Rússia e Brasil querem reativar fórum de cooperação econômica para ampliar relações, diz Bloomberg


Pedido teria partido do chanceler russo, Serguei Lavrov, mas o governo brasileiro também teria interesse na retomada; fórum foi criado pelos dois países em 1997 para discutir comércio e outros temas

Por Redação
Atualização:

A Rússia pediu ao Brasil para reativar a Comissão de Alto Nível Russo-Brasileira de Cooperação, voltada a comércio, no dia seguinte ao encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o presidente ucraniano Volodmir Zelenski, noticiou a Bloomberg no dia 22. Segundo a agência de notícias americana, os chanceleres de ambos os países, Serguei Lavrov (Rússia) e Mauro Vieira, se reuniram na Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, para articular a reativação do fórum, que se reuniu pela última vez em 2015.

O pedido teria partido de Lavrov, diz a Bloomberg, mas o governo brasileiro também teria interesse na retomada das atividades. A comissão foi formada pelos dois países em 1997 para discutir comércio, investimentos, tecnologia, defesa e outros temas. Os dois governos discutirão possíveis datas para uma reunião entre o vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, e o primeiro-ministro da Rússia, Mikhail Mishustin, que lideram conjuntamente a comissão.

O plano foi amplamente repercutido pelas agências de notícias russas, a RBC e a Ria Novosti.

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Imagem mostra chanceleres da Rússia, Serguei Lavrov (à dir.), e Mauro Vieira (à esq.) em encontro em Brasília, em abril deste ano. As duas autoridades voltaram a se reunir em Nova York durante a Assembleia-Geral da ONU Foto: Eraldo Peres/AP

Desde que foi criada, a Comissão de Alto Nível Russo-Brasileira se reuniu apenas sete vezes. Em fevereiro de 2022, oito dias de a Rússia invadir a Ucrânia, o presidente Vladimir Putin emitiu uma declaração conjunta com o então presidente Jair Bolsonaro sobre a importância da oitava reunião da comissão no Rio de Janeiro no primeiro trimestre daquele ano, o que nunca aconteceu.

Antes de Lula retomar a presidência em janeiro deste ano, a presidente do Conselho da Federação Russa, a câmara alta do parlamento russo, reuniu-se com ele em dezembro e confirmou a disposição de ambos países para reiniciar o fórum, segundo um comunicado do próprio Conselho da Federação. A notícia afirma que Lula concordou com a ideia e disse que retomaria o trabalho da comissão em seu governo.

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Os planos prometem aprofundar as relações comerciais entre Brasil e Rússia, em um momento em que os dois países ocupam a presidência do G-20 e do Brics, respectivamente.

O Brasil já tem a Rússia como um importante parceiro comercial no campo de combustível, com os russos se tornando o principal fornecedor externo de diesel do Brasil este ano, após ultrapassar os americanos. A Rússia também é o principal fornecedor de fertilizantes do Brasil, insumo essencial para o agronegócio, que tem crescido cada vez mais. No ano passado, o comércio entre os dois países atingiu US$ 9,8 bilhões (R$ 48,6 bilhões).

Sufocada pelas sanções ocidentais, a Rússia tem ampliado negócios com outros parceiros comerciais. O Brasil, que não aderiu às sanções, está incluído na lista, assim como China, Índia e outras nações.

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Planos após encontro com Zelenski

O encontro dos chanceleres Mauro Vieira e Serguei Lavrov aconteceram na quinta-feira, 21, dia seguinte ao encontro de Lula com Zelenski, no qual o presidente brasileiro dispôs a posição de dialogar com os dois lados e buscar solução pacífica para o conflito na Ucrânia.

Após o encontro dos presidentes, Vieira declarou à imprensa que Lula estaria aberto a uma reunião semelhante com Vladimir Putin, se este estiver interessado. “O presidente Lula se encontrou com o presidente Putin inúmeras vezes no passado”, disse o chanceler brasileiro. “Se houver essa possibilidade, não tenho dúvidas de que eles vão se encontrar.”

