em rede nacional, acrescentando que qualquer pessoa deixada para trás não poderia mais alcançar o território controlado pela Ucrânia, já que a cidade foi efetivamente isolada.

A agência de notícias russa Interfax citou um representante de combatentes da autodeclarada República Popular de Luhansk dizendo que forças russas e pró-russas entraram em Lisichansk e que os combates estavam ocorrendo em áreas urbanas de lá. Isso não pôde ser confirmado imediatamente pelas agências internacionais.

As duas cidades e áreas vizinhas são os últimos grandes bolsões de resistência ucraniana em Luhansk, 95% dos quais estão sob controle separatista russo e local. Os russos e separatistas também controlam cerca de metade de Donetsk, a segunda província do Donbas.

Ramzan Kadyrov, chefe da região da Chechênia da Rússia, que tem tropas lutando ao lado de unidades regulares do exército russo na Ucrânia, disse nas redes sociais no sábado que a zona industrial e o aeroporto de Severodonetsk foram “totalmente liberados”.

Ofensiva mais lenta

A captura de Severodonetsk provavelmente será vista pela Rússia como uma justificativa para sua mudança de sua tentativa inicial e fracassada de “guerra relâmpago” para uma ofensiva mais lenta, que depende mais de bombardeios de longo alcance.

Moscou reconheceu Luhansk e Donetsk como territórios independentes e exigiu que a Ucrânia cedesse todo o território das duas províncias a administrações separatistas.

Serhi Gaidai, governador da região de Luhansk, disse que as forças russas atacaram a zona industrial de Severodonetsk na sexta-feira e também tentaram entrar e bloquear Lisichansk.

As autoridades ucranianas nunca tiveram muita esperança de manter Severodonetsk indefinidamente, mas esperavam cobrar um preço alto o suficiente para esgotar o exército russo e deixar a força invasora vulnerável a um contra-ataque.

O principal general da Ucrânia, Valeri Zaluzhni, escreveu no aplicativo Telegram no sábado que os recém-chegados sistemas avançados de foguetes HIMARS fornecidos pelos Estados Unidos foram implantados e atingiram alvos em partes da Ucrânia ocupadas pelos russos.

Enquanto o maior conflito terrestre da Europa desde a Segunda Guerra Mundial entra em seu quinto mês, uma chuva de mísseis russos caía sobre instalações militares no oeste e norte da Ucrânia e em uma cidade do sul, disseram autoridades ucranianas.

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Em outros lugares da Ucrânia, governadores das regiões oeste e norte relataram vários ataques com mísseis, indicando que a Rússia não estava limitando seu ataque aos territórios orientais.

“48 mísseis de cruzeiro. À noite. Por toda a Ucrânia”, disse o conselheiro presidencial ucraniano Mikhailo Podoliak no Twitter. “A Rússia ainda está tentando intimidar a Ucrânia, causar pânico e fazer as pessoas terem medo.”

O governador da região de Lviv, no oeste da Ucrânia, Maxim Kozitski, disse em um vídeo publicado online que seis mísseis foram disparados do Mar Negro na base de Yavoriv, perto da fronteira com a Polônia. Quatro atingiram o alvo, mas dois foram destruídos.

Desde que abandonou um avanço inicial sobre a capital Kiev no que chamou de “operação militar especial”, a Rússia e seus representantes mudaram seu foco principal para Donbas, um território oriental composto pelas províncias de Luhansk e Donetsk.

Armas nucleares em Belarus

Ao mesmo tempo, o presidente russo, Vladimir Putin, propôs neste sábado ao seu colega de Belarus, Alexander Lukashenko, ajudá-lo a modernizar seus aviões de combate para torná-los capazes de transportar armas nucleares.