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A relação entre Brasil e Rússia é vista pela Ucrânia com desagrado, e as declarações do presidente Lula sobre o conflito foi visto diversas vezes pelo Ocidente e pelas autoridades ucranianas como um apoio tácito à Rússia. O Brasil condenou a invasão russa na Ucrânia na ONU, mas nunca cortou relações comerciais com o país.

A Rússia pediu ao Brasil para reativar a Comissão de Alto Nível Russo-Brasileira de Cooperação, voltada a comércio, no dia seguinte ao encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o presidente ucraniano Volodmir Zelenski, noticiou a Bloomberg no dia 22. Segundo a agência de notícias americana, os chanceleres de ambos os países, Serguei Lavrov (Rússia) e Mauro Vieira, se reuniram na Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, para articular a reativação do fórum, que se reuniu pela última vez em 2015.

O pedido teria partido de Lavrov, diz a Bloomberg, mas o governo brasileiro também teria interesse na retomada das atividades. A comissão foi formada pelos dois países em 1997 para discutir comércio, investimentos, tecnologia, defesa e outros temas. Os dois governos discutirão possíveis datas para uma reunião entre o vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, e o primeiro-ministro da Rússia, Mikhail Mishustin, que lideram conjuntamente a comissão.

O plano foi amplamente repercutido pelas agências de notícias russas, a RBC e a Ria Novosti.

Imagem mostra chanceleres da Rússia, Serguei Lavrov (à dir.), e Mauro Vieira (à esq.) em encontro em Brasília, em abril deste ano. As duas autoridades voltaram a se reunir em Nova York durante a Assembleia-Geral da ONU Foto: Eraldo Peres/AP

Desde que foi criada, a Comissão de Alto Nível Russo-Brasileira se reuniu apenas sete vezes. Em fevereiro de 2022, oito dias de a Rússia invadir a Ucrânia, o presidente Vladimir Putin emitiu uma declaração conjunta com o então presidente Jair Bolsonaro sobre a importância da oitava reunião da comissão no Rio de Janeiro no primeiro trimestre daquele ano, o que nunca aconteceu.

Antes de Lula retomar a presidência em janeiro deste ano, a presidente do Conselho da Federação Russa, a câmara alta do parlamento russo, reuniu-se com ele em dezembro e confirmou a disposição de ambos países para reiniciar o fórum, segundo um comunicado do próprio Conselho da Federação. A notícia afirma que Lula concordou com a ideia e disse que retomaria o trabalho da comissão em seu governo.

Os planos prometem aprofundar as relações comerciais entre Brasil e Rússia, em um momento em que os dois países ocupam a presidência do G-20 e do Brics, respectivamente.

O Brasil já tem a Rússia como um importante parceiro comercial no campo de combustível, com os russos se tornando o principal fornecedor externo de diesel do Brasil este ano, após ultrapassar os americanos. A Rússia também é o principal fornecedor de fertilizantes do Brasil, insumo essencial para o agronegócio, que tem crescido cada vez mais. No ano passado, o comércio entre os dois países atingiu US$ 9,8 bilhões (R$ 48,6 bilhões).

Sufocada pelas sanções ocidentais, a Rússia tem ampliado negócios com outros parceiros comerciais. O Brasil, que não aderiu às sanções, está incluído na lista, assim como China, Índia e outras nações.

Planos após encontro com Zelenski

O encontro dos chanceleres Mauro Vieira e Serguei Lavrov aconteceram na quinta-feira, 21, dia seguinte ao encontro de Lula com Zelenski, no qual o presidente brasileiro dispôs a posição de dialogar com os dois lados e buscar solução pacífica para o conflito na Ucrânia.

Após o encontro dos presidentes, Vieira declarou à imprensa que Lula estaria aberto a uma reunião semelhante com Vladimir Putin, se este estiver interessado. “O presidente Lula se encontrou com o presidente Putin inúmeras vezes no passado”, disse o chanceler brasileiro. “Se houver essa possibilidade, não tenho dúvidas de que eles vão se encontrar.”

A relação entre Brasil e Rússia é vista pela Ucrânia com desagrado, e as declarações do presidente Lula sobre o conflito foi visto diversas vezes pelo Ocidente e pelas autoridades ucranianas como um apoio tácito à Rússia. O Brasil condenou a invasão russa na Ucrânia na ONU, mas nunca cortou relações comerciais com o país.

A Rússia pediu ao Brasil para reativar a Comissão de Alto Nível Russo-Brasileira de Cooperação, voltada a comércio, no dia seguinte ao encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o presidente ucraniano Volodmir Zelenski, noticiou a Bloomberg no dia 22. Segundo a agência de notícias americana, os chanceleres de ambos os países, Serguei Lavrov (Rússia) e Mauro Vieira, se reuniram na Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, para articular a reativação do fórum, que se reuniu pela última vez em 2015.

O pedido teria partido de Lavrov, diz a Bloomberg, mas o governo brasileiro também teria interesse na retomada das atividades. A comissão foi formada pelos dois países em 1997 para discutir comércio, investimentos, tecnologia, defesa e outros temas. Os dois governos discutirão possíveis datas para uma reunião entre o vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, e o primeiro-ministro da Rússia, Mikhail Mishustin, que lideram conjuntamente a comissão.

O plano foi amplamente repercutido pelas agências de notícias russas, a RBC e a Ria Novosti.

Imagem mostra chanceleres da Rússia, Serguei Lavrov (à dir.), e Mauro Vieira (à esq.) em encontro em Brasília, em abril deste ano. As duas autoridades voltaram a se reunir em Nova York durante a Assembleia-Geral da ONU Foto: Eraldo Peres/AP

Desde que foi criada, a Comissão de Alto Nível Russo-Brasileira se reuniu apenas sete vezes. Em fevereiro de 2022, oito dias de a Rússia invadir a Ucrânia, o presidente Vladimir Putin emitiu uma declaração conjunta com o então presidente Jair Bolsonaro sobre a importância da oitava reunião da comissão no Rio de Janeiro no primeiro trimestre daquele ano, o que nunca aconteceu.

Antes de Lula retomar a presidência em janeiro deste ano, a presidente do Conselho da Federação Russa, a câmara alta do parlamento russo, reuniu-se com ele em dezembro e confirmou a disposição de ambos países para reiniciar o fórum, segundo um comunicado do próprio Conselho da Federação. A notícia afirma que Lula concordou com a ideia e disse que retomaria o trabalho da comissão em seu governo.

Os planos prometem aprofundar as relações comerciais entre Brasil e Rússia, em um momento em que os dois países ocupam a presidência do G-20 e do Brics, respectivamente.

O Brasil já tem a Rússia como um importante parceiro comercial no campo de combustível, com os russos se tornando o principal fornecedor externo de diesel do Brasil este ano, após ultrapassar os americanos. A Rússia também é o principal fornecedor de fertilizantes do Brasil, insumo essencial para o agronegócio, que tem crescido cada vez mais. No ano passado, o comércio entre os dois países atingiu US$ 9,8 bilhões (R$ 48,6 bilhões).

Sufocada pelas sanções ocidentais, a Rússia tem ampliado negócios com outros parceiros comerciais. O Brasil, que não aderiu às sanções, está incluído na lista, assim como China, Índia e outras nações.

Planos após encontro com Zelenski

O encontro dos chanceleres Mauro Vieira e Serguei Lavrov aconteceram na quinta-feira, 21, dia seguinte ao encontro de Lula com Zelenski, no qual o presidente brasileiro dispôs a posição de dialogar com os dois lados e buscar solução pacífica para o conflito na Ucrânia.

Após o encontro dos presidentes, Vieira declarou à imprensa que Lula estaria aberto a uma reunião semelhante com Vladimir Putin, se este estiver interessado. “O presidente Lula se encontrou com o presidente Putin inúmeras vezes no passado”, disse o chanceler brasileiro. “Se houver essa possibilidade, não tenho dúvidas de que eles vão se encontrar.”

A relação entre Brasil e Rússia é vista pela Ucrânia com desagrado, e as declarações do presidente Lula sobre o conflito foi visto diversas vezes pelo Ocidente e pelas autoridades ucranianas como um apoio tácito à Rússia. O Brasil condenou a invasão russa na Ucrânia na ONU, mas nunca cortou relações comerciais com o país.