O presidente russo Vladimir Putin cumprimenta o presidente de Belarus Alexander Lukashenko durante sua reunião no Palácio Konstantinovski em São Petersburgo, Rússia, 25 de junho de 2022 Foto: MIKHAIL METZEL/KREMLIN/EPA/EFE

“Muitos Su-25 (aeronaves) estão em serviço com a força aérea de Belarus. Eles podem ser atualizados de maneira apropriada. Essa modernização deve ser realizada em fábricas de aeronaves na Rússia e o treinamento de pessoal deve começar de acordo”, declarou Putin, depois que Lukashenko lhe pediu para “adaptar” seus aviões capazes de transportar armas nucleares, durante uma entrevista transmitida pela televisão.

Além disso, a Rússia entregará ao país “nos próximos meses” mísseis capazes de transportar ogivas nucleares, anunciou Putin. “Nos próximos meses vamos transferir para Belarus sistemas de mísseis táticos Iskander-M, que podem usar mísseis balísticos ou de cruzeiro, em suas versões convencionais e nucleares”, disse Putin no início de sua entrevista com Lukashenko em São Petersburgo à televisão russa./AP, AFP e REUTERS

SEVERODONESTSK - A cidade ucraniana de Severodonetsk foi totalmente ocupada pelo exército russo, após semanas de duros combates, anunciou neste sábado, 25, o prefeito dessa importante localidade da bacia do Donbas, Oleksandr Striuk. Mais cedo, o prefeito comunicou a retirada quase completa das tropas ucranianas da cidade, sinalizando a maior reversão para a Ucrânia desde a perda do porto de Mariupol em maio.

Pouco antes, os separatistas pró-Rússia haviam anunciado a tomada do complexo industrial químico de Azot, nessa mesma cidade, e a retirada de 800 civis que estavam refugiados ali. Os separatistas também anunciaram que suas forças e as do exército russo haviam entrado em Lisichansk, onde estavam acontecendo “combates nas ruas”.

A Rússia agora espera pressionar e conquistar mais terreno na margem oposta, enquanto a Ucrânia espera que o preço que Moscou pagou para capturar as ruínas da pequena cidade deixe as forças russas vulneráveis a um contra-ataque nas próximas semanas.

Fumaça sobe da cidade de Severodonetsk durante combates entre tropas ucranianas e russas na região leste ucraniana de Donbas em 14 de junho de 2022 Foto: ARIS MESSINIS / AFP

A conquista de Severodonetsk coloca Moscou perto do controle total de Luhansk, com tropas ucranianas na província resistindo em grande parte apenas na cidade gêmea, Lisichansk, do outro lado do rio Donets.

“A cidade está agora sob ocupação total da Rússia. Eles estão tentando estabelecer sua própria ordem, até onde eu sei, eles nomearam algum tipo de comandante”, disse o prefeito Striuk em rede nacional, acrescentando que qualquer pessoa deixada para trás não poderia mais alcançar o território controlado pela Ucrânia, já que a cidade foi efetivamente isolada.

A agência de notícias russa Interfax citou um representante de combatentes da autodeclarada República Popular de Luhansk dizendo que forças russas e pró-russas entraram em Lisichansk e que os combates estavam ocorrendo em áreas urbanas de lá. Isso não pôde ser confirmado imediatamente pelas agências internacionais.

As duas cidades e áreas vizinhas são os últimos grandes bolsões de resistência ucraniana em Luhansk, 95% dos quais estão sob controle separatista russo e local. Os russos e separatistas também controlam cerca de metade de Donetsk, a segunda província do Donbas.

Ramzan Kadyrov, chefe da região da Chechênia da Rússia, que tem tropas lutando ao lado de unidades regulares do exército russo na Ucrânia, disse nas redes sociais no sábado que a zona industrial e o aeroporto de Severodonetsk foram “totalmente liberados”.

Ofensiva mais lenta

A captura de Severodonetsk provavelmente será vista pela Rússia como uma justificativa para sua mudança de sua tentativa inicial e fracassada de “guerra relâmpago” para uma ofensiva mais lenta, que depende mais de bombardeios de longo alcance.