A Rússia pediu ao Brasil para reativar a Comissão de Alto Nível Russo-Brasileira de Cooperação, voltada a comércio, no dia seguinte ao encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o presidente ucraniano Volodmir Zelenski, noticiou a Bloomberg no dia 22. Segundo a agência de notícias americana, os chanceleres de ambos os países, Serguei Lavrov (Rússia) e Mauro Vieira, se reuniram na Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, para articular a reativação do fórum, que se reuniu pela última vez em 2015.

O pedido teria partido de Lavrov, diz a Bloomberg, mas o governo brasileiro também teria interesse na retomada das atividades. A comissão foi formada pelos dois países em 1997 para discutir comércio, investimentos, tecnologia, defesa e outros temas. Os dois governos discutirão possíveis datas para uma reunião entre o vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, e o primeiro-ministro da Rússia, Mikhail Mishustin, que lideram conjuntamente a comissão.

O plano foi amplamente repercutido pelas agências de notícias russas, a RBC e a Ria Novosti.

Imagem mostra chanceleres da Rússia, Serguei Lavrov (à dir.), e Mauro Vieira (à esq.) em encontro em Brasília, em abril deste ano. As duas autoridades voltaram a se reunir em Nova York durante a Assembleia-Geral da ONU Foto: Eraldo Peres/AP

Desde que foi criada, a Comissão de Alto Nível Russo-Brasileira se reuniu apenas sete vezes. Em fevereiro de 2022, oito dias de a Rússia invadir a Ucrânia, o presidente Vladimir Putin emitiu uma declaração conjunta com o então presidente Jair Bolsonaro sobre a importância da oitava reunião da comissão no Rio de Janeiro no primeiro trimestre daquele ano, o que nunca aconteceu.

Antes de Lula retomar a presidência em janeiro deste ano, a presidente do Conselho da Federação Russa, a câmara alta do parlamento russo, reuniu-se com ele em dezembro e confirmou a disposição de ambos países para reiniciar o fórum, segundo um comunicado do próprio Conselho da Federação. A notícia afirma que Lula concordou com a ideia e disse que retomaria o trabalho da comissão em seu governo.

Os planos prometem aprofundar as relações comerciais entre Brasil e Rússia, em um momento em que os dois países ocupam a presidência do G-20 e do Brics, respectivamente.

O Brasil já tem a Rússia como um importante parceiro comercial no campo de combustível, com os russos se tornando o principal fornecedor externo de diesel do Brasil este ano, após ultrapassar os americanos. A Rússia também é o principal fornecedor de fertilizantes do Brasil, insumo essencial para o agronegócio, que tem crescido cada vez mais. No ano passado, o comércio entre os dois países atingiu US$ 9,8 bilhões (R$ 48,6 bilhões).

Sufocada pelas sanções ocidentais, a Rússia tem ampliado negócios com outros parceiros comerciais. O Brasil, que não aderiu às sanções, está incluído na lista, assim como China, Índia e outras nações.

Planos após encontro com Zelenski

O encontro dos chanceleres Mauro Vieira e Serguei Lavrov aconteceram na quinta-feira, 21, dia seguinte ao encontro de Lula com Zelenski, no qual o presidente brasileiro dispôs a posição de dialogar com os dois lados e buscar solução pacífica para o conflito na Ucrânia.

Após o encontro dos presidentes, Vieira declarou à imprensa que Lula estaria aberto a uma reunião semelhante com Vladimir Putin, se este estiver interessado. “O presidente Lula se encontrou com o presidente Putin inúmeras vezes no passado”, disse o chanceler brasileiro. “Se houver essa possibilidade, não tenho dúvidas de que eles vão se encontrar.”

A relação entre Brasil e Rússia é vista pela Ucrânia com desagrado, e as declarações do presidente Lula sobre o conflito foi visto diversas vezes pelo Ocidente e pelas autoridades ucranianas como um apoio tácito à Rússia. O Brasil condenou a invasão russa na Ucrânia na ONU, mas nunca cortou relações comerciais com o país.

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