Moscou reconheceu Luhansk e Donetsk como territórios independentes e exigiu que a Ucrânia cedesse todo o território das duas províncias a administrações separatistas.

Serhi Gaidai, governador da região de Luhansk, disse que as forças russas atacaram a zona industrial de Severodonetsk na sexta-feira e também tentaram entrar e bloquear Lisichansk.

As autoridades ucranianas nunca tiveram muita esperança de manter Severodonetsk indefinidamente, mas esperavam cobrar um preço alto o suficiente para esgotar o exército russo e deixar a força invasora vulnerável a um contra-ataque.

O principal general da Ucrânia, Valeri Zaluzhni, escreveu no aplicativo Telegram no sábado que os recém-chegados sistemas avançados de foguetes HIMARS fornecidos pelos Estados Unidos foram implantados e atingiram alvos em partes da Ucrânia ocupadas pelos russos.

Enquanto o maior conflito terrestre da Europa desde a Segunda Guerra Mundial entra em seu quinto mês, uma chuva de mísseis russos caía sobre instalações militares no oeste e norte da Ucrânia e em uma cidade do sul, disseram autoridades ucranianas.

Seu navegador não suporta esse video.

Imagens gravadas com uma GoPro mostram o momento em que um grupo de jornalistas é atacado e ferido por bombardeios russos enquanto cobriam o conflito em Luhansk

Em outros lugares da Ucrânia, governadores das regiões oeste e norte relataram vários ataques com mísseis, indicando que a Rússia não estava limitando seu ataque aos territórios orientais.

“48 mísseis de cruzeiro. À noite. Por toda a Ucrânia”, disse o conselheiro presidencial ucraniano Mikhailo Podoliak no Twitter. “A Rússia ainda está tentando intimidar a Ucrânia, causar pânico e fazer as pessoas terem medo.”

O governador da região de Lviv, no oeste da Ucrânia, Maxim Kozitski, disse em um vídeo publicado online que seis mísseis foram disparados do Mar Negro na base de Yavoriv, perto da fronteira com a Polônia. Quatro atingiram o alvo, mas dois foram destruídos.

Desde que abandonou um avanço inicial sobre a capital Kiev no que chamou de “operação militar especial”, a Rússia e seus representantes mudaram seu foco principal para Donbas, um território oriental composto pelas províncias de Luhansk e Donetsk.

Armas nucleares em Belarus

Ao mesmo tempo, o presidente russo, Vladimir Putin, propôs neste sábado ao seu colega de Belarus, Alexander Lukashenko, ajudá-lo a modernizar seus aviões de combate para torná-los capazes de transportar armas nucleares.

O presidente russo Vladimir Putin cumprimenta o presidente de Belarus Alexander Lukashenko durante sua reunião no Palácio Konstantinovski em São Petersburgo, Rússia, 25 de junho de 2022 Foto: MIKHAIL METZEL/KREMLIN/EPA/EFE

“Muitos Su-25 (aeronaves) estão em serviço com a força aérea de Belarus. Eles podem ser atualizados de maneira apropriada. Essa modernização deve ser realizada em fábricas de aeronaves na Rússia e o treinamento de pessoal deve começar de acordo”, declarou Putin, depois que Lukashenko lhe pediu para “adaptar” seus aviões capazes de transportar armas nucleares, durante uma entrevista transmitida pela televisão.

Além disso, a Rússia entregará ao país “nos próximos meses” mísseis capazes de transportar ogivas nucleares, anunciou Putin. “Nos próximos meses vamos transferir para Belarus sistemas de mísseis táticos Iskander-M, que podem usar mísseis balísticos ou de cruzeiro, em suas versões convencionais e nucleares”, disse Putin no início de sua entrevista com Lukashenko em São Petersburgo à televisão russa./AP, AFP e REUTERS

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